Olhares em Foco – Parte 2: O Limite da Resistência

Um conto erótico de Lara Putinha
Categoria: Heterossexual
Contém 1524 palavras
Data: 22/04/2025 12:16:36

Na manhã seguinte, Lara vestiu-se como quem sabia que estava atravessando uma fronteira. A saia era curta, sim — mas não vulgar. A camisa de seda revelava mais do que escondia, principalmente quando ela se movia. Usava salto, maquiagem marcante, cabelo solto. Estava linda. E sabia disso.

Daniel a observou sair com um meio sorriso.

— Desse jeito, vai ter mais gente querendo sua atenção do que só os professores — comentou, encostado no batente da porta.

Lara sorriu, colocando os brincos.

— A atenção dos professores nunca me interessou muito.

Ele a puxou pela cintura, deu-lhe um beijo suave no pescoço.

— Só me promete uma coisa?

— Qual?

— Que vai voltar mais acesa do que foi.

Ela mordeu o lábio, sem responder. Apenas saiu.

Na faculdade, o clima era ameno, mas dentro dela fervia. A cada passo sentia os olhares, e cada olhar confirmava aquilo que Daniel lhe dizia: ela era desejável. Um espelho de vontades que nem todos tinham coragem de encarar.

Lara caminhava pelo corredor quando o viu.

Eduardo estava ali, encostado no parapeito que dava vista para o jardim interno. Camisa branca dobrada até os antebraços, óculos escuros pendurados na gola, olhar distraído. Assim que ela se aproximou, ele virou o rosto devagar, como se tivesse pressentido sua presença.

— Não sabia que hoje era dia de desfile — disse ele, com aquele tom de voz meio rouco, meio cínico.

Lara parou ao lado dele, braços cruzados, tentando manter a postura.

— E eu não sabia que espiar mulheres casadas era hobby de professor visitante.

— Não costumo espiar — respondeu ele, virando-se completamente para encará-la. — Mas algumas presenças são difíceis de ignorar.

Ela soltou uma risada curta, comedida.

— Continua bom com as palavras.

— Só quando a companhia merece.

Por alguns segundos, o silêncio se instalou. Gente passava por eles, mas era como se estivessem em outra frequência. Eduardo deslizou o olhar pelas pernas dela, sem pressa, até encontrar seus olhos de novo.

— Daniel sabe que você saiu assim hoje?

— Ele foi quem puxou o zíper da minha saia — respondeu ela, seca, provocando.

Eduardo ergueu uma sobrancelha, surpreso.

— Então ele é mais esperto do que parece.

Ela se virou, como se fosse embora, mas ele falou antes que desse dois passos:

— Lara.

Ela parou.

— Sim?

— A gente pode continuar fingindo que isso aqui é só uma conversa... ou pode deixar de fingir.

Ela virou o rosto devagar. O olhar dele era firme, mas não invasivo. Não havia pressa em Eduardo. Era isso que a desarmava.

— Você quer o quê, Eduardo?

— Eu quero o que você quer. Nem mais, nem menos.

Lara sentiu o estômago revirar com o peso daquelas palavras. Era uma oferta sem pressão, sem promessas. Mas a tensão entre eles era como um fio esticado até o limite.

— E sua esposa?

— Está em casa, cuidando das crianças. Acha que estou dando uma palestra. — Ele suspirou. — Eu deveria estar.

Ela mordeu o lábio, os olhos fugindo dos dele por um segundo.

— Isso não vai acabar bem.

— Provavelmente não — respondeu ele, dando um passo em sua direção. — Mas vai começar muito bem. E às vezes… só isso basta.

Lara hesitou.

Tudo dentro dela gritava para não dar aquele passo. Mas o calor entre as pernas, a memória da noite anterior, o olhar que Daniel lançou ao deixá-la sair — tudo isso dizia que ela já tinha ido longe demais para recuar.

— Tem carro?

— Estacionado ali fora.

Ela olhou para ele por mais um segundo, então falou, sem encará-lo diretamente:

— Me espera lá. Cinco minutos.

Eduardo assentiu. Saiu sem dizer mais nada.

Lara ficou ali, respirando fundo. Tentando encontrar um motivo para não ir. Mas havia uma fome crescendo dentro dela. E naquele momento, ela não queria controle.

Ela queria se perder.

O carro de Eduardo era escuro, discreto. Um sedan comum, sem nada que chamasse atenção — exatamente o tipo de veículo que um homem casado usaria para esconder um encontro como aquele.

Lara entrou no banco do passageiro com os batimentos acelerados. Nenhuma palavra foi trocada no trajeto. A cidade corria pelas janelas, mas o silêncio entre eles estava carregado, denso, pulsante.

No motel, ele escolheu uma suíte sem luxo, mas limpa. Discreta. Pagou em dinheiro. Lara observava tudo, como quem assiste ao próprio corpo agir. As mãos trêmulas, a boca seca, mas o ventre em brasa.

A porta se fechou atrás deles com um clique seco. Eduardo encostou-se à parede por um instante, apenas olhando para ela.

— Tem certeza? — perguntou, a voz baixa, firme.

Lara tirou os óculos escuros devagar. Olhou para ele com uma mistura de medo e desejo.

— Não. Mas eu quero.

Aquilo bastou.

Ele foi até ela com passos lentos. Segurou seu rosto com ambas as mãos, como se não tivesse pressa. Os lábios dele pairaram sobre os dela antes de finalmente beijá-la — com firmeza, mas sem agressividade. Um beijo que tomava e oferecia ao mesmo tempo.

Ela respondeu com fome.

As línguas se tocaram como se já se conhecessem. Os corpos se aproximaram com urgência. Eduardo a encostou na parede ao lado da porta, uma das mãos descendo pela lateral da cintura dela, sentindo a pele sob a blusa leve.

— Você sabe o que tá fazendo, Lara? — murmurou entre beijos no pescoço.

— Sei. — Ela puxou os cabelos dele com força contida. — E vou fazer de novo se você não parar de falar.

Ele sorriu contra a pele dela.

As roupas foram saindo aos poucos. A blusa, levantada sobre a cabeça. A saia, descida lentamente por Eduardo enquanto ele se ajoelhava. O corpo dela foi se revelando — pele quente, peito arfando, a calcinha encharcada de excitação.

Eduardo a olhou de baixo, os dedos roçando a lateral da coxa.

— Você se vestiu pra mim hoje?

Ela sorriu, sem responder. Mas a resposta estava ali, explícita: sim.

Ele encostou os lábios na parte interna da coxa dela, subindo beijos que faziam sua respiração falhar. A língua encontrou o centro do seu desejo por cima do tecido fino. Lara arqueou as costas, uma das mãos agarrando o cabelo dele, a outra pressionada contra a parede para se equilibrar.

Eduardo puxou a calcinha para o lado e a lambeu devagar, como se saboreasse algo precioso. O gemido dela foi abafado pela própria mão, mordida com força.

— Você tem gosto de problema — ele disse, olhando para cima, os dedos segurando firme suas coxas.

— Cala a boca, Caralho... me chupa! — respondeu ela, sem ar, tremendo.

Nenhum dos dois parou.

Ele a levou para a cama, deitou-a com cuidado, tirando o resto das roupas dela como quem desembrulha um segredo. Lara retribuiu. Abriu o cinto dele, desabotoou a calça, sentou-se na beira da cama e o puxou até ela.

Seu pênis estava duro, pulsante, o cheiro de desejo impregnando o ar.

Ela o olhou nos olhos antes de envolver a boca em torno dele. Não foi apressada. Quis fazê-lo lembrar. Quis tatuar em sua memória cada segundo. A língua circulava, os lábios sugavam com domínio, e Eduardo perdia o controle aos poucos.

— Porra, Lara… — ele gemeu, com as mãos em seus cabelos. — Você é uma verdadeira puta!

Ela sorriu contra a pele dele e parou.

— Ainda não acabou.

Deitou-se de bruços na cama, levantando o quadril. Eduardo ficou imóvel por um segundo, como se estivesse diante de algo que desejou por tempo demais. Depois a segurou pelas ancas e a penetrou com firmeza, num movimento só.

Lara arqueou o corpo, de 4, gritando contra o colchão. Ele começou a se mover — forte, ritmado, animalesco. O som dos corpos se chocando, os gemidos abafados, a cama rangendo.

— Me diz que não é só comigo que você faz isso, putinha — ele sussurrou, a respiração falhando.

— Com ninguém — ela respondeu, entre suspiros. — Só você… agora.

Eduardo a virou de costas e entrou de novo, olhando em seus olhos. Quis vê-la. Quis sentir cada espasmo, cada contração. Ela o arranhou, puxou seu pescoço, cravou as unhas nas costas dele.

O orgasmo veio como uma onda: quente, avassalador, devastador. Lara tremeu por inteira, presa entre os braços dele. Eduardo não demorou a seguir, soltando um gemido rouco, quase dolorido, contra a pele do ombro dela.

Ficaram imóveis por um tempo. Suados, ofegantes, cheios de silêncio.

No carro, o caminho de volta foi mais quieto do que o de ida. Eduardo estacionou a algumas quadras da faculdade. Antes que ela saísse, ele segurou sua mão.

— Vai contar para o corno?

Lara olhou para a rua, os carros passando.

— Sim. Mas não tudo.

Ele não perguntou mais. Não precisava.

Em casa, Daniel a esperava na varanda. Camisa aberta, copo na mão. O olhar atento. Ela se aproximou devagar, a pele ainda sensível, o corpo quente. Sentia-se suja e viva ao mesmo tempo.

— E aí? — ele perguntou, os olhos cravados nela.

Ela mordeu o lábio, sentando-se ao lado dele.

— Aconteceu.

— Com quem?

Ela hesitou. Sabia que Daniel só queria imaginar, fantasiar — mas não até aquele ponto. Ainda não.

— Com um conhecido seu da faculdade.

Ele fechou os olhos por um instante.

— Você deixou?

— Só a boca. Nada mais. — Mentiu. Com um meio sorriso.

Daniel sorriu de volta. A fantasia dele ganhava forma. A verdade, no entanto, dormia entre as pernas de Lara.

E no fundo… ela sabia que aquilo estava apenas começando.

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Comentários

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Sua narrativa é boa demais!!! Sabe como cativar a atenção do leitor... e cultivar o tesão. Estou apaixonado pelo seu estilo de escrita!!! Que venham muitos outros contos mais!!!

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Foto de perfil de Samas

Não entendo! Se ela a permite fazer o que faz , não questiona , não é ciumento porque ela nao diz verdade?

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Foto de perfil de Morfeus Negro

Lara promete aprontar em deliciosas aventuras consentidas por seu marido. Bem vinda Lara putinha.

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