Cap. 6: O preço do primeiro passo e a fome insaciável por mais

Um conto erótico de Angélica
Categoria: Heterossexual
Contém 6829 palavras
Data: 16/03/2025 17:09:57

Quando acordei já havia escurecido. Olhei no celular e eram quase dez da noite. Mandei mensagem para Saul, que estava preocupado pelo meu sumiço e expliquei que apenas dormi.

- Você está melhor depois de tudo? - Meu marido perguntou.

A pergunta dele me levou de volta para o banheiro onde ouvi as garotas falando mal do meu corpo e como um homem como César nunca olharia para mim do jeito que fantasiei.

- Me recuperando. - Respondi.

- Ainda pensando no que ouviu mais cedo, não é? Você não deveria acreditar no que essas mulheres disseram.

- Como não, Saul? Tenho um espelho no quarto.

- Espelhos só mostram uma parte da verdade. A gente cresce achando que sabe como as coisas são, mas… e se a gente estiver errado sobre nós mesmos? Já perguntou para César o que ele acha de você?

Isso seria loucura. Eu não queria me humilhar dessa maneira.

- Ouvi aquelas mulheres. E elas não estavam erradas. Você sabe disso.

- O que sei é que você está se deixando definir pelo que os outros dizem.

- Não é só o que elas disseram. É a verdade. Sei o que sou. Sei como sou. César poderia ter qualquer mulher nesse hotel. Mulheres como aquelas que estavam rindo de mim. Mulheres que fazem sentido ao lado dele.

- E se você estiver errada?

- Errada?

- Já perguntou para ele o que ele acha de você?

Engoli em seco.

- Isso seria humilhante.

- Por quê? Tem tanto medo da resposta assim?

- Tenho medo de passar vergonha. Medo de confirmar o que já sei.

- Ou medo de descobrir que está errada?

Meu coração disparou com a possibilidade.

- Tá, vamos supor que eu esteja errada. Vou até César, ele diz que me deseja. E depois?

- Estou pronto para o que você quiser que aconteça.

Fiquei sem saber o que responder.

- No grupo dos homens na igreja, dizem que a mulher é a coroa do marido. Que ela cresce, experimenta, floresce e o homem é fortalecido por isso. Quando um casal aprende junto, sem medo, sem barreiras, isso os torna mais unidos, mais fortes. - Saul continuou antes que eu pudesse responder.

Estava cansada daquela culpa, daquela indecisão, em todos os lados. Decidi que deveria falar o que estava na minha mente. Dessa vez com todas as letras.

- Isso não faz sentido. Crescer junto? Estamos falando sobre me entregar para outro homem. Um homem que não é meu marido. É adultério. Como isso pode fortalecer alguma coisa entre nós?

- É adultério quando há mentira, quando há engano, quando há separação entre marido e mulher. Mas quando um homem e sua esposa compartilham algo, quando há permissão, quando o marido está presente em espírito, isso não é adultério, é cumplicidade.

- Cumplicidade?

- No grupo, falamos muito sobre como o casamento é um pacto, mas não um pacto de posse. É um pacto de entrega. A mulher pertence ao marido, e o marido pertence à mulher. Mas isso não significa prisão. Significa confiança.

- E onde isso se encaixa?

- Você quer me servir como esposa, não quer?

- Quero.

- Então por que está lutando contra isso? Se isso fortalece nosso casamento, se isso te faz crescer, se eu, como seu marido, vejo isso como algo bom para nós, como pode ser errado? Você já sentiu esse desejo. Fingir que não sente não muda nada. Mas entender, descobrir, isso sim pode mudar.

- E se eu for e ele me rejeitar? Se eu me humilhar à toa? - Não conseguia acreditar que estava começando a considerar a ideia.

- Lembra de quando aprendemos que o orgulho pode ser uma armadilha? Muitas vezes, ficamos presos ao medo de como vamos nos sentir, ao medo da humilhação, do erro. Mas e se o erro maior for fugir do que pode nos transformar?

- Acha que isso me transformaria?

- Acredito que pode. Mas isso só você pode descobrir. O que sei é que não é errado buscar entendimento. Você quer saber a verdade, não quer? Então por que tem tanto medo dela?

- Porque se a verdade for a que imagino, vai doer.

- Você não precisa ir. Pode ignorar essa dúvida e continuar como está. Mas também não deveríamos temer aquilo que pode nos fortalecer.

- E se isso não me fortalecer?

- Mas e se fortalecer? Se te fizer crescer, entender a si mesma, entender nós dois? Se for parte do seu caminho como esposa?

Saul estava do meu lado, eu não devia temer tendo tanto apoio do meu marido.

- Vou procura-lo. - Falei.

Ele leu essa mensagem e levou um tempo até responder.

- Sei que a noite pode ser intensa e que você vai viver coisas que talvez nunca tenha imaginado. Talvez você se veja diferente. Talvez, por um momento, se perceba como uma nova mulher, e eu... sei que isso pode mexer com você de formas que não consigo imaginar. Apenas lembre: todo prazer que você sentir, será meu prazer também. E, mesmo quando você não estiver pensando em mim, saiba que estarei sempre pensando em você. Sei que isso vai acontecer, e estou bem com isso. No fim, o que estamos fazendo é mais profundo do que qualquer medo ou dúvida.

Encarei a tela do celular, lendo e relendo a mensagem. Ele estava mesmo me dando essa liberdade. Não só permitindo, mas querendo isso.

A culpa deveria estar presente. Qualquer outra mulher sentiria. Mas eu não sentia. Não depois de tudo o que conversamos. Não depois de ver que Saul não estava apenas aceitando, ele estava feliz com isso. Isso de alguma forma me libertava, tirava um peso de cima de mim.

- Eu nunca vou te esquecer. - Respondi.

Respirei fundo, coloquei uma roupa e sai do quarto. Estava tremendo. Cheguei no andar. Bati na porta. Nada. Pela hora os eventos e palestras já haviam acabado, onde será que ele estava? A cada segundo que passava eu acreditava menos que faria aquilo. Se ele não estivesse poderia ser minha resposta, não era para acontecer. Eu voltaria a dormir e acabava com aquilo de uma vez.

- Procurando César? - Um colega de trabalho que eu conhecia de vista perguntou ao passar.

Balancei a cabeça positivamente.

- Ele foi ao happy hour com o pessoal.

- Ah... - Suspirei.

- Quer o número dele? Manda uma mensagem no whatsapp.

Aceitei. Era uma ótima ideia. Doeria menos levar um fora por mensagem.

Voltei ao quarto e deitei na cama. Por uns minutos encarei o contato de César. Respirei fundo e mandei:

- Oi, César. É Angélica. Podemos conversar?

A resposta veio rápida:

- Olha só que surpresa. O que a gatinha do suporte técnico quer falar comigo? Por que você não veio tomar uns drinks com a gente?

Gatinha? Ele parecia animado demais. Nem deveria ter notado que sai do quarto que estávamos compartilhando.

- Não sei se devia estar te chamando, mas queria conversar um pouco. Sobre algumas coisas que andei pensando sobre hoje e ontem. - Respondi.

- Agora fiquei interessado

- É que às vezes a gente acha que entende as coisas de um jeito, mas depois percebe que talvez tenha interpretado tudo errado.

- Errado como?

- Você sempre brinca daquele jeito?

- Aquele jeito? como?

- Você sabe. As brincadeiras, os toques, chamar para o banho, pedir para tocar. Essas coisas.

- E por que isso tá te incomodando agora?

- Eu só pensei que talvez tenha entendido errado. Que fosse só brincadeira. Que você faz isso com todo mundo.

- Você acha que eu chamo todo mundo para tomar banho comigo?

Ele fazia eu me sentir boba mas a insegurança não me deixava ter certeza de nada.

- E se você tivesse aceitado a última coisa que eu faria com você seria tomar banho. - Ele continuou.

Podia ser mais claro que isso? Digitei a mandei uma resposta sem pensar.

- Você ainda quer fazer essas coisas comigo? De verdade?

- Quero bastante. - Meu corpo esquentou ao ler essa mensagem

- Também quero. - Respondi, sentindo minha respiração mudar. - Desde que nos conhecemos que não paro de pensar nisso.

- Eu sabia disso desde o primeiro dia. Seu olhar não mente. Via sua vontade. Adorava ver você tentando resistir. Mas estou gostando ainda mais de te ver entregue pra mim.

Ele parecia se divertir cada vez mais com a situação.

- Mas é bom você saber uma coisa: se você for até o fim, não vai ter volta. E eu vou te fazer querer cada vez mais. - César alertou.

- Eu quero. Quero muito.

Queria mais que tudo.

- Então tá, agora que você é minha quero ouvir sua voz dizendo isso.

Minha mente ainda girava, como poderia ter sido tão fácil? Tão simples? O quarto parecia cada vez mais quente e eu começava a suar. Me levantei, vi meu reflexo no espelho e me senti sexy. Peguei o celular e gravei a mensagem:

- Quero ser sua, César. Vou ser toda sua.

Quase não reconheci minha própria voz. Era um tom que nunca havia ouvido.

- Caralho, que delicia! Me deixou de pau duro! Não vejo a hora de ouvir você falar isso no meu ouvido enquanto eu estiver te comendo bem gostoso.

Era a primeira vez que ouvia um homem falando que queria me comer. Aquilo, num passado recente, soaria tão sujo e vulgar, mas agora só fazia a minha temperatura subir.

- Quero que você me coma muito. - Respondi, usando palavras que nunca sonhei em usar.

- Eu sabia que por trás da sua cara de santinha tinha uma putinha bem safada.

Ele realmente tinha visto isso? Algo que nem eu mesmo via? Nunca tinha sido chamada de puta. Mas se tem alguém que poderia fazer isso comigo era César.

- Sou sua putinha. - Falei.

- Que delicia! Então sabe o que minha puta vai fazer agora? Tirar toda a roupa, deitar na cama e me esperar chegar.

- Sério? - Perguntei. Precisava perguntar. Precisava acreditar.

- Nunca falei tão sério. Hoje vou te comer como ninguém comeu. Fica me esperando.

E em seguida ele se despediu. Era aquilo? Era apenas tirar a roupa e esperar para transar com César?

Precisei mandar mensagem para o meu marido e contar tudo.

- Ainda dá tempo de desistir, posso simplesmente fingir que nada aconteceu. - Falei depois de contar.

- Angélica, isso é algo que você precisa viver para si mesma. Não tenha medo de se entregar. Não vou te julgar, não quero que você se sinta sozinha nesse momento.

- Ainda tenho medo. E se eu me arrepender? Será que sou forte o suficiente para fazer isso?

- Não se preocupe. Estou te dizendo que você é forte, e você não vai se arrepender. Isso não é sobre ele ou sobre mim. É sobre você. Se você sente que precisa fazer isso, não há mais volta, mas não é sobre se arrepender, é sobre aproveitar. Sei que isso vai te libertar. Não se preocupe, estarei aqui para você, de qualquer forma.

Ele tinha razão. Não havia volta. E ele estava comigo e isso era o que importava. Era hora de abrir aquela porta misteriosa e descobrir o que havia do outro lado.

Fui tomar um banho rápido, enquanto passava a mão pelo meu corpo, relembrei como havia me depilado tão bem antes de vir para o evento. Parte de mim queria e agia para que aquilo fosse acontecer, era impossível negar.

Me vesti e voltei ao quarto que César e eu dividíamos. Ao entrar, olhei a cama dele. Era ali que seria escrito um capítulo tão importante da minha história. Pela manhã provavelmente aquelas paredes iriam ter visto algo que no momento eu não era capaz de imaginar. Um frio na barriga tomou conta de mim.

Liguei o ar-condicionado pensando em deixar o clima frio porque não queria ficar tão suada enquanto César... E aí ao pensar nisso a ficha caia de que iríamos transar. Tirei a roupa inteira e pulei na cama, ansiosa.

- Estou te esperando no quarto. - Mandei mensagem para César.

Ele não respondeu, mas pelo ícone do whatsapp dava para saber que ele havia recebido a mensagem. Ainda eram 22 horas, provavelmente estava ocupado no happy hour.

O tempo foi passando, 23 horas, meia-noite, 1, 2 da manhã... A cada passo ou movimentação no corredor meu coração acelerava, mas nada de César.

Eram quase 4 da manhã quando a porta finalmente abriu.

Ele estava com a camisa meio desabotoada, a gravata solta e os cabelos um pouco bagunçados, como se tivesse passado a mão por eles várias vezes. Sorriu ao me ver na cama.

- Adoro uma putinha obediente, sabia?

Corei de vergonha enquanto ele fechou a porta e foi em direção ao banheiro.

- Vou dar uma mijada e volto para cuidar de você. - Sua voz, meio embolada, entregava seu estado de embriaguez.

Quando voltou, ficou ao lado da cama me olhando.

- Levanta, quero ver. - Ordenou.

Levantei, derrubando o lençol. Estava com vergonha, me sentia tão exposta, pronta para ser julgada. Talvez fosse o momento que César desistisse.

- Adoro mulheres feito você, com curvas mais brutas, maiores, cheias de lugares para pegar. - Ele disse e se aproximou.

O cheiro que veio dele me atingiu em cheio: álcool, um toque amadeirado do perfume e algo mais denso, mais quente.

César se inclinou um pouco mais, o hálito quente e alcoólico roçando meu rosto.

- Estou louco para te comer.

Meu corpo inteiro arrepiou.

- Tá vendo? - Ele sorriu. - Fica toda sem jeito. É isso que acho mais gostoso em você.

Engoli em seco.

- Você... você bebeu.

- Um pouco. - Ele riu, sem se importar. - Mas não o suficiente para deixar de fazer o que quero. Você quer que eu prove?

César segurou minha mão e puxou, direto para a frente da calça dele. O gesto foi tão direto, tão inesperado, que eu não consegui nem reagir. Senti a rigidez sob o tecido, quente e pulsante.

- Você acha que isso aqui é brincadeira?

Meus dedos se moveram sem que eu mandasse. Um aperto leve, curioso. Ele gemeu baixo, fechando os olhos por um segundo. Eu quis dizer alguma coisa, mas fiquei com medo de acordar. Os sonhos tinham a mania de acabar na melhor parte.

Então o que fiz foi apertar um pouco mais.

- Acredita agora? - Ele perguntou olhando nos meus olhos enquanto o volume crescia nas minhas mãos. - Quer que eu enfie ele bem aqui?

Ao dizer isso César aproximou a mão e tocou na minha buceta. Meu corpo respondeu antes que minha mente pudesse raciocinar. Um arrepio subiu pelas minhas pernas até o estômago quando senti a mão dele em tocar. Um choque de calor subiu pela minha pele. Nunca, em toda minha vida, tinha sido tocada assim. O gesto era confiante, exigente, sem hesitação.

- Hoje você vai me dar e ela vai ser minha.

Minha respiração ficou presa no peito. César começou a movimentar, vagarosamente, os dedos para dentro, me tocando sem pressa. Meu corpo estremeceu e minhas pernas cederam por um instante. Ele segurou meu queixo, me forçando a encará-lo. Seus olhos eram intensos, e o cheiro de álcool chegava até mim, quente e misturado ao perfume amadeirado.

- Você tá molhada demais. Tá esperando por isso há muito tempo, né? Eu também estou.

Era como se estivesse sendo conduzida, como se César soubesse exatamente onde e como tocar, como se tivesse total controle sobre minhas reações.

Os dedos dele se moviam, me explorando com a experiência de quem sabia onde estava mexendo, e um gemido escapou dos meus lábios. Saul nunca tinha me tocado assim. O prazer subia, quente e desesperador. Meus joelhos começaram a fraquejar, e então César me empurrou de leve até que eu me deitasse de barriga para cima na cama.

Queria ver César, queria olhá-lo e decorar cada detalhe de seu corpo, mas minha própria barriga bloqueava a visão. Eu só sentia. Um arrepio subiu minha espinha quando senti seus lábios nos meus pés. Primeiro um beijo, depois a língua. Soltei uma risada baixa, sem acreditar.

- C-César…

- Shhh… - Ele murmurou contra minha pele. - Vou fazer você gozar gostoso para nunca esquecer essa noite.

O calor subia conforme ele subia, sua boca e sua língua marcando um caminho na minha pele. Meus tornozelos, minhas panturrilhas, meus joelhos. Mordidas suaves nas coxas me fizeram arquear o corpo, e um fogo tomou conta de mim.

Minha respiração parou quando ele chegou ao destino final. Um gemido alto escapou quando senti a língua quente e exigente deslizando entre meus lábios inchados e pulsantes. Arfei, me agarrando aos lençóis, meu corpo inteiro se curvando.

- M-meu Deus…

O contraste era gritante. Saul nunca fez aquilo. Nunca nem tentou. César, por outro lado, estava ali, sem medo, sem nojo, sem pudor. Sua língua se movia com vontade, com desejo, com fome. Como se quisesse me devorar. Como se eu fosse realmente digna de ser devorada. Minha mente girava, e minha pele queimava. O prazer crescia rápido demais, quase insuportável. Meus quadris se mexiam sozinhos, buscando mais, querendo mais. Gritei quando o orgasmo explodiu em meu corpo, tão forte que minhas pernas tremiam.

César se afastou, e eu ainda tentava recuperar o fôlego quando vi que ele já estava tirando a roupa.

- Fica de quatro. - Sua voz soava diferente agora. Não havia mais doçura ou paciência. - Vou te comer.

Não era um pedido, era um aviso.

- Só não goza dentro, tá? - Pedi. Naquela época achava que, se ele não gozasse dentro, eu não teria doenças ou chances de engravidar.

Hesitei, ainda atordoada pelo prazer intenso, mas virei o corpo devagar. Meus joelhos afundaram no colchão, e minhas mãos se apoiaram nos lençóis. Senti quando ele se posicionou atrás de mim.

E então, sem aviso, ele me invadiu. Meus olhos se arregalaram, e um som entre um gemido e um soluço escapou. Ele era grande. Muito maior que Saul. Mais grosso, mais firme, mais profundo. A dor se misturava ao prazer de forma confusa, e eu precisei de alguns segundos para me acostumar.

Mas César não me deu tempo. Seu ritmo era bruto, rápido, urgente. Seu quadril batia contra minha bunda com força, e o som dos corpos se chocando preenchia o quarto. Ele começou a bater na minha bunda sem dó. Batia e me chamava de puta.

- Vai minha puta, diz que esse pau está gostoso! - Ele ordenava e eu obedecia.

E aí batia mais e mais. Enquanto eu gritava mais e mais. Então segurou minha cintura e me puxou com mais força contra ele.

- Diz, vai, diz que você é minha puta. Diz para todo mundo ouvir!

Mordi os lábios, meu rosto afundando no colchão.

- Fala, porra.

Ele deu um tapa forte na minha bunda, e um gemido involuntário escapou.

- Sou sua...

- De quem?

- Sou tua puta, César! Sua putinha! - Gritei.

Nesse momento soltei um pequeno sorriso. Parte de mim se sentiu querida, desejada por César. Eu não era apenas uma puta, eu era sua puta. Era algo que eu queria ser, era como fazer parte dele.

Sai do transe ao sentir outro tapa. Meu corpo todo balançava. Minha bunda ardia e eu gritava de dor e prazer ao mesmo tempo.

Ele gemeu satisfeito, e sua mão subiu até meu cabelo. Antes que eu percebesse, ele puxou com força. Minha cabeça foi erguida para trás, e eu arfei.

- Porra, que delícia, Angélica. Olha só pra você… Uma cachorra como sempre desconfiei.

A dor do puxão misturava-se ao prazer insuportável. Ele colocava todo meu corpo no limite. Minhas pernas estavam fracas, minha bunda ardia, minha boca entreaberta em gemidos descontrolados. Aquela parecia a imagem, a definição perfeita de uma mulher sendo comida, sendo fodida por outro homem.

Em algum momento, minha força se esgotou e eu desabei na cama. César não parou. Subiu sobre mim, empurrando ainda mais fundo. Era muito. Eu suava, meu corpo tremia, meus músculos estavam cansados. Mas ele ainda tinha energia. Ainda queria mais. Me sentia uma boneca, sentindo sua mão se apoiando nas minhas costas, me fazendo afundar ainda mais na cama enquanto ele enfiava.

- Abre bem a bunda com as mãos. - Ele ordenou.

Obedeci e abri bem, sem pensar muito no que significava. Quando senti o corpo de César e seu pau entrando com tudo, por inteiro, o máximo possível dentro de mim, fui a lua e voltei. Minha impressão era de que se ele gozasse fundo daquele jeito eu engravidaria na hora. Ele repetiu esse movimento mais algumas vezes e eu ouvia meu grito abafado por minha cara está enfiada na cama.

- Sobe em mim. - Ele falou após parar repentinamente.

Pisquei, tentando entender.

- Monta. Quero você cavalgando.

Meu corpo era pesado. Meus movimentos eram desajeitados. Eu nunca tinha conseguido. Nunca funcionava. Com Saul, as poucas vezes que tentei, foi um desastre. Minhas coxas doíam rápido, meu peso me fazia cansar antes mesmo de pegar o ritmo, e ele nunca soube guiar meus movimentos. No fim, acabava frustrante, e eu desistia antes de sentir qualquer prazer.

Mas agora era diferente. Era César.

E eu queria.

Me esforcei, apoiei as mãos nos lençóis e tentei me levantar, mas meu corpo parecia uma pedra pesada demais para erguer. Minhas coxas tremiam, minha barriga atrapalhava meus movimentos, e quando tentei me posicionar sobre ele, senti o desconforto imediato de não conseguir encontrar um jeito certo de me equilibrar.

César segurou minha cintura e tentou me ajudar, mas o contato de suas mãos firmes apenas fez com que eu sentisse mais ainda o tamanho do meu próprio corpo em comparação ao dele. Eu não conseguia me mover com leveza, não conseguia me encaixar de um jeito natural. Meus joelhos pareciam deslizar pelo colchão, e a cada tentativa frustrada, minha vergonha crescia.

Minha respiração ficou trêmula. Eu podia sentir seu olhar me analisando, impaciente.

Eu tentei uma última vez, colocando as mãos no peito dele para ter apoio, mas minhas pernas cederam, e desajeitadamente acabei escorregando para o lado.

César soltou um suspiro irritado.

- Deita.

A palavra veio como um comando seco, e eu obedeci no mesmo instante. Fiquei deitada de barriga para cima e ele veio.

Seu peso sobre mim parecia diferente agora. Antes, César me tocava com desejo, com urgência. Agora, ele apenas se encaixou e começou a se mover. Seu olhar não me encontrou. Nenhum beijo, nenhuma troca de olhares, nenhum carinho. Ele só se movia, ritmado, preciso. E então, a sensação veio. Era como se eu fosse só um buraco quente e molhado.

Queria acreditar que não era isso. Que César ainda me queria, que cada estocada era um reflexo do desejo dele por mim. Como negar que seu pau duro estava dentro de mim? Eu o sentia. Mas algo no jeito como ele segurava meus quadris, como apertava minha carne apenas para se apoiar e manter o ritmo, me fazia sentir pequena. Pequena, mesmo sendo grande.

Meu prazer vacilou.

Por um instante, meus pensamentos se misturaram. Naquela posição ele via todo o meu corpo, meus seios caídos para o lado sem firmeza, balançando junto da minha barriga, minhas dobras. Era isso? Era esse o problema?

Tentei me agarrar ao prazer. Deixar tudo para lá. Esquecer.

E então, finalmente, quando nossos olhos se encontraram, veio a ordem:

- Fala que eu sou o melhor que você já teve.

Minha mente ficou vazia por um segundo e obedeci. César tinha essa mágica de me fazer ser capaz de fazer qualquer coisa que ele mandasse.

As palavras saíram trêmulas, mas bastou que ele ouvisse para que algo nele mudasse. Seu ritmo acelerou, seus gemidos ficaram mais intensos. Meu corpo reagiu imediatamente e eu repeti. Quanto mais falava, quanto mais eu o elogiava, mais prazer eu via no seu rosto.

- Adoro uma putinha obediente! - Ele disse. - E adoro saber que você é minha.

Nessa hora não aguentei. Ouvi-lo falar dessa forma, olhando nos meus olhos, enquanto me comia era a gota d'água. Tive outro orgasmo, dessa vez ainda mais intenso, mais longo, com César me olhando fixamente.

Mas ele não gozou.

Seu pau começou a escorregar, menos rígido a cada investida.

A princípio, não entendi. Mas conforme senti seu peso hesitando sobre mim, a frustração no jeito que ele segurava minha cintura, eu soube que havia algo errado.

E então, ele parou. César saiu de dentro de mim e se afastou, cansado.

Fiquei ali, deitada, respirando pesado, sentindo meu corpo quente e pulsante, mas sem saber o que fazer.

- Chupa, - ele ordenou, a voz carregada de impaciência.

Meu coração disparou.

Saul tem o pau muito menor. Minha boca nunca precisou se abrir tanto. Nunca precisei lidar com tanto volume, tanto peso, tanta… força. Mas eu não podia hesitar. Precisava viver o máximo daquele sonho.

Me levantei da cama e me ajoelhei entre suas pernas, tentando ignorar a queimação nos joelhos contra o colchão. César esperava, observando-me de cima, seu pau ainda meio duro, úmido e brilhando com nossos fluidos. O olhei, em toda sua perfeição. Era um pau bonito, parecia coisa de filme. Ele preenchia minha mão e comecei a salivar. Nunca senti tanta vontade de pôr algo na boca.

Minha língua tocou a ponta, hesitante, sentindo o gosto misturado de nós dois. Abri mais a boca e tentei engolir o máximo que consegui. Só a cabeça parecia preencher quase minha boca inteira. Eu precisava abrir bem mas era demais. Minha mandíbula já doía, minha boca parecia pequena demais para ele.

César soltou um suspiro curto.

- Não tá acostumada com um pau grande, né? - Comentou, os olhos semicerrados.

Meu rosto esquentou.

Tentei ignorar o tom da sua voz e me concentrar. Minha boca se movia lentamente, meus lábios tentando cobrir os dentes, minha língua explorando o que conseguia. Eu salivava como nunca e eu via tudo escorrendo pelo pau de César. Mas eu não sabia o que estava fazendo. E ele percebeu.

- Isso não é chupar, gatinha. - Sua mão agarrou meu cabelo de repente, puxando minha cabeça para trás.

Ofeguei, surpresa.

- Abre mais essa boca.

Seus dedos apertaram minha nuca e ele empurrou seu quadril para frente. Seu pau forçou minha garganta de uma vez, e minha reação foi imediata: tossi, engasguei, lágrimas brotaram nos meus olhos.

Ele riu.

- Isso, engole direitinho pra ele ficar duro de novo.

Tentei me recompor, respirando pelo nariz, tentando seguir o movimento que ele impunha. Mas minha boca já doía, minha mandíbula cansada. Meu pescoço queimava pelo esforço. Olhava para cima e via que César não tirava os olhos de mim. Aguardava minha performance.

E ainda assim nada. O volume continuava ali, grosso, rígido, mas não completamente. Não como antes. Quase pesava em minha mão.

César pareceu perceber. Bufou, impaciente.

E então veio a frase que fez meu corpo congelar.

- Vou meter no seu cu agora.

Ele deve ter percebido o pânico nos meus olhos e falou:

- Você nunca deu o cu, né?

A voz de César veio rouca, entrecortada pela respiração ainda pesada do que havíamos feito até ali. O calor dele ainda estava sobre mim, seu cheiro másculo grudado na minha pele suada. Mas aquelas palavras me fizeram estremecer de um jeito diferente.

- Não... nunca. - Minha voz saiu fraca, um pouco trêmula.

Parte de mim esperava que ele perdesse o interesse, que aquele assunto morresse ali.

- Melhor ainda - Ele riu. Um riso baixo, malicioso. - Vai ser apertadinho pra caralho.

Um arrepio percorreu minha espinha. Nunca tinha sentido desejo por isso antes. Nunca havia sequer cogitado a ideia. Saul, em uma única ocasião, tentou. Estávamos deitados, eu de bruços, e ele tentou se ajeitar atrás de mim. Mas logo ficou claro que não funcionaria. Minha bunda era muito grande, a barriga dele atrapalhava qualquer ângulo, e o pau pequeno demais para vencer aquela barreira. Ele forçou uma, duas vezes, mas foi impossível. Depois, nunca mais tocou no assunto.

Mas agora, com César, eu não sabia o que sentia. Havia medo, sim. Mas também havia um desejo diferente. Eu queria agradá-lo. Eu queria que ele me desejasse até o fim. E talvez... Talvez eu quisesse saber como era. Eu era esse tipo de pessoa? A mulher casada que dá o cu para o amante? Parecia tão sujo, tão proibido.

- Vem cá.

César me puxou e me colocou de bruços sobre os lençóis bagunçados. Suas mãos quentes deslizaram pela minha pele úmida de suor, descendo da cintura até a bunda. Ele agarrou minhas nádegas, afastando-as devagar, como quem aprecia uma refeição. Será que ele estava gostando do que via? Meu corpo pesado, meu formato, minhas marcas. O que havia ali que poderia ser excitante?

A curiosidade me consumiu.

- Você gosta de me ver assim? - Minha voz saiu mais hesitante do que eu queria.

César riu pelo nariz, aquela risada de quem sabe que tem o controle da situação.

- Quer ver também?

- Como assim?

Ele deslizou a mão pelo colchão, pegou seu celular da roupa e ergueu, a câmera apontada para minha bunda exposta.

- Posso tirar uma foto para te mostrar? - Perguntou, casual, como se não estivesse prestes a registrar a visão mais indecente que alguém já teve de mim.

Um nó se formou na minha garganta. Era errado, perigoso. Mas se ele realmente achava algo bonito ali, talvez eu pudesse acreditar também. Assenti devagar, e o clique soou como um selo de entrega.

César virou o celular para mim, exibindo a tela. Meus olhos percorreram a imagem. Minha pele macia e clara se destacava contra os lençóis escuros. Minha bunda parecia enorme, a abertura entre as nádegas deixava à mostra a parte mais íntima de mim, vulnerável e exposta. Não gostava do que via. As dobras, o volume, a imperfeição de tudo.

Mas então vi os olhos de César, brilhando de desejo enquanto me observava analisar a foto. A excitação dele era visível. Palpável. E, por um segundo, me deixei levar por essa validação.

- Quer que eu apague ou posso guardar de lembrança? - Ele perguntou, a voz carregada de malícia.

A prudência gritava que eu devia pedir para apagar, mas meu desejo por aquela atenção me fez hesitar. Se ele guardasse, seria porque gostou. Porque queria lembrar de mim. Olhei novamente a foto, talvez não desse para me reconhecer. Só se as pessoas prestassem muita atenção nos detalhes, meu rosto estava de lado, parcialmente vísivel mas não o suficiente para cravarem que era eu.

Mordi o lábio, e antes que minha razão assumisse o controle, soltei:

- Pode guardar.

O sorriso dele se alargou.

- Justo. Então você também merece uma lembrança.

Sem aviso, pegou meu celular e desbloqueou a câmera.

- Abre bem a boca - Ordenou, trazendo o próprio pau para perto do meu rosto.

Meu estômago revirou de nervosismo e excitação. Ergui o rosto e fiz o que ele pediu. César posicionou seu pau meio duro bem ao lado da minha boca, quase encostando na minha língua.

- Sorri, gatinha.

O clique da câmera registrou o momento. Eu, deitada na cama, despenteada, suada, nua. Meu rosto ao lado do pau dele, a boca entreaberta. A foto parecia absurda. Pornográfica. Mas ver o olhar satisfeito dele ao analisar a imagem fez algo em mim se acender. Eu o deixava excitado. Isso, por si só, já era um vício perigoso. César devolveu meu celular, ainda sorrindo.

- Agora tem uma lembrança minha.

- Você também não quer mais uma lembrança? - Perguntei, percebendo sua animação com as fotos. - Não quer uma minha também desse ângulo?

- Posso? - Ele perguntou.

Concordei com a cabeça. Ele então pegou seu celular e repeti a pose feliz ao lado do seu pau. César sorriu satisfeito.

Antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, senti que ele voltava a se concentrar na minha bunda.

- Deixa eu te preparar do jeito certo.

Seus lábios quentes beijando a curva da minha lombar. Um beijo. Depois outro. Lento, provocante. Sua boca desceu mais. Minha respiração travou quando senti sua língua quente e molhada deslizar entre minhas nádegas. Soltei um gemido abafado contra o colchão. Ele segurou minha bunda com mais força, mantendo-a aberta, e continuou. Sua língua fazia movimentos circulares, ora lentos, ora rápidos, explorando cada centímetro da minha pele sensível. Nunca ninguém tinha me tocado assim. Nunca ninguém tinha me beijado ali.

O choque do prazer me fez enterrar os dedos no lençol. Minhas pernas tremeram. Meu corpo inteiro tremeu. Tentei relaxar, mas era impossível. Sentia vergonha. Sentia medo. Mas, ao mesmo tempo, sentia um prazer novo, indecente.

Seus dedos entraram em cena, escorregando devagar entre as dobras da minha pele. O primeiro deslizou sem pressa, apenas provocando. Eu arfei. Então ele enfiou a ponta. Me contraí na mesma hora.

- Relaxa. - Ele murmurou, deslizando a língua pela minha pele quente.

Ele empurrou mais um pouco. A sensação era estranha. Apertada. Mas eu sentia algo a mais. Meu corpo estava dividido entre o desconforto e uma tensão prazerosa. E então ele enfiou um segundo dedo. Minha respiração falhou. Me contorci, apertando os lençóis. Era intenso. Muito mais do que eu esperava.

- Assim, isso, abre pra mim. - Ele sussurrou contra a minha pele.

Fechei os olhos. A lembrança voltou. Saul nunca fez isso. Saul nunca conseguiu. Mas César... César fazia parecer fácil. Natural. E isso me deixava ainda mais entregue.

Continuou me estimulando por mais alguns minutos num vai e vem que só aumentava de velocidade. Quando tirou os dedos, senti um vazio estranho. E então ele subiu sobre mim.

Senti seu pau pressionar contra a minha bunda. Meu coração disparou. Ele se moveu, esfregando-se contra mim. O calor, a textura, a rigidez, tudo era mais intenso do que eu poderia suportar. Eu sabia o que estava por vir.

- Abre bem pra mim - Ordenou, sua voz carregada de desejo.

Tentei obedecer mas o nervosismo tomou conta. Meu corpo reagiu do jeito errado. Ao invés de relaxar, me fechei ainda mais.

- Assim não vai entrar nunca. - Resmungou, tentando pressionar a cabeça grossa do pau contra minha entrada.

Eu senti. Era grande. Muito maior do que eu poderia suportar. Meu cu não estava preparado para ir de dois dedos para um braço.

- Espera... - Minha voz saiu falha.

César tentou de novo. A pressão aumentou. Meu cu se contraiu instintivamente e uma ardência se espalhou pelo local. Ele empurrou um pouco mais. Meu corpo travou.

- Puta que pariu! - Ele soltou um suspiro frustrado.

E então, de repente, parou. Saiu de cima de mim e se jogou na cama, bufando.

- Não vou conseguir, cansei.

Continuei ali, de bruços, minha respiração descompassada, meu coração martelando. Ele não conseguiu. Não porque eu não queria. Não porque eu disse não. Olhei para sua cintura e vi seu pau, ainda enorme, mas caído, mole. Ele não conseguiu porque não estava duro o suficiente. Eu tinha falhado com ele.

O silêncio entre nós era sufocante. César se afastou da cama, pegando sua cueca do chão e vestindo-a. Permaneci ali, ainda de bruços, sentindo o vazio do corpo dele longe do meu. Mas mais do que isso, sentindo o vazio dentro de mim. Mas o pior era: ele tinha broxado.

Já tinha visto isso acontecer com Saul algumas vezes. Ele sempre desconversava, mudava de posição, terminava rápido de algum outro jeito, mas nunca tinha sido assim tão direto. Tão definitivo. Como ele poderia não ter gozado e eu gozado duas vezes? Era impossível ele ter gostado.

Apertei os lençóis, minha mente girando. A culpa foi minha? A voz da garota no banheiro voltou à minha cabeça, cortante, cruel. "Nenhum homem sente tesão numa mulher como você." Aquela frase parecia ecoar dentro de mim, como se o universo tivesse acabado de esfregar uma prova concreta na minha cara.

Eu queria chorar. Mas, acima de tudo, queria consertar isso. Me virei para ele, ainda nua, ainda ofegante, tentando esconder o desespero na minha voz.

- O que foi? Fiz algo errado?

Ele olhou para mim, depois balançou a cabeça com um suspiro.

- Relaxa. Não foi nada.

Mas não era "nada". Eu sabia que não era.

- Eu posso tentar de novo... - Eu me ajoelhei na cama, me aproximando. - Eu posso melhorar... aprender a fazer do jeito certo.

Ele passou a mão pelos cabelos, impaciente.

- Não se preocupa com isso, Angélica. Tá tarde.

O desinteresse dele foi um golpe direto no meu peito.

- Mas eu... - Minha voz falhou.

Me sentia desesperada. Desesperada para provar que ele ainda me queria.

- Posso aprender a te chupar melhor. - As palavras saíram sem filtro, numa tentativa frenética de recuperar sua atenção. - E... posso aprender a dar o cu também. A cavalgar melhor.

Aquilo finalmente fez ele parar. Ele me olhou, inclinando a cabeça de leve. Um sorriso pequeno surgiu em seu rosto.

- É mesmo?

Engoli em seco e assenti.

- Se você quiser... Posso treinar para te fazer gozar.

Ele riu, um riso baixo e satisfeito.

- Treinar, hein?

Aquele brilho voltou aos seus olhos, mesmo que seu corpo ainda estivesse relaxado demais para querer continuar ali.

- Então tá. - Ele levantou, vestiu a calça e fechou o cinto. - Se quiser aprender a chupar de verdade, me procura na hora do almoço na empresa.

Ele pegou a camisa, vestindo-a sem pressa.

- Se eu tiver com tempo livre te deixo treinar.

Me agarrei àquilo como se fosse uma corda jogada num abismo. Ele ainda tinha interesse em mim. Mesmo que ele não parecesse tão animado agora, ele ainda queria que eu o procurasse. Isso significava que não era um caso perdido. Isso significava que ainda tinha chance.

Quando ele terminou de se vestir, puxou algo do bolso da calça.

- Vira de costas.

Fiz o que ele pediu. Senti suas mãos afastarem minhas nádegas. Então, algo frio tocou minha pele.

- O que está fazendo? - Perguntei, tentando olhar por cima do ombro.

- Marcando você.

O cheiro forte de tinta me atingiu antes mesmo de entender o que ele usava. Um piloto permanente. O mesmo que tinha sido usado nas palestras mais cedo. A ponta do marcador deslizou pela minha pele, traçando algo que eu não conseguia ver.

- O que está escrevendo?

Ele não respondeu de imediato. Quando terminou, deu um passo para trás, observando sua obra com um sorriso satisfeito.

- Isso aqui fica até eu dizer que pode tirar.

Virei o rosto para encará-lo.

- Mas... O que escreveu?

Ele apenas riu, guardando o marcador no bolso.

- Descobre depois.

Eu queria correr até o espelho, ver o que ele tinha feito, mas sua próxima ordem me paralisou.

- Promete que não vai apagar.

Senti um frio na barriga.

- Promete, Angélica.

Molhei os lábios, nervosa.

- Prometo. - Sussurrei

O sorriso dele aumentou.

- Bom.

Ele caminhou até a porta, sem olhar para trás. Nenhuma despedida calorosa.

- A gente se fala depois. - Disse. - O pessoal trouxe o happy hour para cá e preciso acompanha-los.

Ele simplesmente saiu. Me deixando ali. Marcada. Submissa. E completamente confusa.

Levantei e fiquei de pé no meio do quarto, sentindo o cheiro do piloto misturado ao suor no meu corpo. César não parecia mais tão interessado. Mas ele ainda tinha me marcado. Ele ainda queria que eu voltasse. E isso, de algum jeito, me deu alívio. Caminhei até a cama e me deitei de lado, encolhendo as pernas contra o corpo.

Uma sensação estranha se espalhou por mim, um misto de euforia e uma leve vergonha, mas, acima de tudo, uma realização profunda. Eu tinha finalmente vivido aquilo que sempre desejei. Não era mais um sonho. O peso da realidade estava na minha pele, nas marcas que ele deixou, na sensação da minha buceta ainda pulsando, como se estivesse se lembrando da intensidade das penetrações de César, ainda apertada e quente. Cada movimento, cada toque dele reverberava dentro de mim, como uma lembrança que não queria desaparecer.

Senti o cheiro do meu próprio corpo, ainda úmido, impregnado com o odor dele, com o suor, com a mistura de prazer e cansaço. A sensação na minha boca, ainda com o gosto dele, me fez lembrar como me senti ao tocá-lo, ao prová-lo. O sabor estava ali, como um lembrete quente e acre de que havia cruzado uma linha. E aquilo me excitava ainda mais.

Minha buceta ainda estava latejando, como se não tivesse se acostumado com a profundidade e intensidade dos movimentos de César. O peso da sua presença dentro de mim me fazia querer mais. A sensação de plenitude que ele me deu era deliciosa, mas o vazio que restou era um convite a mais, como se seu pau tivesse moldado minha buceta no formato dele e agora precisava daquele encaixe.

Eu desejava sentir os dedos dele mais uma vez, penetrando-me com a mesma intensidade. O desejo de ser tocada por ele de novo me consumia. Sentia como se cada pedaço de mim estivesse mais desperto, mais exigente.

E mais do que tudo, a ideia de explorar mais limites com ele me fazia tremer. Eu queria sentir o calor da sua boca no meio das minhas pernas, a pressão do seu corpo me dominando de novo, queria que ele me fizesse ir além, me levasse ao ponto de não saber mais onde começava e onde terminava.

Fui em busca do celular, precisava falar com Saul, sentia que tinha tanto para contar e processar que não sabia nem por onde começar.

Eu tinha acabado de transar com um homem que não era meu marido. E amado cada segundo.

(Este é o último capítulo desta série, mas minha história está apenas começando. Vivi experiências que me transformaram, algumas intensas e inesquecíveis, outras confusas e difíceis de encarar. Mas cada uma delas me levou a descobertas que nunca imaginei fazer.

Agradeço a cada um de vocês que leu, acompanhou e se envolveu nessa jornada. Nas próximas séries, vou explorar tudo o que mudou e como essa primeira experiência abriu portas que eu jamais pensei em atravessar.)

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Foto de perfil de AngélicaAngélicaContos: 6Seguidores: 29Seguindo: 0Mensagem Não sou perfeita. Sou humana. E estou aqui para contar a minha história, para compartilhar minhas experiências, sem medo de ser julgada. Porque, talvez, alguém mais por aí se reconheça em mim. Por algum motivo não consigo responder os comentários, mas aprecio e leio todos!

Comentários

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Adorei toda a saga, por favor Angélica siga escrevendo, estou ansioso pela continuação dos relatos.

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Sonho de todo homem, ter uma esposa grandona e safada na cama, que adora ser chupada e sem frescura na cama, uma esposa assim é difícil de se achar, delícia de mulher, gozei só em ler o conto.

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Adorei o conto, sua esposa é uma rabuda muito safada, uma mulher assim deve ser chupada todos os dias, já acordar ela de manhã cedo com a língua na buceta dela, e depois meter a rola

Na buceta melada dela, pois ela deve levar muitas cantadas e se vacilar , você pode levar chifre, parabéns pela esposa cavalona.

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Como falei antes...agora vai começar a humilhação...tanto para ela como para o marido!!!

Essas fotos vão servir para o que??? Ele escrever, marcar ela teve qual propósito!!

Ela aceitar isso pode ser até compreensível, vai saber...mas o marido dela aceitar...o respeito dela mesmo por ele vai diminuir cada vez mais...isso é o que vemos nestas histórias de corno...começo cumplicidade, respeito e etc...mas no fim o marido a esposa, a honra, a dignidade, a casa, dinheiro.. enfim...tudo...acabando sendo um capacho dos próprios desejos...

Poderia ser uma história boa, única, mas se tornou isto!! Infelizmente...

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* mas no fim o marido ENTREGA a esposa, a honra, a dignidade, a casa, dinheiro.. enfim...tudo...acabando sendo um capacho dos próprios desejos...

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O esposo a todos tempo demostrou o amor ao ponto de deixar a esposa fazer suas próprias escolhas e o que ela faz a todo momento diminui o esposo espero de coração que vcs não estejam mais juntos pois seu marido não merece alguém como vc

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Fora o comedor dando altas broxadas e ela se culpando por isso kkkkk

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