Meu nome é Lívia, tenho 27 anos, mas os espelhos da Cracolândia não me deixam esquecer que pareço mais velha, muito mais velha. Meu cabelo preto, emaranhado como um ninho de rato, cai sobre os ombros num caos que eu não tento mais domar. Meu corpo é magro, castigado pelas noites sem dormir, pela fome que rói o estômago e pelas pedras que queimo nos cachimbos improvisados, mas meus olhos ainda têm um fogo, um brilho vidrado que não sei se é vida ou só o resto do crack correndo nas veias. Vivo aqui há três anos, desde que o mundo lá fora me cuspiu pra esse buraco de concreto, cinzas e gritos. A Cracolândia é um monstro que engole tudo — esperança, carne, alma —, e eu sou só mais uma sombra vagando entre as ruínas, os prédios tortos e os becos que fedem a urina e desespero.
Hoje é um dia como qualquer outro, ou pelo menos era pra ser. O sol já caiu há horas, o céu é um pano preto furado por estrelas que ninguém aqui olha, e o ar tá pesado, quente, carregado do cheiro acre de crack queimando nos cachimbos ao meu redor. Estou no "fluxo", o coração pulsante da Cracolândia, onde as bocas de fumo funcionam sem parar, os usuários se amontoam como formigas, e os traficantes reinam como reis de um reino quebrado. Meu bolso tá vazio, o último real gasto numa pedra que fumei ontem, e a tremedeira nas mãos já começou, o corpo implorando por mais, a mente girando em loops de necessidade e pânico. Devo dinheiro pro Thiago, o traficante que manda no pedaço, e ele não é do tipo que esquece uma dívida.
Thiago tem 32 anos, moreno, corpo musculoso de quem já brigou muito pra chegar onde tá, cabelo raspado brilhando com o suor que escorre na testa, um cordão de ouro falso balançando no pescoço como um troféu de mentira. Ele tá sempre com uma camiseta preta colada no peito, uma calça jeans surrada e um olhar que corta como faca — escuro, frio, vazio. Já vi ele quebrar o nariz de um cara por menos que os 50 reais que eu devo, e o medo me aperta o peito toda vez que passo por ele, os olhos dele me seguindo como um predador que sabe que a presa não tem pra onde correr. Hoje, ele me achou. Eu tava sentada num canto, as costas contra um muro rachado, o concreto frio contra a pele das pernas magras, quando a sombra dele caiu sobre mim, os tênis gastos parando a dois passos do meu rosto.
“Lívia, cadê meu dinheiro?”, a voz dele saiu grave, um ronco que vibrou no ar quente, os olhos escuros cravados nos meus enquanto eu levantava o rosto, o coração disparando como um tambor quebrado. Tentei engolir o seco na garganta, a boca áspera como lixa, os dedos tremendo enquanto mexia no bolso vazio da calça rasgada. “Eu... eu não tenho agora, Thiago. Mas eu arrumo, juro”, murmurei, a voz fraca, quase um sussurro, os olhos vidrados subindo pra ele, implorando por um milagre que eu sabia que não vinha. Ele riu, um som curto e seco que não tinha humor, só desprezo, o cordão de ouro falso balançando enquanto dava um passo mais pra perto, a sombra dele me engolindo inteira.
“Arruma, é? Você já me deve há uma semana, sua vagabunda. Não trabalha, não rouba, só fuma minha pedra e acha que eu vou esquecer?”, ele disse, o tom subindo, as mãos nos bolsos da calça enquanto me olhava de cima, o cheiro de cigarro e suor dele misturado com o fedor do beco. “Levanta daí. Vamos acertar essa dívida agora”, ele completou, o dedo apontando pra um beco escuro a poucos metros, o canto mais sujo do fluxo, onde o chão é coberto de cinzas, seringas quebradas e restos de camisinha. Meu estômago revirou, o medo subindo pela garganta como bile, mas as pernas obedeceram antes que a mente pudesse gritar não, o corpo se arrastando atrás dele enquanto os gritos dos outros usuários ecoavam ao fundo, um coral de fantasmas que não podiam me salvar.
O beco era um túnel de sombras, as paredes tortas de concreto subindo dos dois lados, rachadas e sujas, o chão frio e áspero sob os pés descalços, o cheiro de crack pairando no ar como uma névoa que não dissipava. Thiago parou no fundo, onde a luz fraca de um poste quebrado mal chegava, o rosto dele meio iluminado, meio engolido pela escuridão, os olhos escuros brilhando com algo que não era só raiva — tinha fome ali, um desejo bruto que me fez tremer mais que a abstinência. “Tira a roupa”, ele mandou, a voz baixa mas firme, as mãos já abrindo o zíper da calça jeans enquanto me encarava, o cordão de ouro falso balançando no peito como um aviso. “O quê?”, perguntei, a voz falhando, os olhos vidrados arregalados enquanto o pânico apertava o peito, mas ele deu um passo pra frente, o “tira logo, porra” saindo como um tapa, o tom cortante me fazendo recuar contra a parede.
As mãos tremiam enquanto puxava a camiseta velha por cima da cabeça, o tecido rasgado caindo no chão sujo, os seios pequenos expostos ao ar quente, os mamilos endurecendo contra minha vontade enquanto o frio do concreto batia nas costas. A calça rasgada veio em seguida, o jeans caindo nas pernas magras, a calcinha surrada descendo junto, o corpo magro e castigado nu na frente dele, a pele marcada por arranhões e veias que o crack já tinha começado a apagar. Thiago riu baixo, o “tá magrinha, mas dá pro gasto” saindo debochado enquanto tirava o pau pra fora, a calça caindo até os joelhos, o membro duro balançando no ar — grosso, veias saltadas, maior do que eu esperava, o cheiro forte de sexo e suor me batendo enquanto ele se aproximava, a mão direita segurando a base, a esquerda apontando pra mim.
“De joelhos. Chupa”, ele ordenou, a voz grave ecoando no beco, os olhos escuros me prendendo enquanto eu caía devagar, os joelhos batendo no concreto frio, o chão arranhando a pele enquanto abria a boca, o medo me engolindo inteiro. A cabeça do pau dele tocou meus lábios, quente e salgada, o gosto amargo me invadindo enquanto ele segurava minha cabeça, os dedos cravando no cabelo emaranhado, o “vai, sua puta” saindo rouco enquanto empurrava, o pau forçando entrada, os primeiros centímetros enchendo minha boca, a garganta apertando enquanto eu tentava respirar, os olhos vidrados lacrimejando contra minha vontade. Ele gemia baixo, o “isso, chupa direito” saindo entre os dentes enquanto mexia os quadris, o pau deslizando mais fundo, a saliva escorrendo pelo queixo enquanto eu engasgava, o som molhado misturado com os gritos distantes do fluxo, o terror psicológico me rasgando — eu era um objeto, uma moeda pra pagar a pedra, e o pior era que uma parte de mim queria mais, o fogo nos olhos lutando contra a vergonha.
Ele segurou minha cabeça com as duas mãos agora, os dedos apertando forte, o “engole tudo” saindo bruto enquanto forçava o pau inteiro, a garganta queimando enquanto eu engasgava mais, o nariz quase batendo no púbis dele, o cheiro forte me sufocando enquanto ele gemia alto, o “caralho, que boca boa” ecoando no beco, o cordão de ouro falso balançando no peito enquanto metia na minha cara, o ritmo acelerando, o pau pulsando contra a língua enquanto eu tentava respirar, o pânico subindo em ondas, a mente gritando pra parar, mas o corpo obedecendo, o vazio dentro de mim crescendo enquanto ele usava minha boca, o terror me prendendo como uma corrente que eu não podia quebrar.
“Levanta”, ele disse de repente, puxando meu cabelo pra trás, o pau saindo da minha boca com um estalo, a saliva pingando no chão sujo enquanto eu tossia, os olhos vidrados embaçados de lágrimas, o ar voltando aos pulmões em golfadas curtas. Ele me jogou contra a parede, as costas batendo no concreto frio, o arranhão cortando a pele enquanto ele abria minhas pernas com o joelho, o “abre essa buceta” saindo grave enquanto alinhava o pau, a cabeça grossa esfregando na entrada, o calor dele me queimando enquanto eu tremia, o medo e a vergonha misturados com a necessidade crua que me mantinha viva. “Por favor, Thiago, devagar”, murmurei, a voz fraca, quase um apelo, mas ele riu, o “devagar é o caralho” saindo seco enquanto empurrava, o pau forçando entrada, os primeiros centímetros abrindo minha buceta seca, o grito subindo pela garganta, o “ai, porra!” ecoando no beco enquanto ele metia, os quadris batendo nos meus com força, o concreto arranhando minhas costas a cada estocada.
Ele metia bruto, o pau grosso deslizando fundo, o som molhado da carne contra carne misturado com os gemidos dele, o “toma, sua vadia” saindo entre os dentes enquanto segurava meus pulsos contra a parede, os olhos escuros cravados nos meus, o prazer dele me esmagando enquanto eu gemia, o corpo cedendo contra minha vontade, o calor subindo na buceta apesar do terror que me comia viva. O chão frio sob os pés descalços, o cheiro de crack e urina no ar, os gritos do fluxo ao fundo — tudo girava na minha cabeça, o pânico me sufocando enquanto ele socava, o pau pulsando dentro de mim, o corpo magro tremendo com cada estocada, a vergonha queimando mais que a dor, o desejo de mais crack me traindo enquanto eu gemia, o “mete, Thiago” saindo baixo, quase um sussurro, o terror psicológico me rasgando ao meio.
Ele gozou rápido, o “toma essa porra” saindo rouco enquanto explodia na camisinha, o pau pulsando dentro da minha buceta, o calor do gozo preso no látex enquanto ele saía, o vazio me batendo como um soco, o corpo escorregando pela parede enquanto ele ria, o “tá pago metade” saindo debochado enquanto jogava a camisinha usada no chão, o líquido branco pingando no concreto sujo. Mas ele não parou aí. “Deita aí, ainda não acabou”, ele disse, a voz grave me congelando enquanto eu caía no chão, as costas no concreto frio, os arranhões sangrando enquanto ele abria a calça de novo, o pau endurecendo outra vez, o “vou no teu cu agora” saindo com um brilho nos olhos que me fez tremer mais que a abstinência.
Ele colocou outra camisinha, o “abre essa bunda” saindo bruto enquanto me virava de bruços, as mãos dele puxando meus quadris pra cima, o pau alinhando no meu cu, a cabeça grossa forçando entrada enquanto eu gritava, o “não, Thiago, por favor!” saindo desesperado, mas ele ignorou, empurrando com força, os primeiros centímetros rasgando meu cu, a dor queimando como fogo enquanto eu cravava as unhas no chão, o concreto arranhando os joelhos, o “caralho, que apertado!” dele ecoando no beco enquanto metia, o pau inteiro deslizando fundo, o ritmo bruto me quebrando enquanto eu gemia, o terror me engolindo, a mente gritando pra fugir, mas o corpo preso ali, o desejo de mais droga me mantendo no chão, o “vai, mete” saindo entre os dentes contra minha vontade.
Ele socava com força, o pau grosso abrindo meu cu, o som molhado misturado com os gemidos dele, o “toma, sua puta” saindo grave enquanto segurava meus quadris, as mãos cravando na carne magra, o cordão de ouro falso batendo no peito enquanto eu tremia, o concreto arranhando as costas a cada estocada, o pânico subindo em ondas, o vazio dentro de mim crescendo enquanto ele usava meu corpo, o terror me prendendo como uma jaula que eu não podia quebrar. Ele gozou de novo, o “toma essa porra” saindo rouco enquanto explodia na camisinha, o pau pulsando no meu cu, o calor do gozo preso no látex enquanto ele saía, o vazio me batendo outra vez, o corpo caindo no chão sujo enquanto ele ria, o “tá pago, mas ainda tem mais” saindo com um tom que me fez congelar.
“Levanta, Lívia. Meus sócios vão querer um pedaço”, ele disse, a voz grave cortando o ar quente, os olhos escuros brilhando com um prazer sádico enquanto apontava pro fundo do beco, onde três sombras surgiam, os passos pesados ecoando no concreto. Meu coração parou, o pânico me sufocando enquanto eu tentava me arrastar, o “não, Thiago, por favor” saindo fraco, quase um sussurro, mas ele me puxou pelo braço, o “cala a boca e abre as pernas” saindo bruto enquanto me jogava de costas no chão, o concreto frio cortando a pele enquanto os três se aproximavam, os rostos duros iluminados pela luz fraca do poste quebrado — um negro alto com cicatriz no rosto, um moreno magro com tatuagens no pescoço, e um branco baixo com barba rala, todos rindo baixo, os olhos famintos me devorando enquanto Thiago ficava de lado, o “vão em frente” saindo com um sorriso que me fez tremer.
O negro com cicatriz foi o primeiro, o “abre essa buceta” saindo grave enquanto abria a calça, o pau duro saltando livre, grosso e pulsante enquanto colocava a camisinha, as mãos dele me segurando pelos pulsos enquanto alinhava, o pau forçando entrada na minha buceta, o grito subindo pela garganta, o “ai, caralho!” ecoando no beco enquanto ele metia, os quadris batendo nos meus com força, o concreto arranhando minhas costas a cada estocada. O moreno com tatuagens se ajoelhou ao meu lado, o pau na minha cara enquanto mandava chupar, os lábios se esticando pra engolir, o gosto amargo me invadindo enquanto ele gemia, o “chupa, sua vadia” saindo rouco enquanto segurava minha cabeça, o ritmo bruto me sufocando enquanto o negro socava, o terror me rasgando, o corpo cedendo ao pavor e à necessidade.
Eles trocaram, o moreno na buceta, o branco no meu cu, o pau dele forçando entrada enquanto eu gritava, o “não, por favor!” saindo desesperado, mas ele metia com força, o concreto arranhando os joelhos enquanto o moreno socava minha buceta, o pau grosso abrindo os dois buracos ao mesmo tempo, o grito virando gemido, o “mete, seus filhos da puta” saindo contra minha vontade, o terror psicológico me quebrando enquanto eles riam, os gemidos deles enchendo o beco, o cheiro de suor e crack no ar, o vazio dentro de mim crescendo enquanto eu tremia, o corpo preso ali, a mente gritando pra fugir, mas o desejo de mais droga me mantendo no chão.
No final, eles tiraram as camisinhas, o “toma essa porra” do negro saindo grave enquanto gozava no meu rosto, o jato quente escorrendo pelos olhos vidrados, o moreno gozando no peito, o líquido grosso pingando nos seios pequenos, o branco explodindo na minha barriga, o gozo quente escorrendo pela pele magra enquanto eu caía no chão, o concreto frio contra as costas, o corpo sujo e quebrado, o terror me engolindo inteiro enquanto Thiago ria ao fundo, o “tá pago, Lívia. Até a próxima” saindo debochado enquanto jogava uma pedra pequena no chão ao meu lado, o pagamento final que me manteve viva mais um dia, o fogo nos olhos apagando enquanto eu pegava a droga, o vazio me consumindo como o monstro que a Cracolândia sempre foi.