Ele se chamava Ricardo, um homem de 45 anos, com o corpo marcado pelo tempo e pela rotina. Seus cabelos castanhos já traziam alguns fios grisalhos, especialmente nas têmporas, que contrastavam com seu olhar profundo e cansado. Tinha uma altura mediana, cerca de 1,78m, e um físico que outrora fora atlético, mas agora carregava uma leve barriga, resultado de anos de descuido. Suas mãos eram grandes, com veias salientes, e ele sempre usava um relógio de pulso que pertencera ao seu pai. Ricardo era um homem de hábitos simples, mas com um desejo latente por algo que não sabia nomear.
Ela era Marina, 42 anos, uma mulher que ainda mantinha a elegância da juventude, mas que carregava nos olhos a sombra de uma vida que parecia ter perdido o brilho. Seus cabelos loiros, agora com mechas mais claras devido aos reflexos que fazia no salão, caíam em ondas suaves sobre seus ombros. Tinha 1,65m de altura, um corpo curvilíneo, com quadris largos e seios generosos, que ainda atraíam olhares discretos. Sua pele era macia, mas já mostrava pequenas linhas ao redor dos olhos e da boca, marcas de sorrisos que pareciam cada vez mais raros. Marina usava um perfume floral, algo que Ricardo nem notava mais.
O casal vivia em São Paulo, em um apartamento confortável, mas que parecia cada vez mais vazio, apesar da presença um do outro. A rotina os engolia: ele, um executivo de uma empresa de logística, passava horas no trânsito e no escritório; ela, uma professora de literatura, encontrava refúgio nos livros, mas sentia falta de uma conexão real. O casamento, outrora cheio de paixão, agora era uma sucessão de dias iguais, noites silenciosas e encontros íntimos que pareciam mais um dever do que um prazer.
Foi em uma tentativa de reacender a chama que decidiram viajar para o Rio de Janeiro. A cidade, com seu clima quente, suas praias e sua energia contagiante, parecia o lugar perfeito para esquecer a monotonia. Mal sabiam eles que aquela viagem mudaria suas vidas para sempre.
A Chegada ao Rio
O voo foi tranquilo, mas o calor do Rio os recebeu como um abraço apertado. Ricardo vestia uma camisa branca de linho, que já começava a colar em seu corpo, enquanto Marina usava um vestido leve, estampado com flores tropicais, que balançava suavemente com a brisa. Pegaram um táxi e seguiram para o hotel em Copacabana, um lugar aconchegante, com vista para o mar. O quarto era amplo, com uma varanda que dava para a praia, e uma cama king size que parecia convidativa, mas que eles sabiam que seria usada apenas para dormir.
Naquela noite, após um jantar romântico em um restaurante à beira-mar, decidiram caminhar pela orla. Foi então que a viram.
Ela estava sentada em um banco, com um vestido curto e justo, que destacava suas curvas jovens e tonificadas. Seus cabelos negros, longos e lisos, brilhavam sob a luz dos postes, e seus olhos verdes pareciam capturar tudo ao redor. Sorria para um grupo de amigos, mas seu olhar se fixou em Ricardo e Marina por um instante, como se os reconhecesse de algum lugar. Seu nome era Sofia, tinha 21 anos, e sua presença era como uma tempestade que ninguém esperava.
A Provocação
Sofia não era uma mulher comum. Havia algo em seu olhar que desafiava, que convidava, que prometia. Quando Ricardo e Marina passaram por ela na orla, ela não desviou o olhar. Pelo contrário, manteve os olhos fixos neles, como se estivesse lendo seus pensamentos mais íntimos. Seus lábios se curvaram em um sorriso malicioso, e ela levantou levemente o copo de caipirinha que segurava, como se fizesse um brinde silencioso ao casal.
Marina sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Não era ciúme, mas algo mais profundo, uma mistura de curiosidade e desconforto. Ricardo, por sua vez, tentou disfarçar, mas seus olhos voltaram a se encontrar com os de Sofia mais uma vez antes de seguirem caminho. A jovem riu baixinho, como se soubesse exatamente o efeito que causava.
Nos dias seguintes, Sofia parecia estar em todos os lugares. No café da manhã do hotel, ela estava sentada duas mesas à frente, usando um top curto que deixava sua cintura marcada à mostra. Na praia, ela aparecia de biquíni fio-dental, deitada de bruços na areia, suas curvas desenhadas sob o sol. E à noite, no bar do hotel, ela dançava sozinha, com movimentos fluidos e sensuais, como se estivesse se exibindo para alguém específico.
Marina começou a notar que Ricardo a observava mais do que deveria. Não era algo explícito, mas ela percebia o modo como ele ajustava os óculos de sol para espiar Sofia na praia, ou como demorava um pouco mais para responder quando a jovem passava por perto. E, para sua surpresa, Marina também se sentia atraída por aquela presença magnética. Havia algo em Sofia que despertava emoções há muito adormecidas.
Uma noite, após um jantar regado a vinho, o casal decidiu ir ao bar do hotel. Sofia estava lá, como sempre, dançando ao som de uma música latina. Desta vez, porém, ela se aproximou deles. Seus olhos verdes brilhavam sob a luz baixa do ambiente, e seu perfume, doce e exótico, envolveu o casal como uma névoa.
— Vocês são novos aqui, não são? — perguntou Sofia, com uma voz suave, mas carregada de intenção.
Marina sentiu um nó na garganta, mas respondeu:
— Sim, estamos de férias.
Sofia sorriu, mostrando dentes perfeitos.
— O Rio tem um jeito de surpreender as pessoas. Espero que vocês aproveitem cada momento.
Ela não esperou uma resposta. Apenas deu uma volta lenta, como se estivesse dançando sozinha novamente, e se afastou, deixando o casal em um silêncio carregado de tensão.
A Dança
Marina sentiu o cansaço bater depois de algumas horas no bar. O vinho, o calor e a energia do Rio pareciam ter sugado suas forças. Ela olhou para Ricardo, que estava em sua terceira dose de uísque, e percebeu que ele estava mais solto, com os olhos brilhando e um sorriso despreocupado no rosto.
— Acho que vou subir para o quarto — disse Marina, colocando a mão no ombro de Ricardo. — Você fica aqui, aproveita um pouco mais.
Ricardo hesitou por um momento, mas concordou com um aceno de cabeça.
— Tudo bem, querida. Descansa. Eu subo daqui a pouco.
Marina deu um beijo leve em sua bochecha e se afastou, mas não sem antes lançar um último olhar para Sofia, que estava sentada no balcão do bar, observando a cena com um sorriso intrigante. A jovem levantou seu copo em direção a Marina, como se dissesse: "Pode deixar que eu cuido dele".
Ricardo ficou sozinho no bar, sentindo o álcool aquecer seu corpo e afrouxar suas inibições. Ele não percebeu quando Sofia se aproximou, mas de repente ela estava ali, a poucos centímetros dele, com seu perfume intoxicante e seu olhar penetrante.
— Você dança? — perguntou Sofia, com uma voz que era quase um sussurro, mas que ecoou como um trovão nos ouvidos de Ricardo.
Ele hesitou, olhando para o lado, como se esperasse que Marina aparecesse para salvá-lo daquela situação. Mas ela não estava lá. E, no fundo, ele não queria ser salvo.
— Eu... não sou muito bom nisso — respondeu Ricardo, com uma risada nervosa.
Sofia sorriu, como se soubesse exatamente o que ele estava pensando.
— Não precisa ser bom. Só precisa se deixar levar.
Ela estendeu a mão, e Ricardo, quase sem perceber, a aceitou. Sua mão era quente e macia, e o toque dela fez com que um arrepio percorresse seu corpo. Ela o levou para a pequena pista de dança, onde algumas pessoas se moviam ao som de uma música latina, sensual e envolvente.
Sofia colocou as mãos nos ombros de Ricardo, e ele, hesitante, segurou sua cintura. Ela era mais baixa que ele, mas sua presença era avassaladora. Seus corpos se aproximaram, e Ricardo sentiu o calor dela se misturando ao seu. A música era ritmada, mas eles se moviam devagar, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido.
— Você é mais corajoso do que parece — disse Sofia, com um sorriso provocativo.
Ricardo não respondeu. Sua mente estava em conflito, mas seu corpo parecia ter uma vontade própria. Ele sentiu a mão de Sofia deslizar de seus ombros para o peito, e seu coração acelerou. Ela se aproximou mais, seus lábios quase tocando seu ouvido.
— Relaxe — sussurrou ela. — Ninguém precisa saber.
A música continuava, mas Ricardo já não a ouvia. Tudo o que ele conseguia sentir era o corpo de Sofia contra o seu, o calor daquela noite, e a tentação que crescia dentro dele. Ele sabia que estava cruzando uma linha, mas, naquele momento, parecia impossível parar.
O Mistério de Sofia
A dança parecia não ter fim. Ricardo sentia o corpo de Sofia colado ao seu, seus movimentos fluidos e precisos, como se ela soubesse exatamente como tirá-lo do eixo. Seus dedos traçavam pequenos círculos em suas costas, e ele não conseguia pensar em mais nada além daquela sensação. O bar estava cheio, mas, para ele, só existiam os dois.
— Quem é você? — perguntou Ricardo, em um sussurro rouco, enquanto tentava manter o controle sobre si mesmo.
Sofia riu baixinho, um som que parecia ecoar diretamente em seu estômago.
— Quem você quer que eu seja? — respondeu, com um olhar que era ao mesmo tempo inocente e perigoso.
Ela se afastou um pouco, mas manteve as mãos em seus ombros, como se o mantivesse preso a ela. Seus olhos verdes brilhavam com uma luz estranha, quase sobrenatural, e Ricardo sentiu um frio na espinha, apesar do calor do ambiente.
— Você não parece... real — disse ele, hesitante.
Sofia sorriu, como se tivesse ouvido a coisa mais engraçada do mundo.
— Talvez eu não seja.
Antes que ele pudesse responder, ela se afastou completamente, deixando-o parado no meio da pista de dança, com o coração acelerado e a mente confusa. Ele olhou ao redor, mas ela já havia desaparecido no meio da multidão.
Ricardo voltou para o bar, onde pediu outra dose de uísque. Suas mãos tremiam levemente, e ele não conseguia parar de pensar naquela dança, naquela mulher. Quem era Sofia? Por que ela parecia tão interessada nele? E por que ele não conseguia tirá-la da cabeça?
Enquanto isso, no quarto do hotel, Marina estava deitada na cama, tentando relaxar. Mas algo a incomodava. Ela não conseguia parar de pensar em Sofia, naquela jovem que parecia ter aparecido do nada e que agora ocupava um espaço estranho em sua mente. Marina sentia uma mistura de atração e desconforto, como se Sofia fosse um quebra-cabeça que ela precisava resolver.
Ela se levantou e foi até a varanda, onde o som do mar e a brisa quente a acalmaram um pouco. Foi então que ela viu algo que a deixou paralisada. Lá embaixo, na praia, estava Sofia. Ela estava sozinha, caminhando à beira-mar, com o vestido esvoaçando ao vento. Marina não conseguia tirar os olhos dela, como se estivesse hipnotizada.
De repente, Sofia parou e olhou diretamente para cima, como se soubesse que Marina estava observando. Mesmo à distância, Marina podia sentir a intensidade daquele olhar. Sofia levantou a mão e fez um gesto, como se estivesse chamando Marina para se juntar a ela.
Marina hesitou. Algo dentro dela dizia que isso era uma má ideia, mas outra parte, mais profunda e obscura, a puxava para fora do quarto. Ela pegou um casaco e saiu, sem saber ao certo o que estava fazendo.
O Encontro na Praia
A praia estava quase deserta, com apenas algumas pessoas caminhando à distância. Marina encontrou Sofia sentada na areia, olhando para o mar. Ela se aproximou lentamente, sentindo o coração bater mais rápido a cada passo.
— Você veio — disse Sofia, sem se virar.
— Eu... não sei por que vim — respondeu Marina, sentando-se ao lado dela.
Sofia finalmente olhou para Marina, e seus olhos verdes pareciam refletir a luz da lua.
— Talvez você tenha vindo porque sentiu que precisava.
Marina não respondeu. Ela sentia uma atração estranha por Sofia, algo que não conseguia explicar. Era como se a jovem tivesse uma energia magnética, que puxava as pessoas para perto.
— Quem é você? — perguntou Marina, repetindo a mesma pergunta que Ricardo havia feito.
Sofia sorriu, mas desta vez seu sorriso era mais suave, quase melancólico.
— Eu sou o que você precisa que eu seja.
Ela se aproximou de Marina, e por um momento, as duas mulheres estavam tão perto que Marina podia sentir o calor do corpo de Sofia. Ela sentiu uma onda de desejo, mas também de medo. Algo em Sofia era... diferente.
— Você não precisa ter medo — sussurrou Sofia, como se lesse seus pensamentos.
E então, sem aviso, ela se inclinou e beijou Marina. Foi um beijo suave, mas carregado de uma intensidade que fez Marina perder o fôlego. Ela não resistiu, deixando-se levar por aquele momento, por aquela sensação que há muito não sentia.
Quando o beijo terminou, Marina estava tremendo. Ela olhou para Sofia, tentando entender o que havia acontecido, mas a jovem já estava de pé, caminhando em direção ao mar.
— Espere! — chamou Marina, mas Sofia não parou.
Ela entrou na água, com o vestido molhado colando em seu corpo, e continuou andando até desaparecer nas ondas. Marina ficou parada, sem saber se devia correr atrás dela ou voltar para o hotel. Algo dentro dela sabia que Sofia não era uma pessoa comum. Talvez ela nem fosse uma pessoa.
O Retorno ao Quarto
Marina voltou para o hotel com o coração acelerado e a mente confusa. O beijo de Sofia ainda ecoava em seus lábios, e ela não conseguia parar de pensar naquela jovem misteriosa. Quando entrou no quarto, encontrou Ricardo sentado na cama, com um copo de uísque na mão e um olhar distante.
— Onde você estava? — perguntou ele, com uma voz que tentava ser casual, mas que carregava uma ponta de preocupação.
Marina hesitou por um momento, mas decidiu não mencionar Sofia.
— Só fui dar uma volta na praia. Precisava de um pouco de ar.
Ricardo a observou por um instante, como se soubesse que ela não estava contando toda a verdade, mas decidiu não pressionar. Ele se levantou e se aproximou dela, sentindo o cheiro do mar em sua pele.
— Você está tremendo — disse ele, colocando as mãos em seus ombros.
Marina olhou para ele, e pela primeira vez em muito tempo, sentiu algo além da rotina. A energia de Sofia, aquele beijo, tudo isso havia despertado algo nela. Ela se aproximou de Ricardo, colocando as mãos em seu peito.
— Eu só... preciso de você — sussurrou ela, com uma voz que era quase um pedido.
Ricardo sentiu algo dentro dele se acender. Ele não sabia o que havia acontecido, mas aquele olhar em seus olhos, aquela necessidade em sua voz, era algo que ele não via há anos. Ele a puxou para perto, e seus lábios se encontraram em um beijo que foi ao mesmo tempo suave e intenso.
A Reconexão
O beijo foi como uma faísca que acendeu um fogo há muito adormecido. Marina apertou o corpo de Ricardo contra o seu, sentindo o calor dele através das roupas. Ele a levou até a cama, onde caíram juntos, em um emaranhado de mãos, lábios e suspiros.
As roupas foram tiradas com urgência, como se ambos estivessem com medo de que o momento passasse. Ricardo explorou o corpo de Marina com as mãos, redescobrindo cada curva, cada detalhe que ele achava que conhecia tão bem, mas que agora parecia novo. Marina arqueou as costas quando ele a beijou no pescoço, deixando escapar um gemido baixo que o encheu de desejo.
— Marina... — sussurrou ele, entre beijos. — Você é tão linda.
Ela não respondeu com palavras, mas com ações, guiando suas mãos para onde ela mais precisava. O toque dele era firme e seguro, e ela sentiu uma onda de prazer percorrer seu corpo. Era como se toda a tensão, toda a frustração dos últimos anos estivesse sendo liberada naquele momento.
Ricardo a penetrou com cuidado, mas com uma intensidade que fez Marina prender a respiração. Eles se moveram juntos, em um ritmo que era ao mesmo tempo familiar e novo. Marina envolveu as pernas em torno de sua cintura, puxando-o mais para perto, como se quisesse fundir-se a ele.
— Não pare — sussurrou ela, com uma voz rouca.
Ricardo obedeceu, aumentando o ritmo, sentindo o corpo de Marina responder a cada movimento. O quarto estava cheio de sons: os gemidos baixos de Marina, a respiração acelerada de Ricardo, o som suave da cama balançando. Era como se o mundo exterior tivesse desaparecido, e só existissem os dois.
Quando o clímax chegou, foi como uma explosão. Marina gritou o nome de Ricardo, enquanto ele a segurava com força, como se temesse que ela desaparecesse. Eles ficaram deitados juntos, ofegantes, com os corpos ainda tremendo de prazer.
O Mistério Continua
Enquanto estavam deitados na cama, Marina olhou para Ricardo e sentiu uma onda de gratidão. Aquele momento havia sido mágico, mas algo ainda a incomodava. Ela não conseguia parar de pensar em Sofia, naquela jovem que parecia ter um poder tão estranho sobre eles.
— Ricardo... — começou ela, hesitante. — Você acha que... Sofia é real?
Ele olhou para ela, confuso.
— O que você quer dizer?
— Eu não sei. Ela parece... diferente. Como se não fosse uma pessoa comum.
Ricardo ficou em silêncio por um momento, lembrando da dança, daquela sensação estranha que ele havia sentido.
— Eu não sei, Marina. Mas algo nela é... irresistível.
Marina se encostou nele, sentindo o calor de seu corpo.
— E se ela não for o que parece? E se ela estiver nos testando?
Ricardo a abraçou, mas não respondeu. Ele também sentia que havia algo mais naquela história, algo que eles ainda não conseguiam entender.
A Lenda do Copacabana
No dia seguinte, Ricardo e Marina decidiram explorar o hotel. Enquanto caminhavam pelos corredores luxuosos, ouviram dois funcionários conversando em voz baixa. Eles falavam sobre uma hóspede que costumava aparecer no hotel há décadas, uma mulher jovem e deslumbrante, que sempre chegava sozinha e desaparecia sem deixar vestígios. Diziam que ela era uma espécie de espírito, uma entidade que aparecia para testar os casais, seduzindo-os e observando como reagiam.
— Já ouviram falar da Dama de Copacabana? — perguntou um dos funcionários, notando que Ricardo e Marina estavam ouvindo.
— Não... — respondeu Marina, com um frio na espinha.
— Dizem que ela aparece para casais em crise. Se eles resistem à tentação, seu amor é reacendido. Mas se cedem... bem, eles nunca mais são os mesmos.
Ricardo e Marina se entreolharam, sem dizer nada, mas ambos pensaram em Sofia. Seria ela a tal Dama de Copacabana? A ideia era absurda, mas algo naquela história parecia fazer sentido.
A Tentação de Ricardo
Mais tarde, Ricardo decidiu dar uma volta sozinho pelo hotel. Ele ainda estava confuso com tudo o que havia acontecido, e precisava de um momento para pensar. Foi então que ele a viu. Sofia estava sentada no jardim do hotel, com um vestido vermelho que parecia brilhar sob o sol. Ela o viu e sorriu, fazendo um gesto para que ele se aproximasse.
— Você parece perdido — disse ela, quando ele chegou perto.
— Eu... não sei o que está acontecendo — admitiu Ricardo, sentando-se ao lado dela.
Sofia colocou a mão em seu joelho, e ele sentiu um choque elétrico percorrer seu corpo.
— Às vezes, precisamos nos perder para nos encontrarmos.
Ela se aproximou mais, e Ricardo sentiu o cheiro doce de seu perfume. Seus lábios estavam a centímetros dos dele, e ele sabia que deveria se afastar, mas não conseguia. Ele a beijou, e foi como se o mundo ao redor desaparecesse. O beijo era quente, intenso, e ele sentiu seu pênis endurecer instantaneamente.
Sofia deslizou a mão por sua perna, até chegar ao seu pênis, que pulsava de desejo. Ela o acariciou por cima da calça, e Ricardo gemeu baixinho, perdendo-se naquela sensação.
— Você quer mais? — sussurrou Sofia, com uma voz que era ao mesmo tempo inocente e perversa.
Ricardo não respondeu com palavras, mas com ações. Ele a puxou para mais perto, sentindo o calor de seu corpo. Sofia desabotoou sua calça e libertou seu pênis, que já estava latejando de necessidade. Ela o envolveu com a mão, movendo-se devagar, enquanto o beijava com uma intensidade que o deixou sem ar.
— Isso é só o começo — sussurrou ela, antes de se afastar dele.
A Tentação de Marina
Enquanto isso, Marina estava no spa do hotel, tentando relaxar. Mas sua mente não parava de pensar em Sofia, naquele beijo, naquela sensação estranha que ela havia sentido. Foi então que ela apareceu. Sofia entrou no spa, vestindo apenas um roupão branco, e se sentou ao lado de Marina.
— Você parece tensa — disse Sofia, com um sorriso suave.
— Eu... não consigo parar de pensar em você — admitiu Marina, sem saber de onde veio aquela coragem.
Sofia se aproximou, e Marina sentiu o calor de seu corpo. Ela deslizou a mão por sua perna, até chegar à sua xana, que já estava úmida de desejo. Marina prendeu a respiração, sentindo uma onda de prazer percorrer seu corpo.
— Relaxe — sussurrou Sofia, enquanto seus dedos exploravam a xana de Marina com movimentos suaves e precisos.
Marina arqueou as costas, gemendo baixinho, enquanto Sofia continuava a acariciá-la. Era como se toda a tensão de seus anos de casamento estivesse sendo liberada naquele momento.
— Você é tão linda — sussurrou Sofia, antes de se inclinar e beijar a xana de Marina, com uma intensidade que a fez gritar de prazer.
O Reencontro
Mais tarde, Ricardo e Marina se encontraram no quarto. Eles não falaram sobre o que havia acontecido, mas havia uma tensão no ar, uma energia que não podia ser ignorada. Eles se olharam por um momento, antes de se aproximarem e se beijarem com uma intensidade que os surpreendeu.
As roupas foram tiradas com urgência, e eles caíram na cama juntos. Ricardo beijou a xanade Marina, enquanto ela gemía de prazer. Ele a penetrou com seu pênis, e eles se moveram juntos, em um ritmo que era ao mesmo tempo familiar e novo.
— Eu te amo — sussurrou Marina, enquanto eles alcançavam o clímax juntos.
O Mistério Continua
Enquanto estavam deitados na cama, Ricardo e Marina sabiam que algo havia mudado. Eles não sabiam quem Sofia era, ou o que ela queria, mas sabiam que ela havia despertado algo neles. E, no fundo, eles sabiam que o mistério ainda não havia acabado.
A tensão entre Ricardo, Marina e Sofia atingiu seu ponto máximo. O casal não conseguia mais ignorar a atração que sentiam pela jovem misteriosa, e Sofia parecia estar sempre à espreita, pronta para testar os limites deles. Naquela noite, após um jantar carregado de olhares e insinuações, os três se encontraram no terraço do hotel, sob um céu estrelado e o som suave do mar ao fundo.
Sofia estava no centro, com um vestido preto que parecia fundir-se com a noite. Seus olhos verdes brilhavam como faróis, e seu sorriso era ao mesmo tempo convidativo e desafiador. Ela olhou para Ricardo e Marina, como se soubesse exatamente o que eles estavam pensando.
— Vocês estão prontos? — perguntou ela, com uma voz que era quase um sussurro, mas que ecoou como um trovão.
Ricardo e Marina trocaram um olhar, e sem precisar de palavras, concordaram. Eles estavam prontos para mergulhar naquele mistério, para descobrir o que Sofia realmente era.
Já no quarto do casal, Sofia se aproximou de Ricardo primeiro, deslizando as mãos por seu peito até chegar ao seu pênis, que já estava latejando de desejo. Ela o beijou com uma intensidade que o deixou sem ar, enquanto Marina observava, sentindo uma onda de ciúmes e excitação. Foi então que Sofia se virou para Marina, puxando-a para perto e beijando-a com a mesma paixão.
— Não há espaço para ciúmes aqui — sussurrou Sofia, enquanto suas mãos exploravam os corpos de ambos.
Ela os levou para o quarto, onde a luz suave das velas criava uma atmosfera íntima e quente. Sofia começou a despir Ricardo, tirando cada peça de roupa com uma lentidão que o deixou tremendo de desejo. Em seguida, ela se voltou para Marina, deslizando o vestido de seus ombros e revelando sua xana, que já estava úmida e pronta.
— Deitem-se — ordenou Sofia, com uma voz que era ao mesmo tempo suave e autoritária.
Ricardo e Marina obedeceram, deitando-se lado a lado na cama. Sofia começou por Ricardo, beijando seu pênis com uma habilidade que o fez gemer de prazer. Enquanto isso, suas mãos exploravam a xana de Marina, que arqueava as costas e gritava de prazer.
— Agora, Marina — disse Sofia, com um olhar intenso. — É sua vez.
Marina hesitou por um momento, mas então se ajoelhou na frente de Sofia, beijando sua xana com uma paixão que a surpreendeu. Enquanto isso, Sofia continuou a acariciar o pênis de Ricardo, criando uma sinfonia de gemidos e suspiros.
Finalmente, Sofia os uniu. Ela guiou o pênis de Ricardo para dentro da xana de Marina, enquanto se posicionava sobre o rosto de Marina, oferecendo sua própria xana. Os três se moveram juntos, em um ritmo que era ao mesmo tempo caótico e harmonioso. O quarto estava cheio de sons: os gemidos de Marina, a respiração acelerada de Ricardo, e os sussurros suaves de Sofia.
Quando o clímax chegou, foi como uma explosão. Marina gritou, enquanto Ricardo a segurava com força, e Sofia os observava com um sorriso triunfante. Era como se toda a energia do universo estivesse concentrada naquele momento.
Após o clímax, Ricardo e Marina ficaram deitados na cama, ofegantes e exaustos. Sofia estava sentada à beira da cama, olhando para eles com um olhar que era ao mesmo tempo carinhoso e melancólico.
— Agora vocês sabem — disse ela, com uma voz suave.
— Sabemos o quê? — perguntou Marina, confusa.
Sofia sorriu, mas desta vez seu sorriso era triste.
— Eu não sou uma pessoa comum. Eu sou... uma projeção. Uma manifestação dos desejos e medos de vocês. Eu existo para testar os casais, para ver se o amor deles é verdadeiro.
Ricardo e Marina ficaram em silêncio, tentando processar o que ela havia dito.
— Então... você não é real? — perguntou Ricardo, com uma voz tremula.
— Eu sou tão real quanto os sentimentos que vocês têm um pelo outro — respondeu Sofia. — E agora, vocês precisam decidir. Vocês podem ficar juntos, reacendendo o amor que havia se perdido, ou podem seguir caminhos separados, carregando o peso dessa experiência.
Ela se levantou e caminhou em direção à porta, mas antes de sair, olhou para trás.
— Lembrem-se: o amor verdadeiro é a única coisa que pode vencer o medo e a dúvida.
E então, ela desapareceu, deixando Ricardo e Marina sozinhos no quarto, com o coração cheio de perguntas e emoções.
Nos dias seguintes, Ricardo e Marina tentaram voltar à rotina, mas algo havia mudado. A experiência com Sofia os havia deixado mais próximos, mas também mais conscientes das fraquezas e desejos que existiam entre eles. Eles sabiam que o caminho à frente não seria fácil, mas estavam dispostos a tentar.
E, às vezes, nas noites mais quentes do Rio, eles juravam ver uma figura familiar à distância, uma mulher de cabelos negros e olhos verdes, observando-os com um sorriso enigmático. Era como se Sofia ainda estivesse por perto, lembrando-os de que o amor verdadeiro é uma jornada, não um destino.