O SABOR DE UMA DOCE VINGANÇA ! Cap.3

Um conto erótico de Alex Lima Silva
Categoria: Gay
Contém 1610 palavras
Data: 18/03/2025 23:17:31

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lexsilva99@gmail.com

QUARTA FEIRA

Saí do vestiário o mais rápido possível, tentando ignorar o calor no rosto e as batidas aceleradas do meu coração. O encontro com Mateus tinha sido desconfortável, e eu não sabia como lidar com a sensação que ainda me restava. Eu só queria ir pra casa e deixar aquela estranha confusão de sentimentos para trás.

Mas quando saí pelo corredor da escola, me dei de cara com Arthur.

Ele estava vindo na direção oposta, com um sorriso debochado estampado no rosto. Como sempre, parecia que ele estava procurando por problemas.

E logo, eu percebi que ele tinha encontrado um.

Eu tentei desviar de Arthur, mas era tarde demais. O impacto foi inevitável, e os dois lanches que ele carregava caíram no chão.

— Cuidado, seu… seu otário! — Arthur gritou, o sorriso desaparecendo de seu rosto.

Antes que eu pudesse me afastar, ele me agarrou pelos braços, segurando firme como se estivesse tentando me deixar paralisado.

— Eu poderia te dar uma surra aqui mesmo — ele disse, seu hálito pesado batendo contra meu rosto. A voz dele era baixa, mas carregada de ódio.

Tentei me soltar, mas não consegui. Arthur era mais forte, e minha tentativa de me desvencilhar era inútil.

— Você acha que é esperto, né, Pedro? — ele continuou, apertando meus braços. — Sempre com esse ar de songo mongo, esse jeitinho de boiola. Mas mesmo assim se acha inteligente,por causa da babação de ovo dos professores!

Eu não consegui responder. Meu corpo estava tenso demais, meus pensamentos se atropelando. Eu não sabia o que fazer. Arthur nunca foi assim, nem de longe. Ele parecia mais furioso, mais agressivo do que o normal.

Ele me empurrou contra a parede, e eu quase perdi o equilíbrio.

— Eu vou acabar com essa sua pose de nerd — ele murmurou, empurrando o meu ombro com força. — Já tá na hora de você aprender seu lugar.

Eu fechei os olhos, tentando controlar a respiração. Sentia meu estômago se revirando. Ele não estava falando sério, estava?

— Me solta, Arthur. Não tem motivo pra isso — minha voz saiu mais fraca do que eu queria.

Ele me olhou por um segundo, como se estivesse avaliando se me deixava ir ou não.

Então, sem mais nem menos, ele me empurrou de novo, soltando meus braços de uma vez.

— Eu não sou paciência, Pedro — Arthur cuspiu no chão. — Mas você vai ver, da próxima vez, não vai ser tão fácil assim.

Eu fiquei parado ali por um momento, o corpo ainda tremendo, antes de decidir sair correndo em direção à sala de aula.

E no fundo, mesmo sem querer admitir, eu sabia que Arthur não iria parar por ali.

__________________________________________

Resolvi voltar pra casa andando,pois preferi ver se algo na rua me animava!

Estava absorto em meus pensamentos enquanto caminhava para casa, ainda tentando processar tudo o que acontecera naquele dia. Arthur, a agressão, o incidente com Mateus no vestiário… tudo estava se misturando na minha mente, e eu não sabia como lidar com aquilo.

Ao virar a esquina perto da escola, ouvi o barulho de uma moto se aproximando, e antes que eu pudesse olhar, ela parou bem ao meu lado.

Era Mateus. Ele estava usando um capacete escuro e uma jaqueta de couro, e a moto reluziu sob o sol da tarde.

— Ei, Pedro! — Ele sorriu, tirando o capacete e mostrando o cabelo bagunçado. — Quer uma carona até em casa?

Eu fiquei sem palavras por um momento. Carona de moto?

— Não é meio… perigoso? — questionei, olhando para a moto e depois para Mateus. — Você não é muito novo pra estar pilotando?

Mateus deu uma risada baixa e desconversou.

— Eu sei o que estou fazendo. Vai ser tranquilo, pode confiar.

Eu olhei para a moto e depois para ele. Algo na atitude de Mateus me deixava mais calmo, mas ainda assim, um pequeno medo crescia dentro de mim.

— Ah, tudo bem. Acho que não tenho outra opção. — Acabei cedendo, com um suspiro.

Ele sorriu novamente, colocando o capacete na minha cabeça.

— Pega aí! — disse ele, com um tom brincalhão. — Agora segura firme.

Antes que eu pudesse responder, Mateus ligou a moto, o som do motor ecoando pelo bairro. Eu me segurei na parte de trás, sentindo meu corpo se acomodar perto dele. O vento começou a bater no meu rosto enquanto ele acelerava pela rua.

— Mais forte! — Mateus gritou, sem olhar para trás. — Pode segurar mais forte, Pedro!

Eu tentei segurar ainda mais, o que me fez sentir um pouco mais próximo dele. Não sabia o que pensar ou o que sentir. Só sabia que, de alguma forma, aquela carona estava quebrando o peso da minha rotina cansativa. O vento nos empurrava enquanto seguíamos para a minha casa, e por um momento, eu consegui relaxar, sentindo a liberdade daquela viagem inesperada.

Quando Mateus parou em frente à minha casa, eu respirei fundo, aliviado por finalmente termos chegado. Ele desligou o motor da moto, e eu desci com cuidado, ajustando o capacete que ele tinha colocado em minha cabeça.

— Chegamos — disse ele, olhando para mim com um sorriso de lado. — Bom te dar uma carona. - O estranho foi que Mateus nem me perguntou qual era o meu endereço, só me trouxe! Provavelmente deve ter passado algum dia por aqui e me visto entrando em casa.

Eu sorri, sentindo uma leve sensação de alívio por ter a companhia dele, mesmo que por poucos minutos.

— Valeu pela carona, Mateus. Eu realmente precisava disso — falei, olhando para ele enquanto ia em direção à porta.

Ele estacionou a moto, mas antes de ir embora, me surpreendeu com uma pergunta.

— Posso entrar rapidinho? Preciso ir urgentemente no banheiro, ou vou mijar nas calças!

Eu hesitei por um momento. Minha casa era simples, e não estava exatamente preparada para visitas inesperadas, mas também não queria ser rude.

— Claro, pode entrar — respondi, abrindo a porta para ele.

Mateus usou o banheiro, e eu fui até a área de serviço e troquei de roupa! Quando ele saiu, ficou parado no corredor, olhando para mim com um sorriso curioso.

- Pronto! Então até amanhã! - Mateus fala, mas eu por alguma maluquice tomo coragem!

- Quer almoçar ? Eu faço algo rapidinho! - Ele franze as sobrancelhas!

- Pode ser então! - Sorri!

- Vem vamos pra cozinha! - Falo e ele me acompanha!

— Ei, Pedro… — ele disse, inclinando a cabeça. — Eu tava pensando… Por que você ficou me encarando lá no vestiário?

Meu estômago se revirou, e minha mente entrou em pânico.

Eu sabia que não podia contar a verdade, mas também não queria mentir. Só que, de alguma forma, uma mentira parecia ser a única saída.

— Ah, não foi nada — falei, forçando um sorriso nervoso. — Foi só… impressão sua.

Ele me olhou fixo por um instante, como se tentando ler minhas intenções, mas então deu de ombros, aparentemente aceitando minha resposta.

— Tá bom, só queria saber. — Ele se aproximou da mesa, sentando-se na cadeira com uma expressão descontraída.

O que aconteceu depois parecia ter uma energia diferente. Eu estava fazendo um almoço simples, uma massa com molho de tomate, enquanto Mateus se acomodava na mesa e falava sobre o que tinha feito no fim de semana. A conversa foi fluindo naturalmente, e aos poucos, eu me sentia mais à vontade com ele, apesar da tensão que ainda pairava no ar.

Eu servi o prato, colocando as duas porções na mesa. A comida estava boa, pelo menos para mim, e vi que Mateus estava aproveitando.

— Não sabia que você cozinhava — ele disse, pegando o garfo e experimentando a comida. — Está gostoso.

— Eu tento — respondi, sorrindo um pouco. Eu realmente gostava de cozinhar, embora fosse algo que raramente fazia.

Nós comemos em silêncio por um tempo, e mesmo sem palavras, a companhia de Mateus fazia a refeição parecer mais agradável. Eu sentia algo bom ali, como se aquele momento simples, até mesmo banal, fosse importante para mim de uma forma que eu não sabia explicar.

Antes de Mateus ir embora, eu o chamei, não conseguindo deixar de expressar o que estava sentindo.

— Ei, Mateus... — comecei, um pouco hesitante, mas sentindo que precisava dizer aquilo. — Queria agradecer de novo. Pela carona, pela ajuda hoje na escola... Você não sabe o quanto isso significa pra mim.

Mateus virou-se na porta, o sorriso se ampliando ao ouvir minhas palavras. Ele parecia genuinamente tocado, mas ao mesmo tempo, não fazia questão de deixar isso transparecer demais.

— Não precisa agradecer, Pedro — ele respondeu com a voz calma. — Fico feliz de poder ajudar. Mas, já que você está agradecendo, quero te convidar para almoçar amanhã na minha casa. O que acha?

Eu fiquei surpreso com o convite, mas ao mesmo tempo, uma sensação boa tomou conta de mim. Era algo que eu não esperava, mas que me fez sentir que talvez eu estivesse começando a formar uma amizade verdadeira com Mateus.

— Claro, aceito sim. Vai ser bom — falei, tentando disfarçar a animação que tomava conta de mim.

Mateus deu uma piscadela, como se tudo fosse natural.

— Então, amanhã vai ser. Nos vemos lá, Pedro. E não se preocupe, vai ser tranquilo, prometo. — Ele sorriu de forma descontraída, e antes de sair, acrescentou, como se fosse um pensamento aleatório: — E se precisar de mais alguma coisa, é só chamar, beleza?

Eu apenas acenei, sentindo um sorriso bobo crescer no meu rosto enquanto ele se afastava. O simples convite me fez perceber o quanto eu estava começando a me importar com aquela amizade, que, mesmo com tantos altos e baixos, parecia estar tomando uma forma que eu não sabia como explicar.

Continua...

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Comentários

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Alex, tua história é boa. Bom que Pedro encontrou em Mateus alguém para protegê-lo e ter como amigo. Conte-nos mais...

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