Moramos em uma rua tranquila, em um sobrado, e a casa do outro lado da rua ficou muitos anos desocupada, por algum motivo que não sei informar com precisão. Até que, cerca de um ano atrás, um caminhão de mudanças chegou, levando móveis diversos para a casa, e com os móveis, a nova moradora, uma mulher gordinha aparentando estar na mesma faixa de idade que nós (ou um pouco mais), com cerca de 1,60m e 100kg, e seu cachorro, um adorável labrador retriever. Demoramos bastante tempo para conhecê-la. Meses. Ela é muito tímida e reservada (sabemos agora), raramente saía de casa. Nem para passear com o cachorro, que provavelmente fazia as necessidades no quintal. Mas minha esposa sempre que a encontrava, cumprimentava. Depois de muitos “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”, trocaram umas palavras, em um dos raros momentos que ela passeava com o cachorro. A vizinha disse que o cachorro começou a insistir em fazer as necessidades fora de casa (talvez pela monotonia de viver sempre dentro de casa) e ela agora tinha que sair pelo menos uma vez por dia. Hoje temos que agradecer ao labrador, por nos permitir esse primeiro contato. Com o tempo, minha esposa começou a ganhar a confiança da vizinha, e realmente ficaram amigas e confidentes. Ela disse para minha esposa que havia ficado viúva, antes de mudar para nossa rua. E a antiga casa era simplesmente muito grande e com lembranças demais. Com o passar do tempo começaram a confidenciar intimidades. A vizinha nunca foi muito feliz com o marido, em todos os aspectos. Não tiveram filhos. Ela engordou muito depois do casamento e o falecido marido não era muito ativo sexualmente, e depois que foi diagnosticado com diabetes (que acabou sendo o motivo principal do óbito), praticamente não tiveram mais vida sexual. Minha esposa, por outro lado, relatava suas experiências e aventuras comigo, e disse que ela ouvia com muita, muita atenção. Ficou muito interessada nos filmes, também, e minha esposa emprestou para ela um tablet para essa finalidade. Depois de uns meses que minha mulher entrou em contato com a vizinha, nos conhecemos pessoalmente. Ela veio até em casa, tomar um café.
“Esse é meu marido” disse minha esposa
“Muito prazer” disse a vizinha.
Tomamos café da tarde juntos. Era a primeira vez que eu via-a de perto. Ela era, de certa forma, parecida com minha esposa, mas os seios eram certamente maiores e o quadril mais largo. Pele muito branca e cabelos grisalhos. Logo depois da visita, minha esposa perguntou o que eu achei dela. Sempre realizamos muitas fantasias, mas nunca havíamos incluído uma terceira pessoa na equação. Eu disse que ela era muito interessante, e comentei as diferenças entre os dois corpos (a vizinha e minha esposa).
Minha esposa, que nunca havia estado com outra mulher, disse que gostaria muito de “brincar” com a vizinha. Eu sugeri que a vizinha se transformasse em nosso “animalzinho de estimação”. Minha esposa gostou da sugestão. Combinamos trabalhar em conjunto para fazer isso acontecer. Nessa noite ficamos fantasiando o que faríamos com a vizinha e nos masturbando mutuamente.
Minha esposa continuou a frequentar a casa da vizinha, e ela a nossa, com alguma regularidade. Em uma madrugada, a vizinha ligou desesperada: o labrador havia morrido, ela não sabia o que fazer. Fomos até a casa dela, enquanto minha esposa a acalmava, tomei todas as providências para cuidar do assunto. O corpo do labrador foi cremado no dia seguinte, em uma instalação veterinária que provia esse serviço. O cachorro realmente já estava em idade avançada, e seria só questão de tempo, não havia muita coisa que poderia ter sido feita para evitar sua partida. A vizinha ficou devastada, e demos nosso apoio solidário. Ela não parava de agradecer, dizendo que se não fossemos nós ela estaria completamente perdida, não tinha para quem solicitar ajuda. Esse episódio, apesar de trágico, aumentou nossa amizade.
Em uma tarde, minha esposa estava na casa da vizinha e ela disse que havia algum problema no tablet, mas ela não entendia absolutamente nada sobre o assunto. Minha esposa viu que era só um problema de configuração, mas disse que ia levar para casa, para consertar. De noite, fomos bisbilhotar no histórico de navegação da internet. Boa surpresa. A vizinha assistia diariamente filmes pornográficos. Temas diversos, e uma boa quantidade de vídeos de lésbicas. Um excelente sinal!
Minha esposa devolveu o tablet funcionando. A vizinha agradeceu. E confessou que estava sentindo falta, pois graças as dicas de minha esposa, estava assistindo filmes diariamente. Minha esposa deu um tiro no escuro e disse que era saudável ela se masturbar assistindo filmes, era absolutamente normal. A vizinha ficou com o rosto vermelho e olhou para o chão, completamente envergonhada.
“Eu e meu marido sempre fazemos isso, às vezes juntos, às vezes separados, é completamente normal e saudável ter fantasias.” minha esposa disse.
“Eu, eu… nunca havia me masturbado regularmente antes de conhecer vocês, mas os estímulos dos filmes que me mostrou fez que eu sentisse essa urgência incontrolável…” a vizinha disse, envergonhada.
Minha esposa conversou sobre fantasias nossas com a vizinha. As realizadas e as não realizadas. E entre as não realizadas, jogou no ar nossa vontade de incluir uma terceira pessoa no relacionamento. Deixei no ar quem seria essa terceira pessoa. Foi uma semente que foi plantada, para ser colhida no futuro. O tempo foi passando, e minha esposa e a vizinha foram criando cada vez mais um vínculo de amizade e confiança. Nosso plano de conquistar a vizinha estava dando certo. Minha esposa estava ainda pensando no meio certo de fazer uma abordagem. Ela estava frequentando nossa casa cada vez mais, e nos acostumamos com sua presença. Um dia, elas estavam na sala e eu estava saindo para fazer compras, passei e dei um beijo em minha esposa, que disse:
“Nossa visita quer um beijo também…” me olhando e dando uma piscada.
A vizinha ficou claramente paralisada, sem palavras. Me aproximei lentamente, enquanto ela alternava o olhar aterrorizado entre eu e minha esposa. Me inclino e beijo-a, suavemente, nos lábios. Ao término do beijo, a vizinha assustada olha em direção a minha esposa, que está sorrindo, satisfeita. Me despeço e saio.
“Estou confusa” disse a vizinha. “O que aconteceu aqui?”
“Nós dois gostamos muito de você”, minha esposa disse. “Muito mesmo”, reforçou.
“Não sei se isso vai dar certo, tenho medo de estragar tudo…” disse a vizinha.
“Nós gostaríamos muito de tentar”, disse minha esposa.
Conversaram longamente sobre o assunto. Minha esposa explicou que, independentemente do resultado, a amizade entre elas se manteria. Isso deixou a vizinha mais tranquila. Perguntei se poderíamos fazer algo no próximo sábado à noite (daqui a 4 dias). Ela disse que iria pensar a respeito.
(continua)