Eu e o motorista tesudo

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Gay
Contém 20400 palavras
Data: 18/03/2025 01:49:45

Essa história começa com a minha versão quando a família do Tyler, no caso eu, se desfaz com o divórcio turbulento e a saída de casa da Sra. Wayler com seu novo parceiro sem ao menos se despedir de quem quer que seja, deixando o Sr. Wayler com US$ ,56 na conta bancária.

A minha versão dessa história, ou seja, a do Mike, começa do outro lado da cidade onde o luxo das casas passava longe, me encontrando novamente desempregado com um ínfimo saldo de US$ 38,87 no bolso da calça, tentando um emprego numa agência de recrutamento para sobreviver e conseguir pagar mais uma dívida da minha mãe com os agiotas.

É aí que o destino de nós dois se cruza. Não pacificamente como se poderia supor, mas de maneira inusitada e forçada, com ambos putos com suas vidas.

A situação na casa da família Wayler já vinha se deteriorando há algum tempo. Brigas constantes entre o Sr. e a Sra. Wayler podiam ser presenciadas diariamente tanto pelos empregados quanto por mim, Tyler, seu único filho. Eu me trancava no quarto assim que as discussões começavam e punha o som no volume máximo, fazendo estremecer as paredes. Naquele dia, miraculosamente não houve nenhuma discussão. Ela saiu pela porta da frente onde o novo parceiro a esperava num estravagante Aston Martin Vanquish, com apenas uma mala, onde certamente estavam todas as suas joias retiradas do cofre que ficou escancarado e vazio no escritório. Nem sequer no meu quarto ela se dignou a entrar para se despedir e me dizer para onde estava se mudando. Foi assim, sem Tchau, sem Até Breve, sem Adeus. O Sr. Wayler estava sentado na poltrona de couro da biblioteca apreciando a paisagem outonal que se descortinava lá fora, soltando largas baforadas de uma edição especial e limitada do Cohiba Behike de 7,5 polegadas com calibre 52 que acabara de tirar da caixa, intercaladas com goles serenos do Eagle Rare 25 sem gelo e cuja garrafa de US$ 10.000,00 estava sobre a mesinha lateral de mogno. Suas feições, como sempre, não deixavam transparecer o que acontecia em seu íntimo; mas, por alguma razão, naquele dia eu tinha certeza que ele estava comemorando.

Aquela foi a gota d’água que faltou para minha cabeça pirar de vez, e eu me transformar largando o segundo ano da faculdade, me aliando a pior galera da universidade, e cheirando a minha primeira carreira de pó numa balada na qual não se podia encontrar nenhuma pessoa sóbria. Ainda não sei explicar o porquê de eu ter acordado só de cueca com o sol batendo na minha cara e babando feito um bode velho estirado de bruços sobre um sofá ao lado de um sujeito desconhecido com uma imensa ereção saindo da cueca. Ao meu redor, rapazes e garotas não estavam numa condição melhor do que a minha, os corpos nus ou seminus se espalhavam por todos os cantos, numa orgia de tetas de todos os tamanhos e formas, vaginas mais e menos peludas e caralhos seguindo a mesma regra, embora alguns estivessem duros feito um poste, implantados entre as coxas de seus donos. Segui cambaleando com as minhas roupas nos braços até encontrar meu carro, entrei nele e dei a partida, minha cabeça estava para explodir. Não faço ideia a que profundidade meu pé segurava o acelerador, mas tudo que passava ao lado das janelas mal dava para distinguir, até que, de repente, a silhueta corpulenta surgiu diante do para-brisas. Taquei o pé no freio, os pneus guincharam no asfalto, o carro ziguezagueou e ele estava deitado sobre o capô me encarando através do vidro. Gritei feito um alucinado.

Mal havia amanhecido quando me espreguicei sentindo o corpo moído como resultado do bico que havia encarado ontem, descarregar uma carreta lotada de caixas de peças para uma indústria de componentes automobilísticos que me renderam ao final da tarde míseros US$ 200,00. A cabeça do pau duro matinal tinha saído da perna do short e, logo após ter esfregado os olhos, dei uma ajeitada nela e no saco que estava apertado dentro dele. Eu tinha que estar cedo na fila da agência de recrutamento, senão ia encontrar uma porrada de caras fodidos como eu esperando na fila para serem os primeiros a serem atendidos e tentarem as vagas mais cobiçadas. US$ 161,13 foram para colocar cinco galões de gasolina no Chevrolet Malibu 2001 e para o supermercado, que garantiu o jantar da noite passada, o café da manhã de hoje e com um pouco de sorte o almoço e a janta; isso se o Ron não vier se aboletar aqui em casa e filar uma refeição como quem não quer nada. Minha mãe não tinha nem conseguido terminar o café, mas estava descabelada e segurava o cigarro acesso entre os lábios no canto da boca. Por isso, seu – Bom Dia – mais pareceu um resmungo rouco de fumante inveterada.

- Ainda não fiz os ovos mexidos, e o café daqui a pouco está pronto! – disse ela.

- Caralho, mãe! Eu avisei que precisava sair cedo! Até que horas o desgraçado do Ron ficou bebendo cerveja com você? Puta merda! – soltei furioso.

- Vê se não grita, ele ainda está dormindo! – avisou ela

- Filho da puta! Se esse traste vai ficar morando aqui dentro precisa colocar comida na mesa e pagar pela porra da cerveja que ele toma! – berrei, puto da vida. – Ron, seu filho da puta, acorda e saia daqui antes que eu te jogue porta afora à pontapés, desgraçado! – gritei, entrando no quarto da minha mãe para acordar o miserável.

- Essa casa também é minha, Mike! Eu exijo que você me respeite e trate melhor o Ron! – revidou minha mãe.

- Se ela também é sua trate de arranjar um emprego e colocar algum dinheiro aqui dentro. E quanto ao seu Ron, é a última vez que eu aviso, ou ele paga pelo que come e bebe aqui, ou o mando à puta que pariu na base da porrada. – descarreguei.

- É por isso que você não dá certo na vida, acordando nesse mau humor todo quem é que te aguenta? – retrucou minha mãe.

- Eu não dou certo na vida porque estou sempre pagando as suas dívidas! Puta merda, agora preciso sair de barriga vazia se não quiser chegar atrasado. Vida de merda! – esbravejei, saindo porta afora depois de a bater com força.

Havia uns 30 caras na fila quando cheguei à porta da agência, esperando-a abrir, outros fodidos. Faltava mais de uma hora para a porra da agência abrir e os dois sujeitos ao meu lado começaram a puxar conversa. Um deles me sugeriu tentar um trampo numa boate gay onde ele fazia umas performances de vez em quando, uma vez que, ao me examinar, disse que eu tinha potencial para agradar as bichas que frequentavam o lugar.

- Não é muito, são US$ 100,00 por noitada de 10 horas, mas o trabalho é moleza, basta ficar de sunga dançando nuns pódios para atiçar a imaginação dos veados. Sempre rolam umas gorjetas, mais uns US$ 80,00 pelo menos, se você deixar os caras enfiarem a grana na sunga. – disse ele. Eu peguei o cartão da boate que ele me estendeu sem muito entusiasmo, mas o carinha do lado ficou todo interessado. Só me faltava essa agora, aturar um bando de veados!

A garota que me atendeu, examinou a tela do computador, ajeitou o cabelo umas trocentas vezes, tomou um gole de água da garrafa que estava ao lado, me fez outro tanto de zilhões de perguntas para saber das minhas capacidades e, finalmente, me deu uma papeleta com dois endereços.

- Quando pode participar das entrevistas? – perguntou, como de praxe.

- Hoje mesmo, se possível!

- Desesperado, não é? – puta pergunta cretina. É óbvio que estou desesperado por um emprego de merda, senão não estaria nessa espelunca, conjecturei comigo mesmo. Mas me limitei a colocar um sorriso amarelo e acenar positivamente com a cabeça.

Parti feito um louco para a primeira entrevista que ela agendou por telefone, pois estava quase em cima da hora e a porra da empresa ficava longe. O sujeito que me entrevistou olhou para a minha cara, fez meia dúzia de perguntas depois de me mandar preencher um questionário quilométrico e me mandou esperar junto com outros quatro candidatos. Ficamos nos encarando com aquelas caras de bunda até começarmos a ser chamados um a um. Na minha vez, o entrevistador colocou uma expressão de compaixão na cara fuinha dele e me disse lamentar, mas que eu não tinha o perfil para a vaga. A função era de manuseador de empilhadeira num depósito de logística, que porra de perfil é preciso ter para essa merda de vaga? Saí puto do lugar, entrei no carro, dei umas porradas no volante e soltei um alto e sonoro – Puta merda – que despertou a atenção de uns garotos na calçada.

Eu tinha umas quatro horas até a segunda entrevista, do outro lado da cidade, na parte nobre cheia de casarões, lojas de grife, concessionárias de carrões de luxo e essa porra toda. Parei numa lanchonete porque a minha barriga não parava de roncar, o que me lembrou que ainda estava em jejum. O estacionamento da lanchonete era pequeno, tive que estacionar do outro lado da rua. Engoli o lanche com fritas mais barato do cardápio e uma Coca, e lá se foram mais US$ 12,42, tinha que dar até a noite. Atendi o celular com a boca cheia.

- Alô! Mike Dunst?

- Sim, é ele!

- Sr. Dunst, eu gostaria de saber se o senhor pode comparecer mais cedo à entrevista que estava agendada para as 14:15h? Nosso encarregado do RH não poderá atendê-lo nesse horário, caso contrário teremos que reagendar. – disse a voz feminina do outro lado.

- Sim, posso sim! Quando?

- Seria pedir muito se fosse dentro de uma hora?

- Não, claro! Tudo bem! Estou a caminho! – respondi.

- Também vou lhe passar uma mensagem com um novo endereço onde será a entrevista. – acrescentou ela

- Ok! – terminei de engolir o lanche e a Coca e com o celular na mão, para saber onde ficava a porra do novo endereço, saí correndo da lanchonete em direção ao carro. De repente, eu estava em cima do capô de um carro, de cara com um sujeito apavorado. Segundos depois eu rolava pelo asfalto, mais zonzo do que acordei naquela manhã.

De onde surgiu esse cara? Me perguntei petrificado dentro do carro com os joelhos tremendo. Que porra eu fiz? Subitamente a bebedeira e o delírio da droga que cheirei haviam sumido ou, seja lá o que estava atordoando minha cabeça. Meu primeiro pensamento foi fugir, mas nem a alavanca do câmbio eu encontrava. Começou a juntar gente, parecia que caíam do céu feito gotas num temporal. Um mastodonte mal encarado estava esmurrando a janela. Era impressão minha ou era o mesmo sujeito que vi sobre o capô pelo para-brisas? Era o próprio. Levei uns safanões assim que desci do carro, o lunático berrava fazendo minha cabeça latejar.

- Você não olha por onde anda, não, seu bosta? Quase me matou, desgraçado! – gritava ele.

- Quem manda atravessar a rua com o celular na mão! – devolvi, me defendendo.

- Como é que é? Eu não estava ao celular, seu merda! Você que estava dirigindo feito um louco!

- Não estava o caralho! Posso não estar lá muito bem, mas vi a porra do celular na sua mão! – revidei, antes de levar novo safanão que os transeuntes começaram a impedir.

- Você está chapadão, seu bosta! Aí, olha, todos são testemunhas, o cara está chapadão, e pelado! – gritou o sujeito.

A viatura policial que acabara de estacionar desligou a sirene, e o policial se aproximou querendo saber o que estava acontecendo e pedindo os documentos. Ele me encarava de um jeito esquisito, parecia estar flutuando, pois sua imagem ia e vinha diante dos meus olhos.

- Esse maluco chapado acaba de tentar me matar! – disse o sujeitinho

- Foi ele, seu guarda, a culpa é dele! Atravessou a rua falando no celular sem olhar por onde andava. – afirmei, com o que quase tinha certeza de ter ocorrido.

- Você andou bebendo? Por que está sem roupa? – cada pergunta esquisita que o policial fazia, sem tirar os olhos de cima de mim.

- Quem, eu? Eu não, seu guarda! Eu não bebi nada, nem cheirei nada! – exclamei, ao mesmo tempo que constatava que o policial tinha razão, vai saber onde estavam as minhas roupas.

- Encosta no carro, mãos no capô! – ordenou antes de eu conseguir me equilibrar. O puto estava me apalpando com suas mãozonas diretamente sobre a pele.

- Aí, seu guarda! Você é um taradão, fala a verdade! Devia controlar essas suas mãos! – balbuciei rindo, pois o cara era um tesão de macho.

- Está vendo, completamente chapado! É assim que ele estava dirigindo. – afirmou o mastodonte.

- Vista suas roupas, você está preso! Vai conosco para a delegacia. – disse o policial.

- Minhas roupas, eu juro que elas estavam por aqui! – exclamei, quando tentei entrar no carro e fui retido pelo policial. – Os documentos, o senhor não queria os documentos? Estão todos aqui, pode conferir. – acrescentei tirando-os do bolso da calça que segurava amarrotada entre as mãos.

- Os seus também! Quero ver os documentos! – disse o policial para o sujeitinho enfezado.

- Os meus? Eu sou a vítima nessa porra! – protestou

- Encosta no carro, pernas abertas e mãos sobre a cabeça! – ordenou o segundo policial, passando a revistá-lo.

- Os dois, para a delegacia! – sentenciou o primeiro, obrigando-nos a entrar na viatura.

- Mas eu tenho uma porra de uma entrevista de emprego daqui a menos de uma hora, caralho! Eu não vou, não fui eu quem ocasionou o acidente.

- Mais uma palavra sua e vai algemado! – ameaçou o segundo policial ao nos empurrar para dentro da viatura.

- Aí, seu merda, viu a enrascada em que nos meteu? Estou com uma puta vontade de dar umas porradas nessa sua cara! – ameaçou o mastodonte.

- Então dá, caralho! Olha, seu guarda, ele quer me bater! – exclamei

- Calados, os dois! Vão se explicar para o delegado!

O delegado era um troncudinho careca com apenas uma faixa de cabelos estreita próximo à nuca, o topo da cabeça brilhava e eu precisei rir quando ele me perguntou o que tinha acontecido. Ele ficou sério, mais sério do que meu pai ficava quando estava puto comigo. Foi hilário.

- Está vendo delegado, o cara está totalmente chapado e foi assim que me atropelou. – disse o sujeitinho que vi através do para-brisas.

- Eu quero meu advogado! Não falo nada sem meu advogado! – eu já tinha ouvido essas frases nos filmes e achei uma boa hora para repeti-las.

- De quem é o Chevrolet Malibu? – perguntou o delegado.

- É meu! – respondeu o mastodonte, como se fosse culpado de alguma coisa.

- A documentação está vencida há dois anos! O carro será apreendido! Depois de pagar as multas e o licenciamento poderá retirá-lo no pátio da prefeitura. – avisou o delegado, o que me fez rir novamente, dessa vez encarando o sujeitinho.

- Eu disse que a culpa não era minha! – balbuciei, uma vez que havia uma confusão generalizada na minha cabeça. – Eu quero ligar para o meu advogado! Eu exijo um advogado! – voltei a repetir, era engraçado pronunciar essas frases. O delegado e os dois policiais balançavam inconformados as cabeças de um lado para o outro.

- Alguém ajude esse moleque a vestir essas malditas calças, a bunda dele está toda de fora, cacete! Que dia! Se está começando assim, imagino como não vai terminar até o anoitecer! – sentenciou o delegado.

- Não toque em mim, seu tarado! Eu me visto sozinho! Você já passou por demais essas mãozonas na minha bunda, seu pervertido safado. – protestei, quando o policial quis me ajudar a vestir a calça que estava do avesso, enquanto o celular do secretário do meu pai tocava. – Josh! Josh, sou eu, Tyler! Você precisa me tirar da delegacia, fui preso! Não se atreva a contar nada para o meu pai, Josh! Vem logo que tem um policial aqui passando a mão na minha bunda! – balbuciava eu ao celular. – Como não está entendendo nada? Para que você serve então, Josh? Para puxar o saco do meu pai? Venha logo, estou mandando, cacete! – gritei, antes de desligar. – É o Josh, ele até que é um cara legal, mas é muito certinho e só faz o que o meu pai manda. – acrescentei, voltando-me para o delegado e rindo por conta daquela careca engraçada.

- Eu não acredito que isso esteja acontecendo comigo! A porra desse veado fodeu com a minha entrevista e eu não sei o que continuo a fazer aqui. – resmunguei possesso.

- O senhor vai prestar seu depoimento junto com o desse rapaz, e depois estará liberado. – disse o delegado

- Até lá já vai ser tarde! – respondi, ciente de que o emprego já era.

Um sujeito engomadinho de terno alinhado acompanhou o depoimento do veado do moleque que continuava me acusando de atravessar a rua sem olhar. O que era bem verdade, já que estava tentando descobrir onde ficava o endereço da entrevista, mas que a essas alturas ninguém precisava saber, ou estaria ainda mais fodido. Ele também pagou a fiança de US$ 22.000,00 do moleque como se estivesse dando uma gorjeta para o garçom. Com essa quantia toda eu podia viver até o final do ano.

- Eu vou processar esse moleque por dirigir chapado e me atropelar! – ameacei, me dirigindo ao engomadinho que me encarava com desprezo.

- Faça como quiser! – respondeu ele, sabendo que eu ia me foder se levasse o caso aos tribunais.

- Está vendo o que você fez, seu porra mimadinho? Perdi mais uma chance de conseguir um emprego! – afirmei, enfiando o dedo na cara do moleque.

- Que tipo de emprego você acha que ia conseguir com essa sua cara de lesado? – ousou perguntar o desgraçado, antes de eu o agarrar pelo colarinho e o espremer contra a parede.

- Quer ser preso, senhor Dunst? Ameaçando uma pessoa dentro da delegacia? – questionou a porra do delegado.

- Não, não senhor! – respondi, soltando o pescoço do moleque

- Então dê o fora daqui, antes que eu mude de ideia!

- Ou o moleque continuava chapado, ou era louco mesmo, pois voltou a me perguntar que emprego eu estava procurando.

- Qualquer um, saco! Qualquer coisa que bote algum dinheiro no meu bolso! Se bem que isso não é da sua conta, fedelho do caralho! – revidei, sentindo as mãos coçarem de vontade de esmurrar o desgraçado.

- Me leve para casa! Suspenderam a minha licença para dirigir e não posso levar meu carro para casa! – disse o moleque.

- Nem fodendo! Foda-se você, se perdeu a licença para dirigir! Peça aí ao seu capacho Josh para fazer isso! – despejei, quando o engomadinho encontrava outra solução para levar o carrão do moleque para casa.

- Te pago US$ 1.000,00 para me levar para casa! – o moleque era petulante, eu ainda ia quebrar a cara dele na primeira oportunidade.

- Pega um táxi! Vai com seu amiguinho aí! Vai à merda, mas suma da minha frente! – berrei a centímetros da cara dele, achando que ia se borrar todo, mas ele continuava me encarando em desafio.

- Aqui, olha, seu bosta! US$ 1.000,00 para me levar em casa. Não era um emprego que você queria? Te dou mais US$ 4.000,00 no final de cada mês se fizer o serviço direito. Sem minha licença vou precisar de um motorista para me levar para a faculdade. – eu já ia mandar o mimadinho tomar no cu, mas onde eu ia conseguir quatro mil dólares por mês? Eu precisava aceitar ou os agiotas iam aparecer lá em casa e quebrar tudo que encontrassem.

- Eu topo! Mas, presta bem atenção, seu veadinho do caralho, se estiver pensando em me passar a perna eu quebro essa sua cara na porrada, está me entendendo? – ele nem piscou.

- Vá cantar de galo lá com suas negas! E dê-se por feliz de ter arranjado um emprego! Anda, aqui estão as chaves, espero que não faça nenhuma barbeiragem! Sabe quanto custa uma BMW Z4 M40i? – teve a petulância de perguntar.

- Quer que eu dirija para você, ou não? Caso contrário, enfia sua BMW Z4 e sei lá mais o que no cu e vá se foder! – respondi. Eu estava com uma puta vontade de dar um murro na cara desse bostinha.

- Qual seu nome? – perguntou, depois de me dar o endereço para onde devia ir.

- Mike! – rosnei.

- Mike do quê? Não tem sobrenome? Parece cachorro que só tem um nome! – Ah, eu ia socar esse moleque, isso ia, e faltava pouco.

- Mike Dunst! Não ouviu o delegado repetindo meu nome uma dezena de vezes? Está tão chapado que nem sabe o que está acontecendo a sua volta! – afirmei. Ele não protestou, encostou a cabeça no encosto e ficou em silêncio. Estava aprendendo a me respeitar.

- Tyler! Tyler August Dawson Wayler! Mas me chame só de Tyler, que está bom! – avisou depois do breve silêncio. – Por enquanto não precisa me chamar de Sr. Tyler, sou muito jovem para isso! – emendou. O pulha estava tirando uma com a minha cara, nem pensou em me respeitar.

- Vá tomar no cu Tyler August Dawson Wayler! – revidei zangado. O desgraçado do moleque começou a rir.

- Não é à toa que está sem emprego! Com essa boca suja ninguém nunca vai te empregar! Depois reclama que é um fodido! – eu pisei no freio com tudo, encostei junto a calçada e me virei na direção dele pronto para fechar minhas mãos ao redor daquele pescoço que estava pedindo para ser estrangulado.

- O que foi? Quem mandou parar? – esse moleque só pode ser doido, pensei.

- Vou te dar umas porradas, moleque, juro que vou! – ameacei, enquanto ele me encarava rindo.

- Está esperando o quê? Me mata de uma vez, não sabe o favor que estaria me fazendo! – retrucou ele. Não sei que porra que me deu que não consegui esganá-lo ali mesmo. Para ser bem sincero, fiquei com pena do desgraçado. Eu, Mike Dunst, fodido até a última raiz do cabelo com pena de um riquinho desgraçado que me atropelou e me fez perder a entrevista de emprego. Sou uma besta!

Dava para notar que ele dirigia meu BMW com extremo prazer, nunca esteve atrás do volante de um carro esportivo tão potente e caro. Parecia uma criança se divertindo com um novo brinquedo, embora a cara amarrada escondesse toda essa satisfação. Ao entrarmos na garagem de casa e ele estacionar ao lado dos outros carros que se encontravam ali, reparei como ele ficou deslumbrado com as Mercedes-Benz AMG GLS63 4Matic e AMG S63 E 4Matic, a Maserati Quattroporte e o Bentley Flying Spur, mas ele disfarçou fingindo não se importar quando, aposto, estava morrendo de vontade de testar cada um deles. Ao entrarmos em casa o deslumbramento foi o mesmo, olhava para todos os lados incrédulo com tanto luxo.

- Vai ficar aí parado feito uma estátua? – perguntei. – Anda vamos subir!

- É esse o seu quarto? Minha casa inteira cabe aqui e ainda sobra espaço! – afirmou. – Por que me trouxe aqui? Quer esfregar na minha cara que sou um pobretão? – questionou sarcástico.

- Deixa de ser tonto! Estou precisando de um banho, desde que acordei naquela balada estou fedendo mais do que um gambá. – respondi.

- Está mesmo! A esbornia deve ter sido boa para o sujeito sair dirigindo feito um louco todo chapado e pelado! – retrucou

- Se eu estou fedendo você não fica atrás! Quando foi a última vez que esse corpão viu uma ducha? Deve ter até teia de aranha nesse sovaco! – revidei, despindo-me e seguindo para o banheiro.

- Que porra é essa, me poupe de ter que olhar para isso! Não tem vergonha nessa cara, tirar a roupa na frente de outro homem? – questionou

- Por quê? Nunca viu outro homem pelado? Se não quer ver, não fica espichando esse olhar de peixe morto para a minha bunda.

- Quem é que está interessado nessa coisa? Vá se catar!

- E trate de não roubar nada enquanto eu estiver no banho! – exclamei, para irritá-lo

Não! Essa passou da conta! Eu vou mostrar para esse riquinho metido que não sou ladrão. Fui para cima dele, esmaguei-o contra a parede e mandei que me pedisse desculpas de joelhos, bostinha de merda.

- Pede desculpas!

- Não peço!

- Pede desculpas, veado do caralho! Estou mandando!

- Não peço! Está me machucando!

- Foda-se! É para machucar mesmo!

- Eu vou começar a gritar e pedir por socorro para você não me estuprar. – ameaçou o safado

- Eu não tenho o menor interesse em te estuprar, seu fedelho de merda!

- Tente explicar isso aos empregados quando eles chegarem aqui e me virem nu com você me agredindo. – esse cretino tinha sempre uma resposta na ponta da língua. Arre, que eu devia sentar a mão na cara dele e sumir daqui.

- Isso, assim é bem melhor! Olha as marcas que deixou no meu pescoço! – o atrevido ainda me desafiava.

O troglodita reclamou de eu ficar pelado na frente dele, mas agora que saí do banho e estava procurando o que vestir, bem que ficou me encarando feito um garanhão no cio; mesmo disfarçando, notei que estava com tesão e precisava ficar mexendo na rola para não dar bandeira.

Não é que o veadinho tem um corpo muito bonito e é tesudo para caralho! Muita garota não tem uma bundinha redonda e carnuda como essa! Ó Mike, seu idiota, virou boiola? Sarando bunda de macho, o que deu em você, ficou leso? Não sei dizer porque esse peste consegue me tirar do sério, devo ter soltado alguns parafusos dentro do meu cérebro quando ele me atropelou.

Passei a tarde toda ao lado dele, fui derrotado em todos os jogos de videogame que disputamos, tirei a barriga da miséria com o lanche que ele pediu para a cozinheira preparar, tratamos da questão do meu salário para bancar o motorista dele e, tomei umas cervejas quando fomos sentar perto da piscina. Quando o pai dele chegou no início da noite, o bicho pegou. O moleque deu para bater de frente com o pai que já chegou irritado por ter sabido pelo secretário, o tal do Josh, que ele havia sido detido, que foi preciso pagar uma fiança e que lhe tiraram a licença para dirigir.

- É isso, Tyler, é assim que você quer me convencer que é dono do seu nariz? Dirigindo nu e bêbado, atropelando pessoas, indo parar numa delegacia para ser fichado? Também fiquei sabendo que faz mais de duas semanas que não aparece na faculdade. O que pensa da vida, moleque? Eu estou farto das tuas criancices, do menininho birrento e mimado querendo chamar a atenção! Quer ver o nome da família envolvido em escândalos? – descarregou o pai.

- Isso você e a mamãe já fazem sem a minha ajuda! – revidou petulante o moleque. Se fosse meu filho dava-lhe umas porradas. – Ninguém vai se importar com o incidente na delegacia, já está tudo resolvido. O atropelado é esse aqui, o Mike, como pode ver não está faltando nenhum pedaço nele. – continuou o moleque.

- Incidente? Você chama um atropelamento de incidente, seu irresponsável? Esse incidente me custou US$ 22.000,00. – despejou o pai. – E o que esse sujeito faz aqui? Por que o trouxe para dentro de casa? – eu fui com a intenção de me apresentar ao lhe estender a mão, mas o cara nem olhou na minha cara.

- Ele vai ser meu motorista! Preciso de alguém que me leve para a faculdade e sem minha licença não posso dirigir. – respondeu o garotão. Até para o pai ele tinha respostas na ponta da língua.

- E você acha que vou permitir que esse molambento trabalhe como motorista nessa casa? Trate de dispensá-lo, o Josh vai contratar um motorista mais apresentável! – eu já estava com vontade de meter a mão nesse sujeito.

- Ele fica! Não quero outro motorista! – o moleque era peitudo e marrento, isso tenho que admitir

- Não me provoque, Tyler! A minha paciência com você está por um triz! – ameaçou o pai. – Josh, pague a esse sujeito o que lhe cabe, coloque-o para fora e contrate outro motorista para o Tyler. – ordenou com empáfia.

- O Mike fica! – repetiu com firmeza o molecão. – Ou ele fica ou eu faço outro escândalo, e garanto que esse vai acabar nas primeiras páginas dos jornais.

- Tyler! – o grito do velho sacudiu a casa, mas o molecão nem piscou. Tem colhões o garoto.

Eu ia perguntar como ficamos, depois que o pai nos deixou, mas desisti, o moleque estava enfezado demais e ia começar outra briga comigo se eu abrisse minha boca.

- Vem comigo! – foi tudo que ele disse, saindo em direção a garagem.

- Para onde vamos?

- Só dirige, vou indicar o caminho! Que foi que eu disse, devia ao menos ter tomado um banho quando estivemos no meu quarto! Estou sentindo a catinga até aqui! – respondeu o atrevido.

- Quer arrumar briga comigo também, seu moleque? Não sou seu pai, no lugar dele já teria te dado uma puta surra para você largar mão de ser folgado. – revidei

- Mas você não é meu pai, é um maltrapilho que não arranja emprego porque parece mais com um bandido. Viu no que deu essa sua aparência de quem acaba de sair da cadeia? Que saco, agora meu pai tem mais um motivo para torrar a minha paciência. – resmungava ele

- Bandido é seu cu, moleque! Se não começar a me respeitar eu .... – ele nem me deixou terminar

- Você o quê? Vai quebrar a minha cara, vai me dar uma puta surra, vai me esganar, você não sabe falar outra coisa, parece um disco emperrado? – eu sabia que não devia ter aberto a minha boca, levei a pior, e desse fedelho de bosta.

Só tinha um jeito de meu pai deixar o Mike ficar, eu precisava deixar esse ogro minimamente apresentável, por isso fui às compras. Talvez com um banho de loja esse sujeito até podia se parecer com gente. Claro que não me atrevi a dizer isso a ele, ia levar um soco na cara, com certeza. Depois das compras e de um bom banho, ele até que ficou interessante.

Nunca tive tantas roupas e, especialmente, tão caras. O moleque passava o cartão de crédito como se estivesse abanando um leque, não perguntou uma vez sequer o preço das roupas que ia me sugerindo.

- Não posso aceitar essas coisas! Se pensa que vai me comprar gastando à rodo com essas roupas está muito enganado! Não estou à venda! – afirmei dentro de uma loja no provador quando ele trouxe mais meia dúzia de calças para eu experimentar.

- Cala essa boca e veja se essas caem bem! – foi a resposta abusada dele.

- Olha aqui, seu fedelho do cara.... – a mão dele se fechou apertando a minha pica, enquanto me encarava petulante. Meu sangue ferveu. – Qual é a sua, veadinho! Está me estranhando? Se fizer isso de novo eu ..... – claro que ele não me deixou terminar.

- Você me soca, me dá uma surra, me esmaga e blá, blá, blá! – o putinho caçoava de mim sem o menor pudor, ou medo.

Eu o levava todos os dias para a faculdade, acho que ele voltou a frequentar as aulas para não deixar o pai ainda mais puto com ele. Voltávamos para casa, almoçávamos um rango dos deuses e subíamos para o quarto dele. Eu era o único empregado a não ter um quarto exclusivo na ala dos criados, até porque quando não estava em serviço ia para casa. Ele fazia os deveres da faculdade ouvindo música e eu ficava por ali morgando, assistindo aos jogos da temporada regular da NFL na TV com fones de ouvido, ou simplesmente pensando na vida esparramado na cama dele. Ele raramente saía, o que me fez concluir que não tinha muitas amizades, embora de vez em quando alguns colegas da faculdade ligassem no celular ou o chamassem numa vídeochamada pelo laptop. No final da tarde, eu jantava com ele na cozinha e ele me dispensava. Eu entrava no meu Malibu 2001 que ele resgatou comigo no pátio da prefeitura, pagando todos os impostos e multas atrasados, poucos dias depois de ele ter sido apreendido.

- O que você fica fazendo enquanto estou na faculdade? Fica se exibindo para as garotas com meu BMW, dando uma de gostosão? – perguntou certo dia.

- Nada, seu merdinha! Não faço nada, só fico te esperando! Acha que só porque sou pobre que dou uma de aproveitador? Fique sossegado, a porra do seu BMW do caralho fica estacionado o tempo todo em lugar seguro só esperando o bostinha voltar. – revidei, querendo dar um safanão naquela cara arrogante.

- Até quando frequentou a escola? – perguntou, acho que para mudar de assunto, depois que me viu irritado

- O que te interessa isso? Quer saber se também sou burro? Pois saiba que sou! Tão burro que me sujeito a bancar o motorista para um merda de riquinho que me atropelou. – descarreguei. – Parei um ano antes de terminar o ensino médio, precisava trabalhar para pagar as contas de casa. Não nasci privilegiado tendo grana para frequentar baladas e sair chapado atropelando as pessoas no meio da rua para um secretário particular depois vir pagar a fiança para eu sair livre pela porta da frente da delegacia como se nada tivesse acontecido. – complementei.

- Essa ladainha de novo? Você não se cansa de me jogar isso na cara? A culpa também foi sua, não pense que me esqueci disso! – devolveu o atrevido. – Por que não termina os estudos, talvez até pense numa faculdade. Pode aproveitar essas horas ociosas e terminar o ensino médio. – sugeriu.

- Quer que eu volte a estudar com um bando de pirralhos que tem pelo menos seis a sete anos menos do que eu? Vão gozar com a minha cara!

- E é só com isso que está preocupado, sua toupeira teimosa? Que gozem da sua cara, não que isso vai abrir as portas para você conseguir um emprego melhor, já que não consegue arranjar nenhum. – eu ia meter a mão na cara dele, mas ele ria enquanto me desafiava, e só consegui rir com ele. – Amanhã mesmo vou com você fazer a matrícula no colégio. Você vai terminar o ensino médio, velhaco como está, mas vai terminar. – sentenciou

- Velhaco é seu cu, veadinho do caralho! Quando sentir a minha mão na sua cara você me diz quem é o velhaco! – o putinho ria, e eu rosnava. Se desse a surra que ele merecia, acabaria num hospital e eu ainda mais fodido do que já estava.

A paz naquela casa durava pouco. Poucas semanas depois daquela primeira briga que assisti, o Tyler e o pai se enfrentaram de novo. O motivo, eu. Tinha ficado um pouco mais tarde que o habitual por que ele precisou participar de um evento na universidade que contava para a nota de uma disciplina. O jantar estava sendo servido na sala formal e o Tyler encasquetou que era ali que eu devia me sentar, cara a cara com o pai dele. Era mais uma de suas provocações de menino mimado.

- O que esse sujeito ainda faz aqui? Não mandei que se livrasse dele? - começou a porra do arrogante, antes de eu fazer menção de sair da mesa.

- Ele é meu namorado, e vai ficar onde está! – o velho quase se engasga com a garfada que colocou na boca e eu com a minha própria saliva. O que deu nesse moleque agora?

- Como é que é, Tyler? Você ficou maluco, moleque? Está me provocando outra vez? – berrou o pai, desferindo um soco na mesa.

- Não, não sou maluco, sou gay! E o Mike é meu namorado! Por isso ele não vai deixar essa casa. – eu fiquei tão abespinhado que não sabia como reagir, especialmente porque o fedelho veio sentar no meu colo e me tascou um puta beijo inesperado na boca.

- Isso é demais, Tyler! Você passou de todos os limites! Está na hora de você agir como um homem, de ter um pouco de decência, de respeitar essa casa. – descarregou o pai, vindo em direção dele, arrancando-o do meu colo e começando a cobrir o garotão de porradas.

Que ele estava pedindo por uma surra não restava dúvida, mas eu não ia permitir que o pai o espancasse com tanta brutalidade, embora muitas vezes tenha tido a mesma vontade. Segurei o braço do sujeito, tirei-o de cima do Tyler e o derrubei sobre uma cadeira com alguns safanões.

- Fora daqui, seu miserável! Saia da minha casa agora ou chamo a polícia! Não quero ninguém da sua laia envolvido com meu filho! – berrava colérico o sujeito. Eu me virei para sair, antes de cometer algum desatino.

- O Mike fica! – esse moleque não tomava jeito, caralho de fedelho atrevido. – Se o Mike sair eu também saio! – continuou ele.

- Não, não fica e você vai me obedecer, nem que seja na marra! Dá o fora daqui rapaz! – ordenou o pai. A discussão tinha atraído dois seguranças mal encarados que estavam prontos para me jogar porta afora.

- Não fico nem mais um segundo nessa casa, eu vou para a casa do Mike! – peitou o Tyler.

- Vá! Mas não pense que vou facilitar a sua vida, moleque! – ameaçou o pai.

- Vai para a minha casa! – balbuciei confuso. – Então, tá, ele vai para a minha casa! – exclamei, foi como se tivesse acabado de levar um soco de um pugilista, tudo estava embaralhado na minha cabeça.

- Vamos! Não vou aturar mais nenhum desaforo ou ameaça, acabou! – exclamou o molecão, me arrastando consigo para a garagem. Entrei no meu carro ainda não atinando com nada. - Está esperando o quê? Bota essa joça para funcionar e vamos sair daqui! – ordenou sem receio.

Para variar, quando chegamos à minha casa, o Ron estava lá, ao redor da mesa da cozinha, cercado por latinhas de cerveja, e com minha mãe sentada no colo dele com um cigarro acesso no canto da boca. Como não vi uma das mãos do Ron, concluí onde ela devia estar e, pela cara do Tyler, ele imaginou o mesmo que eu. Ela se levantou apressada e ajeitou a roupa assim que viu o Tyler.

- Oi! Não sabia que você ia trazer alguém para jantar. Não deu tempo de preparar nada! – disse ela, numa resposta que eu já tinha ouvido uma centena de vezes

- Esse é o Tyler! Minha mãe e um amigo dela, Ron! – apresentei envergonhado, a cozinha estava uma zorra, tinha louça suja por todo lado e o ar estava empesteado do cheiro de cigarro.

- Olá, muito prazer! – exclamou o Tyler, estendendo educadamente a mão para cumprimentá-la. Ela esfregou a mão, que também sabe-se lá por onde andou, no vestido e a esticou na direção do Tyler, como se estivesse a lhe fazer um favor de retribuir o cumprimento gentil e efusivo. O filho da puta do Ron só encarava a figura portentosa do molecão e rosnou um olá com o cigarro na boca.

- Nós vamos para o meu quarto! – avisei, sem saber onde enfiar a cara, conduzindo-o para o quarto e fechando a porta.

Ele ficou parado junto a porta, deu uma passada minuciosa de olhos por todo cômodo. A zorra não era muito diferente daquela da cozinha, e me pus a catar apressadamente as roupas usadas espalhadas pela cama e móveis, a abrir um pouco a janela para tirar aquele ar pestilento de sovaco vencido, e fazer lugar para ele poder se sentar.

- Desculpe a bagunça! Não esperava receber visitas! – pela primeira vez me senti envergonhado diante dele, que continuava a examinar o quarto em silêncio.

Ter aquele moleque mimadinho dentro da nossa casa foi algo que nunca imaginei. Agora eu tinha mais um problema nas mãos, tinha que dar guarida a ele. Passei as mãos pela cabeça, eu estava mais fodido do que nunca.

- Você dorme aqui, na minha cama é mais larga e confortável, eu me ajeito nessa outra! – informei, ao tirar os lençóis usados e substituí-los por limpos. Ele nem prestou atenção no que eu dizia.

- É isso que você ouve? – perguntou, quando pegou o CD com uma live do Image Dragons em Las Vegas, e outro da Incubus que estava no aparelho de som que liguei deixando a música Wish you were here tocar.

- Sim! – respondi desconcertado, uma vez que ele ouvia Mozart e Vivaldi enquanto fazia as tarefas da faculdade em seu quarto e que no começo eu achei um tédio, nem sabia quem eram esses caras, só sabia que já tinham morrido há séculos, mas que com o tempo até comecei a curtir, pois me ajudava a colocar as ideias em ordem.

- Muito cultural! – exclamou o arrogante.

- Pode não ser o seu tal de Morza, mas eu curto!

- É Mozart! Já te falei uma dúzia de vezes!

- Que seja! É um porre! – retruquei, só para não dar o braço a torcer. – Está com fome? Em vez de jantar você resolveu quebrar o pau com seu pai.

- Estou! Faminto, se quer saber!

- Não sei se tem alguma coisa para comer. Acho que precisamos ir até a lanchonete. – estava na cara que não tinha nada em casa, nunca tinha. Minha mãe nem se dava ao trabalho de ir ao supermercado, a não ser que fosse para pegar as cervejas do Ron e os cigarros deles.

Levei-o até a cozinha. Minha mãe tinha dado um jeito na louça suja. Abri a geladeira e não tinha porra nenhuma que prestasse. O Tyler deu uma examinada e disse que podia tentar fazer alguma coisa com aquilo. Fiz um rapa no que já estava vencido e o ajudei a recuperar o que ainda era comestível. O danado se virava bem na cozinha, preparou uma refeição rapidinho com o que tinha, e ficou bem gostoso.

- Não sabia desse seu dom! Onde aprendeu a cozinhar? Pensei que riquinhos tinham empregados para tudo. – não sei porque disse isso, estava tão perturbado com a presença dele ali que já nem sabia mais como agir.

- Eu ficava muitas vezes sozinho em casa e ia me distrair com os empregados na cozinha. Uma cozinheira que tivemos me ensinou muita coisa, depois fui tentando aperfeiçoar. – respondeu ele, o que me levou a pensar que sua vida naquela casa não devia ter sido aquele glamour todo que eu achava.

- Está ótimo! Faz tempo que não como uma refeição descente! – exclamou o filho da puta do Ron, lambendo os beiços.

- Se não passasse o dia todo coçando o saco e vindo aqui filar um prato de comida, talvez tivesse como pagar por uma refeição descente. – retruquei. Eu estava pelas tampas com esse filho da puta, e já estava antevendo o dia que o poria a pontapés para fora de casa.

Deixei o Tyler tomar banho primeiro e, quando voltei ao quarto banhado, ele já tinha caído no sono. Estava deitado de bruços, só vestiu uma porra de uma cueca que fala sério, o que era aquilo, mal cobria aquele bundão tesudo do caralho. Joguei um lençol por cima daquilo e me enfiei na cama. Minutos depois estava batendo uma punheta, era isso ou enfrentar uma noite inteira insone. O que eu ia fazer com esse moleque, não dava para simplesmente mandá-lo embora; puta que pariu, como é que me enfio nessas enrascadas?

No dia seguinte à minha mudança para a casa do Mike conheci o melhor amigo dele, Danny. Eles se conheciam desde criança, andavam sempre juntos e se tratavam como irmãos. Ele apareceu no meio da tarde quando o Mike estava fazendo um bico ajudando o dono da oficina mecânica na mesma rua a consertar o carro de um cliente. Eu estava sozinho na casa, fazendo as tarefas da faculdade.

- Oi! O Mike está?

- Olá! Não, estou sozinho. Ele foi até a oficina mecânica aqui perto ajudar a consertar um carro. – informei

- Ah, já sei quem é! Você deve ser o riqui... deve ser o carinha que o Mike está levando para a faculdade todos os dias.

- Sim! Tyler, prazer.

- Danny! Sou amigo de infância do Mike, moro aqui perto.

- Legal! Quer esperar por ele aqui?

- Se não for incomodo!

- Não, claro que não! Sou apenas um hóspede temporário por aqui. – esclareci

- Está morando aqui? – a pergunta foi feita com tanto espanto que até eu estranhei.

- Sim, por um tempo! Meu pai me expulsou de casa.

- Caraca! E não tinha nenhum outro lugar para você ir? Com tanta grana daria para ficar num hotel cinco estrelas! – estava me parecendo que ele não gostou de saber que me abriguei na casa do amigo.

- Não! Quer dizer, até talvez tenha, com a minha mãe e o novo parceiro dela, mas preferi vir para cá. Um hotel seria muito impessoal. – revelei

- E o Mike está de boa com isso?

- Sim, acho que sim! Até agora ele não me mandou embora.

- Ah, entendi! – exclamou ele. O que ele tinha entendido não sei.

Depois de me fazer uma porção de perguntas querendo esmiuçar a minha vida, me falou um pouco de sua amizade com o Mike e das coisas que já tinham aprontado. Achei que seria uma ótima oportunidade para perguntar sobre o pai do Mike, uma vez que ele nunca o mencionou.

- Ele os abandonou quando o Mike tinha dois anos, ninguém sabe por onde ele anda, se é que ainda está vivo. – revelou ele.

- Como assim? A mãe do Mike deve ter o que, uns quarenta anos; o pai não deve ser muito mais velho. – conjecturei

- É mais ou menos isso! Acontece que ele se metia nuns rolos com um pessoal da pesada, por isso ninguém sabe se ainda está vivo ou se já deram cabo dele. – informou.

- O Mike nunca o procurou?

- Ele nem quer ouvir o nome dele sendo mencionado. Se souber que te falei do pai dele vai ficar puto comigo.

O Mike estranhou ao chegar em casa e me ver de papo e rindo com o Danny. Pela cara que fez, não gostou.

Chego em casa e dou de cara com quem, o puto do Danny se engraçando para cima do Tyler. Só não dei umas porradas nele porque o Tyler estava lá, e ia ser difícil explicar porque dei uns socos no meu amigo.

- O que faz aqui?

- Você andou sumido, quis saber se está tudo bem. – respondeu o Danny

- E por que não haveria de estar? Ando ocupado, sem tempo. Desde quando está aqui? – perguntou o Mike

- Faz pouco mais de uma hora, estava levando um papo com o Tyler!

- E que tipo de papo você tem para levar com o Tyler? Vamos, vamos sair daqui. Ele precisa fazer as tarefas da faculdade e você fica aí enchendo o saco dele. – peguei meu skate e fomos até a pista na rua debaixo, antes que o linguarudo do Danny falasse demais.

- Valeu, Tyler! A gente se vê por aí!

- Valeu Danny! Gostei de te conhecer! – me responde o metido do Tyler, se foi para me irritar, conseguiu.

Estava na cara que o Mike estava me escondendo alguma coisa. Eu já havia reparado que ele andava estranho desde que me mudei para a casa dele. Não me deixava muito tempo a sós com a mãe, nem com o Ron e quando chegava alguém me levava para longe.

- Qual é tua de aparecer assim do nada e ficar de papinho com o Tyler? Por que não se mandou quando viu que ele estava sozinho em casa, e foi me procurar na oficina? – perguntei ao Danny

- Cara, só estava conhecendo o riquinho, que mal há nisso?

- Você e essa sua boca grande é que são o mal nisso. Andou falando o que para ele?

- Nada, caralho! Puta desconfiança! Vá se ferrar!

- Te conheço!

- Conhece o cazzo! Eu fui super gentil com ele, juro. Você não me falou que o riquinho também é muito bonito, está enrabando ele no seu quarto?

- Vá se foder, Danny! Eu lá quero saber de comer cu de veado?

- Ele é gay?

- Não sei, caralho! Quem disse que ele é gay?

- Você! Acabou de dizer que não come cu de veado!

- Cala essa boca, seu merda! Eu não falei nada disso!

- Você está com ciúme! Dá para ver na sua cara!

Não deixei barato, sentei o braço no Danny. Ele revidou me deixando ainda mais puto e começamos a quebrar o pau no meio da rua. Nossas brigas nunca acabavam com um vencedor, éramos fisicamente muito parecidos e no final das brigas ambos estavam tão cansados de bater e apanhar que encerrávamos o duelo. Chegamos na pista de skate já moídos de tantos socos.

- Então ... tipo assim ... você não está a fim do riquinho. – recomeçou o Danny quando nos sentamos na beira da pista onde uns garotos exibiam seu talento sobre os skates.

- Já falei que não, caralho! Que papo besta é esse?

- O cara é um tesão! Você reparou naquela bunda? Gay ou não, aquilo é um puta de um rabão gostoso. – o Danny só podia estar a fim de me zoar. – Então ... tipo ... se alguém estiver a fim dele você não liga. – continuou o pervertido. – Assim ... eu digo ... um amigo tipo eu ... se quiser meter ... no caso ... a minha pica no rabo dele ... pra você tá liberado!

- Se você encostar um dedo nele eu te mando para o cemitério Danny! Juro que mando, cara! – ameacei, e dessa vez estava falando sério.

- Pô, qual é Mike? Cê tá ou não afim daquele rabão? Decide de uma vez! Se não está deixa quem está dar um trato nele. – pulei no pescoço do Danny e o esganei, enquanto ele me socava as costelas. Uns sujeitos que estavam perto da pista vieram nos apartar. Voltei para casa com a boca sangrando.

- O que foi isso na sua boca? – perguntou assustado o Tyler assim que pisei em casa.

- Sai para lá você também! Me deixe em paz, se não quiser levar umas porradas! – respondi, empurrando para longe o braço com o qual sua mão queria me tocar.

O Mike foi para o quarto e se trancou lá. Nem a mãe quando chegou em casa conseguiu tirá-lo lá de dentro. Não jantou e estava enrolado feito um caramujo quando fui me deitar. Perguntei o que tinha acontecido, ele não respondeu.

Era tarde, madrugada, quando ele entrou na cama comigo. Estava nu, passou o braço pelo meu tronco e se aconchegou nas minhas costas, roçando os pelos do peito nelas. Puxou minha cueca para baixo e apalpou minha bunda. Não protestei, estava gostando daquela mão pesada e grande explorando minhas nádegas. Ele sabia que tinha me acordado, mas não dizia nada, só tateava pelo meu corpo, aspirava o cheiro da minha pele fungando na minha nuca. Ficou de pau duro e o esfregou na minha bunda. Comecei a tremer, o corpo todo. Senti um troço estranho no cuzinho, estava piscando sem eu controlar. O cheiro do Mike se tornava cada vez mais presente, tinha ido para a cama sem tomar banho depois que voltou da rua, estava suado e pegajoso, mas foi o cheiro mais delicioso que já senti. Ele abriu meu rego, encontrou minha rosquinha e ficou passando o dedo em cima. Comecei a sentir falta de ar, por mais fundo que inspirasse, não vinha o suficiente. A respiração dele resvalava no meu cangote, quente e agitada. Ele puxou meu rosto para junto do dele e começou a me beijar. Eu aceitava seus lábios chupando os meus, sua boca devorando a minha, sua língua entrando em mim e se entrelaçando com a minha. O sabor dele era bom, muito bom. Passei os dedos pelo contorno do rosto dele, o quarto estava às escuras, mas era como se eu o pudesse ver, cada vinco, cada detalhe. Ele voltou a me colocar de bruços, beijou meus ombros, lambeu minha coluna de cima abaixo, beijou as bandas lisas e roliças da minha bunda, as amassou algumas vezes enquanto as mordia. Ao sentir a língua dele rodopiando sobre o meu cuzinho plissado, soltei um gemido. O tesão era tanto que meus músculos se contraíam em movimentos descoordenados, como se estivessem acometidos pelo tétano.

- Adoro seu cheirinho! – ouvi-o sussurrar, quebrando o silêncio. Foi quando tive a certeza que ia acontecer.

O Mike se deitou sobre mim, mordiscou minha orelha e apontou a cabeçorra melada do cacetão no olho do meu cuzinho, forçando-a a distender os esfíncteres para entrar dentro dele. Começou como um incômodo, mas à medida em que ele impunha mais força e meu ânus foi sendo aberto como o desabrochar de uma flor, a dor foi se intensificando e, ao soltar um gemido, senti uma estocada forte, o cuzinho rasgando e o pauzão mergulhando na minha carne macia. O gemido se transformou num ganido agudo e pungente que o Mike sufocou tapando minha boca com a mão.

- Quieto! Vai acordar todo mundo! – ordenou.

- Está doendo! É muito grande! – balbuciei choroso

- É só no começo, depois você acostuma! – retrucou ele, empurrando a tora grossa e rija mais para o fundo.

- Ai Mike, devagar! Estou falando sério, está machucando, dói muito! É muito grande! – ele me beijou, não sei se para eu parar de reclamar ou se para me recompensar pela dor que estava me causando.

- Se você relaxar dói menos! Travando o cuzinho desse jeito só pode machucar mesmo. – devolveu, arfando de tanto tesão.

- Estou tentando, mas fala isso para o meu cu quando tem um troço grosso desses enfiado dentro dele pela primeira vez. – revelei.

- Primeira vez? Você é virgem? – perguntou espantado

- Sou! Ou melhor, era até você meter esse pauzão no meu cuzinho. – respondi. Ele me agarrou com mais força fechando seus braços musculosos ao redor do meu torso, amassando minhas tetinhas e esmagando os biquinhos duros dos mamilos com os dedos.

- Tesão da porra, Tyler! Você é um veadinho virgem! – exclamou em jubilo.

Depois daquela conversa com o Danny e da briga que tive com ele por ele estar cobiçando a bunda do Tyler, percebi que estava gostando daquele molecão atrevido e respondão. Eu não reparava na bunda de homens, mas a do Tyler nunca me passou despercebida, era uma puta de uma bunda carnuda e redondinha que parecia estar pedindo por uma pica. E agora ela estava ali na cama ao lado, no escuro do quarto não dava para ver, mas eu sabia que ela estava lá, gostosa, coberta apenas por uma daquelas cuecas miúdas que mais pareciam uma calcinha do que uma cueca de macho. Já era a quarta vez que estava apertando meu pau que começou a inchar ao mesmo tempo em que comecei a refletir sobre a bunda do Tyler. Não ia ser qualquer um que ia foder aquela bunda antes de mim, nem o tarado desgraçado do Danny.

Apesar do receio de o Tyler fazer um estardalhaço quando eu o acordasse querendo meter minha rola na bunda dele, não dava mais para esperar, eu estava com muito tesão, meu pau estava doendo e as minhas bolas deviam estar tão cheias que pareciam espremidas no saco. O putinho dormia feito um anjo, deitado um pouco de lado com o bundão todo acessível. Fui me encostando devagar nele, para não assustá-lo. O cheiro da pele dele era único e tinha a capacidade de provocar meus mais primitivos instintos. Toquei-a de leve e deslizei minha mão sobre ela sentindo a suavidade aveludada e o calor que emanava. Me encaixei nas curvas do corpo dele, prendi-o com meu braço junto a mim e arriei a cueca dele, passando a acariciar as nádegas proeminentes. Percebi que ele despertou, mas não reagiu nem protestou aos meus toques. Beijei a nuca dele para que soubesse que eu estava ali em missão de paz, louco de vontade de foder o rabo dele, mas pacificamente, sem imposições ou subserviências. Funguei no pescoço dele, o tesudo cheirava bem para caralho. Fui deslizando minha mão atrevida pelo corpo delicioso dele, pela barriga macia, pelas tetinhas que formam montículos salientes, pelas coxas grossas e lisinhas e bela bunda polpuda e quente. Meu cacete estava trincando de tão duro, a cabeça tinha aflorado do prepúcio e começava a expelir o pré-sêmen. O Tyler começou a reagir, seu corpo tremia nos meus braços, sua respiração acelerou, o putinho safado estava gostando de me sentir colado nele, mesmo sem eu ter tomado banho depois de me engalfinhar com o Danny, e estar certamente fedendo feito um bode velho. Isso parecia não fazer diferença para ele. Ele me aceitava como eu era, fodido, pobre, com pouca instrução, abrutalhado e desbocado, nada disso o impedia de ser gentil e carinhoso comigo. Era desse carinho que eu estava precisando e ele pareceu adivinhar, pois quando puxei seu rosto e o beijei, ele acariciou meu rosto com a suavidade das pontas dos dedos. Eu tinha chegado ao meu limite, e foi com o tesão explodindo que abri aquela bunda, meti a cara entre as nádegas e comecei a lamber o cuzinho pregueado que se abria e fechava piscando, pedindo para ser fodido. Alternei lambidas ousadas e metidas de língua na rosquinha macia como se a estivesse fodendo, o Tyler gemia baixinho. Não dava mais para esperar, me encaixei na bunda dele, aprumei a chapeleta na fendinha do Tyler e meti, empurrando a rola dentro dela. Ele gritou e precisei tapar sua boca com a mão para que não acordasse toda a vizinhança. Mandei que se calasse, ele tremia nos meus braços e me arrependi de ter sido tão rude. Beijei-o para recompensá-lo pela dor que estava lhe causando, ele se entregou e retribuiu o beijo aceitando minha língua em sua boca. À medida que me empurrava para dentro dele sentia minha pica sendo esmagada pela carne quente dele. Mesmo ciente de que o estava machucando, não conseguia me conter, só pensava em foder aquele cuzinho. O Tyler choramingou que estava doendo, que eu era grande demais, o que de fato era verdade, meu pau tinha bem mais que um palmo e era bem grosso; mas em nenhum momento ele pediu para que eu o tirasse de dentro dele. Meti mais fundo e mandei-o relaxar, o cuzinho estava tão travado ao redor do meu cacete que eu sentia cada pulsação do sangue chegando para mantê-lo rijo feito uma rocha, enquanto ele gemia baixinho, obediente. Acelerei as estocadas, socando a pica até o talo no rabinho apertado dele quando ele subitamente me diz que é sua primeira vez. Quase explodi de tanto tesão, o putinho safado era virgem e estava me entregando seu cabaço de uma maneira tão carinhosa como ninguém jamais me tratou. Não me contive, nem calculei a força com a qual o apertei em meus braços e leitei o cuzinho dele bem lá no fundo, estremecendo a cada jato de esperma que inoculava nele. Só ouvi o Tyler sussurrar meu nome e procurar pela minha boca para um beijo delicioso que pousou sobre meus lábios.

Quando voltamos da faculdade, havia três sujeitos na casa com a mãe do Mike. Ela parecia assustada e alguns objetos estavam quebrados e espalhados pelo chão. Ela se calou assim que entramos e encarou o Mike que me mandou sair para pegar o celular que afirmou ter esquecido no carro.

- Eu vi você colocando ele no seu bolso! – afirmei inocente

- Mandei você ir pegar meu celular no carro, porra! – berrou ele. Eu fui mesmo sabendo que o celular não estava lá.

Minutos depois os sujeitos saíram, um deles enfiou o dedo na cara do Mike e fez o que me pareceu uma ameaça. Mas ele negou quando lhe perguntei o que o sujeito tinha dito. Nem ele nem a mãe fizeram qualquer comentário sobre o ocorrido. Ela recolheu os objetos caídos pelo chão e os cacos do que tinha sido quebrado. Ele foi para o quarto batendo a porta com força, o que me indicou que não era hora de lhe perguntar o que significada tudo aquilo. Só na manhã seguinte quando estava me levando para a faculdade perguntei quem eram aqueles sujeitos e o que queriam.

- São capangas de um agiota para quem minha mãe deve uma grana. – respondeu ele

- Quanto? – perguntei

- Não é da sua conta! Eu vou dar um jeito de pagar, já que conto com o salário que está me pagando como seu motorista. – respondeu ele.

- É muita grana? – insisti

- Já disse que não é da sua conta, cacete! Êta moleque teimoso do caralho!

- Você é um estúpido, sabia!

- E você um enxerido que se mete em tudo! – revidou. Não falei mais com ele até chegar à faculdade.

Depois do jantar, quando estava ajudando a mãe dele com a louça e, enquanto ele dava uma volta pelos arredores com o Danny que veio lhe pedir desculpas por ter feito aquelas insinuações sobre mim, eu consegui apurar que ela devia US$ 11.000,00 ao tal agiota. Também deduzi que era o Mike que arcava com tudo naquela casa, inclusive com as cervejas e cigarros que o Ron compartilhava com a mãe dele. Qualquer pequeno extra que o Mike fazia, era logo torrado em futilidades pela mãe e pelo amante. Decidi quitar essa dívida para tirar esse peso dos ombros dele, sem que ele soubesse. Para garantir que ela não desviaria o dinheiro para outra bobagem qualquer, pedi que me levasse até o agiota e lhe entreguei o dinheiro em mãos.

- Nem sei como te agradecer, Tyler! – disse ela quando voltávamos para casa.

- Por onde andaram, estive procurando por vocês? – questionou o Mike, assim que nos viu chegar.

- O Tyler queria comprar umas coisinhas e eu o levei de carro. – disse a mãe, antes de me dar chance de tranquilizá-lo dizendo que a dívida estava paga. Resolvi não a desmentir na frente dele.

- E onde estão as compras? – perguntou o Mike, desconfiado

- Ele não encontrou o que queria, não é Tyler? – eu apenas acenei com a cabeça.

- Vem comigo, preciso ter uma conversa com você! – disse ele, me arrastando pelo braço até o quarto. – O que foi que ela te pediu?

- Nada! – menti

- Mentira! Ela te pediu dinheiro? Fala! – exigiu, esmagando meu braço

- Nada, juro! Ela não me pediu nada, fui eu quem me ofereci para pagar o agiota. – confessei. – Ai, Mike, está me machucando, me solta!

- Não falei para não se meter, caralho? Qual é o seu problema, seu veadinho? Eu já te falei que não estou à venda! Não quero a sua grana, não quero que se meta na minha vida, seu porra! – descarregou furioso.

Esse moleque abelhudo achava que podia me comprar com toda a grana que tinha. Decidia o quê e como as coisas aconteciam entre nós e isso estava me deixando puto. Se ele pensa que vai fazer de mim gato e sapato só porque nasceu em berço de ouro, está muito enganado. Quem decide a minha vida sou eu. Ele que me pagasse pelos meus serviços conforme tínhamos combinado e deixasse o resto por minha conta.

Tínhamos parado num posto de combustível para abastecer o Malibu, uma vez que o pai do Tyler havia confiscado o BMW. Na hora dele pagar a conta, o cartão não foi aceito. Ele tentou outros dois com o mesmo resultado. Sim, o riquinho tinha tudo que é cartão.

- Como não passou? – perguntou ele ao sujeito do caixa. – Todos têm saldo suficiente para pagar essa merreca.

- Não estão passando, senhor, sinto muito! Como vai pagar? – perguntou o rapaz impaciente

- Em dinheiro, pronto aqui está! – disse o Tyler. – O que pode estar acontecendo, nuca tive um cartão recusado? – perguntou-me ele quando entramos no carro. Eu tinha uma leve suspeita.

- Seu pai bloqueou os cartões!

- Ficou doido? Ele nunca faria isso! – a resposta foi tão imediata que não voltei a questionar. – Será que ele teve coragem? – bastou eu olhar na cara dele para a ficha do moleque cair.

Entrei feito um furacão no escritório do meu pai na empresa, passando pela secretária sem pedir para ser anunciado. Com aquela serenidade que lhe era peculiar ele me disse que enquanto eu não voltasse para casa, me comportasse como deveria e não me livrasse do Mike, não ia mais ver um tostão do dinheiro dele. Nossa discussão pode ser ouvida no andar inteiro. O Josh entrou na sala e quis me acalmar, me contendo quando comecei a jogar pelos ares o que estava sobre a mesa do meu pai.

- Agora é que você vai saber o que é um filho rebelde! Garanto que amanhã mesmo serei a notícia de primeira página dos jornais. – ameacei

- Faça o que quiser, a vida é sua e vai arcar com suas responsabilidades, porque a partir de hoje não conte mais com meu apoio nem com meu dinheiro, nem se considere mais meu filho! – aquilo me chocou tanto que paralisei. O Mike que assistiu a tudo, foi quem me tirou dali e me levou para casa.

Ele não abriu a boca enquanto eu dirigia. Não fiz nenhum comentário sobre a cena que rolou na empresa do pai dele. Dei uma olhada disfarçada na direção dele, as lágrimas pingavam de seu rosto. Estacionei junto a calçada no primeiro espaço que encontrei e o tomei nos meus braços, deixei-o soluçar até se acalmar. Faltava menos de uma semana para ele me pagar os US$ 4.000,00 que havíamos combinado e eu já contava que nunca ia ver a cor dessa grana. Um mês rodando com meu carro bancando seu motorista, um mês com uma boca a mais dentro de casa, um mês que acabaria como tantos outros com uns trocados no bolso que mal cobririam a próxima refeição. É Mike Dunst, você nasceu para se foder nessa vida. Não sonhe com nada além disso.

Arranjei um trabalho na lanchonete perto da casa do Mike, era uma droga de lugar, comida ruim, péssimo atendimento o que a fazia ficar às moscas na maior parte do dia, exceto por alguns funcionários corajosos de uma empresa que ficava na redondeza, que se arriscavam a ter uma dor de barriga depois de ingerirem a gororoba que era servida lá. A dona era quem preparava as refeições sem nenhum capricho. Dois outros funcionários, um rapaz aloprado a ajudava na cozinha e na faxina, e uma mulher imigrante, que ainda não dominava o idioma e que era mais desastrada do que elefante numa loja de louças, ficava no balcão atendendo os clientes. Eu estive lá com o Mike e o Danny numa noite de sábado quando não tínhamos outra coisa a fazer e queríamos sair um pouco de casa. Ela me contratou por um período experimental e foi logo avisando que não pagava bem e que precisava ficar de olho na imigrante pois ela vinha espantando os clientes. Meu turno começava depois da faculdade e terminava por volta das 22:00h quando nenhum cliente retardatário atrasava o fechamento da lanchonete. Sem opção, aceitei. Não podia continuar vivendo às custas do Mike, precisava ajudá-lo de alguma maneira agora que meus cartões bancários valiam menos do que um pedaço de papel higiênico usado. O que ela me pagava mal dava para as minhas próprias despesas, quanto mais ajudar nas da casa. Ainda era obrigado a aturar o mau humor da dona e os desaforos da clientela grosseira que reclamava da comida, da higiene e do atendimento.

Um mês depois, num sábado à tarde, estava batendo à porta da casa da minha mãe, minha última esperança era obter alguma ajuda dela. Pedi ao Mike que ficasse no carro para evitar qualquer confronto. Um criado veio atender e disse que o patrão e a esposa estavam no country clube onde ele jogava golfe. Seguimos para lá e, dessa vez, de nada adiantou eu pedir ao Mike que esperasse no carro. O clube era exclusivo para sócios endinheirados, mas meu sobrenome Wayler nos ajudou a entrar. Encontrei-os numa sala de recreação próximo à piscina numa conversa animada com alguns conhecidos. Ela, ao me ver chegando, se adiantou e veio na minha direção, como se não quisesse me apresentar àquelas pessoas.

- O que quer aqui, Tyler? Estou ocupada!

- Oi, mãe! Podemos conversar um pouco, preciso de sua ajuda. – estava começando a me arrepender de tê-la procurado, mas tinha que deixar o orgulho de lado e pedir o que precisava.

- Seja rápido Tyler, vamos entrar numa partida daqui a pouco!

- Ok, não vou ocupar muito o seu tempo. Ah, antes deixa eu te apresentar o Mike, meu amigo! – ela nem se dignou a olhar para ele.

- Seu pai já me falou dele! Disse que você e esse rapaz estão tendo um caso, que você desceu tão baixo que está fazendo sexo com outros homens por aí. – pelo visto ela estava bem informada e, certamente precavida pelo meu pai.

- Preciso de US$ 8.000,00 para cobrir umas despesas. – disse abrindo o jogo para abreviar aquele encontro. Nesse exato momento o novo parceiro dela se juntou a nós para avisar que estavam saindo para o campo.

- Está achando que sou um caixa automático? Onde contraiu essa dívida? Está sustentando esse sujeito, Tyler? – questionou ela, o que fez o Mike dar um passo na direção dela com os punhos cerrados, me obrigando a contê-lo.

- Por favor, mãe! Eu devolvo cada centavo assim que puder. – persisti

- Seu pai me alertou que viria me pedir dinheiro depois que ele bloqueou seus cartões e cortou sua mesada. Lamento, Tyler, mas é para o seu bem. Você precisa tomar juízo, não pode agir como uma criança o tempo todo e jogar seu futuro fora andando com pessoas com as quais nem deveria se relacionar. – sentenciou ela.

- Eu preciso muito, mãe! Só dessa vez, eu prometo! Já voltei à faculdade e só não voltei para casa porque está impossível conviver com o papai.

- Não, Tyler! Discordo de tudo que seu pai diz e faz, mas dessa vez concordo com ele. Façamos o seguinte, não quero o seu mal, acredite; me ligue durante a semana, marcamos um dia para você vir jantar conosco e você me conta o que tem feito, combinado? – propôs, antes de me deixar falando sozinho.

A caminho do carro, o parceiro dela me seguiu e me segurou pelo braço, deixando o Mike se afastar um pouco

- Aqui tem o meu cartão, me ligue mais tarde, vou transferir o valor para a sua conta, só não diga nada a sua mãe. – achei-o simpático e prestativo por trás daquele sorriso, mas quando ele tocou meu rosto com aquele olhar penetrante e lascivo entendi o que ele queria com aquele gesto aparentemente inocente. – Você pode ter tudo o que quiser, Tyler! Venha morar conosco, mando preparar um quarto para você de acordo com seu gosto. Vou me empenhar para te fazer feliz, prometo! – acrescentou, me devorando com o olhar.

Antes de eu responder, o sujeito tombou para trás sem nem saber o que o atingiu estourando seu nariz. O Mike estava atrás de mim, espumando de raiva e querendo partir para cima do infeliz que cobria o rosto com os braços para não levar outro soco.

- Filho de puta do caralho! – berrou o Mike, atraindo a atenção de algumas pessoas e da minha mãe que veio correndo no encalço do parceiro caído no chão.

- É com esse tipo de gente que você está envolvido, Tyler? Vagabundos que só querem te explorar? – indagou ela furiosa.

- Esse soco vai te custar caro, seu vagabundo! – ameaçou o parceiro enquanto o ajudavam a ficar em pé. – Vai ouvir brevemente de mim, pode estar certo! – emendou. Quando alguns seguranças chegaram o Mike e eu fomos expulsos do clube e proibidos de pisar lá novamente.

- Você tinha que se meter, não é? Eu não pedi para você ficar no carro? Viu no que deu? Está contente? – despejei frustrado sobre o Mike.

- O filho da puta estava dando em cima de você! Queria foder o seu cu em troca dos US$ 8.000,00 que ia te dar e ainda te convidou a morar na casa dele para poder te enrabar quando tivesse vontade, você não enxerga isso?

- E daí? Ao menos eu teria a grana para te pagar o que devo. – respondi.

- Como, virando uma puta? Quer ser uma puta, seu veado do caralho, é isso? Quer pagar as suas contas dando o cu, sua bicha escrota? Então vai, vai dar o cu, veado! Vai dar o cu, mas longe de mim, longe da minha casa. Vá se foder sozinho, seu merda! – descarregou furioso o Mike, me dando um bofetão estalado na cara.

Nunca senti tanta raiva dele quanto naquele momento, minha mão foi mais ligeira que minha razão e foi direto para a cara dele que se recolheu, todo assustado. Esmurrei o volante, queria jogá-lo para fora do carro, mas ele começou a chorar. O putinho do veado começou a chorar e isso me deixava sem ação; não podia olhar para aquela feição de desamparo depois que a própria mãe lhe negou ajuda e, irônica, quis lhe oferecer um jantar como se ele fosse um estranho a quem queria agradar. O moleque era filho dela, cacete! Não era pela grana, tinha que ser por um gesto de carinho maternal. No entanto, sua frieza abriu caminho para o filho da puta do parceiro dar em cima do moleque querendo seus favores sexuais em troca de estabilidade e amparo. E para finalizar eu ainda meto a mão na cara dele. Caralho, desde que esse moleque entrou na minha vida parece que tudo virou de pernas para o ar.

No dia seguinte, enquanto o Danny e eu fomos para a pista de skate, o Tyler juntou suas coisas e foi embora de casa. Minha mãe e o Ron não sabiam de nada, tinham-no visto sair, mas não lhe perguntaram nada. Voltei umas duas ou três vezes ao quarto para ter certeza de que não havia mais nenhum pertence dele por lá. O desespero tomou conta de mim.

- Ele foi embora! – disse o Danny para me fazer cair na realidade. – Depois do esporro que deu nele e do tanto que jogou na cara dele que ia arrebentar a cara dele, bem aqui na minha frente e na da sua mãe e do Ron, o que você esperava?

- Fecha essa matraca, Danny ou é a sua cara que eu vou arrebentar!

- Você o mandou à merda, expulsou ele daqui, disse que sua vida só andou para trás depois de o conhecer, o que você esperava que ele fizesse? Ele foi embora! – as palavras do Danny martelavam na minha cabeça. Todas eram verdadeiras, não dava para negar, mas não era isso que eu queria.

- Não fala mais nada, porra! Não fala! Me deixa sozinho! Vá se foder, Danny! Vá se foder! – berrei, esmurrando tudo que encontrava pela frente.

- Se você tiver, nem que seja apenas um pouquinho do tanto de paixão que aquele moleque tem por você, corre atrás dele, meu amigo! Corre atrás dele! – sugeriu o Danny, que não calava a maldita boca.

Eu estava cuspindo fogo pelas ventas quando a polícia chegou em três viaturas, fazendo um estardalhaço em frente de casa com as sirenes ligadas e o escambau.

- Mike Dunst? – perguntou o que esmurrou a porta. Quando o encarei recebi voz de prisão.

- O senhor está preso por invadir um lugar privado e agredir fisicamente o Sr. Cornelly causando lesões graves, fazer ameaças a outras pessoas que tentavam ajudá-lo depois da agressão. – sentenciou o policial. O filho da puta do parceiro da mãe do Tyler, cumpriu a ameaça.

Fui sumariamente ouvido por um delegado, trancafiado numa cela com outros dois sujeitos e esquecido por lá durante quatro dias. Quando me tiraram, me colocaram diante de um juiz que também não estava interessado na minha versão dos fatos e estipulou 90 dias de reclusão ou uma fiança de US$ 2.000,00. Até a fiança de um pobre é menor do que a de um riquinho que dirige chapado e nu em alta velocidade pelas ruas. Quando disse ao juiz que não tinha como pagar a fiança por estar desempregado, ele deu de ombros e mandou me encarcerar. Caso resolvido.

No dia seguinte vieram me tirar da cela e me deixaram ir para casa sem nenhuma explicação. O Danny estava a minha espera dentro do carro na frente do presídio. Achei que ele tinha pago a fiança e agradeci prometendo lhe devolver cada centavo.

- Do que você está falando? Sua mãe me pediu para vir te buscar! Deve ter sido ela que pagou a fiança. – disse o Danny

- Com o quê? Até ontem ela estava sendo ameaçada pelo agiota. Só se voltou a se endividar com o sujeito. – questionei. Chegando em casa, encontrei-a na varanda tomando cerveja com o Ron. Ela estava mais surpresa com a minha chegada do que eu.

- Será que foi o Tyler? – perguntou o Danny

- Você foi pedir dinheiro para pagar a minha fiança com ele, Danny? Fala cara, se foi vou arrebentar a sua cara.

- Não, juro que não!

- Você está mentindo, seu porra, eu te conheço!

- Eu posso ter mencionado que você foi preso, só isso, mais nada.

- Só isso, seu merda! É só isso! Não dá para confiar em você, não adianta!

- Quer saber, Mike! Vá se foder, cara! Você nunca mereceu o Tyler! Pensa que eu não sei que andou comendo o cuzinho dele enquanto esteve deitado do seu lado?

- Quem te disse que fodi o cu dele?

- Precisa alguém dizer? Eu te conheço desde a infância, sei que quando começa a comichão na cabeça do seu pau você sai metendo ele no primeiro buraco que aparecer. O do Tyler estava logo ali, pertinho, cheio de carinho para dar e você traçou o molecão gostoso sem dó nem piedade. Não precisa ser nenhum adivinho para saber o que rolou naquele quarto. – tentar desmentir o Danny seria inútil, ele me conhecia tão bem quanto a si próprio.

Foi melhor assim, foi do que tentei me convencer. Isso ia mesmo terminar algum dia e foi melhor assim. Eu estava livre do problema, podia tocar minha vidinha sem ter que aturar aquele fedelho atrevido. Depois, ainda havia a chance de ele voltar com o rabinho entre as pernas quando as coisas esquentassem para o lado dele e se visse sem escapatória. Ele vai voltar, é questão de tempo, de ter um pouco de paciência, ele vai voltar, dizia eu para os meus botões. Dois meses depois ele não tinha voltado, não dera notícias, me esqueceu o ingrato. Ele nunca mais vai voltar, essa certeza começou a me aniquilar. Mas isso não ia ficar assim. Ah não, aquele veadinho ia ver com quem se meteu. Nesse interim, consegui juntar os dois mil dólares da fiança para devolver para o Tyler, fazendo uns consertos na oficina mecânica do vizinho que não estava dando conta do serviço sozinho, e fui ter à casa dele.

- Oi!

- Oi! – o putinho estava uma delícia na calça de moletom e na camisa polo ajustada ao seu tórax escultural, evidenciando os bicos dos mamilos debaixo dela. Precisei apertar meu pau que deu umas latejadas. – Aqui está a grana da fiança que você pagou. – disse, estendendo o envelope na direção dele.

- Não sei do que está falando! – o moleque queria me fazer de trouxa.

- Sabe sim! Não tente me enrolar! Sei que foi a seu mando que pagaram a fiança e que o filho da puta do parceiro da sua mãe retirou a acusação. Por magia é que não foi. O que lhe ofereceu em troca, o cu? – eu queria apertar ele nos meus braços, beijar aqueles lábios vermelhos e úmidos, mas só conseguia falar o que não devia.

- Foi para isso que me procurou, para me ofender e devolver a grana? Se foi isso, pode voltar de onde veio. Não quero nada seu! – Ah, pronto, ele começou a botar as manguinhas de fora, estava desaforado como sempre.

- Quem não quer nada seu, sou eu, seu veadinho de merda! Enfia essa grana e sua arrogância no rabo, estou farto de te aturar. Maldita hora que nossos destinos se cruzaram. Eu estava bem melhor antes de te conhecer. – despejei irado

- Ah claro, você estava bem melhor! Um machão presunçoso tentando caçar um empreguinho porque é praticamente um analfabeto e não pode almejar nada melhor, que tem uma mãe que não faz porra nenhuma o dia inteiro e ainda leva um vagabundo para dentro de casa para você sustentar, um cara que vive num quarto imundo e que precisa cheirar as camisetas espalhadas por todo canto para ver qual é a menos fedida quando quer sair. É isso que você é, um valentão metido a besta só porque tem esses baita músculos por todo corpo. – revidou ele com toda empáfia.

- Olha aqui, seu porra! Não pense que só porque é rico pode falar assim da minha família! Olhe para a sua; um pai que te controla feito uma marionete, uma mãe que te largou sem olhar para trás e que tem um parceiro querendo foder seu cu. Que pessoas ilustres e respeitáveis, não é? Iguaizinhas a você, um metido de um veado que se acha melhor que os outros! Vá se foder! – berrei, jogando o envelope com a grana na cara dele.

- Vá se foder, você!

Pronto, a merda estava feita. Agora sim é que não ia mais ter volta.

Perdi a cabeça e falei o que não devia. Também, aquele troglodita insensível me trata como se eu fosse um babaca que não sabe o que quer da vida. Tudo para ele se resolve na base da porrada, dialogar com ele é menos frutífero do que falar com uma porta. Grosso, cretino. E eu aqui chorando por causa desse ... desse ... desse cara apaixonante, gostoso, que beija como ninguém. Mas vou mostrar para ele que não preciso dele para nada. Mandou que me fodesse, pois ele que se foda também. Esse era meu estado de espírito depois da briga, quando entrei no meu quarto e enxugava as lágrimas copiosas que rolavam pelo meu rosto.

O Josh contratou um motorista a pedido do meu pai sem eu protestar. Era um filho subserviente que ele queria, pois então ia ter. Eu haveria de encontrar outros métodos para driblar o autoritarismo do meu pai que não batendo de frente com ele. Fizemos um pacto, eu ia seguir com a faculdade e em troca ele me deixaria continuar no emprego da lanchonete.

- Você não precisa de submeter a tantas horas de trabalho num lugar decrépito como aquele, sendo tratado como um funcionariozinho qualquer. Você é um Wayler, deveria se orgulhar disso e fazer jus ao que ele significa. – disse meu pai, inconformado com meu pedido de continuar trabalhando na lanchonete depois da faculdade.

- Eu tenho, pai! Mas tenho umas ideias para aquele lugar, talvez comprá-lo e fazer dele meu primeiro negócio. Deixe-me empreender por mim mesmo. – argumentei.

- Por que não disse logo? Eu compro a lanchonete para você e aí você faz as mudanças que julgar necessárias. – retrucou ele

- Está vendo porque nunca chegamos a um acordo, pai? Eu não quero que você me dê tudo de mão beijada, eu quero conquistar as coisas pelo próprio esforço, quero ver do que sou capaz sem o seu dinheiro e sem o sobrenome Wayler me abrindo os caminhos com um tapete dourado aos meus pés. – retorqui.

- Pois bem! Não vou interferir, faça do seu jeito! Mas, saiba que se precisar de alguma coisa estou aqui, filho! – devolveu ele. Naquele dia comecei a entender que ele só estava me superprotegendo com receio de eu também o abandonar, como fez a minha mãe. Ele temia perder o meu amor, a única coisa que lhe restava.

- Eu te amo, pai! E não vou te abandonar, se você não ficar o tempo todo me controlando e se metendo na minha vida procurando solucionar os meus problemas. – acho que também foi naquele momento que ele se deu conta de que eu não era mais um menininho sem juízo que dependia dele para tudo.

A dona da lanchonete foi aceitando minhas sugestões aos poucos, choramingava o tempo todo de que não podia se dar ao luxo de investir no negócio porque ele não dava retorno, esquecendo-se de que isso só acontecia devido à má gestão e a qualidade do que era servido e do serviço desleixado com o qual os clientes eram tratados. Vendi minha BMW e propus sociedade a ela conquanto eu passasse a gerenciar o negócio e a modificar o cardápio. Ela topou porque sabia que do jeito em que as coisas estavam ela teria que fechar a lanchonete em pouco tempo. Dos constantes prejuízos ao final de cada mês, no terceiro sob a minha gestão a lanchonete deu lucro depois de mais de dois anos fechando no vermelho. Os funcionários das empresas ao redor se tornaram clientes assíduos depois da mudança do cardápio e dos novos lanches e refeições que criei. A troca da imigrante e do auxiliar de cozinha também surtiu efeitos imediatos. Os novos funcionários além de mais bem preparados também eram mais simpáticos e receptivos às mudanças. No sexto mês, a lanchonete já era o assunto do bairro, lotada durante o dia e com uma galera jovem cada vez mais assídua à noite quando se transformou no point de encontro. Com a lucratividade aumentando propus a compra da parte da antiga proprietária, o que ela aceitou, ao perceber que não tinha preparo para lidar com as novas demandas do negócio. Dono do meu próprio negócio. Eu mal cabia em mim de felicidade quando assinamos a papelada me dando posse total da lanchonete. Eram muitas horas exaustivas de trabalho, mas todo esforço estava recompensando.

O veadinho rico debandou de vez, nunca mais ligou ou deu sinal de vida. Devia estar lá no meio de esnobes como ele, dando aquele cuzinho apertado e tesudo para uns cretinos milionários feito ele. Eu não podia culpá-lo, não depois das barbaridades que joguei na cara dele quando cheio de empáfia e orgulho fui devolver aquela grana, jogando-a na cara dele. Eu era um boçal, um bronco que demorei a perceber quanto aquele veadinho gostava de mim. Mas eu era assim mesmo, explodia por qualquer merdinha, saía esmurrando tudo que encontrava pela frente e depois pagava o preço pela minha falta de perspicácia. Ele se encheu de mim, é claro. Tinha feito tanto por mim e pela minha mãe, e eu só lhe devolvia patadas. Exceto quando o enrabava a noite toda e o fazia virar aqueles olhinhos azuis com minha caceta atolada no cuzinho macio e estreito dele. Você é uma besta Mike, uma besta! Entregou um tesouro de mão beijada para um esnobe qualquer que deve estar se deliciando naquela fendinha quente que era só sua. Era por isso que eu andava uma pilha de nervos. Qualquer resposta torta, qualquer insinuação atravessada, qualquer contratempo e eu estava fazendo o que fazia de melhor, esmurrar caras e paredes, jogar tudo que estava à minha volta pelos ares.

- Você anda insuportável depois que o Tyler te largou! – disse o Danny certo dia quando tinha acabado de brigar com um carinha no trânsito por conta de uma fechada que arranhou a pintura do Malibu.

- Não foi o Tyler que me largou, eu que me livrei dele! E eu não sou insuportável? Você não viu que foi esse filho da puta que me fechou? – revidei.

- Está bem, vou fingir que acredito que foi você quem largou o Tyler. Até parece! Foi sem querer, você não notou que ele precisou desviar em cima da hora para não atropelar o cachorro que correu para o meio da rua. – argumentou ele

- Que se foda! Atropelasse o cachorro! Agora estou com esse prejuízo, caralho de vida! – exclamei possesso. – E qual é a ironia desse “Até parece”? Foi o que aconteceu, e se continuar a me encher com esse assunto vai sobrar para você também! – o desgraçado do Danny riu e balançou a cabeça, o merdinha não botava fé nas minhas palavras.

- Falando em caralho de vida, por que não saímos uma noite dessas para tomar umas cervejas, o pessoal anda perguntando por você, dizem que está sumido depois que começou a sair com a Sarah. – ele tinha razão, eu me afastei de todos depois que o Tyler me deixou.

- Não sei, não! Não estou com saco para aturar papo-furado de bêbados. E a Sarah está meio que enchendo o meu saco, é mais cheia de não-me-toques que o veadinho do Tyler e também regula mais a boceta do que o Tyler regulava o cuzinho. – respondi.

- Tyler, Tyler, Tyler você não consegue esquecer dele, não é? Confessa de uma vez que sente saudades dele! – o Danny estava me provocando, devia estar querendo levar umas porradas.

- Vá à merda, Danny! Caralho, que puta amigo é você? Não sabe fazer outra coisa que encher o saco!

- Quando jogo a verdade na sua cara você vira um bicho! Não se esqueça que foi assim que o Tyler te largou. – revidou ele. – Bem, mas mudando de assunto, vamos sair ou não? Na sexta à noite, o que acha?

- Está bem! Mas não vou levar a Sarah, e seria legal se a galera também não levasse as respectivas namoradas, ou o papo só vai girar em torno de assuntos de mulher e nem palavrões a gente vai poder soltar. – impus.

Desde aquela tarde em que o Tyler me largou, sim, a verdade era essa mesma, por mais que me doesse admitir, eu andei fazendo algumas mudanças. O veadinho tinha jogado na minha cara uma porção de coisas que eu não percebia ou fingia não ver. A primeira foi que meu quarto e nossa casa eram um chiqueiro, para ser bem direto. A zorra no quarto e as camisas sujas jogadas pelos cantos nunca me incomodaram tanto quanto depois de ele ter me dito que eu as vestia mesmo fedendo. Dei uma geral e tornei o quarto habitável, sem aquele ranço de sovaco empesteando o ar e sem o bolor tomando conta das paredes, as quais pintei. A mesma ordem e limpeza exigi da minha mãe, com quem aliás, tive uma puta discussão. Ela não fazia porra nenhuma o dia todo, não dava conta de preparar uma refeição descente nos horários certos, não cuidava da casa, passava o dia todo com o filho da puta do Ron coçando o saco e nos endividando. A briga começou quando ela me criticou por ter brigado com o Tyler.

- Você matou nossa galinha de ovos de ouro, seu imbecil! – acusou-me ela. – Faça as pazes e peça algum dinheiro para ele. Ele nunca te negou nada. Pode pagar algumas coisas, pois a conta de energia e o gás estão atrasadas, o que temos para o supermercado não dá para nada. Para ele esse dinheiro não faz falta, são apenas trocados. – disse ela, o que fez meu sangue ferver.

- Nunca mais ouse fazer essa proposta! Eu não vou pedir nada para o Tyler, ele não é obrigado a sustentar a sua falta de iniciativa, o seu cigarro, as tuas cervejas com o filho da puta do Ron. Você vai tratar de arrumar um emprego. Nunca mais peça dinheiro emprestado a um agiota, pois não vou mais assumir essas dívidas. Se quiserem te matar eu não vou mover um dedo, chega! Você nunca fez nada da vida. Foram o vovô e a vovó que me criaram até a adolescência, enquanto você saia por aí se divertindo. Você me teve aos dezoito anos, foda-se! Nunca cuidou de mim, deixou minha criação aos cuidados dos teus pais. Faz dez anos que coloco dinheiro aqui dentro, bancando tudo, inclusive as cervejas daquele miserável do Ron. Se eu o pegar mais uma vez dentro dessa casa, não vai sobrar muito dele para você se divertir. – ameacei, deixando-a assustada e perplexa.

Com o Ron já tinha rolado uma treta antes, no dia seguinte à minha briga com o Tyler, quando acordei para ir a mais uma entrevista de emprego e não tinha nem o café da manhã na mesa, apesar de passar das 09:00h. Já puto com essa situação, ouço risinhos e sacanagens sendo proferidas vindas do quarto da minha mãe. Entrei o quarto e pego o Ron pelado, chupando as tetas da minha mãe e enfiando a mão dentro da calcinha dela, enquanto ela se fazia de difícil para atiçar o pervertido. Ele nem percebeu de onde veio o soco que o atingiu e fez gotas de sangue respingarem sobre a cama. No segundo e no terceiro ele já estava tão grogue que nem sabia mais onde estava. Arrastado e com um pontapé joguei-o porta afora, onde ficou se contorcendo de dor.

- Experimente voltar a essa casa, seu filho da puta! Ou você assume seu caso com a minha mãe e trata de sustentá-la e a si próprio, ou quebro o seu pescoço. – ameacei. Assim que conseguiu se firmar precariamente sobre os pés, saiu correndo feito um rato apavorado.

Talvez o Danny estivesse certo, eu andava impossível. Nem eu mesmo me aguentava às vezes, especialmente quando batia a saudade dos afagos do Tyler, do sorriso cativante e gentil dele, daquele corpo que parecia ter sido esculpido só para mim, daquela pele perfumada e aveludada onde encontrei os dias mais felizes da minha porra de vida.

O lugar nem parecia o mesmo. Tudo estava mais moderno, mais claro e de bom-gosto, funcionários jovens agilizando os pedidos sempre com um sorriso no rosto. A comida que estava nos pratos das mesas ao nosso redor em nada lembrava aquela gororoba que era servida ali meses atrás. Tivemos que enfrentar uma fila de mais de hora para entrar, a galera toda parecia ter resolvido ir para lá.

- O que aconteceu por aqui? – perguntei ao Danny

- Sei lá cara! Acho que deve ter mudado de dono! Ficou fantástico! E, pelo que fiquei sabendo, está assim quase todos os dias, nos finais de semana dizem que a fila de espera para conseguir uma mesa passa de uma hora. – respondeu ele.

- O novo dono é um gatinho! Estive aqui com umas amigas há duas semanas e o vimos, é de deixar as vaginas molhadinhas. – afirmou a Sarah que acabou vindo com algumas namoradas dos nossos amigos.

- E você é uma puta que não pode ver um macho que já fica com a siririca assanhada! Vê se não folga comigo, Sarah! Não tenho predisposição para corno, está me entendendo? – retruquei furioso com o assanhamento dela. No entanto, as garotas dos meus amigos também corroboraram o que ela disse, o que só serviu para me deixar puto. Se o tal do novo dono desse uma de engraçadinho sorrindo para ela ou falando qualquer merda eu o quebraria ali mesmo.

Já fazia um tempo que estávamos ali, a comida era realmente deliciosa e vinha tão enfeitada nos pratos que só de olhar dava água na boca. Até lembrava os que eram servidos na casa do Tyler, naquela sala de jantar chique. Tinha sido uma semana difícil na oficina mecânica onde passei a trabalhar depois de não ter conseguido o emprego com a última entrevista. Até que não podia me queixar, entrava uma grana boa, o dono não estava dando conta do trabalho sozinho e o serviço dava lucro. Também havia estudado muito para as provas finais do ensino médio, pois precisava delas para entrar na faculdade de engenharia. É, eu resolvi fazer engenharia mecânica depois de o Tyler me chamar de analfabeto, aquele putinho que me fez voltar a estudar no horário em que ele estava na faculdade e que, não fosse ele, eu teria desperdiçado sem fazer nada coçando o saco até ele regressar para eu o levar para casa como seu motorista.

Eu estava na quarta latinha de cerveja, não podiam ser elas a me deixar baqueado, quando pensei ter visto o Tyler dando ordens na cozinha quando uma porta de vaivém permitiu ver o que se passava lá dentro. A Sarah estava sentada numa das minhas pernas, tinha me dado uns beijinhos com a intenção de me provocar uma ereção que já estava sem espaço e me deixando alucinado, enquanto melava minha cueca. Com um pulo quase a derrubei no chão ao me pôr em pé e seguir em direção àquela porta. Abri-a de supetão, um rapaz me avisou que aquela era uma área restrita apenas a funcionários. Só não o mandei à merda porque ele estava lá, não fora uma miragem. Metido no mesmo uniforme dos demais funcionários que ressaltava cada curva de seu corpo sedutor ele orientava a preparação dos pedidos. Os cabelos castanhos claros estavam ligeiramente mais compridos e um pouco desalinhados, lindos como sempre e deviam estar com o perfume de camomila impregnados nos fios sedosos que se espalhavam sobre o meu peito quando ele deitava a cabeça nele depois de eu ter encharcado o cuzinho dele com meu leite. O rosto tinha a mesma expressão serena e convicta de quando estava ocupado com alguma coisa. As mãos gesticulavam um pouco e destacavam os dedos longos e finos, tão delicadamente sensuais quanto nas vezes em que ele pegava no meu caralho para o mamar ou quando brincava com as bolas do meu saco. Era sem dúvida ele, o Tyler, o riquinho, o invocadinho que não tinha papas na língua, o tesudinho que se enrodilhava no meu corpo e me deixava meter a rola até o talo no cuzinho apertado dele, enquanto gemia feito uma gazelinha sensível. O meu Tyler.

Ele não me viu enquanto eu hesitava se devia ou não abordá-lo. Subitamente fiquei sem coragem. E se ele não se importasse em me ver, e se me dissesse que nunca mais queria saber de mim, e se me revelasse que estava namorando um outro cara bem menos briguento e mais educado e rico do que eu, e se .... Simplesmente dei meia volta antes que ele notasse a minha presença e voltei para junto dos colegas.

- Vamos embora! – avisei a Sarah.

- Por quê? Ainda é cedo, agora é que está ficando legal aqui. – retrucou ela, querendo se sentar novamente na minha perna o que não permiti.

- Já deu o que tinha que dar, vamos embora! – devolvi sem paciência.

- Eu não vou! O que deu em você, há pouco estava numa boa. – afirmou ela

- Encheu o saco, quero ir embora! Se resolver ficar, trate de arranjar uma carona para voltar para casa. – avisei.

- Qual é Mike? Até parece que está de TPM! – exclamou o Danny, que já notou que havia algo de errado comigo, para uma mudança de humor tão repentina.

- Ele está aqui! – devolvi, à meio tom.

- Está brincando? Ele? Ele quem eu estou pensando?

- Ele mesmo, em carne e osso! Lindo e tesudo como sempre! – respondi. – Você sabia que ele estaria aqui? Armou essa para mim? Por que escolheu justamente essa lanchonete? A ideia de vir para cá foi sua! Você estava sabendo dessa porra, não estava Danny? Fala seu merda! – era típico do Danny aprontar dessas.

- Claro que não, cara! Como eu haveria de saber que ele ia estar aqui? Onde, que não o vejo?

- Porque você é um escroto e costuma aprontar dessas! Lá dentro, na cozinha. – revelei

- E que porra ele está fazendo lá? – questionou ele

- Eu sei lá! Só sei que o vi, e que é ele!

- Por que não o chamou para se juntar a nós, a galera ia gostar de conhecer o Tyler. Ele é super gente fina!

- É gente fina, mas não para o bico desse pessoal! Que porra, Sarah, você vem ou não?

- Não! Vou ficar! Você está um saco! E justamente agora que aparece esse gatinho! – exclamou ela, cutucando a amiga que estava ao lado, ao ver o Tyler vindo para o salão.

- Puta merda, é ele mesmo! – exclamou o Danny quando botou os olhos nele.

- Ele quem? – perguntou a Sarah, curiosa.

- Ninguém! – respondi apressado, antes que o tapado do Danny desse com a língua nos dentes.

- Vocês o conhecem? – insistiu a Sarah, sem nem se preocupar em disfarçar o fogo que devia estar ardendo em sua boceta.

- Não! – respondi. – Vai dar em cima de outro cara nas minhas fuças? Que tipo de vagaba você é? – questionei enfezado.

- Maneire seu linguajar comigo que não lhe dei essa intimidade! Você me respeite, seu cafajeste! Cara escroto! Nunca mais precisa me chamar para sair, estou dispensando caras do seu tipo! – devolveu ela zangada. Pensei em pedir desculpas, afinal não era culpa dela eu ter ficado repentinamente puto; mas desisti, nunca estive a fim dela e isso colocaria um ponto final no nosso breve relacionamento que, para ser bem sincero, não estava com nada.

Tão logo entrei no salão onde todas as mesas estavam ocupadas, vi-o com um pessoal numa mesa junto às janelas. Uma garota esguia e bonita tentou sentar no colo dele, mas desistiu subitamente e, ao que estava parecendo, começaram a discutir. Isso não era nenhuma novidade para mim, em se tratando do Mike. Mesmo quando estava enfezado, e nesse momento ele estava, havia algo nele que fazia meu coração disparar, minhas pernas bambearem e meu cuzinho se contorcer, recordando de como era sofrido e prazeroso, ao mesmo tempo, sentir o caralhão grosso dele latejando lá dentro. Fui até a mesa para cumprimentá-los, o Danny com seu sorriso espontâneo e safado nem me esperou chegar perto, veio ao meu encalço de braços abertos e, enquanto me apertava em seus braços, roubou-me um beijo discreto na base da mandíbula.

- Oi tesudo! Você está mais gostoso do que nunca! – exclamou atrevido

- Oi! E você safado como sempre! – retruquei

- Olá! Estão sendo bem atendidos? Gostando da comida? – perguntei, encarando a todos na mesa, de onde as garotas me examinavam da cabeça aos pés e me faziam parecer estar completamente pelado com aqueles olhares penetrantes que me deixaram desconcertado.

- Está tudo maravilhoso! – responderam duas delas em uníssono. – E ficou bem melhor agora que você está aqui! – ousou outra, cujo cara que a acompanhava lhe deu um beliscão de censura.

- Oi Mike! Como vai? – perguntei. Ele fora o único a não me cumprimentar

- Vocês se conhecem? – perguntou a garota que queria sentar no colo dele.

- Não! – interveio o Mike

- Sim! – respondi sincero.

- Se conhecem ou não? – questionou ela novamente

- O Mike me ajudou num momento tumultuado pelo qual passei. – revelei

- Fui motorista dele! – acrescentou o Mike.

- Então por que você disse há pouco que não o conhecia? – indagou ela

- Porque não tem a menor importância se o conheço ou não! Vai se apegar a esse detalhe, para terminar de estragar a minha noite? – questionou ele, encarando-a com aquela sua cara de quando está louco para arranjar uma briga.

- Credo, eu hein! Você é insuportável, cara! – exclamou ela

- Não pensava assim quando se ofereceu toda para conseguir minha atenção. – retrucou ele

- Porque não sabia o cafajeste que você é! – revidou ela

- Ei, ei, pessoal, vamos nos acalmar! – sugeriu o Danny. – Que impressão estão dando para o Tyler?

- Você trabalha aqui? – me perguntou a garota.

- Sim! Comprei a lanchonete uns meses atrás e estou tentando tirar a antiga fama dela, dando uma melhorada na loja e no cardápio.

- Ficou muito maneiro! Está de parabéns! A comida é simplesmente maravilhosa! – disse um dos rapazes.

- Obrigado! Se tiverem alguma sugestão para melhorar o atendimento ou o cardápio, por favor me comuniquem. – devolvi prestativo. O Mike ficou fazendo caretas feito um garotinho contrariado enquanto eu respondia às perguntas.

A lanchonete fechava à meia-noite por uma imposição da legislação da municipalidade. Os últimos clientes ainda estavam pagando as contas no caixa quando a galera que estava com o Mike saiu. Pensei em me despedir dele e do Danny, mas senti que isso não faria nenhuma importância para ele, e também porque logo em seguida um funcionário da cozinha requisitou minha presença. Fechadas as portas, sempre sobrava pelo menos mais uma hora até deixarmos tudo organizado para o dia seguinte. Como de costume, eu estava exausto no fim do expediente ao me despedir dos funcionários. Contudo, apesar do cansaço, tinha considerado o dia um sucesso, especialmente porque tive a chance de rever o Mike, descobrindo que minha paixão por ele continuava intacta e tão forte como foi no período em que fiquei hospedado na casa dele, tendo-o ao alcance das minhas mãos todas as noites quando o acariciava enquanto transávamos.

Como a suspensão da minha licença para dirigir foi decretada por dois anos e como a casa do meu pai ficava um bocado distante da lanchonete, eu havia alugado um pequeno apartamento numas ruas próximas, o que facilitava meu deslocamento diário. Ele me esperava encostado a um muro na primeira esquina, estava sozinho e parecia ansioso. Inspirei fundo e, imergindo em mim mesmo, decidi que não brigaria com ele sob hipótese alguma, independente das provocações que ele me fizesse. No entanto, ao estar a poucos passos dele, ele se adiantou, me apertou forte junto ao peito e colou sua boca na minha me deixando sem fôlego, enquanto sua língua voraz afundava na minha garganta e se entrelaçava com a minha.

- Oi! – exclamou com um sorriso maroto depois do beijo impetuoso e lascivo que me deu.

- Oi! – respondi, um pouco tímido. De certa forma, ele ainda tinha o dom de despertar a minha timidez com aquele seu corpão enorme e parrudo e com aquele olhar que entrava tão fundo em mim quanto os raios-X.

- Senti sua falta! Me perdoe por tudo que te disse naquele dia. Você sabe que sou besta e que não precisa muito para eu meter os pés pelas mãos. Brigar com você e ficar tanto tempo longe foi a maior cagada da minha vida. Não te esqueci um instante sequer desde aquele dia. Eu preciso de você, Tyler. Preciso como preciso do ar que respiro para viver. Diz que não me odeia, diz que não colocou ninguém no meu lugar, diz que ainda gosta de mim, pelo menos um tantinho assim. – sentenciou, voltando a me puxar contra seu torso sólido para outro beijo sensual.

- Também falei coisas naquele dia das quais me arrependo. Você estava certo em muitos aspectos do que me disse.

- Não, não estava! Eu estava puto e comecei as soltar os cachorros em cima de você por que sou um babaca. – interrompeu-me ele

- Deixe-me falar! Você estava certo, eu me comportava como um moleque mimadinho querendo chamar a atenção dos meus pais depois que se divorciaram. Tratava você como se fosse meu cachorrinho de estimação. Eu nunca quis te ofender ou te maltratar, eu sempre gostei de você. – confessei, no meu mea culpa.

O Tyler estava mudado, não aparentemente, pois ainda era o mesmo tesudinho delicioso que desvirginei, mas estava mais maduro, mais ciente de si. Essa constatação me fez repensar tudo o que estava na minha mente e que havia ensaiado para lhe dizer, ou melhor, para lhe pedir. Sim, eu havia decidido que ia lhe pedir para voltarmos a ficar juntos, eu não via a hora de voltar a namorar o mimadinho, de poder segurá-lo em meus braços e de enfiar minha pica em seu cuzinho. De repente, fiquei com medo de arriscar o pedido e ele me negar essa oportunidade, embora desse para perceber que eu não lhe era completamente indiferente. Lá no fundo, talvez, os sentimentos dele por mim continuavam os mesmos, porém ele agora sabia como não deixar a empolgação transparecer.

O Mike estava mais acanhado do que aquele Mike de alguns meses atrás, ao menos diante de mim, que parecia estar o intimidando um pouco. Ele continuava o homem lindo e sexualmente atraente de sempre; no entanto parecia estar me escondendo algo. Quem sabe o compromisso com aquela garota com a qual discutiu há pouco estava embasado em bases mais sólidas do que eu supunha, o que me deixou apreensivo se deveria ou não me declarar e dizer o quanto ainda o amava. Eu não ia suportar ouvir um não da parte dele. Estava fragilizado demais com todos os meus sentimentos tanto em relação aos meus pais quanto em relação a ele. Fiquei momentaneamente sem saber como agir, deveria chamá-lo para ir ao apartamento comigo, ou isso daria a impressão de que estava a fim de transar com ele. Achei por bem me despedir ali mesmo, e encarregar o tempo para solucionar a questão.

- Onde estacionou a BMW, posso te acompanhar até lá? – perguntou

- Eu a vendi com a permissão do meu pai para poder comprar a lanchonete e a transformar no que você viu. – respondi. Era impressão minha ou ele estava escondendo um esboço de sorriso?

- Posso te dar uma carona até em casa então?

- Não é necessário, meu apartamento fica a três quadras.

- Comprou um apartamento? – perguntou incrédulo

- Não, só aluguei! É muito simples, ainda estou investindo o lucro da lanchonete nas melhorias e fazendo um pé-de-meia para adquirir uma próxima. – respondi. Mas, se não se importar de seguirmos a pé até lá eu posso lhe oferecer um café, um suco, ou um vinho se quiser.

Topei na hora. Eu só precisava de uns minutinhos com ele a sós num ambiente neutro para confessar meus sentimentos e tomá-lo em meus braços, dali em diante metade do caminho para dentro dele estaria percorrido.

Assim que ele começou a me acompanhar, meu corpo começou a tremer. Eu sabia no que aquela visita dele ia dar quando estivéssemos a sós. O fato do meu cuzinho estar piscando era o primeiro indício de que eu me atiraria em seus braços assim que seu olhar sensual começasse a me escrutinar.

Me espantei com a simplicidade do minúsculo apartamento. Nada estava fora do lugar, tudo tinha um ar confortável e despojado, mesmo assim era de extremo bom-gosto, bem ao estilo do Tyler. Ele mudou mesmo, sem dúvida, para ter aberto mão do luxo da mansão do pai e vir morar em algo tão simples, a mudança foi radical. Comecei a sentir um puta tesão, sem nenhuma explicação aparente. A rola simplesmente resolveu endurecer e a cabeça, ao resvalar no tecido da cueca, fazia crescer uma comichão incontrolável, me obrigando a apertá-la de vez em quando. Até eu me conscientizar de que era o cheiro do Tyler em todo aquele ambiente que estava me deixando maluco de tesão, levou uns minutos.

Não olhei diretamente para o meio das pernas musculosas dele onde estava se formando uma ereção que ele procurava controlar sem êxito. Não queria dar bandeira e parecer fácil e oferecido, embora meu cuzinho não compartilhasse dos mesmos pudores. Ele não via a hora de poder encapar aquele troço enorme e o aninhar carinhosamente bem lá no fundo. Fiquei impaciente, minhas mãos estavam frias e úmidas, eu não sabia o que dizer, que assunto puxar, eu só queria me abrigar naquele tronco maciço que estava diante de mim.

Não havia o que dizer, as palavras não dariam conta de expressar tudo o que estava em meu peito me sufocando. Eu precisava ter seu corpo encostado no meu, precisava beijar aquela boca cujos lábios tremiam ligeiramente com ele se esforçando para disfarçar. Num arroubo irreprimível puxei-o para junto de mim, apertei-o e cobri sua boca com um beijo libidinoso. Ele se entregou a mim, parecia estar se derretendo em meus braços à medida em que retribuía o beijo. Num frenesi descontrolado comecei a despi-lo. Assim que as tetinhas surgiram caí de boca nelas, chupando os mamilos cujos biquinhos foram enrijecendo com meus chupões gulosos. Ele segurava minha cabeça e afagava minha nuca junto a implantação dos cabelos, onde eu sentia um tesão da porra quando era tocado. Abri a calça dele e a arriei junto com a cueca, o pintinho dele já estava meio duro, o que só comprovava que ele também me queria. Fui checar o quanto, acariciando suas nádegas polpudas e macias e inspecionando com o dedo o cuzinho plissado que piscava cheio tesão. Beijei-o mais intensamente, meti a língua em sua boca e deixei nossas salivas se mesclarem. Ele precisava sentir meu sabor de macho que tinha o poder de inebriá-lo e fazer se entregar à minha volúpia.

Foi tão ligeiro que nem sei como fui parar nos braços dele. Meu peito estava colado no dele com a mesma intensidade que nossas bocas. Suas mãos percorriam minha pele incendiando-a, seu dedo vasculhava libertinamente minha fendinha exígua e excitada. Eu o acariciava deslizando as mãos sobre a camiseta que logo ergui até a cabeça para tocar diretamente nos pelos sedosos do tórax dele. Ele terminou de tirá-la e a jogou longe. Eu abri o jeans dele e desci o zíper, metendo a mão dentro da braguilha e saindo de lá com a ereção quase consumada. À medida que fui me ajoelhando diante dele, deslizei as mãos sobre suas coxas vigorosas e peludas ficando com o caralhão a centímetros do meu rosto, ao alcance da minha boca que não via a hora de começar a chupar a cabeçorra estufada e melada. Envolvi-a delicadamente com os lábios fazendo o Mike soltar um gemido rouco e comecei a lamber e sorver o pré-gozo abundante que escorria dela. Ele empurrava meu rosto para dentro da virilha pentelhuda onde o perfume másculo dele estava impregnado em todas suas nuances. Eu mal conseguia respirar com a chapeleta grossa entalada na minha garganta, mas não parava de chupar o cacetão que pulsava em vibrações cadenciadas na minha mão. O Mike se contorcia, gemia, me mandava mamar sua jeba dura, pronunciava meu nome como se estivesse invocando uma divindade. Minha mão espalmada sobre seu ventre trincado sentiu os primeiros espasmos evoluindo em ondas. Ele me avisou do gozo iminente se não parasse de chupar sua benga com toda aquela sensualidade, um aviso que ignorei, pois me ressentia do sabor de seu sêmen viril e comecei a engolir tudo que ele ejaculou em jatos fortes e cremosos na minha boca.

- Tyler, seu veadinho safado, você está me mamando feito um bezerrinho seu putinho gostoso do caralho. Está me deixando maluco de tanto tesão e sabe o que acontece quando me deixa nesse tesão todo, não sabe? Cacete, Tyler, toma meu leite, toma o leitinho do seu macho, toma! – grunhia ele, pleno de satisfação, esporrando feito um touro na minha boca gulosa.

Eu nem havia terminado de gozar na boca aveludada dele quando o empurrei em direção à porta aberta do quarto onde terminei de arrancar suas roupas deixando-o deliciosamente pelado, com aquele corpo escultural pedindo para se fundir com o meu. Joguei-me em cima dele, chupei e mordi os mamilos fazendo-o gemer e abrir as pernas para eu me encaixar entre elas. Parecia uma cadelinha no cio querendo ser inseminada. Agachei-me na beira da cama e segurei suas pernas abertas no ar. O cuzinho rosado com seu orifício diminuto se projetando em contrações rítmicas era a prova de que nada havia entrado ali recentemente, talvez até da última vez que o penetrei. Meu tesão foi à mil com essa constatação. Seria loucura e presunção minha perguntar se ele tinha dado essa rosquinha delicada para alguém enquanto estivemos afastados? Eu precisava saber, precisava ouvir dele que nenhum outro macho tinha entrado na grutinha estreita dele.

- Fala para mim Tyler, algum cacete além do meu entrou no seu rabinho? Eu preciso saber, Tyler! Pode me xingar se quiser, pode se recusar a me entregar o cu, mas não me deixe com essa dúvida. – supliquei, tão desesperado que já nem sabia mais o que estava pedindo.

- Nunca, Mike, nunca! Só você entrou em mim, só você! Você é meu único macho! – respondeu ele, me encarando com toda sua meiguice e ternura.

Meti a cara no meio daquelas bandas carnudas e lambi o cuzinho dele, deixando a saliva escorrer para lubrificar as preguinhas, depois me posicionei com o cacete tinindo de tão duro sobre o anelzinho rosado do Tyler. Ele me encarava ansioso, seu rosto expressava toda paixão que sentia por mim e minha reação foi beijá-lo com todo amor e tesão que sentia por ele. Pincelei as preguinhas algumas vezes para espalhar a saliva e o pré-gozo translúcido que minava da minha pica deixando o cuzinho dele pronto para mim. Comecei a entrar, o Tyler soltou um ganido pungente quando a cabeça estufada atravessou os esfíncteres sinalizando a dor que estava sentindo. Inclinei-me sobre ele e o beijei com ternura. A musculatura contraída do ânus dele relaxou um pouco permitindo que minha verga entrasse de vez na maciez do cuzinho receptivo dele. O Tyler ainda gemia à medida que eu empurrava o cacete para o fundo do rabinho dele numa sensação indissociável de dor e prazer. O prazer que ele me proporcionava ao encapar minha pica com as carnes úmidas e quentes de seu cuzinho apertado nunca tiveram paralelo. Só ele tinha essa capacidade de encaixar meu pau, de o agasalhar com tamanha perfeição, como se seu cu tivesse sido talhado unicamente para o meu cacete. Fodi devagar, sem pressa, metendo tudo até o talo tão profundamente que algumas vezes soquei a próstata dele, fazendo-o ganir. Numa delas, ele atingiu o clímax e com um gritinho se esporrou todo. Uma comichão foi se apossando do meu saco, as bolas ainda estavam cheias mesmo depois de eu ter gozado na boca faminta dele.

- Amo você, Mike! Nunca deixei de te amar! Você é meu homem! – balbuciou ele emocionado enquanto eu socava o rabão carnudo dele.

Não me segurei mais e jorrei toda porra que ingurgitava minhas bolas no cuzinho dele, inseminando-o como se o estivesse engravidando. Ele me puxava para junto dele, cobria meu rosto com seus beijos alucinados, afagava minha nuca e gemia meu nome expressando toda paixão que sentia por mim. Deixei meu cacete pulsar até me sentir esvaziado antes de o tirar do cuzinho dele, quando ele voltou a ganir durante a passagem da chapeleta pelos esfíncteres rasgados. Algumas gotas de sangue afloraram das pregas rompidas e me deram a mesma sensação que no dia em que o descabacei. Essa aparente fragilidade do Tyler é que o fazia tão sedutor e desejado, e eu só queria ser o homem que a salvaguardaria e o protegeria. Era isso que faria minha felicidade ser completa.

A casa dele estava irreconhecível, as paredes haviam sido pintadas, não se via mais aquela pilha de louças sujas amontoadas na pia da cozinha, os ambientes estavam limpos e arejados sem aquele fedor de cigarro empesteando o ar, o quarto dele estava arrumado e mais espaçoso por aquela cama sobressalente ter sido removida, suas roupas estavam lavadas e empilhadas no armário agrupadas por cor das mais claras às mais escuras, não se via mais aquelas camisetas usadas e suadas jogadas sobre a mobília, só restava aquele cheiro peculiar dele, um cheiro que para mim era mais um perfume inebriante que parecia se impregnar sob a minha pele toda vez que o sentia.

A mãe dele tinha arrumado um emprego numa loja de departamentos e não mais parasitava pela casa em companhia do Ron fazendo dívidas junto aos agiotas. Ela agora participava com as despesas da casa e se livrara do Ron, trocando-o por um divorciado que trabalhava como gerente na mesma loja que ela. Era um sujeito respeitável e trabalhador, de hábitos simples e salutares que se afeiçoara ao Mike e o tinha como a um filho, uma vez que não os tivera no casamento anterior.

O Mike, depois de me anunciar que havia entrado na faculdade de engenharia, me propôs que voltasse a morar com ele, poupando dessa maneira o valor do aluguel que eu pagava no apartamento, o que me pareceu ser mais uma proposta de união do que um mero arranjo econômico. Ele me queria ao lado dele, não só como um parceiro de vida, mas como uma espécie de marido com o qual pudesse se deitar todas as noites e trepar até seus bagos estarem vazios e, acordar todas as manhãs encaixado no meu corpo com sua ereção matinal aprisionada entre as minhas nádegas macias e quentes. Eu aceitei sem pestanejar, amava aquele mastodonte que se transformou em outra pessoa depois que descobriu no meu amor a mais forte razão para viver. Ele me amava e não queria correr o risco de perder esse amor novamente.

Meu pai acabou aceitando nosso relacionamento; não que tivesse sido esse seu sonho para o meu futuro. Porém, diante do inevitável, resolveu tratar o Mike como seu genro, com as mesmas restrições e desconfianças que qualquer pai coruja protegendo sua cria. Depois de muito insistir e de ter levado outros tantos nãos, meu pai conseguiu que o Mike aceitasse um empréstimo para adquirir a oficina mecânica na qual trabalhava quando o antigo dono anunciou sua intenção de se aposentar.

- Vou lhe devolver centavo por centavo, isso é inegociável! – afirmou categórico o Mike quando meu pai o dissuadiu a aceitar o dinheiro como um empréstimo, mantendo aquela sua postura de machão que não aceita favores ou se submete às vontades dos outros.

- Não precisa, mas sei que isso te deixará feliz e sem o orgulho ferido, portanto, faça como achar melhor. Só tenho um pedido a lhe fazer, melhor dizendo, uma exigência, e dessa quem não abre mão sou eu, faça o Tyler feliz e nunca ouse magoá-lo, pois não serei nem um pouco condescendente com você se o fizer. – meu pai era outro machão que sabia se impor, se não pela força física como o Mike, mas pelo poder que o dinheiro compra.

- É justo! Sei que vamos nos dar bem, sogrão! Ambos queremos a felicidade do Tyler. Sei que para você ela está em lhe prover tudo do melhor, enquanto que para mim farei tudo o que me for possível para garantir o conforto dele e também tudo o que ele quiser de mim na cama e fora dela como seu macho. – os dois nunca iam parar de se provocar, isso parecia ser um jogo de gato e rato entre eles que lhes dava imenso prazer, me usando como moeda de barganha.

- É o mínimo que exijo de você! E, nunca mais me chame de sogrão seu desavergonhado! – revidou meu pai, antes dos dois brindarem nosso relacionamento com uma dose de uísque.

Dois anos depois, o Mike e eu estávamos nos mudando para a nossa casa. O empréstimo do meu pai foi pago, eu estava inaugurando a segunda lanchonete no bairro, a oficina do Mike fora ampliada com aquisição de um terreno vazio ao lado e, um grupinho de seis mecânicos liderados por ele atendia uma vasta clientela que procurava seus serviços.

O Danny estava de casamento marcado com a Sarah. Depois de ela dar o fora no Mike ele começou a dar em cima dela. Tanto fez que a conquistou, bem ao seu estilo meio carinhoso, meio cafajeste, uma vez que era impulsionado mais pela cabeça de baixo do que pela que estava sobre seu pescoço. De qualquer maneira, o sacripanta não perdeu a mania de me dar umas encoxadas discretas querendo que parecessem casuais, nem de me sussurrar algumas sacanagens no pé do ouvido. Fazia-o sempre longe das vistas do Mike, pois levava uns cascudos quando ele notava. Eu também não deixava barato, além de me indignar, procurava acertar o saco dele com uma joelhada ou um soco, ao que ele respondia fingindo como se o tivesse aleijado, numa encenação engraçada e teatral. No íntimo, éramos bons amigos e só queríamos a felicidade uns dos outros. Tínhamos a conquistado, a duras penas e desencontros é bem verdade, mas só nos restava desfrutá-la.

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