Confesso que fiquei com muita vontade de transar com o tio Augusto. Eu o achava sexy, e o fato de ele saber sobre mim e o Carlos me deixou um pouco tenso, mas tentei não pensar nisso. Meu pai me buscou e perguntou como havia sido o aniversário. Respondi que tinha sido bom. Ele questionou um pouco a demora, e eu disse que tinha ido para a casa do Carlos com a Camille. Ele então entendeu. Claro que omiti a parte em que a Camille foi embora e eu e o Carlos aproveitamos a noite juntos.
No outro dia, mandei mensagem para o Luke confirmando nosso cinema, e ele respondeu dizendo que estava tudo certo. Eu estava animado e com um certo frio na barriga como há tempos não sentia. O Luke tinha esse poder sobre mim, me fazia sentir algo novo, uma ansiedade boa, um frio na barriga que eu nunca tinha experimentado antes. E, claro, esses eram sinais claros de paixão. Depois do almoço com meus pais, fui me arrumar para o cinema. Caprichei na escolha da roupa: vesti uma camisa polo laranja da Abercrombie, uma bermuda jeans preta e um tênis Adidas branco. Adicionei alguns acessórios, ajeitei meu cabelo e passei meu melhor perfume. Me olhei no espelho e soltei um "Uau!". Eu definitivamente estava um gato. Talvez conseguisse impressionar o Luke.
Quando saí do quarto, minha mãe me olhou e sorriu:
— Como meu gato tá bonito! Vai sair com a Camille?
— Que história, mãe! Peguei qualquer roupa.
— Devia se arrumar mais vezes assim, ficou um Deus grego.
— Vou pro cinema com uns amigos. A Camille tem compromissos da igreja hoje.
— Tudo bem, então. Vou só terminar aqui e já te deixo lá.
— Não precisa, mãe, eu peço um Uber.
— Não, filho, eu vou. Preciso passar na casa dos seus avós.
Então, minha mãe me deixou no shopping. Cheguei às 14h20 e tinha marcado com o Luke às 14h30, então fiquei andando por ali, olhando alguns jogos de PlayStation. Enquanto analisava um deles, recebi uma mensagem do Luke dizendo que já estava em frente ao Cinemark. Respondi que estava a caminho, explicando que tinha parado para olhar os jogos. Quando cheguei, por um segundo achei que tinha me confundido. Não era o Luke que eu conhecia dali, de longe. Mas, ao me aproximar, percebi que era ele – sem a farda e sem os óculos de sempre. Ele vestia uma calça jeans, um All Star e uma camisa branca. Seu cabelo estava um pouco diferente do que usava na escola, e seu sorriso... Deus, aquele sorriso era ainda mais bonito de perto.
Nossos olhares se encontraram e ficamos alguns segundos em silêncio, até que ele quebrou a tensão:
— Nada mal... para um babaca. Aposto que passou horas se arrumando.
— Coitado! Peguei qualquer roupa. E nossa, você tá um gato... — falei mais baixo, quase sem perceber.
— Peguei qualquer roupa. — Ele repetiu minha frase e sorriu daquele jeito que me fazia rir.
— Tô com os ingressos já. Vamos entrar?
— Já? Quanto deu? Quero te pagar.
— Relaxa, eu convidei. Então não precisa.
— Vou aceitar, porque é raro as pessoas pagarem algo pra mim.
Compramos pipoca e alguns chocolates. O filme foi incrível, de tirar o fôlego. Infelizmente, a sala estava lotada, então o máximo que consegui foi roubar um beijo do Luke antes do filme começar. Durante a sessão, ficamos de mãos dadas. Eu acariciava sua perna, ele acariciava a minha. Cochichamos coisas aleatórias sobre o filme dos Vingadores e ríamos baixo, como se tivéssemos nosso próprio universo ali, só nós dois.
Depois do filme, paramos para lanchar e ficamos conversando. Nunca imaginei que passaria um domingo tão agradável com ele. Conheci um pouco mais sobre o Luke, mas percebi que ele era vago em algumas respostas, não gostava muito de falar sobre si mesmo. Parecia preferir me ouvir, saber mais sobre mim.
Quando terminamos nosso milk-shake, senti uma vontade incontrolável de ficar a sós com ele. Peguei sua mão e o puxei em direção à escada de incêndio. Eu sabia que aquelas escadas eram pouco usadas, então podíamos ficar mais à vontade. Descemos um lance e, sem pensar duas vezes, o encostei contra a parede e o beijei.
Dessa vez, o beijo foi diferente. Intenso, cheio de desejo. Nossas línguas se encontravam como se tentassem desvendar cada detalhe uma da outra. Minhas mãos percorriam o corpo dele, sentindo sua respiração acelerada contra a minha. Pressionei meu corpo contra o dele, querendo sentir cada centímetro daquele momento, e ambos estávamos de pau duro, o Luke tinha um certo volume que me deixou com água na boca.
Até que ouvimos um barulho. Paramos na hora, trocando olhares cúmplices, e começamos a rir feito dois adolescentes bobos – porque, no fim das contas, era exatamente o que éramos. Dois adolescentes descobrindo um novo mundo.
Então minha mãe me ligou, perguntou a que horas era para me buscar e falei que já estava livre. Aproveitei para perguntar se o Luke poderia dormir lá em casa, dizendo que precisávamos terminar um trabalho – o que, de fato, era verdade. Então, chamei o Luke:
– Dorme lá em casa hoje? Amanhã você vai para a escola comigo!
– Preciso falar com meus pais... Não acho que seja uma boa ideia, afinal, não trouxe nada.
– Eu tenho mais de uma farda e cabe perfeitamente em você. A gente aproveita e termina o trabalho.
– Dá licença, vou ligar para minha mãe.
Luke se afastou para fazer a ligação e, em menos de dois minutos, voltou com um sorriso no rosto.
– Minha mãe deixou!
Abri outro sorriso. Eu sabia que aquela não seria apenas uma noite qualquer – iríamos aproveitar de outra forma.
Quando minha mãe nos buscou, elogiou o Luke, dizendo que ele estava muito bonito. Nós mentimos, dizendo que havia outros amigos com a gente. Minha mãe perguntou pelo Carlos, e eu disse que ele não tinha ido. Conversamos no caminho de volta, e, por sorte, quando chegamos, meu pai não estava em casa – tinha ido assistir ao jogo do time dele e, depois, provavelmente pararia no bar. Isso significava que ele não veria o Luke comigo, afinal, ainda não o conhecia. Assim que entramos, fomos direto para o meu quarto. Peguei um short para ele vestir, e, quando tirou a camisa, fiquei boquiaberto. O Luke era todo trincado, branquinho, com mamilos avermelhados. Ele não aparentava ter aquele físico – provavelmente, a farda escondia seu corpo. Eu fiquei olhando, secando ele com os olhos, até que ele falou:
– Que foi? Nunca viu um cara assim?
– Já, sim, vários... Mas não esperava que você fosse tão gostoso.
– Tem muitas coisas que você não espera de mim, senhor babaca. Você ainda vai se surpreender.
Olhei rapidamente para a porta, certificando-me de que não havia ninguém no corredor, e puxei Luke para um beijo rápido, passando as mãos pelo seu corpo.
– Não vamos abusar da sorte. Vamos para a sala fingir que estamos estudando.
– Fingir, não. Vamos estudar de verdade.
Levamos alguns materiais para a sala e começamos a trabalhar. Luke falava sobre o tema, e minha mãe, ouvindo, dava alguns palpites. Em certo momento, ela pediu ajuda ao Luke para traduzir um e-mail e redigir uma resposta. Luke fez tudo de cabeça, com uma facilidade impressionante, e eu apenas observava. Foi então que minha mãe descobriu algo sobre ele que ela ainda não sabia:
– Você tem um inglês tão perfeito, Luke! Onde aprendeu?
– Ah, ouvindo música, assistindo séries, lendo...
– E seus pais, trabalham com o quê?
Naquele momento, engoli em seco.
– Meu pai trabalha na rede de supermercados Loud, e minha mãe também.
– Sério? Estou fazendo um projeto para a Loud, e o pai do Lucas também está trabalhando para a empresa! Ele é contador e pegou a parte financeira. Seus pais fazem o quê lá?
– Meu pai é caixa, e minha mãe, embaladora.
– E quem paga sua escola?
– Sou bolsista. Passei numa prova e tenho boas notas, modéstia à parte.
– Deve ser um orgulho para a sua mãe.
– Sim, acho que ela se orgulha do filho que tem.
– Eu me orgulharia.
A conversa seguiu, e confesso que fiquei mais relaxado ao perceber que minha mãe aceitou numa boa o fato de Luke ser “pobre”. Se fosse meu pai, com certeza, ele olharia torto para ele. Depois de terminarmos o trabalho, fomos para o meu quarto nos organizar para dormir. Meu pai havia chegado, mas não viu que eu estava com um amigo – o que, de certo modo, foi um alívio. Ele nunca confiou completamente em mim, e evitar perguntas ou olhares desconfiados era sempre a melhor opção.
Assim que fechei a porta, puxei Luke para um beijo intenso. Nossas bocas se encontraram com urgência, e, em poucos segundos, já estávamos rolando pela cama, nos provocando e rindo baixinho. Ora eu ficava sobre ele, ora ele assumia o controle, nossos corpos se encaixando perfeitamente. As mãos exploravam cada centímetro um do outro, deslizando pela pele quente, descobrindo detalhes antes desconhecidos.
Enquanto nos beijávamos, as peças de roupa foram se perdendo pelo quarto, uma a uma, sem pressa, mas com uma expectativa crescente. Luke era lindo. Seu corpo definido, sua pele macia, o calor que emanava dele... Tudo me deixava ainda mais encantado, até que finalmente tirei sua cueca, e fiquei surpreso que com o tamanho do seu pau, devia ter uns 20cm, era retinho e grosso, o pau era maior que o meu e o do Carlos sem dúvidas, olhei para ele com uma cara de safado, e nossos olhares se encontraram no escuro do quarto, iluminado apenas pela luz fraca do corredor que entrava por uma fresta da porta. Meu coração acelerou ao ver o brilho nos olhos de Luke – havia desejo, mas, acima de tudo, havia confiança, então comecei a chupar seu pau, ele gemia baixinho, afinal não podíamos fazer muito barulho, eu tentava engolir o máximo que conseguia, e lambia suas bolas, e passava minha lingua em toda extensão do seu pau, a essa altura já havia tirado minha cueca, e eu estava pelado tocando uma punheta enquanto chupava o Luke. Toquei seu rosto com delicadeza, passando o polegar pelo contorno de seus lábios. Ele fechou os olhos por um instante, aproveitando o carinho, antes de me puxar para mais um beijo. Um beijo que não era só desejo, mas também entrega. Um beijo que dizia, sem palavras, que ele queria aquilo tanto quanto eu, enquanto a gente se beijava nossos paus brigavam como se fosse uma verdadeira briga de espadas, em algum momento peguei os dois paus, e punhetei enquanto a gente se beijava, cada toque, cada suspiro, cada movimento era carregado de uma ternura inesperada. A forma como nossos corpos se aproximavam, se reconheciam, se entregavam um ao outro... Nada ali era apressado ou impaciente. Queríamos sentir tudo, cada detalhe, cada sensação. As respirações se misturavam, aceleradas. Meus lábios passearam por sua pele, desenhando um caminho de arrepios, explorando cada nuance do seu corpo. Seus dedos cravaram de leve em minha nuca, guiando meus movimentos, como se quiséssemos nos perder um no outro, então o Luke, me vira de costas, dá um tapinha na minha bunda, e fala no meu ouvido que queria me comer, eu só aceno com a cabeça, ele então cospe no seu pai, e começa a me penetrar, onde vou segurando meus gemidos, era a primeira vez que eu dava para um cara tão pauzudo como o Luke, doia bastante, mas logo a dor se tornou prazer, o Luke metia devagar, e eu já rebolava em sua pica, virei o Luke de frente, então sentei em seu pau, comecei a subir e a descer enquanto a gente se olhava, o Luke me beijava, eu passa a mão pelo seu corpo, e ele metia cada vez mais intenso, até que ele me puxou para ficar em pé, me jogo na parede, eu empinei minha bunda e ele meteu em mim, não demorou e ele gozou dentro de mim, e eu gozei logo em seguida. A noite seguiu assim, entre carícias suaves e momentos de pura intensidade. Nos permitimos sentir, nos permitimos viver aquele instante da forma mais bonita possível. E, quando finalmente nos aninhamos um no outro, ofegantes e com sorrisos cúmplices nos lábios, percebi que aquela noite não era apenas desejo – era algo maior.
Luke se encaixou ao meu lado, seu rosto próximo ao meu, e nossos dedos se entrelaçaram naturalmente.
– Eu nunca imaginei que seria assim – ele sussurrou, com um sorriso tímido.
– Assim como? – perguntei, traçando círculos suaves em sua pele.
– Tão... intenso. Tão bom.
Eu sorri, sentindo meu peito aquecer. Beijei sua testa com carinho e o puxei para mais perto.
– Nem eu.
E, naquele momento, percebi que nada entre nós dois seria apenas comum.
No outro dia, acordei mais cedo e tratei de organizar meu quarto, limpando qualquer vestígio da noite que tive com Luke. Fui direto para o banheiro tomar um banho, mas antes abri a porta do quarto – meu pai poderia aparecer a qualquer momento pela manhã. Puxei a cama auxiliar debaixo da minha para fingir que Luke havia dormido ali. Depois de deixar tudo pronto, voltei para acordá-lo.
Aproximei-me devagar e depositei um beijo rápido em seus lábios.
— Hora de acordar — murmurei.
Ele resmungou um pouco antes de abrir os olhos e se espreguiçar. Assim que se levantou, foi tomar banho, enquanto eu separava uma farda minha para ele vestir. Quando ele saiu do banheiro, ele vestiu a minha farda e ficou pronto, precisei admitir para mim mesmo que ele estava ainda mais bonito. Com certeza chamaria atenção na sala, mas preferi não pensar nisso naquele momento.
Descemos para tomar café juntos, e logo meu pai apareceu, franzindo a testa ao ver Luke ali.
— Bom dia, filho. Trouxe um amigo para casa?
— Sim, pedi à mamãe. Esse é o Luke, meu colega de classe. A gente veio terminar um trabalho de história e acabou ficando tarde, então ele dormiu aqui.
— Já veio aqui antes? Tenho a impressão de que já te vi por aqui ou em algum outro lugar.
— Não... quer dizer, já vim algumas vezes, mas o senhor estava trabalhando.
— Os amigos do Lucas sempre se parecem. Enfim, tenho que ir. Estou indo pro Loud, o presidente está me tirando do sério.
— Ouvi dizer que ele é um saco, super exigente. Meu pai trabalha lá.
— Sim, ele é arrogante, mas é gente boa. O problema é que quer que eu termine um trabalho de um mês em apenas uma semana.
Luke sorriu travesso.
— Boa sorte com isso.
Meu pai saiu, e senti um certo alívio por ele não ter se aprofundado mais no assunto. Assim que terminamos o café, minha mãe nos deixou na escola.
Assim que chegamos, percebi o olhar estranho de Carlos. Ele veio direto até mim, sem disfarçar a irritação.
— Por que o bolsista tá com sua farda?
— Ele dormiu lá em casa. A gente fez o trabalho, e eu emprestei uma farda minha.
— Ele dormiu com você? — Carlos arqueou a sobrancelha, me analisando.
Suspirei, falando baixinho:
— Carlos, por favor…
Ele riu, balançando a cabeça.
— Entendi tudo. Você tá pegando esse FDP, né? Por isso não quer mais saber de mim.
Senti o sangue ferver.
— Carlos, para com isso. Você é meu melhor amigo, não meu namorado.
Ele se aproximou mais, seu olhar carregado de algo diferente.
— Eu acho que quero ser seu namorado.
Fiquei sem palavras por um instante.
— Carlos, você enlouqueceu de vez? Não estou entendendo…
Ele engoliu em seco, me encarando fixamente.
— Eu gosto de você, Lucas.
Respirei fundo. Não era possível que ele estivesse falando sério.
— Carlos… a gente é amigo. Parceiro. E você sabe que eu namoro a Camille. Jamais vou namorar você ou qualquer outro garoto. O que a gente tem é curtição, só isso. Se você entendeu tudo errado, é um problema seu. Agora dá licença que eu vou pra minha aula.
Passei por ele sem olhar para trás, ignorando seu olhar ferido. Algo me dizia que aquela conversa não tinha terminado ali.
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