Eu nunca fui de imaginar que um casamento pudesse ter tantas camadas. Casei com a Deborah há cinco anos, e desde o primeiro dia, sabia que ela era especial. Morena, 1,65, com aqueles cabelos cacheados que parecem dançar quando ela anda, e um corpo que mistura a dedicação da academia com as curvas naturais de uma mulher que não nega um brigadeiro no fim de semana. Ela é linda, mas não de um jeito intocável — é uma beleza que você quer admirar de perto, que te faz sorrir só de olhar. E eu, bom, eu sou o cara que tem o privilégio de chamar ela de minha esposa.
A gente sempre teve uma química boa. Conversas que fluem, risadas que enchem a casa, e uma intimidade que, mesmo depois de meia década, ainda me deixa com aquele frio na barriga. Mas, como tudo na vida, o tempo traz uma certa rotina. Não era ruim, longe disso, mas às vezes eu pegava ela se arrumando na frente do espelho — shortinho colado, top de ginástica, cabelo solto — e pensava: "Caramba, será que só eu vejo o quanto ela é incrível?". Não sei dizer quando exatamente a ideia começou a brotar, mas foi aí que tudo mudou.
Era uma sexta-feira à noite, dessas que a gente costuma ficar jogado no sofá com uma taça de vinho e um filme qualquer na TV. Deborah estava com uma blusa soltinha que deixava um ombro à mostra, e eu não conseguia tirar os olhos dela. "Você já reparou como os caras te olham na rua?", perguntei, quase sem querer, mais pra puxar conversa do que por qualquer outra coisa. Ela riu, aquele riso gostoso que faz os olhos dela brilharem, e respondeu: "Claro que sim, seu bobo. Mas eu só tenho olhos pra você". Foi fofo, mas não era bem isso que eu queria ouvir.
"Não, sério", insisti, sentindo um calor subindo pelo peito. "Você já parou pra pensar no quanto eles devem te achar gata? Tipo, eu vejo isso o tempo todo. No mercado, na academia... até o cara da padaria fica sem graça quando você pede pão." Ela me olhou com uma mistura de curiosidade e desconfiança, como se tentasse entender onde eu queria chegar. "Tá, e você fica com ciúmes?", perguntou, inclinando a cabeça.
Foi aí que eu percebi que não. Ciúmes? Não era bem isso. Era outra coisa, algo que eu nem sabia nomear direito. "Não", respondi, quase surpreso comigo mesmo. "Na verdade... eu meio que gosto." Silêncio. Um segundo, dois, três. Ela ergueu uma sobrancelha, mas não disse nada, então eu continuei, tropeçando nas palavras. "É tipo... sei lá, me dá um orgulho estranho. Saber que você é minha, mas que os outros também veem o quanto você é incrível."
Deborah ficou quieta por um instante, processando. Depois, um sorriso malicioso surgiu no canto da boca dela. "Então quer dizer que você gosta de me exibir, é isso?" A pergunta veio com um tom provocador, e eu senti meu rosto esquentar. "Talvez", murmurei, rindo pra disfarçar o nervosismo. Ela se aproximou, jogando os cabelos pro lado, e sussurrou perto do meu ouvido: "Interessante. Muito interessante."
Naquela noite, a gente não falou mais sobre isso. Mas algo ficou no ar, como uma semente que acabou de ser plantada. Nos dias seguintes, comecei a reparar mais. Quando saíamos juntos, eu prestava atenção nos olhares — o cara do bar que derrubou o copo tentando disfarçar, o vizinho que parou de regar as plantas pra dar um "oi" mais demorado. E, pra minha surpresa, aquilo não me irritava. Pelo contrário, me excitava. Era como se eu tivesse um segredo, um tesão novo que eu nem sabia que existia.
Uma semana depois, estávamos num churrasco de amigos. Deborah vestia um short jeans e uma blusinha que marcava a cintura, e eu vi o jeito que o pessoal olhava. Nada exagerado, mas o suficiente pra eu perceber. Enquanto ela ria com as amigas, eu me peguei pensando: "E se eu deixasse isso ir mais longe? E se a gente brincasse com essa ideia?". Não era só sobre exibi-la, era sobre compartilhar aquele prazer — o dela de ser desejada, o meu de saber que ela era minha, mesmo assim.
Na volta pra casa, com o carro cheio do som do rádio e do cheiro de churrasco nas roupas, eu tomei coragem. "Sabe aquele papo do outro dia?", comecei, olhando pro vidro pra não encarar ela de uma vez. "Sobre eu gostar de te exibir?" Ela virou o rosto pra mim, os olhos brilhando sob a luz dos postes. "Sei. E aí?" Respirei fundo. "E se a gente tentasse? Tipo, só pra ver como é. Pra dar uma apimentada nas coisas."
Ela não respondeu na hora. Ficou me olhando, como se avaliasse cada pedaço de mim. Então, com um sorriso que era metade anjo, metade demônio, ela disse: "Tá bem, seu tarado. Vamos ver no que dá." E foi assim que tudo começou.
Depois daquele "tá bem" da Deborah, a ideia ficou martelando na minha cabeça o fim de semana inteiro. Não era só uma fantasia solta — era como se a gente tivesse aberto uma porta, e agora eu mal podia esperar pra ver o que tinha do outro lado. A oportunidade veio no domingo, num dia quente que pedia uma saída casual. "Vamos dar uma volta no parque?", sugeri, tentando soar despreocupado. Ela concordou, e eu já sabia que aquele seria o teste perfeito.
Enquanto ela se arrumava, eu fiquei na sala, fingindo mexer no celular, mas na real só esperando pra ver o que ela ia escolher. Quando ela apareceu, quase engasguei com o ar. Deborah estava com um vestidinho leve, daqueles que balançam com o vento, curto o suficiente pra mostrar as coxas malhadas, mas com um corte que deixava tudo no limite entre o sexy e o inocente. Os cabelos cacheados caíam soltos, emoldurando o rosto bronzeado, e ela ainda jogou um óculos escuro que dava um ar de mistério. "Tá bom assim?", perguntou, girando de leve como se fosse só uma checagem. "Tá perfeito", respondi, com a voz meio rouca.
Chegamos no parque por volta das quatro da tarde, o sol ainda forte, o lugar cheio de gente aproveitando o dia. Eu sabia que ela ia chamar atenção, mas não tava preparado pro impacto. Enquanto caminhávamos de mãos dadas, percebi os primeiros olhares. Um cara correndo tropeçou no próprio pé, outro que tava com a namorada virou o pescoço tão rápido que ela deu um tapa no braço dele. Eu ria por dentro, mas o tesão já começava a subir.
"Que tal a gente sentar ali?", apontei pra um banco perto de uma área movimentada, onde uns caras jogavam futebol e outros passeavam com cachorros. Ela sentou primeiro, cruzando as pernas de um jeito que o vestido subiu só um pouquinho mais, revelando a curva da coxa. "Você tá gostando disso, né?", ela sussurrou, com aquele sorriso provocador que me desarma. "Tô", admiti, sentando do lado dela e fingindo ajustar os óculos pra disfarçar o quanto eu tava ligado.
Não demorou muito pro show começar de verdade. Um vento leve passou, levantando o vestido dela o suficiente pra mostrar mais do que o planejado — nada escandaloso, mas o bastante pra fazer um cara que passava de bicicleta quase cair. Ele tentou disfarçar, mas o vermelho no rosto entregou. Deborah riu baixinho, se ajeitando no banco como se nada tivesse acontecido, mas eu vi o brilho nos olhos dela. Ela tava entrando na brincadeira.
"Vamos andar mais um pouco?", ela sugeriu, levantando com um movimento que fez o vestido deslizar pelo corpo dela de um jeito quase cinematográfico. Enquanto caminhávamos, ela parou pra pegar uma flor no chão, agachando de leve, e eu juro que ouvi um "puta merda" abafado de um cara que tava jogando bola ali perto. Ele parou no meio do chute, a bola foi pro lado errado, e os amigos dele caíram na gargalhada. Eu não resisti e soltei um "bem feito" mental, mas o calor no meu peito só aumentava.
O ápice veio quando paramos pra comprar um sorvete. O vendedor, um cara jovem com cara de quem não tava pronto pro dia, ficou tão atrapalhado olhando pra ela que entregou o troco errado duas vezes. Deborah, sendo a rainha que é, inclinou o corpo só um pouquinho pra pegar o sorvete, e o decote do vestido deu um vislumbre que fez o coitado derrubar o celular no chão. "Desculpa, moça", ele gaguejou, enquanto ela lambia o sorvete com uma naturalidade que era puro veneno. "Relaxa, acontece", ela respondeu, piscando pra mim logo depois.
No caminho de volta pro carro, eu não aguentei. "Você viu o que você fez com aquele cara?", perguntei, rindo, mas com a voz tremendo de excitação. Ela deu de ombros, como se fosse a coisa mais normal do mundo. "Eu? Você que quis me trazer pra passear desse jeito." E então ela se aproximou, roçando o braço no meu, e sussurrou: "Mas confessa, você tá adorando cada segundo disso." Não tinha como negar. Meu coração tava disparado, minha cabeça girando com as cenas que eu tinha acabado de presenciar. Era mais que orgulho — era um tesão cru, visceral, de saber que ela era o centro das atenções e, mesmo assim, só minha.
Quando entramos no carro, ela virou pra mim, ainda com o sorvete na mão, e disse: "Se é pra brincar, vamos brincar direito. O que você acha de eu escolher a próxima roupa?" Meu Deus. Eu só balancei a cabeça, sem palavras, já imaginando o que vinha pela frente. Aquele dia no parque foi só o começo, mas já tinha mudado tudo. O casamento, que eu achava que conhecia tão bem, ganhou uma emoção nova — uma que eu nunca imaginei que fosse tão boa.
Depois daquele dia no parque, a coisa toda ficou mais real do que eu esperava. Não era só uma faísca passageira — era como se a gente tivesse acendido um fogo que não parava de crescer. A Deborah, que antes parecia só estar me acompanhando na brincadeira, agora tava claramente gostando do jogo. E eu? Eu tava viciado. Cada olhar que ela arrancava dos outros, cada momento em que eu via o efeito dela no mundo, me deixava mais louco por ela. O casamento, que já era bom, começou a pegar um tempero que eu nem sabia que existia.
Na segunda-feira, depois do parque, eu tava na cozinha fazendo café quando ela apareceu com um sorriso que já denunciava que vinha coisa por aí. "Você disse que eu podia escolher a próxima roupa, né?", perguntou, encostada no batente da porta, com uma blusa larga que deixava uma perna de fora. "Disse", respondi, tentando não derrubar o café enquanto imaginava o que ela tinha em mente. "Então tá. Sexta a gente vai sair, e eu vou caprichar. Mas você vai ter que aguentar", ela avisou, com um tom que misturava desafio e promessa. Meu estômago deu um salto. "Aguento", falei, mas por dentro já tava contando os dias.
A semana passou voando, e eu mal conseguia me concentrar no trabalho. Ficava pensando no que ela ia aprontar, no que eu ia sentir. Quando a sexta chegou, eu voltei pra casa mais cedo, ansioso como um adolescente antes do primeiro encontro. Ela tava no quarto se arrumando, e quando me chamou pra ver, eu quase caí pra trás. Deborah tinha escolhido um vestido preto, justo na medida certa, que abraçava as curvas dela como se fosse feito sob encomenda. O decote era generoso, mas elegante, e a fenda na perna esquerda subia até um ponto que fazia qualquer um engolir em seco. Os cabelos cacheados tavam soltos, caindo pelas costas, e ela completou com um salto que deixava ela ainda mais poderosa. "E aí, o que achou?", perguntou, girando devagar pra eu ver tudo.
"Caramba, Deborah", foi tudo que eu consegui dizer, com a voz falhando. Ela riu, se aproximando pra me dar um beijo leve. "Se prepara, porque hoje eu vou te deixar orgulhoso de verdade." Meu coração disparou. A gente decidiu ir a um bar novo na cidade, um lugar badalado, com música ao vivo e uma vibe que pedia pra ser notado. No caminho, eu já sentia a adrenalina, mas nada me preparou pro que vinha.
Chegamos lá por volta das nove, e o lugar tava lotado. Cabeças viraram assim que ela entrou. O barulho das conversas parecia baixar por um segundo, como se todo mundo tivesse parado pra registrar a presença dela. Eu caminhei ao lado, com um sorriso que não conseguia esconder, enquanto ela seguia com aquela confiança natural que só ela tem. Sentamos numa mesa perto do palco, e eu pedi um drink pra disfarçar o quanto eu tava ligado naquilo tudo.
Não demorou pra brincadeira começar. Ela se levantou pra pegar mais uma bebida no balcão — coisa que eu podia ter feito, mas ela insistiu. "Deixa eu ir, você só observa", disse, com um olhar que me prendeu na cadeira. Enquanto ela andava, o vestido marcava cada passo, a fenda abrindo de leve e mostrando a coxa malhada. Um cara no balcão, que tava contando uma história pros amigos, parou no meio da frase, o copo suspenso no ar. Outro, que mexia no celular, deixou o aparelho escorregar pra mesa com um barulho seco. Ela pediu o drink, inclinando o corpo só um pouquinho, e o bartender — coitado — derramou metade da bebida fora do copo antes de se recompor.
Quando ela voltou, sentou do meu lado e cruzou as pernas, deixando a fenda do vestido fazer o trabalho dela. "Viu como ele ficou sem graça?", sussurrou, rindo baixo enquanto passava o dedo no copo. "Eu vi. E não foi só ele", respondi, apontando com o queixo pra um grupo de caras numa mesa ali perto. Um deles tava tão vidrado que a namorada deu um beliscão no braço dele, e ele derrubou o salgadinho que tava comendo. A gente caiu na risada juntos, mas por dentro eu tava pegando fogo.
A noite foi avançando, e ela parecia cada vez mais à vontade. Num momento, a banda mudou o ritmo pra algo mais sensual, um tipo de salsa que pedia movimento nos quadris, e chamou o público pra dançar. Ela me olhou com aquele ar de "vamos?", e eu levantei na hora. Não sou o rei da pista, mas com ela do meu lado, eu sempre me sentia confiante. Só que dessa vez, ela tinha outra coisa em mente.
A gente começou a dançar, ela se mexendo com uma leveza que fazia o vestido preto acompanhar cada curva do corpo dela. A fenda na perna abria a cada passo, mostrando a coxa malhada, e eu já via os olhares em volta se multiplicando. Mas então, ela parou por um segundo, inclinou a cabeça e disse, com um sorriso travesso: "E se eu dançasse com outra pessoa? Só pra você assistir." Meu coração deu um salto. Eu não esperava isso, mas a ideia me acertou como um raio. "Vai fundo", respondi, tentando soar calmo, mas minha voz saiu tremida.
Ela não perdeu tempo. Virou pro lado e chamou um cara que tava dançando sozinho ali perto — alto, moreno, com cara de quem sabia se mexer. "Quer dançar comigo?", perguntou, com aquela naturalidade que desarma qualquer um. Ele ficou sem reação por um segundo, olhou pra mim como se pedisse permissão, e eu só acenei com a cabeça, sentando de volta na cadeira pra assistir. O jogo tinha subido de nível.
A banda acelerou o ritmo, e os dois começaram a dançar. Deborah jogou os cabelos cacheados pro lado, os quadris acompanhando a música como se ela tivesse nascido praquilo. O vestido subia e descia com os movimentos, a fenda revelando flashes da perna dela, e o cara — coitado — tentava acompanhar sem perder o foco. Ele colocou a mão na cintura dela, hesitante no começo, mas ela guiou o movimento com uma confiança que fez o ar do bar parecer mais quente. Eu vi os outros parando pra olhar: um cara derrubou o copo na mesa, outro ficou com a boca entreaberta, e até a vocalista da banda deu uma piscada de aprovação.
Eu tava ali, drink na mão, sentindo um misto de orgulho, tesão e algo que eu nem sabia nomear. Cada vez que ela girava nos braços dele, o vestido balançava, e eu podia ver o esforço do cara pra não deixar o olhar descer demais. Ela sabia o que tava fazendo — não só com ele, mas comigo. Num momento, ela me lançou um olhar por cima do ombro, os olhos brilhando, como se dissesse: "Tá vendo isso? É pra você." Meu sangue ferveu.
A música terminou, e ela voltou pra mim com um sorriso de quem tinha vencido uma aposta. O cara agradeceu, meio atordoado, e voltou pro canto dele enquanto os amigos zoavam o quanto ele tinha suado. Deborah sentou do meu lado, cruzando as pernas devagar, a fenda do vestido ainda trabalhando a meu favor. "E aí, gostou do show?", perguntou, roçando o dedo no meu braço. "Você não tem noção", respondi, com a voz rouca, puxando ela pra perto. "Achei que você ia gostar", ela sussurrou, e deu um beijo leve no canto da minha boca que me deixou zonzo.
Naquela noite, de volta em casa, a energia entre a gente tava diferente. Era mais crua, mais intensa. Não era só sobre o sexo — que, aliás, foi incrível —, mas sobre como a gente tava se conectando de um jeito novo. Ela me provocava com os detalhes da dança, eu provocava de volta com o quanto eu tinha adorado ver, e tudo girava em torno dessa dinâmica que a gente tinha criado. O casamento, que eu achava que já era completo, ganhou uma camada que eu nunca imaginei. E o melhor? A gente tava fazendo isso juntos, como parceiros, como cúmplices. Eu sabia que não tinha volta, e, sinceramente, eu não queria que tivesse.
Depois da noite no bar, eu achava que já tinha visto o limite do que a Deborah podia fazer comigo e com essa nossa brincadeira. Ela dançando com outro cara na minha frente tinha sido o ápice — ou pelo menos era o que eu pensava. Mas a minha esposa, essa morena de 1,65 com curvas de academia e cabelos cacheados que parecem vivos, tinha um talento pra me provar que eu não sabia de nada. O que aconteceu no sábado seguinte foi algo que ninguém, nem eu, nem os caras que já babavam por ela, podia prever. Foi a exibição mais excitante que eu já vivi, e olha que eu nem sabia que era possível sentir tanto tesão assim.
Tudo começou com um plano aparentemente simples. "Vamos pra praia amanhã?", ela sugeriu na sexta, enquanto a gente tomava um vinho no sofá. "Tá quente, e eu quero pegar um sol." Eu concordei na hora, imaginando ela de biquíni, já antecipando os olhares que ela ia atrair. Mas o jeito que ela falou, com um brilho nos olhos que eu já conhecia, me deixou com a pulga atrás da orelha. "Você tá tramando algo, né?", perguntei, rindo. Ela só deu de ombros e disse: "Você vai ver." Meu Deus, eu devia ter desconfiado.
No sábado, chegamos na praia por volta do meio-dia. O sol tava escaldante, a areia cheia de gente, e o mar gritando pra ser aproveitado. Eu carreguei as cadeiras e o cooler enquanto ela caminhava na frente, com uma canga amarrada na cintura e uma bolsa de praia no ombro. Quando chegamos num canto bom, perto de um grupo de amigos jogando futevôlei e umas famílias espalhadas, ela tirou a canga e revelou o biquíni. Era vermelho, mínimo, com tiras finas que mal seguravam o que precisava ser segurado. As curvas dela — os seios cheios, a cintura marcada, o bumbum que a academia tinha esculpido — tavam expostas de um jeito que já fez um cara largar a raquete no meio do jogo. Mas isso era só o começo.
A gente se sentou, e eu já tava curtindo a vibe, observando os olhares furtivos enquanto passava bronzeador nas costas dela. "Tá gostando?", ela perguntou, deitando de bruços na canga com um sorriso malicioso. "Sempre", respondi, mas então ela se levantou e disse: "Então segura essa." Antes que eu pudesse entender, ela caminhou até o mar, os quadris balançando como se soubesse que cada passo era uma provocação. Mergulhou, saiu molhada, o biquíni colado no corpo, e voltou pra areia. Mas não parou aí.
De repente, ela pegou a bolsa, tirou uma garrafa d’água e começou a se "refrescar". Só que não era um refresco qualquer. Deborah deixou a água escorrer devagar pelo pescoço, inclinando a cabeça pra trás enquanto os pingos desciam pelo decote, contornando os seios e escorrendo pela barriga até pingar na areia. O biquíni, já pequeno, ficou quase transparente com a água, e o vermelho vivo destacava cada detalhe do corpo dela. O sol batia nas gotas, fazendo ela brilhar como se fosse uma miragem, e os cabelos cacheados, molhados, grudavam nas costas e nos ombros de um jeito que parecia uma pintura.
Eu tava paralisado, mas o mundo ao redor perdeu o controle. O jogo de futevôlei parou — um cara tomou uma bolada na cara porque não desviou o olho dela. Um pai de família, que tava ajudando o filho com um castelo de areia, deixou o balde cair e ficou com a boca aberta até a esposa dar um cutucão nele. Um grupo de surfistas que vinha saindo do mar ficou plantado na beira, as pranchas esquecidas, enquanto um deles murmurava algo que eu não ouvi, mas dava pra adivinhar. Ela sabia disso tudo e continuava, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Mas o golpe final — o que ninguém podia imaginar — veio quando ela voltou pra canga. Em vez de se sentar, ela ficou de pé, de costas pra mim, e se abaixou devagar pra pegar o protetor solar na bolsa. O movimento foi calculado, quase em câmera lenta: as pernas levemente abertas, o bumbum empinado, o biquíni subindo só o suficiente pra revelar a curva perfeita onde a coxa encontra o que não dá pra descrever sem perder o fôlego. A água ainda pingava dela, escorrendo pelas pernas, e o sol refletia na pele bronzeada como se ela fosse feita de ouro líquido. Eu ouvi um "caralho" abafado de alguém ali perto, e juro que vi um cara tropeçar na própria cadeira tentando se virar pra olhar.
Ela se levantou, virou pra mim com o protetor na mão e perguntou, inocente: "Passa nas minhas costas?" Mas o olhar dela dizia que aquilo não tinha nada de inocente. Eu peguei o frasco, mas minhas mãos tavam tremendo. "Você tá tentando me matar?", falei, rindo pra disfarçar o quanto eu tava abalado. Ela se deitou de bruços na canga, olhou pra mim por cima do ombro e respondeu: "Não, só tentando te deixar vivo de um jeito novo."
Naquele momento, eu não era mais só o marido orgulhoso. Eu era um cara em transe, consumido por um tesão que misturava admiração, desejo e uma pontada de incredulidade. Ela tinha ido além de qualquer coisa que eu já tinha fantasiado, e o melhor: ela tava adorando cada segundo disso tanto quanto eu. O resto da tarde na praia foi um borrão — ninguém mais jogou futevôlei direito, e eu nem sei como consegui voltar pro carro sem desmaiar.
Naquela noite, em casa, a gente mal conseguiu esperar pra cair na cama. Mas antes, enquanto ela tomava banho e eu esperava na sala, eu pensei: "Como é que a gente chegou aqui?". E a resposta era simples: a Deborah. Ela tinha transformado nosso casamento numa aventura que eu nunca imaginei, e eu tava louco pra descobrir até onde isso podia ir.