Eu, minha esposa e nossos vizinhos – Parte 08

Um conto erótico de Rogério
Categoria: Heterossexual
Contém 9106 palavras
Data: 15/03/2025 19:59:02

Olá, pessoal. Eu sou o Rogério. Atualmente estou com 28 anos e sou casado há quatro anos com a Jéssica. Esta série conta nossas desventuras no prédio onde moramos, onde alguns vizinhos e vizinhas (e os nossos melhores amigos) parecem querer testar nosso amor. Quem puder ler os cinco primeiros capítulos, só procurar pela série. Temos alguns spin-offs focados em outros personagens.

A Jéssica tem 26 anos, é médica e tem o corpo esculpido por horas de academia e uma disciplina invejável. Ela tem 1,71, pele amendoada e lindos cabelos castanho-claro. Barriga tanquinho, seios e bundinha pequenos, mas bem proporcionais ao seu corpo escultural. Não temos filhos ainda, mas isso está no nosso radar depois que os dois trintarem.

Durante esta semana, eu e a Jéssica estamos hospedando a minha melhor amiga, Lorena, enquanto a reforma do novo apartamento dela não termina. A Lorena tinha 27 anos e era minha amiga desde o primeiro período da faculdade. Éramos tão próximos que ela havia sido madrinha do meu casamento com a Jéssica. Ela tinha se tornado sócia da empresa da minha família depois de formada e, com isso, trabalhávamos juntos no mesmo ambiente. Ela era morena de praia, magra, seios pequenos e bundinha redondinha e empinadinha, além de um belo par de coxas. Estava solteira e, segundo ela, muito bem assim.

Este capítulo começa no dia seguinte à chegada da Lorena em nosso apartamento. Mais precisamente na hora do almoço. Na mesa do nosso restaurante favorito, eu observava a Lorena olhar para o prato com julgamentos. Eu estava perfeitamente satisfeito com ele: arroz, feijão, bife acebolado e uma generosa porção de batata frita. Por sua vez, a Lorena sempre optava por algo mais teoricamente saudável: salada colorida, com folhas verdes, quinoa, pedaços de peixe grelhado e molho.

— Você sabe que isso aí não é comida de verdade, né? — provoquei, apontando para o prato dela com meu garfo.

— E você sabe que esse monte de gordura que você tá comendo vai te deixar obeso e te matar mais cedo, né? — rebateu ela, dando um sorriso malicioso enquanto espetava um pedaço de peixe.

— Pelo menos eu morro feliz. — Dei uma garfada no meu bife, mastigando devagar para provocar. — Sério, Lorena, um dia você ainda vai admitir que comida saudável não é comida de verdade.

— Um dia você ainda vai admitir que o seu colesterol é uma bomba-relógio. — Seu tom entre o sério e o brincalhão.

Suspirei, balançando a cabeça, e resolvi mudar de assunto.

— Então... Você virou a maior fã da Jéssica da noite pro dia? Vi que você tava toda paparicando ela hoje de manhã.

A Lorena soltou uma risada leve, apoiando o cotovelo na mesa.

— Controle de danos — disse com naturalidade. — Você me enfiou nessa furada dizendo que não teria problema nenhum com a Jéssica, mas bastaram dez minutos para eu perceber que sua esposa não estava sabendo de nada e, agora, ela me odeia.

— Você podia ter passado sem aquela do trisal — argumentei.

— Eu tava testando a água, já disse. Se ela estivesse bem com isso, ia lembrar que eu sou brincalhona e rir. Ela me fuzilou com o olhar.

— Nenhuma mulher riria de uma recém-chegada falando em trisal.

— Mais um motivo para que, nas próximas duas semanas, eu trate a Jéssica como uma rainha até que ela me tolere. Em uns meses, com sorte, ela me considera uma amiga.

— E o seu plano inclui fazer o café dela todas as manhãs. Aliás, como você sabia qual era o café da manhã favorito dela? — perguntei, desconfiado. — E mais ainda, como conseguiu fazer? Você é uma péssima cozinheira.

A Lorena riu.

— Como eu não decoraria qual o café da manhã favorito dela se o marido babão vive falando sobre isso, Rogério? E quanto a cozinhar, bom... talvez não tenha ficado grande coisa. Mas ela comeu, né? Ou fingiu. Vai ver pensou: "o que vale é a intenção".

Fiz uma careta, com a certeza de que a Jéssica comeu disfarçando o gosto de algo intragável só para não criar mais tensão.

— Melhor nem perguntar o que ela achou — suspirei.

A Lorena soltou um riso e, antes de levar mais um pedaço de peixe à boca, comentou:

— A propósito, não ouvi nenhum barulho no quarto ao lado essa noite. Quer dizer que ela ainda tava com tanta raiva que vocês nem transaram?

Revirei os olhos.

— Obrigado por trazer esse detalhe tão importante ao nosso almoço — ironizei.

Ela deu de ombros, rindo.

— Está vendo? Eu preciso adular ela pelo bem da sua vida sexual!

Duas pessoas que passavam ao lado da mesa viraram a cabeça para nós naquele instante. Lorena arregalou os olhos e pigarreou.

— Talvez eu devesse falar mais baixo. Ou, sei lá, pensar antes de abrir a boca — disse.

Nós rimos e comemos um pouco, para esperar ter menos trafego ao nosso lado.

— Da próxima vez, tenta falar com sua esposa antes de combinar qualquer coisa comigo. Porque, sinceramente, você me jogou na cova dos leões sem aviso nenhum!

— Ok, admito que não foi meu melhor plano...

— "Não foi meu melhor plano"? — Ela imitou meu tom de voz, debochada. — Rogério, só estou viva porque sou charmosa.

— Nunca vi esse seu charme todo — provoquei.

Ela estreitou os olhos e apontou o garfo para mim.

— Ah, mas você vai ver! Até o final do ano, eu e a Jéssica seremos melhores amigas.

— Claro, e até o final do mês, o seu Geraldo vai virar vegetariano — retruquei, rindo.

— Seu Geraldo vegetariano, taí algo que eu pagaria para ver — disse uma voz segurando seu bandejão e se sentando na mesa.

Era a Rebecca, nossa vizinha advogada (e advogata) que trabalhava em um escritório próximo do nosso e, pelo menos, uma vez por semana almoçava conosco.

Ela estava impecável, como sempre. Usava uma camisa de tom salmão, feita de um tecido leve que parecia abraçar sua pele de um jeito sofisticado. A calça bege de linho de cintura alta moldava suas formas com discrição e elegância e o blazer branco de algodão dava um toque de classe. O jeito como ela andava, com a postura reta e a elegância natural, era de impressionar.

Ela se sentou conosco e olhei o seu prato. Uma salada colorida de folhas verdes, tomate-cereja e queijo branco em cubos, uma porção pequena de arroz branco, um pedaço de filé de frango grelhado e algumas fatias de abobrinha refogada.

Nós contamos as boas notícias da mudança da Lorena e a Rebecca comemorou, já que sempre adorou a Lorena. Depois disso, a Lorena contou a burrada que eu fiz e a Rebecca quase me deu um peteleco.

— Como é que tu faz isso com a Jéssica, seu... seu... — A sua formação conservadora a fez contra palavrões. — seu bananão!

Depois disso, a conversa entre os três fluiu fácil até o final do almoço. Falamos sobre o dia a dia no trabalho, sobre clientes difíceis e sobre os desafios de se manter produtivo com tantas distrações.

Foi curioso termos falado do seu Geraldo em um contexto tão inocente, pois algum tempo depois, uma daquelas duas mulheres se tornou uma putinha do porteiro...

A quarta era dia de home-office para mim e Lorena. Assim, naquela manhã, trabalhávamos no escritório, comigo ajustando alguns e-mails de última hora, quando a campainha tocou. Fui atender. Era Lisandra, a nossa diarista loirinha de 22 anos, vestida com aquele uniforme simples que de alguma forma parecia ter sido feito sob medida para destacar todas as curvas que não deveriam estar ali.

Ela podia ter aquele jeito meio distraído, mas sabia exatamente o que estava fazendo. Seus cabelos loiros caíam em ondas suaves ao redor do rosto angelical, e os olhos grandes e expressivos traziam uma malícia escondida sob a inocência aparente. A pele clara dava a impressão de que ela nunca pegara sol na vida. O tipo de beleza etérea que fazia qualquer um parar para olhar duas vezes. Ou três.

— Bom dia, Rogério! — disse ela, sorrindo de lado, enquanto passava por mim com um olhar cheio de segundas intenções. Seu perfume adocicado ficou no ar, misturado ao cheiro do café que eu tinha acabado de preparar.

— Bom dia, Lisandra. Hoje chegou cedo. Quer um café? — ofereci, pegando uma xícara para mim.

— Quero, se for na sua boca — respondeu ela, sem um pingo de vergonha, apoiando-se no balcão da cozinha.

Revirei os olhos, fingindo que não tinha ouvido.

— Preto ou com açúcar?

— Ah, Rogério, você sabe que eu gosto docinho... — ela respondeu, mordendo o lábio, mas pegando a xícara normalmente. — E aí, tudo certo com a patroa? Ou tá precisando de um pouco de emoção na vida?

— A Jéssica está ótima, mais gostosa que nunca — retruquei com um sorriso irônico, me recostando no balcão. — Obrigado pela preocupação.

— Sei... Se algum dia quiser mudar de ares, já sabe onde me encontrar — disse ela, bebendo o café sem que seus olhos me deixassem um segundo sequer.

— E o seu namorado? — perguntei.

Lisandra bufou e revirou os olhos, inclinando-se ainda mais para perto.

— Tinha. Acabou. Terminei com ele faz uns dias. Um erro ter aceitado namorar — disse, mordendo o lábio e brincando com a alça do vestido.

— Um erro?

— Ah, foi impulso. Eu não queria ir sozinha pro aniversário da Jéssica. O Cleber tinha aparecido há algumas semanas, saímos algumas vezes e parecia ser um bom acompanhante. Mas no fundo eu já sabia que ele não prestava.

— E o que te fez ter certeza? — perguntei, levando a xícara aos lábios.

Ela sorriu, deslizando um dedo ao longo da borda da própria xícara, o olhar fixo no meu.

— O ménage na noite lá no sítio. Ele não perdeu tempo em aceitar a proposta da Odete. Foi o único que aceitou, mesmo vendo que todos saberiam. E, no final, eu só assisti a maior parte do tempo.

— Hm. Interessante — comentei, bebendo um gole do café, imperturbável.

Ela estreitou os olhos, avaliando minha reação.

— Lá mesmo, eu percebi que não era isso que eu queria para mim — disse, deslizando a perna devagar por baixo da mesa, roçando levemente na minha.

Continuei impassível, tomando mais um gole de café.

— E o que seria?

Ela sorriu, se inclinando até quase encostar o rosto no meu.

— Um homem como você. Sério, centrado, fiel… Que trata a namorada ou esposa como o centro do universo — sussurrou.

— Se eu cedesse ao que você quer, só estaria provando que não sou nada disso — respondi, sem alterar a voz.

Ela riu, inclinando-se ainda mais, agora tão perto que o perfume dela me envolvia.

— Pois é — disse, mordendo o lábio. — Mas é aí que entra a diferença. Eu só estou insistindo porque a Jéssica me liberou a tentar. E, se ela liberou, eu vou com tudo que tenho.

— Você detesta tanto ela assim?

— Pelo contrário. Tenho o maior respeito por ela. Eu só aceitaria ir para a cama com você com a total ciência e permissão dela. Se você cair em tentação sem isso, eu mesma conto para a patroa.

A franqueza dela me fez sorrir de leve.

— Eu posso jogar para ganhar — ela lambeu os lábios. — Mas sou justa.

— Bom saber. Mas, como eu sou compromissado, para sua infelicidade. O máximo que posso fazer por ti é te ajudar a encontrar um cara solteiro e que atenda aos seus requisitos. Vou ficar de olho e, quando encontrar alguém legal, te apresento.

— Se não achar ninguém, a gente pode resolver isso num esquema de troca de casais. Você e a Jéssica de um lado, eu e alguém do outro… Ou só nós três mesmo, ninguém precisa saber — sugeriu, mordiscando o dedo de forma provocante.

Antes que eu pudesse responder, a porta do escritório se abriu e a Lorena apareceu. Estava descalça, vestindo um shortinho jeans e uma blusa larga que deixava um ombro exposto. Cabelos presos em um coque despretensioso, sem um pingo de maquiagem e, mesmo assim, exalando aquela beleza natural que fazia a Jéssica surtar de ciúmes.

— Café! — disse Lorena, invadindo a cozinha como se fosse a dona da casa. — Preciso de café! Se você não tiver deixado café para mim, vou...

A Lisandra parou de sensualizar por um segundo e encarou a Lorena de cima a baixo. O olhar dela mudou.

— Ah, é? — respondeu Lisandra, com um sorriso que parecia amigável, mas que escondia farpas invisíveis. — Here comes a new challenger?

— Oi, eu sou a Lorena! Fui contratada para atazanar a vida do Rogério tanto no trabalho quanto em casa. Estou passando uns dias aqui para me familiarizar e, depois, vou fazer isso sendo a vizinha chata do apartamento do lado.

— Claro, claro... — Lisandra cumprimentou a minha amiga enquanto ela tomava um gole de café. — Eu me chamo Li...

— Meu Deus, como você é linda! — disse Lorena após despertar no segundo gole de café. — Você é a diarista? Lisandra? O Rogério e a Jéssica me disseram que você era “bonitinha”, mas esses dois não disseram que você era quase uma modelo! Por que você é diarista? Linda assim, poderia ser modelo ou atriz!

— Você está exagerando... — tentou dizer Lisandra.

— Estou não! Você acha que branquinha, magrinha, loirinha autêntica, de olhos verdes é fácil de encontrar? Eu só conheci umas três e você é a mais linda delas. Disparada.

— O-Obrigada...

A manhã seguiu, e a interação entre a Lisandra e a Lorena parecia um estudo de guerra fria. Ainda receosa com a recém-chegada, a diarista mantinha sempre sorrisos educados, mas todos os seus comentários vinham sempre com um toque ácido:

— Sua pele é perfeita. Imagino que nunca tenha precisado esfregar um banheiro na vida, né?

— Uau, você é muito inteligente! Deve ser legal não precisar trabalhar de verdade e só ficar dando ordens pros outros, né?

Lorena ria, completamente imune às alfinetadas, e respondia com seu tom doce e despreocupado, sempre elogiando a beleza e o profissionalismo da Lisandra. Querendo saber mais sobre o curso de enfermagem. Elogiando o esforço da jovem.

A cada parada para uma troca de farpas, a Lisandra voltava a limpar, com um sorriso cada vez mais espontâneo em seu rosto. Por mais que achasse ser necessário e quisesse ser “Team Jéssica”, era difícil resistir ao charme da Lorena.

Então, tudo mudou.

Na hora da merenda da tarde, a Lisandra já estava sentada no sofá ao lado da Lorena, completamente rendida ao charme da minha amiga. Seus olhos brilhavam de admiração.

— Dona Lorena, a senhora é simplesmente incrível! — disse. — Nunca conheci alguém tão generosa e maravilhosa. Eu tava te julgando errado no começo, me desculpa!

— Imagina, Lisandra! — Lorena sorria, surpresa, mas satisfeita. — E pode me chamar só de “Lorena”. Somos amigas.

Eu assistia à cena, incrédulo. A Lisandra queria arrancar os cabelos dela, nem que fosse pela vaga de “reserva da Jéssica”. Agora, parecia que ia tatuar o rosto da Lorena no braço.

— Meu Deus, Lorena, como você é perfeita! Eu faria qualquer coisa por você! — Lisandra continuava, suspirando. — Eu te amo!

— Ok, acho que agora já passou da conta — eu disse, rindo. — Lorena, o que você fez? Hipnotizou a garota?

Lorena deu de ombros.

— Eu só fui eu mesma. Algumas pessoas resistem no começo, mas depois não conseguem mais me odiar.

Lisandra assentiu freneticamente.

— É verdade! Você é um anjo na Terra, Lorena!

Eu tinha que admitir que a Lorena tinha o seu charme irresistível. Só não parecia funcionar com a Jéssica.

Naquela noite, depois que a Lisandra foi embora, eu ainda estava decidindo o que fazer para o jantar quando entrei na sala e vi a Lorena largada no sofá, assistindo Netflix. Ela usava um shortinho de cetim tão curto que mais parecia uma calcinha, e uma blusa de alcinha branca, sem sutiã e solta, que revelava muito mais do que escondia. A curva dos seios dela ficava evidente sob o tecido leve, e eu precisei respirar fundo. As pernas dela estavam dobradas sobre o sofá.

— Tá confortável aí? — brinquei, me encostando no batente da porta.

A Lorena deu um sorrisinho sem tirar os olhos da tela.

— Muito! Vocês têm um sofá maravilhoso. Perfeito para um dia cansativo.

Antes que eu pudesse responder, ouvi a porta se abrindo. A Jéssica chegou do hospital, largando a bolsa no aparador e se aproximando. Assim que ela viu a Lorena naquele traje minúsculo, senti o ar mudar.

— Oi, amor. Oi, Lorena — a voz dela era educada, mas eu conhecia bem o tom contido.

— Oi, Jéssica! Como foi o plantão? — perguntou Lorena, sem notar a tensão no olhar da Jéssica.

— Cansativo. Vou tomar um banho — respondeu rapidamente, sem dar muita conversa.

Ela desapareceu no corredor e eu olhei para Lorena, que voltou a focar na TV, completamente alheia ao efeito que tinha causado. Suspirei e fui para a cozinha.

Alguns minutos depois, ouvi passos no corredor. Quando virei para ver, quase deixei cair a faca que segurava. A Jéssica tinha voltado, mas agora usava um conjunto de lingerie preta rendada, com uma transparência estratégica. A calcinha era de amarração na lateral, destacando ainda mais suas curvas. O sutiã deixava seus seios perfeitamente moldados e firmes. Ela passou por mim sem dizer nada, indo até a sala com um ar de despreocupação forçada.

— Que foi? Está calor — disse, se jogando no outro sofá.

Nós temos ar-condicionado.

Eu respirei fundo. Agora tinha duas mulheres absurdamente gostosas desfilando de lingerie na minha casa. E eu não podia demonstrar que isso estava mexendo comigo.

— Esse sofá é ótimo mesmo, né? — comentou Jéssica, com um sorrisinho afiado, cruzando as pernas e inclinando-se para trás, como quem não quer nada.

— Sim! Vocês são os melhores anfitriões do mundo — retrucou Lorena, com um olhar divertido para mim.

— Ah, disso eu sei bem — respondeu Jéssica, deslizando a mão lentamente pela própria perna, o olhar preso no da Lorena.

Eu engoli em seco. A tensão no ar estava palpável.

— Vocês devem estar com fome. Vou preparar algo especial — anunciei.

— Ai, que amor! — Lorena sorriu. — Você sempre cozinha bem.

A Jéssica apenas observava, de braços cruzados, e eu senti que precisava mudar o clima. Comecei a preparar um risoto, enquanto as duas conversavam. Foi quando a Lorena olhou para as coxas da minha esposa e falou sem filtro:

— Mulher, tu é gostosa pacaralho mesmo!

— Não precisa...

— Sério. Essas suas pernas... Meu deus! Agora, entendo por que a Lisandra te coloca num pedestal de beleza. Eu não sou bi, mas definitivamente abriria uma exceção pra ti.

— Eu...

— Você já transou com uma mulher antes?

No instante, em que ouvi isso, meu coração disparou. Era agora que a Jéssica expulsava a Lorena de casa, depois me capava e depois me expulsava de casa também. Por um milagre, ela apenas riu.

— Não. Só tive o Rogério até hoje... — admitiu, um pouco tímida. — E você? Já transou com uma mulher?

— Uma vez, perto do final da faculdade. Foi bem quente e gostoso. Eu curti e talvez, se tivesse a oportunidade, provavelmente faria de novo. Mas percebi que o meu negócio é rola mesmo.

— E se eu usar um cintaralho? — propôs Jéssica, para o meu choque.

— Aí, para mim, você seria perfeita! A única razão para eu não te deixar me comer à vontade é porque meu mano Rogério não merece ser corno — respondeu Lorena, brincando e as duas riram.

As duas continuaram a conversa, com o clima mais ameno, com a Lorena lembrando de detalhes minuciosos sobre a minha esposa.

— Jéssica, eu comprei aquele chá que você ama. Sei que depois dos plantões você gosta de algo relaxante — comentou, levantando-se e indo até a cozinha pegar o pacote.

A Jéssica hesitou por um instante, como se não soubesse como reagir à gentileza.

— Obrigada, Lorena — disse, mais suave.

Eu sorri internamente. Talvez o charme da Lorena conseguisse mesmo derreter os ciúmes da minha esposa.

A noite da quinta parecia tranquila. Eu estava no sofá, enquanto a Jéssica e a Lorena faziam quaisquer outras coisas. O clima entre elas oscilava entre a cordialidade e pequenos embates disfarçados de brincadeiras.

A Jéssica usava um short de algodão e uma camiseta larga que, mesmo sem intenção, deslizava de um lado do ombro, deixando parte da pele à mostra. Seus cabelos castanho-claros estavam presos em um coque frouxo, com algumas mechas soltas emoldurando seu rosto. Os pés descalços batiam levemente contra o chão enquanto ela se movia pelo apartamento.

A Lorena vestia um conjunto simples de moletom, calça e blusa justa de manga curta. O tecido macio se moldava ao corpo esbelto e atlético, destacando suas curvas. O rabo de cavalo alto acentuava o rosto bem desenhado, e ela parecia confortável e à vontade.

Foi quando a campainha tocou.

— Eu atendo! — A Jéssica se apressou antes que eu ou Lorena pudéssemos levantar. Ela parecia estar esperando alguém.

Ela abriu a porta e lá estava ele: seu Raimundo, o sogro do Jonas. O velho era magricela, de uma calvície reluzente, mas sempre muito arrumado. Naquela noite, vestia uma camisa social azul clara, bem passada, e uma calça de linho bege. O cinto combinava perfeitamente com os sapatos, e o cheiro de loção pós-barba chegou até mim.

— Boa noite, doutora Jéssica! — cumprimentou com um sorriso de canto e um leve toque no braço dela. — Vim buscar o violão que você, tão gentilmente, emprestou.

Fiquei confuso por um momento. Desde quando a Jéssica e o seu Raimundo conversavam por WhatsApp e ela tinha ficado de emprestar seu violão? Ele era o sogro de um conhecido não muito próximo. Um momento de pensamento e deixei pra lá. O velho era conhecido por ser um sujeito carismático no prédio. Se quisesse, e nunca quis já teria sido síndico.

— Boa noite, seu Raimundo! — respondeu Jéssica, educada, mas com uma expressão que claramente indicava que não era ela quem ela esperava. — Só um instante, vou pegar para o senhor.

Enquanto ela ia para outro cômodo, ele se virou para mim com um sorriso satisfeito, depois para a Lorena.

— E essa bela moça, quem é? Não me diga que nosso condomínio ganhou mais uma flor,

— Eu me chamo Lorena, sou amiga do Rogério e da Jéssica. Estou me mudando para o apartamento ao lado — respondeu simpática.

— Ah, que maravilha! — O velho tomou a mão da Lorena e a beijou de leve, com uma elegância antiquada. — Seja muito bem-vinda! E que sorte a nossa, hem? Uma vizinhança abençoada! Se já tínhamos a doutora Jéssica, agora temos mais uma moça tão encantadora quanto por aqui.

A Jéssica voltou com o violão e entregou a ele. Enquanto pegava, seu toque deslizou pelo braço dela de forma quase imperceptível.

— Você tem mãos delicadas, doutora. Deve operar como um anjo.

Ela riu com leveza.

— E o senhor toca violão há muito tempo? — perguntou Lorena.

— Ah, eu arranho umas modas aqui e acolá. Nada demais. Mas se quiserem me testar, escolham uma música da nossa querida MPB — respondeu, humilde.

— Eu escolho! — disse Jéssica animada, sugerindo "O Mundo é um Moinho", de Cartola.

— Clássico! — concordou Lorena, mas logo sugeriu sua própria escolha. — E eu quero "Águas de Março", do Tom Jobim.

Seu Raimundo pegou o violão e começou a dedilhar os acordes. Ele tocava excepcionalmente bem, com precisão e emoção. As notas fluíam como se fizessem parte dele. Eu troquei um olhar com Jéssica, que parecia surpresa com o quão melhor que ela o velho era no violão.

Quando terminou, a Lorena bateu palmas, encantada.

— Seu Raimundo, o senhor é um artista! Devia fazer apresentações aqui no prédio!

— Quem sabe um dia, minha jovem! Mas por enquanto, fico feliz em animar minhas vizinhas tão adoráveis — respondeu ele.

Foi então que ele, como quem não quer nada, puxou o celular do bolso.

— Aliás, minha querida, me passa seu WhatsApp? Gosto de dar dois dedos de prosas com meus vizinhos.

A Lorena hesitou por um segundo, mas, simpática como era e como ele já tinha o contato da Jéssica, repassou seu número.

Antes de ir, ele se despediu com abraços demorados. Primeiro, aproximou-se da Jéssica, envolvendo-a com gentileza. Seu toque era seguro, e ele deu leves batidinhas nas costas dela, como se quisesse prolongar o contato. Ela sorriu, retribuindo com naturalidade.

Depois, foi a vez da Lorena. Ele a puxou com suavidade para um abraço mais próximo, segurando-a um pouco mais do que o necessário. Quando se afastou, manteve as mãos nos ombros dela por um instante a mais, admirando-a com um olhar cheio de galanteria.

Por fim, partiu com o violão nas costas e um sorriso satisfeito.

Eu me encostei no sofá, pensando que, se não era o velho Raimudno, quem era o convidado aguardado pela Jéssica. Não demorou para a campainha tocar de novo e a Jéssica correr para abrir a porta.

Claro, tinha que ser o Enéias.

Logo, ele entrou, preenchendo o espaço com sua presença magnética. O cara era ridiculamente bonito, como se ele fosse um deus que decidiu esculpir-se a si mesmo. Ele abriu um sorriso largo ao ver a Jéssica, e meu estômago revirou.

— Sempre radiante — disse, abraçando ela apertado demais e por tempo demais.

— Enéias, esta é a Lorena, a belíssima e solteira melhor amiga do Rogério — Jéssica fez as apresentações.

Ah, tava explicado o objetivo dela...

O Enéias voltou-se para mim e apertou minha mão com firmeza, analisando-me de cima a baixo. Então, seus olhos se fixaram na Lorena, e algo em sua expressão mudou. Um brilho de interesse surgiu.

— Prazer, Lorena — disse, com aquele sorriso de quem sabe que pode conquistar qualquer uma.

A Lorena respirou fundo, avaliando-o. Ela não era do tipo que se impressionava fácil.

— Prazer, Enéias. — retrucou Lorena com um sorriso brincalhão.

— Se precisar de uma mão amiga para ajudar na mudança, pode contar comigo — ofereceu Enéias, com um olhar 43, cruzando os braços, os músculos saltando sob a camisa justa.

A Lorena sorriu de canto.

— E o que você ganharia com isso, doutor? — provocou.

— A satisfação de ajudar uma bela mulher. Mas, quem sabe, posso cobrar um jantar como pagamento.

— Amor, você já colocou as bebidas na geladeira? — interveio a Jéssica no que pensei ser uma tentativa de afastar para o Enéias ter mais chances com a Lorena.

Peguei as garrafas e voltei para a sala, apenas para assistir o final de mais uma troca afiada entre Lorena e Enéias.

— Você sabe que o charme exagerado pode ser um sinal de insegurança, né? — provocou Lorena.

— Ou de experiência. Talvez eu só tenha encontrado mulheres que gostem disso — rebateu Enéias.

— Talvez esteja na hora de conhecer outras — revidou Lorena.

Enéias sorriu de volta, mas parecia estar começando a entender que dessa vez não seria tão fácil quanto esperava.

Fui novamente na cozinha pegar petiscos e distribuí entre eles. Enéias se recostou no sofá, virando-se para Lorena com aquele sorriso de cafajeste.

— Então, Lorena, uma mulher bonita e inteligente como você deve estar cheia de admiradores, né? Ou é do tipo que mantém um alto padrão e não se deixa levar por qualquer um? — Ele se inclinou levemente, olhando-a com aquele brilho malicioso nos olhos.

— Ah, Enéias, eu gosto de manter um padrão, sim. Principalmente um padrão de não me deixar levar por cantadas recicladas — respondeu com um sorriso brincalhão, sem dar muita atenção.

A Jéssica soltou uma risadinha abafada e eu engoli um gole da minha bebida, tentando disfarçar meu divertimento. O Enéias não se deu por vencido.

— Ah, então você é do tipo difícil, hein? Isso só torna o desafio mais interessante. — Ele se inclinou um pouco mais para perto dela, a voz carregada de confiança.

Lorena finalmente ergueu os olhos para ele, fingindo analisar a situação com seriedade.

— Não é questão de ser difícil, doutor. Eu só gosto de escolher bem. E, por enquanto, sua ficha ainda está em análise. Quem sabe se você apresentar um atestado de antecedentes limpos, um currículo atualizado e três referências de ex-namoradas satisfeitas, a gente conversa.

— Três? Isso tá parecendo entrevista de emprego. — Enéias riu, apoiando o cotovelo no encosto do sofá. — Se for assim, posso te passar umas cartas de recomendação, mas aviso logo que todas mencionam meu alto desempenho.

Lorena cruzou as pernas devagar, mantendo um olhar divertido.

— Alto desempenho ou alta rotatividade? Porque tem uma diferença aí, viu? — Ela sorriu, inocente.

A Jéssica e eu rimos, mas o Enéias não perdeu o ritmo.

— Se quiser conferir o serviço, só dizer. Eu trabalho com teste grátis, sem compromisso.

Lorena deu uma risadinha e fez um gesto de negação com a mão.

— Ai, Enéias, se vendendo assim parece até black friday. Mas sinto muito, eu sou cliente exigente. Só aceito produto premium, com garantia vitalícia e assistência 24 horas. E, pelo que eu ouvi falar, sua garantia só cobre um fim de semana e olhe lá.

Eu quase engasguei com a bebida e a Jéssica soltou uma gargalhada. Por mais que sua intenção inicial fosse juntar os dois, ver o Enéias encontrar uma adversária tão zoeira estava sendo catártico para alguém que provavelmente viu ele comer metade das enfermeiras do hospital.

Enéias jogou as mãos para o alto, rindo também.

— Poxa, tá difícil aqui! Quer dizer que nem um test-drive eu consigo?

Lorena fingiu pensar, batendo um dedo no queixo.

— Ah… pode ser que eu aceite uma ficha de inscrição. Mas olha, a fila de candidatos é grande, e eu gosto de analisar com calma. Sem pressão.

— Então quer dizer que tem esperança? — Ele se inclinou mais uma vez, com um sorriso convencido.

— Claro! Se um dia eu bater a cabeça e perder completamente o juízo, você será o primeiro a saber — respondeu, debochada.

A sala explodiu em risadas. A Jéssica bateu a mão na coxa, ainda rindo. O Enéias, no entanto, não desistia fácil.

— Bom, o que eu tenho que fazer para merecer a sua versão carinhosa, que eu vejo que o Rogério e a Jéssica ter?

Ela suspirou teatralmente e pegou um guardanapo da mesa, estendendo para ele como se estivesse entregando um documento oficial.

— Primeiro, preencha esse formulário e anexe os documentos que mencionei antes. Depois, eu te aviso se passou na primeira fase do processo seletivo.

Eu não me segurei e deixei escapar uma risada baixa. A Jéssica, ao meu lado, sorriu, mas seus olhos logo se voltaram para a Lorena, que, sem cerimônia, passava os dedos pelo meu cabelo, fazendo um cafuné distraído.

A noite continuou assim, cheia de provocações, risadas e o Enéias se dando mal em suas tentativas de conquistar a Lorena.

Na sexta, também fiz home-office, mas cai no sono em algum momento. Quando acordei, notei que já noite. Ainda grogue, esfreguei os olhos e me sentei na cama. Não sabia nem quem estava em casa, pelo horário a Jéssica e a Lorena deviam ter ido para a academia. Me levantei e fui até o corredor, sonolento, e ouvi um murmúrio de vozes abafadas.

Me aproximei sem fazer barulho e espreitei pelo vão. Lá dentro, vi a Lisandra encostada no balcão da cozinha, e o seu Geraldo, o porteiro sessentão, gordinho e bonachão do prédio, agachado sob a pia. Ela vestia um vestido azul. O seu Geraldo, por outro lado, usava o uniforme do condomínio, com a camisa desabotoada nos dois primeiros botões, revelando um tufo de pelos grisalhos no peito.

— Pronto, minha jovem! — disse ele, levantando-se devagar e limpando as mãos em um pano de prato. — Agora não vaza mais nada. Era só apertar essa rosca aqui.

— Ai, seu Geraldo, ainda bem que o senhor veio! Eu já tava quase acordando o Rogério, mas o coitado tá no décimo sono.

O meu nome me despertou um pouco mais, e fiquei ali, sem saber se entrava ou continuava assistindo. Meu instinto me mandou ficar.

— Ah, o moço Rogério não ia dar conta, não. Essa rosca aqui tava mais dura que tampa de garrafa velha. Ele é forte, mas aqui era questão de jeito. — Seu Geraldo riu, orgulhoso do serviço bem-feito.

— O senhor tem a mão boa pra essas coisas, hein?

Ele estufou o peito.

— Experiência, minha jovem. Um homem como eu já pegou muita pia dura por aí.

Nessa hora, eu notei o volume na bermuda do porteiro. O safado estava excitado e, provavelmente, a Lisandra já tinha percebido também. Eles continuaram conversando, enquanto a loirinha terminava de organizar as coisas da cozinha. O porteiro seguia ela com o olhar, com o caralho pulsando dentro da calça. De certa forma, ele já tinha terminado o que ia fazer, mas puxava assunto esperando algo.

Foi quando a Lisandra precisou se abaixou e ficar de quatro na frente do porteiro para procurar um produto de limpeza no fundo da parte debaixo do armário. Era a oportunidade que aquele tarado estava aguardando. Se alguma coisa ainda o detinha, isso cessou no instante em que ela continuou conversando com ele de quatro, aparentemente sem achar o produto, e deu uma reboladinha na bunda.

Sem dizer mais nada, o seu Geraldo baixou a calça do uniforme e a cueca, liberando aquele caralho grande e pentelhudo que já estava dando solavancos de tão duro, se ajoelhou atrás da loirinha, levantou seu vestido até o tórax de uma só vez e encostou o caralho na bundinha dela.

A Lisandra arregalou os olhos, e virou o rosto para trás.

— O que é isso, seu Geraldo?

— Por favor, Lisandra. Você não sabe há quanto tempo eu quero te comer... Você percebeu meu pau duro e ficou de quatro rebolando...

— Porque nós somos amigos, seu cretino! Você me contou sobre todas as condôminas e diaristas que comeu! Eu pensei que fosse café com leite!

— Eu nunca disse que você era café com leite, minha loira.

— Eu pensei que fosse sua amiga.

— E você dá para inimigo? Porque eu não como inimiga.

— Eu não quero ficar falada por aí! Eu não quero que o Rogério pense que eu sou uma vadia...

— Vai ser o nosso segredo! Eu juro!

— Eu...

— Eu comento na frente do Rogério que você é moça séria, que não dá trela para ninguém.

A loirinha tentava sair, mas o seu Geraldo a segurava pela cintura, sem encostar nela. Ficaram nesse jogo por alguns instantes. Se ela gritasse ou ele forçasse de vez, eu iria intervir e descer a porrada no porteiro. Talvez apanhasse, mas um chute bem dado naquele saco, ele levava.

— O que você está esperando? — perguntou Lisandra, parando de resistir por um momento.

— Oxi. Você dizer que sim ou que não — respondeu seu Geraldo. — Não vou tirar sua calcinha, meter ou te soltar até você dizer se deixa eu te comer ou se não quer mesmo.

A Lisandra respirou fundo.

— Está bem, seu Geraldo. Eu vou te deixar me comer, mas se você prometer não contar a ninguém. Promete?

— Prometo!

— Principalmente, o Rogério e a Jéssica.

— Eles nunca vão saber!

A Lisandra respirou fundo e empinou bem a bunda. O porteiro baixou a calcinha dela até o joelho, tirou uma camisinha da carteira e a colocou. Em seguida, ele encostou seu cacete na bucetinha dela e começou a forçar a entrada.

Quando a cabeça deve ter forçado a entrada, a Lisandra deu um suspiro e tentou recuar, mas ele a segurou pela cintura e foi, cm a cm, abrindo caminho naquele terreno que não conhecia ainda.

Depois que o cacete entrou todo, o porteiro parou um pouquinho. Esperou uns instantes para que a loirinha se acostumasse com o invasor. Ou ela tinha uma bucetinha bem apertadinha ou ele era muito mais dotado do que os caras com que ela tinha transado antes.

Aos poucos, o seu Geraldo iniciou o vai e vem, comendo aquela bucetinha que ele tanto desejava. Aos poucos, a Lisandra ia se acostumando mais com o cacete.

— Você nem imagina quantas punhetas toquei pensando em você, minha loira. Eu tava só esperando uma oportunidade de comer essa bucetinha!

— Safado! Cretino! Eu sei que você diz isso para todas!

Aos poucos, o porteiro ia aumentando o ritmo das estocadas.

— Mas você sabe que é especial. Da sua idade, nunca comi nenhuma. Da sua belezura, também não.

— Você não me engana, seu cretino! Come, mas não inventa lorota!

— É sério, minha loira.

Aos poucos, o ritmo foi se intensificando. O porteiro a comia com certa violência, não tinha pena nenhuma de arrombar a xoxota da loirinha de quem se dizia amigo. Ele a assegurava pela cintura com força e metia rápido e forte. A Lisandra gemia sem parar.

— Essa bucetinha é um sonho, minha loira.

— Seu Geraldo, me promete que não vai contar isso para ninguém!

— Claro, Lisandra!

— É sério, seu Geraldo! Eu não quero ficar falada no prédio!

Entendia a preocupação da Lisandra. Algumas diaristas acabaram com a fama de “marmita” quando seus casos com condôminos ou funcionários vazaram a boca pequena.

— Tem a minha palavra, Lisandra.

Enquanto isso, o seu Geraldo continuava metendo. De onde eu estava, conseguia ouvir o barulho do púbis e das coxas dele batendo na bundinha dela, enquanto ela era empurrada para frente com as bombadas. A Lisandra de quatro gemia alto e o seu Geraldo socava a pica com vontade.

Naquele momento, ele fez menção a tentar mudar de posição, mas a Lisandra se manteve firme de quatro. Ela lembrou ao porteiro que eles precisavam ser rápidos e terminar isso logo, antes que a Jéssica chegasse ou eu acordasse.

— É gostoso... meter... com você...

— Está gostando, minha loira?

— Sim! Me fode!

Ouvindo isso, o porteiro começou a bombar cada vez mais forte, com sua barrigona apoiada nas costas da loirinha. Parecia um animal, fodendo ela selvagemente. O clímax devia estar perto.

— Se prepara... Quase... Eu vou... Ah... VOU GOZAR!

Ele a agarrou com força e, urrando, socou sua rola na bucetinha da diarista, enfiando até o saco. A cada estocada, foi despejando sua porra quente dentro da camisinha na xoxota dela. A Lisandra permaneceu paradinha enquanto recebia cada jatada dentro de si.

Após isso, os dois se deixaram cair no chão, os dois precisando recuperar o fôlego. Ele acabando por se deitar com a barrigona nas costas da loirinha magrinha. E assim permaneceram por um minuto, talvez dois. Mas ambos sabiam do perigo da Jéssica voltar ou de eu acordar.

Por isso, permaneci parado no corredor, respirando baixo, tentando não fazer barulho.

O seu Geraldo logo se sentou no chão, tirou a camisinha com cuidado para não melar (muito?) o piso do apartamento alheio, deu um nó na ponta e guardou num bolso do uniforme para se livrar dela em um lugar mais conveniente.

A Lisandra se levantou primeiro, arrumando o vestido. O seu Geraldo, por sua vez, permaneceu sentado no chão por um instante, um sorriso satisfeito se desenhando em seu rosto enrugado.

— Garota, você é danada, viu? — ele disse, passando a mão na barba antes de abotoar os poucos botões de sua camisa.

Lisandra riu baixinho e jogou os cabelos para trás.

— O senhor é louco, seu Geraldo — retrucou ela.

Seu Geraldo soltou uma gargalhada abafada.

— A vida é assim, minha jovem. A gente tem que agarrar as oportunidades que aparecem, senão outro vem e leva. E ó… Faz tempo que eu queria colocar uma calcinha sua na minha coleção.

— Ah é?

— Sim. Você é uma das mulheres mais lindas que já pisou neste prédio. Devia ser uma modelo, uma atriz! Atriz de Hollywood! É claro que eu ia querer a sua calcinha também.

Lisandra estreitou os olhos e colocou as mãos na cintura.

— É mesmo, é? E o senhor acha que é assim, fácil? Primeiro come, depois já leva uma lembrancinha? No mínimo, tá me devendo um date!

Ele arqueou uma sobrancelha, surpreso.

— Um o quê? O que diabo é um date?

Lisandra suspirou, impaciente.

— Um encontro, Seu Geraldo! Tipo sair pra jantar, conversar, flertar… fazer aquele joguinho antes de qualquer coisa acontecer.

Ele franziu a testa.

— Mas que frescura é essa? Antigamente a gente resolvia no olhar. Se gostou, gostou, se não gostou, segue a vida.

Ela cruzou os braços.

— Pois é, mas agora a regra mudou, e o senhor me deve um. Primeiro a gente sai, depois vê se vale a pena, e aí, se rolar clima, quem sabe. Mas o senhor já pulou direto pra última parte, né? Então, se quiser a minha calcinha, vai ter que compensar. Próxima sexta, um jantar decente, num lugar bonito. Sem miséria!

Seu Geraldo coçou a barba, pensativo.

— Tá certo, danadinha. Sexta eu te levo num lugar chique, pode deixar.

Satisfeita, a Lisandra desceu a peça de lingerie, que estava abaixo do seu joelho ainda, e entregou para ele. Era uma calcinha de renda vermelha, pequena e delicada. Provavelmente, ela calculava o cuidado que tomaria para chegar em casa sem calcinha sem ninguém notar.

Ele segurou a peça com reverência, dobrando-a com cuidado e colocando no bolso da camisa.

— Assim sim — disse ele, satisfeito. — Agora posso ir em paz.

Quando ele se virou para sair, parou na porta e olhou para ela com um ar mais sério.

— A gente ainda é amigo, né?

A Lisandra cruzou os braços e ergueu a sobrancelha.

— Depende. Se eu souber que alguém mais ficou sabendo disso, nem olha mais na minha cara.

O seu Geraldo fez o gesto de zíper na boca e saiu com um sorriso maroto. Depois que a porta fechou, a Lisandra olhou para o chão, talvez pensando no quanto teria que limpar para ninguém suspeitar do que houve ali.

Eu, do corredor, segurei a respiração. Então, percebi ela vindo para o banheiro, provavelmente para se limpar antes e voltei para o quarto antes que ela percebesse que eu estava acordado.

O sábado costumava ser um dia tranquilo. Eu estava no escritório, revisando alguns relatórios quando ouvi a porta da frente se abrir e passos leves no corredor. Reconheci de imediato o ritmo descontraído da Lisandra e o caminhar firme da Jéssica. Me levantei, me aproximando da porta do escritório e abri uma pequena fresta, curioso, pegando a conversa pela metade.

— Você também? Todo mundo conhece a Lorena por cinco minutos e já se apaixona. Que inferno!

Lisandra riu.

— E não é pra menos, né? A mulher é um anjo. Linda, educada, carinhosa, super gente boa...

Jéssica revirou os olhos, mas não conseguiu esconder um meio sorriso.

— Meu Deus, que exagero. Parece que vocês nunca viram uma mulher bonita e gentil antes.

— Só conheci como ela: você — brincou Lisandra. — E aposto que você também amaria a Lorena se não estivesse tão ocupada com esse ciúmes bobo.

— Ciúmes? Eu? Por favor.

— Não vai me dizer que você não percebeu que ela está para você como o Enéias está para o Rogério, só que uma versão menos cafajeste?

Jéssica imediatamente estreitou os olhos.

— O que isso tem a ver?

— Tem tudo a ver, amor. Quando aquele semideus apareceu por aqui e todas as mulheres começaram a babar por ele e dizer que ele combinava mais com você do que o Rogério, você sempre deixou claro que ele era só um amigo. É exatamente a mesma situação agora, com o Rogério tendo que explicar que a Lorena é só uma amiga e você fingindo que tá tudo bem e não tem ciúmes.

Houve um silêncio curto. Eu vi o maxilar da Jéssica se contrair, mas ela manteve a postura.

— Isso não tem nada a ver.

Lisandra sorriu.

— Claro que tem. Você só não quer admitir que tá mordida.

Jéssica respirou fundo e apontou para a diarista.

— Olha, eu gosto de você, Lisandra. Mas sinceramente, você tá começando a me irritar.

— Eu também gosto de você. Gosto muito. Na verdade, adoro ver você e o Rogério juntos. Só queria ele emprestado algumas vezes. — admitiu Lisandra, debochada.

Jéssica riu, cruzando os braços.

— Empresto não.

Lisandra fez um biquinho dramático.

— E se eu deixar você assistir?

Jéssica balançou a cabeça, rindo.

— Empresto nada.

— E se eu deixar você participar? — tentou Lisandra, provocante.

— Empresto menos ainda — respondeu Jéssica, fingindo indignação.

— Tá bom... e se fosse nós duas, ao mesmo tempo, com ele? — Lisandra lançou um olhar travesso.

Jéssica fingiu pensar por um segundo e depois sorriu.

— Empresto nadinha.

— Eu posso, ao menos, assistir? — Lisandra mordeu os lábios.

— Assistir sem tocar?

— Assistir sem tocar — repetiu, quase como uma promessa solene.

A Jéssica levou a mão no queixo, fingindo pensar e depois sorriu.

— Posso pensar no seu caso.

Elas caíram na risada, se olharam por um instante, e o clima, antes tenso, deu lugar a uma cumplicidade inesperada.

— Mas falando sério... — Lisandra continuou. — Eu entendo seu lado. Não deve ser fácil ter uma mulher como a Lorena tão próxima do seu marido. Mas, sinceramente, Jéssica... o Rogério pode ser gostoso, mas ele é apaixonado por você. E só você.

A Jéssica mordeu o lábio, como se não quisesse admitir que as palavras da Lisandra a acalmaram um pouco.

Eu continuei ali, atrás da porta, ouvindo tudo e sorrindo de leve.

Mais tarde, de noite, tive que ir buscar a Lorena, que precisara resolver umas questões no nosso trabalho. Voltamos fofocando coisas do ambiente corporativo. Ao chegarmos em casa, o estacionamento do prédio estava silencioso.

Quando nos aproximamos do elevador, a porta estava fechando. Eu gritei pedindo para quem estava dentro para segurar. Ele fez isso a tempo de entrarmos, mas, para minha infelicidade, era o Lucério já estava lá dentro. Ele nos lançou aquele sorriso que nunca chegava aos olhos, uma expressão calculada demais para ser genuína.

— Boa noite. — Sua voz cortês demais para ser natural.

Toquei o botão do nosso andar, sentindo imediatamente o olhar avaliador do Lucério sobre nós. Sempre ele, sempre essa sensação de que estava estudando tudo ao redor como um caçador analisa suas presas.

— Boa noite — respondi, mantendo a voz neutra, mas já em alerta.

— Boa noite! — disse Lorena, com sua simpatia habitual, sem perceber, ou ignorando, a tensão no ar.

O elevador começou a subir, mas a sensação de que algo desagradável estava prestes a acontecer se instalou no meu peito.

O Lucério virou-se ligeiramente para ela, com um interesse que me deixou imediatamente alerta.

— Lorena, não é? Você está de mudança para cá, mas o apartamento está em uma rápida reforma, não? Tenho ouvido falar muito sobre você. Tudo ótimo, claro. Só elogios. Uma pessoa tão bondosa...

Meu estômago se revirou. Como diabos ele já sabia tanto sobre a Lorena? Mais importante: quem teria falado dela para ele? Meu primeiro pensamento foi a Jéssica, mas eu me recusei a acreditar nisso.

A Lorena sorriu, parecendo alheia ao desconforto que se instalava dentro de mim.

— A gente se conhece? — comentou ela. — Tenho a impressão de já ter te visto.

— Creio que seja a primeira vez que nos falamos.

— Você almoça na...? — perguntou Lorena, se referindo ao restaurante onde sempre almoçamos.

— Não.

— Que curioso. Eu nem me mudei direito e já tenho uma reputação. Espero que seja boa — ela brincou.

— Oh, a melhor possível — respondeu Lucério. Ele tocou de leve no queixo dela. — Você tem uma aura interessante, sabia? Algo puro, genuíno... Raro de se ver hoje em dia.

Lorena franziu ligeiramente a testa, sem entender onde ele queria chegar. Eu entendi.

— Eu apenas tento ser uma boa pessoa — disse ela, modesta.

— E consegue — concordou Lucério. — Mas o mundo é cruel com os bons. Eles acabam transformados.

— Acho que depende da perspectiva — rebateu Lorena.

Não gostei nem um pouco da forma como ele olhava para ela. Aquela gentileza era calculada, interesseira. Ele estava tentando enredá-la de alguma forma. Então, me movi sutilmente, posicionando-me entre os dois, sem chamar muita atenção, mas estabelecendo uma barreira clara.

— A Lorena é uma pessoa incrível e a minha melhor amiga — disse, como se estivesse me metendo na conversa.

O Lucério me lançou um olhar avaliador, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios. Como se eu tivesse acabado de confirmar algo que ele já suspeitava.

— Sabe, Lorena... Você é como a Jéssica. É diferente da maioria. Eu admiro isso. Mas o que mais admiro são as pessoas que descobrem novas facetas de si mesmas — ele disse.

Ela soltou uma risada leve.

— Acho que estou bem com quem eu sou, obrigada.

— Por enquanto — ele murmurou, baixinho.

Antes que isso continuasse, a porta do elevador se abriu no nosso andar. Segurei a porta para a Lorena passar primeiro. Ela saiu sem perceber a tensão no ar, mas antes que eu pudesse segui-la, Lucério murmurou algo atrás de mim:

— Curioso. Você nunca protegeu sua esposa assim...

Virei-me ligeiramente, sentindo o impacto daquelas palavras. O elevador começou a se fechar, mas o sorriso enigmático de Lucério ficou gravado na minha mente.

E assim foi o final de semana.

A semana seguinte começou tranquila. Bem, tão tranquila como se pode ser numa segunda com trabalho manhã e tarde. Mas, de noite, estávamos já relaxando. Largados no sofá da sala, eu e a Lorena, com controles do PS5 na mão. Ela com a expressão concentrada e mordendo o lábio de leve enquanto tentava me derrotar no "Street Fighter 6". O PS5 era dela, mas enquanto ela estivesse morando sob o meu teto, eu escolhia o jogo. A rivalidade no videogame era uma desculpa perfeita para soltar farpinhas e provocações.

— Você tá apelando, Lorena! — reclamei, rindo, depois que ela encaixou um combo perfeito que me deixou com um fiapo de vida.

— Apelando? — Ela me lançou um olhar fingidamente ultrajado. — Rogério, meu anjo, isso aqui é talento puro. Você é que tá enferrujado.

— Se talento fosse apertar todos os botões feito doida, você seria campeã mundial.

Ela jogou um dos pés sobre minha perna e me deu um empurrãozinho com os dedos.

— Inveja mata, meu bem. — O sorriso vitorioso dela era irritantemente lindo.

Eu ia retrucar quando a porta do apartamento se abriu. Meu coração deu um salto por puro reflexo. Jéssica.

Ela estava chegando do trabalho, os ombros ainda tensos pelo dia corrido. Tirou os sapatos logo na entrada e soltou um suspiro ao pisar no chão frio da sala. O cabelo castanho-claro estava preso em um coque frouxo, com algumas mechas soltas emoldurando seu rosto. Vestia uma camiseta simples e uma calça confortável, deixando claro que tudo o que queria era um banho e um jantar. Apesar da exaustão, sua presença ainda irradiava algo magnético. Impressionante como a ver era tudo que precisar para me deixar excitado.

— Boa noite, dupla gamer — provocou Jéssica, encostando-se ao batente da porta com um sorrisinho torto.

— Boa noite, médica mais linda do mundo — devolveu Lorena no mesmo tom. A tática da Lorena de adular a Jéssica parecia estar começando a dar certo. A Jéssica já não fazia cara de poucos amigos para ela.

Jéssica se aproximou de mim e me deu um beijo carinhoso, apertando levemente minha mão antes de se virar para a Lorena.

— Boa noite, segunda mulher mais linda do apartamento — cumprimentou, em um misto de brincadeira e provocação.

Depois, a Jéssica tirou o elástico do cabelo, soltando as mechas castanhas, e suspirou.

— Eu vou tomar um banho rápido. Já volto — disse, caminhando para o banheiro.

Alguns minutos depois, ela retornou de cabelo úmido e preso em um coque mais alinhado, usando um short de algodão e uma blusa folgada, claramente mais à vontade.

— E aí, tão jogando o quê? — perguntou.

— Street Fighter — respondi, com a voz um pouco mais rouca do que queria.

— Tô ensinando o Rogério a perder com classe — zoou Lorena.

— Ele já devia estar acostumado, né? — brincou Jéssica.

Ela foi para a cozinha enquanto falávamos, abriu a geladeira e pegou o jantar que tínhamos deixado separado. Colocou no micro-ondas, esperando os minutos contados no visor digital.

— Amor, lembra que eu falei que, na festa de carnaval, eu tinha prometido um jantar com o Lucério neste mês? — A voz dela veio casual, mas eu soube que tinha pensado bem antes de falar. — Um jantar de amigos.

— Lembro — respondi, ainda com o controle na mão, mas atento.

— Marquei pra sexta agora — anunciou sem rodeios.

Desviei os olhos da TV para encará-la. Não era ciúmes. Confiava nela completamente. Mas o Lucério era um cara estranho que obviamente queria comer ela.

— Esse cara é esquisito, Jéssica. Não me preocupa você sair pra jantar com um amigo, mas ele é, nas suas próprias palavras, uma versão fracassada de vilão de novela das oito — falei, sincero.

— Eu sei, eu sei. Mas eu prometi, e não gosto de voltar atrás com minha palavra. — Ela mexeu nos talheres na gaveta, distraída. — Além disso, eu realmente acho que ele só precisa de uma amizade verdadeira. Talvez isso ajude ele a ser uma pessoa melhor.

Lorena, que até então observava quieta, interveio.

— Lucério é aquele cara que parece um vampirão que veio falar com nós duas na piscina ontem?

— Sim.

— Jéssica, minha amiga, você tá tentando redimir um vilão. Isso nunca dá certo. Daqui a pouco, ele vai tá aparecendo aqui na sua porta com um monólogo dramático e um buquê de flores roubado da vizinha.

Jéssica riu e revirou os olhos.

— Vocês dois são impossíveis. Eu só quero cumprir o que prometi. E, sei lá, tentar dar um voto de confiança pra ele. Não custa nada.

— E onde vai ser?

— Não sei ainda. Ele ficou de me avisar por WhatsApp, mas deixei bem claro que eu teria poder de veto.

— Até porque, se você dissesse que toparia qualquer lugar, a janta ia ser o serviço de algum motel — brincou Lorena. — Será que tem motéis temáticos? Imagina ele indo de Dick Vigarista e você, Penélope Charmosa.

A Jéssica fez que ia jogar o garfo na Lorena de brincadeira e tirou o prato do micro-ondas.

— Se ele começar a falar em tomar o poder no condomínio ou chantagear o síndico, você nos que a gente vai te resgatar, tá? — brinquei.

— Combinado — comentou ela, assoprando o prato quente. — Mas, relaxem, vai ser só um jantar de amigos. O que de pior pode acontecer?

Umas das piores coisas que poderiam acontecer é eu chegar em casa na sexta de noite e me deparar com uma dupla trepando na nossa cama de casal.

Isso acabou acontecendo, mas é assunto para o próximo capítulo.

PRAZO PARA O FINAL DA APOSTA ENTRE JÉSSICA E LUCÉRIO: 4 meses.

Pois bem, leitor. No próximo capítulo, vamos ter uma sexta muito louca quando, enquanto a Jéssica vai ter um jantar de amigos com o Lucério e a Lisandra vai ter seu date de compensação com o seu Geraldo, o condomínio vira um pequeno caos e eu vou acabar encontrando uma dupla trepando na minha cama e, posso garantir que não é quem vocês pensam.

Enquanto isso, antes do seu date, o seu Geraldo vai acabar comendo duas das condôminas mais gostosas do prédio.

AVISO AOS LEITORES: Esta série tem, atualmente, três spin-offs onde são desenvolvidos alguns coadjuvantes. “Passando a Vara nas Vizinhas. Ou Não.” é estrelada pelo Carlos. “Quem Vai Comer a Advogada Evangélica?” conta a história da Rebecca. E “Eu e Minha Esposa Pulamos a Cerca... E o Caos Explodiu” conta as desventuras de Érico e Sarah. A ordem de publicação delas as mantém no mesmo momento cronológico.

Em breve, alguns outros personagens terão contos one-shot como o Antônio e do porteiro seu Geraldo, além da segunda e terceira partes do Lucério.

Coloquem nos comentários para o que vocês torcem que aconteçam nos próximos capítulos. Daqui a 15 dias, teremos a continuação.

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Comentários

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não vai ter nd pesado, mais acho q vai ser legal vê alguma coisa nesse janta kkkk sinceramente queria q acontecesse logo kkkkkk

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Ótimo conto como sempre, assumo q estou nem ansioso kkkk mais sinceramente a melhor parte acho q foi a Lorena dando foras sem para, no Enéias kkkkk

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