A minha vida é muito dura

Da série A Patroa
Um conto erótico de Feminive
Categoria: Heterossexual
Contém 2691 palavras
Data: 18/03/2025 01:53:18

Minha família é antiga, dessas cujo nome ecoa na história desde a chegada dos portugueses ao Brasil. Quando as caravelas atracaram, meus antepassados vieram junto — mas não para fazer negócios, construir igrejas ou cultivar terras. Vieram para roubar, sequestrar e extorquir. E, séculos depois, ainda é isso que fazemos de melhor.

Nosso império do crime se expandiu para todas as frentes possíveis. Tráfico de drogas, jogos, concessões, influência política — se há dinheiro e poder envolvidos, nós estamos lá. Você pode até conhecer nosso sobrenome, talvez já tenha até doado para nossas instituições de caridade ou participado de nossos eventos beneficentes. Mas jamais nos associaria ao que realmente somos. Para o mundo, somos filantropos, elite da sociedade, brancos, bem-vestidos e inatingíveis. Aqui no RJ, eu já contei um fila de Governadores e Prefeitos que vieram de joelhos beijar a mão do Vovô. Deram mole, olho grande demais, quase todos presos.

A estrutura familiar é simples, quase militar. No topo, está o Avô, chamamos sempre de Vovô — o velho lobo, a cabeça do clã. Logo abaixo, vêm os Tios e os Pais, comandando diferentes braços do negócio. Nós, mais jovens, somos Filhos e Primos, soldados da nova geração. E, claro, há os agregados, aqueles que orbitam nossa influência sem nunca pertencer de verdade. Cunhados, por exemplo, nunca serão família, por mais que tentem. Aqui, laços sanguíneos contam — mas não são tudo. O que importa é lealdade.

E eu? Bom, eu nasci nesse império. Aprendi desde cedo que, para sobreviver nesse mundo, não basta ser forte. É preciso ser implacável.

Na minha célula familiar, houve uma tragédia. Um Tio resolveu disputar território e, na briga pelo poder, mandou explodir o carro onde estavam meus pais e meu irmão. Morreu junto, sentença de Família, mas não antes de eu selar a paz com as próprias mãos. Fui eu quem apertou o gatilho. Tinha 13 anos.

Vovô não hesitou — passou todas as áreas do Tio para o meu nome. E desde então, eu comando a minha Casa sozinha, com a ajuda dos meus agregados e Filhos. E, antes que você venha com perguntas idiotas: não, não são filhos biológicos. Sempre que eu usar um nome de parente com letra maiúscula, estou falando do cargo na Família. Não me faz perder a paciência tendo que explicar isso toda hora, entendeu?

Eu nunca tive uma adolescência comum. Estudei fora do país, porque ficar aqui significava uma sentença de morte. Quando vinha ao Brasil, nem passava pela minha cabeça pisar em uma balada aberta. Nunca pude me dar ao luxo de ser descuidada. Desde sempre, se eu quisesse sair, fechava o lugar só para mim.

Na verdade, ainda é assim. Tenho um clube que, se fosse por dinheiro, já teria fechado há muito tempo. Mas eu amo aquele lugar. Só entra gente rica. Todo famoso estrangeiro que vem ao Rio passa por lá. E quando não tem famoso, eu mando trazer. Lá dentro, não faltam facilidades para todos os gostos, se é que me entende.

Minha aparência? Simples. Tenho traços bem portugueses — pele clara, cabelo preto e liso. Fiz alguns ajustes genéricos na aparência, porque ninguém é obrigado a carregar certas imperfeições. Rinoplastia para afinar o topo do nariz, um leve aumento nos seios. Não sou um mulherão, mas fico ótima de biquíni. E meu look? Se não custar mais de vinte mil, eu nem saio de casa. Regra pessoal. Eu sei o quanto meu dinheiro é suado, então vou gastar comigo mesma. E se você acha isso fútil? Problema seu.

Segurança nunca é demais. Ando sempre cercada, mas dois caras coordenam tudo.

O primeiro é o Janjão — um negão de quase três metros de altura, músculos de aço e uma expressão que faz qualquer um tremer. Mas a verdade? Tem um coração enorme. Ama chocolates, e toda vez que viajo, preciso trazer uma mala cheia para ele. Inteligente, leitor voraz de filosofia, conselheiro quando preciso. O outro é o Pastor. Religioso, discreto, sempre envolvido com os nossos negócios nas igrejas. A cara dele não diz nada, mas é um negociador nato. Só tem um problema: dedo frouxo demais pro meu gosto. Irritado, impaciente, impulsivo. Mas eficiente. E no fim das contas, é isso que importa.

E tem o Timóteo, meu estagiário. Esse é uma peça raranato, daqueles que nascem com o dom da malandragem. Só está vivo porque, além de bonitinho, eu achei que ele tinha algo melhor para me oferecer.

Lembra da minha boate? Pois bem, Timóteo ia até lá e aplicava um golpe sofisticado nos cartões de consumo. As pessoas pagavam para ele, e, com um aparelhinho esperto, ele alterava os valores da conta, embolsando o resto. Foi aí que aprendi a odiar gente fodida — porque são sempre eles que tentam meter a mão no meu dinheiro. O Pastor, claro, queria resolver do jeito mais óbvio: levar o garoto para fora e apagar. Mas eu? Bom, eu tenho uma quedinha por homem pilantra. E Timóteo era tudo de bom. Sabe esses cariocas da Zona Sul, tatuados, de fala arrastada, que passam o dia surfando e vivem do dinheiro dos pais? Era ele. Um charme irritante. Mas antes de decidir o que fazer com ele, deixa eu contar como essa história começou.

A gente estava organizando uma festa gigantesca para uns gringos que vieram rodar um filme no Brasil. Não posso dar nomes, mas era gente grande de Hollywood — daqueles que você já viu no cinema mil vezes. Eu estava me divertindo, me dando bem com um deles, quando Janjão mandou me chamar. Eles nunca me interrompem. Só fazem isso quando a coisa é séria.

Ele se aproximou, postura firme, mas voz baixa o suficiente para não chamar atenção.

— Patroinha, a gente pegou o cara do desfalque. Tá na salinha. O que a senhora quer fazer com ele? O Pastor já deu a sugestão dele. A senhora sabe, é sempre a mesma.

Suspirei, desviando o olhar da minha presa da noite.

— Jão, amor, primeiro deixa eu descobrir como ele faz. Não encosta nele. Já subo.

Porque antes de decidir o destino de alguém, eu gosto de entender se ele ainda pode me ser útil. É isso que separa a gente dos vagabundos de morro.

Dei um último beijinho no meu ator gringo — que, coitado, nem fazia ideia de onde estava se metendo — e fui até a salinha conversar com o vagabundo.

A salinha não era apenas uma sala. Era uma cela. Um espaço frio e sem janelas, com uma mesa, duas cadeiras e nada mais. O ambiente era acondicionado para limitar o som. Lá dentro, ninguém ouvia nada do lado de fora. Lá fora, ninguém ouvia ou via nada do que acontecia dentro. Um detalhe que fazia toda a diferença.

Quando cheguei à porta, estendi a mão para o Janjão, que, sem precisar de explicação, me entregou minha arma. Uma .45, rosa.

Sim, rosa. Algum problema com isso, Caralho?

— Jão, ele tá amarrado?

— Tá sim patroinha.

Janjão abriu a porta pra mim e entrou primeiro. Foi até o rapaz, puxou a cadeira dele para trás e conferiu se as amarras ainda estavam no lugar. Depois de verificar tudo, me deu um aceno confirmando que estava em ordem.

Enquanto isso, o moleque não calava a boca.

Falava de direitos, queria um advogado, ameaçava processo. Como se alguma dessas coisas tivesse valor ali dentro. Como se alguém ali dentro se importasse.

Me sentei calmamente na frente dele, sem pressa, sem expressão. Peguei um pino de cocaína, derramei o pó sobre a mesa e comecei a quebrar e separar fileiras. Cada movimento preciso, meticuloso. Obcecado. Não respondi nada.

O silêncio incomodou.

Ele me olhava com os olhos arregalados, tentando entender se eu estava mesmo prestes a dar um teco ali, na frente dele.

— Me conta como você fazia com os cartões.

Minha voz saiu firme, sem levantar a cabeça.

Ele hesitou. Talvez estivesse tentando decidir se eu era completamente louca ou apenas gostava de um teatro. Mas como a confiança não era exatamente uma opção pra ele naquele momento, começou a falar. Explicou o método, os detalhes do golpe. O aparelho, o processo, tudo que eu já sabia. O que me interessava era o esquema.

Ele não estava sozinho nessa. Claro que tinha funcionário envolvido. Alguém tinha que passar a criptografia pra ele. Mas, esperto, não soltou nenhum nome.

Continuei separando as fileiras de pó, sem pressa. Quando terminei, levantei os olhos para ele.

— Você cheira, rapaz?

Ele engoliu seco.

— Não, moça… eu não gosto…

Peguei uma nota de duzentos, enrolei com calma, e apontei para a fileira.

— Então cheira.

Ele ficou imóvel.

— Não, eu disse que eu não cheiro, olha, vamos fazer um acordo e…

— Cala a boca, caralho.

Silêncio.

— Cheira, anda!

Eu queria que ele cheirasse. Assim que bati os olhos nele, uma ideia me veio à cabeça. O dinheiro que ele roubou era troco. Cem, duzentos mil, que fossem quinhentos… Troco de pinga! Um sumiço, uma entrega pra polícia, tanto fazia. Mas antes, eu queria ver até onde ele ia.

Minha voz saiu mais alta, e ele ficou rígido, sem acreditar.

Saquei minha .45 rosa e apontei o cano na direção dele.

— Cheira logo essa merda. Vai. As três fileiras.

E ele me obedeceu.

Tive que enfiar o canudo improvidado com uma nota de 200 no nariz dele e empurrar o pano da camisa contra a outra narina pra que não fizesse sujeira.

— Se desperdiçar, eu arranco seu nariz fora. Tá me ouvindo?

Foi quase engraçado vê-lo cheirar aquele pó, amarrado na minha frente, enquanto eu ria, me divertindo.

Esperei, sem dizer nada, enquanto ele tentava dar conta das três fileiras. E ele cheirou. Vi quando, quase imediatamente, o barato bateu.

Os olhos arregalaram, os músculos ficaram tensos, a respiração acelerada.

— Rapaz, você vai ter que me compensar, você sabe disso?

Ele piscou algumas vezes, tentando focar em mim.

— Sim, senhora, eu… eu tenho parte do dinheiro ainda comigo! Fiz uns investimentos, eu posso levantar o resto! — A fala saiu rápida, desesperada, elétrica de cocaína.

— Não, seu filho da puta. — Inclinei a cabeça levemente. — Eu estava numa mesa com um ator de Hollywood, com a mão no meio das minhas pernas, quando me chamaram por sua causa.

Ele ficou completamente perdido.

— Q-q-quê?

Eu ri.

— Eu também não acreditei.

Me levantei devagar, abaixei a calcinha sem pressa, dobrei e coloquei de lado. Andei até ele do outro lado da mesa de metal, passei minhas pernas de cada lado como se fosse sentar em seu colo, mas me acomodei na mesa, abrindo as pernas.

Deixei que tivesse a melhor visão mais maravilhosa de mim.

— Gosta de buceta?

Ele travou. As mãos atadas às costas, os olhos esbugalhados, os tremores começando a bater.

— Você é surdo, porra?

Saquei a arma que me incomodava nas costas e encostei a arma na testa dele, firme.

— Você vai me chupar. E tem três minutos pra me fazer gozar maravilhosamente bem.

A expressão dele era puro pânico.

Talvez achasse que eu estivesse brincando. Talvez ainda estivesse tentando entender se isso era uma punição ou um jogo. Mas, depois de um segundo congelado, ele engoliu seco e veio devagar.

A arma continuava pressionada contra a testa dele, mas não era isso que o fazia tremer agora.

Sua língua tocou minha pele quente com hesitação, um primeiro contato tímido, macio, molhado, quente, deslizando devagar sobre meus lábios inchados. Eu já estava molhada antes, mas agora estava escorrendo.

Ele testou, provou, explorou, e o gosto do meu tesão bateu nele como um choque elétrico. Eu vi nos olhos dele. O vício começou ali.

Então, ele sugou.

Minha respiração ficou curta quando senti os lábios dele se fechando em torno do meu clitóris, a língua deslizando ao redor, apertando de leve, provocando antes de se aprofundar de verdade. A pontinha circulou devagar, quente e precisa, pressionando, provocando, até deslizar para baixo e lamber toda a extensão de mim, desde a entrada molhada até o topo, voltando a fechar os lábios ao redor do meu clitóris inchado.

Minha respiração ficou pesada.

Os gemidos vieram sem que eu quisesse, escapando no meio da minha respiração entrecortada. Ele alternava entre sugar e lamber, explorando cada dobra, cada curva, cada centímetro da minha pele encharcada, sem nenhuma hesitação agora. A língua se afundou o máximo que conseguiu, deslizando e esfregando, quente e ágil, pressionando e deslizando, enquanto o nariz dele roçava contra meu clitóris, enviando pequenos choques pelo meu corpo.

O calor subiu rápido.

Minha excitação descia em filetes, escorrendo até meu cu, molhando completamente a parte interna das minhas coxas, enquanto ele se enterrava ainda mais entre elas, lambendo tudo o que conseguia, faminto, desesperado. Cada lambida arrancava um espasmo do meu ventre, um arrepio na minha espinha, o prazer acumulando tão rápido que minha visão já estava ficando turva.

Então, ele focou onde devia. O ritmo dele mudou.

A língua se moveu firme e precisa, massageando meu clitóris em círculos rápidos, cada deslize empurrando meu prazer para mais perto do limite. A sucção aumentou, intercalada com lambidas longas, ávidas, devorando tudo o que eu dava para ele. Minha outra mão segurava o cabelo dele com força, guiando, forçando seu rosto contra mim, e não larguei a arma um segundo, enquanto meu quadril começou a se mover por conta própria, deslizando contra sua boca, montando o prazer como se estivesse cavalgando ele.

Ele gemeu contra mim, e a vibração se espalhou como eletricidade pelo meu ventre, fazendo minha cabeça pender para trás, os olhos fechados, o prazer crescendo, crescendo, crescendo…

Eu estava quase lá.

Minhas coxas se fecharam ao redor da cabeça dele, prendendo-o ali, sufocando-o com o cheiro e o gosto do meu prazer. Ele não podia sair. Não podia respirar. Não podia parar.

E quando gozei, gozei forte.

Meu corpo se arqueou, minha boca se abriu, mas nenhum som saiu nos primeiros segundos, só o choque quente do orgasmo rasgando cada músculo do meu ventre, me fazendo perder o fôlego.

Meu gozo escorreu pela boca dele, sujando seu rosto, descendo pelo queixo, pingando no chão.

Me joguei para trás, rindo horrores daquela situação, ainda sentindo os espasmos leves correndo pelo meu corpo. Se eu contasse isso para as minhas amigas, nenhuma delas ia acreditar.

— Ah, que merda. — Ri ainda mais, passando a mão pelo rosto. — Eu deveria ter filmado isso. Como eu sou burra!

Olhei para baixo e vi a expressão dele. Não era um rosto de quem tinha prazer. Era um rosto de quem achava que estava vivo.

O pobre diabo olhava pra mim com aquele sorriso nervoso, o brilho vidrado da cocaína nos olhos, pensando que, se eu estava satisfeita, ele sairia dali respirando.

Homem é muito ingênuo.

Desci da mesa devagar, as pernas bambas, ainda sentindo os choquinhos sutis do orgasmo reverberando entre minhas coxas. Me recuperei com calma, respirando fundo, ajeitando o cabelo enquanto ele permanecia imóvel, os olhos fixos em mim, entre o alívio e o puro pânico.

Passei a mão pelo rosto dele, sujando sua pele com meu gozo. Só porque eu podia.

— Caralho, bonitinho, você chupa muito bem. — Sorri, olhando para ele de cima. — Parabéns.

Os olhos dele piscaram rápido, como se tentasse entender se aquilo era uma sentença de morte ou um elogio real.

— Por isso que eu não concordo quando as mulheres dizem que homem não sabe chupar. — Peguei minha calcinha de cima da mesa, sacudi e subi pelas pernas devagar. Adoro ver um homem assistir enquanto eu me visto. — Vocês só precisam dos incentivos certos.

Abaixei o rosto até a altura dele, sussurrando no seu ouvido:

— Uma arma na cabeça… e cocaína.

Vi quando ele engoliu seco. Os tremores voltaram. Seu peito subia e descia rápido demais, os olhos dançando de um lado para o outro, perdido entre o efeito da droga e a incerteza do que vinha a seguir.

E eu gostava disso.

O medo misturado à excitação.

Mas eu já tinha brincado o suficiente.

— Mas chega de conversa. Preciso ir embora.

Peguei a arma e verifiquei a trava, destravando com um clique seco.

— Eu nunca sei como destrava essa merda… — murmurei, pensativa.

Então, sem hesitar, apontei novamente para a cabeça dele.

E apertei o gatilho.

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Comentários

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Quase 3 metros,é? Sei...🙄😒

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