“Segredo de Escritório”
Capítulo 01
A última luz do dia entrava pelas persianas do 14º andar, tingindo de dourado os papéis espalhados sobre a mesa. Era sexta-feira, e a maioria dos funcionários já havia deixado o prédio. Exceto três.
Eduardo, gerente de marketing, permaneceu por ali finalizando uma apresentação para segunda. Seu paletó pendurado na cadeira, a gravata afrouxada e as mangas arregaçadas davam a ele um ar mais informal — e, para algumas, perigosamente atraente.
Duas portas adiante, Marina e Cláudia encerravam uma reunião improvisada. Colegas inseparáveis, dividiam mais que projetos: dividiam olhares discretos, conversas silenciosas e uma curiosidade mútua que crescia toda semana.
— Ele ainda está aí? — sussurrou Marina, espiando pela fresta da porta de vidro.
— Está. Sozinho. — Cláudia respondeu com um sorriso de canto, aquele tipo de sorriso que diz mais do que deveria.
Decidiram levar até ele os relatórios revisados. Não precisavam, mas qualquer desculpa era válida.
Eduardo mal teve tempo de reagir quando ambas entraram, os saltos ecoando no chão de madeira. Marina se encostou na lateral da mesa, entregando os papéis. Cláudia, do outro lado, se abaixou para largar um relatório na prateleira mais baixa. Eduardo desviou o olhar, tentando manter o foco, mas era inútil.
— Precisa de ajuda com mais alguma coisa? — perguntou Cláudia, agora em pé, olhando-o nos olhos.
— Talvez... com algumas ideias criativas pra essa apresentação — ele disse, a voz um pouco mais rouca do que gostaria de admitir.
Marina se aproximou, pegando um marcador da mesa. — Ideias criativas? — ela perguntou, riscando o quadro branco atrás dele. — A gente pode pensar em algo… fora do comum.
O espaço se encheu de silêncio denso. Um silêncio que falava muito.
Cláudia deu um passo à frente, cruzando os braços. — Às vezes, o melhor jeito de explorar uma ideia é com três mentes… trabalhando juntas.
Eduardo oscilava entre a razão e o instinto. Mas o perfume das duas, o jeito como se moviam ao redor dele, como se dançassem em sincronia, estava quebrando sua resistência.
— Então… — ele começou, passando a mão pelo cabelo. — Por onde a gente começa?
Capítulo 02
O marcador caiu da mão de Marina, rolando devagar até parar sob a mesa. Ela se agachou lentamente, os olhos em Eduardo, como quem sabe exatamente o efeito que cada movimento provoca. O silêncio virou aliada — cada segundo era uma provocação não dita.
Cláudia aproximou-se por trás da cadeira de Eduardo, as unhas deslizando levemente pela gola da camisa dele, até alcançar sua nuca. Foi um toque breve, mas que acendeu algo inegável. A tensão, antes contida, começava a se espalhar como eletricidade no ar.
— Você está tenso, Eduardo — ela murmurou, quase num sopro, próximo ao ouvido dele.
Ele fechou os olhos por um instante. O perfume dela — algo entre jasmim e provocação — invadia sua mente, embaralhando qualquer pensamento racional. Quando abriu os olhos, Marina já havia voltado, agora agachada ao lado da cadeira, uma mão sobre sua coxa, os dedos levemente pressionando o tecido da calça.
— Trabalhar até tarde pode ter suas recompensas, não acha? — ela disse, os lábios tão próximos que ele podia sentir o calor da fala contra a pele.
Eduardo engoliu em seco. Seus olhos percorreram Marina, depois Cláudia — dois universos diferentes que pareciam se alinhar perfeitamente naquela sala. Marina era o fogo disfarçado de doçura. Cláudia, o controle com uma ponta de perigo. E ele estava exatamente no meio.
— Acho que preciso mesmo… de inspiração — disse ele, a voz baixa, carregada.
Cláudia inclinou-se à frente, os cabelos deslizando sobre o ombro, e abriu o botão superior da camisa dele com a ponta dos dedos, sem pressa.
— Então deixa a gente cuidar disso. Só… relaxa — ela sussurrou, enquanto Marina subia devagar, os dedos agora brincando com o cinto.
A sala estava tomada por uma tensão doce, o tipo que antecede o inevitável. O relógio da parede marcava quase oito da noite, mas ali dentro o tempo parecia ter parado.
Marina se levantou, o rosto a centímetros do dele. Ela não o beijou. Só deixou os lábios pairarem, criando uma expectativa quase insuportável. Cláudia, por trás, percorreu as costas dele com as unhas, arranhando de leve, fazendo com que o corpo inteiro de Eduardo se curvasse ao desejo.
— Está mesmo pronto para algo fora do comum? — perguntou Marina, agora com um sorriso cheio de promessas.
Ele assentiu, sem conseguir dizer nada.
Capítulo 03
A respiração de Eduardo ficou mais pesada, não por esforço, mas pela entrega lenta que seu corpo já não conseguia conter. Ele sentia o calor de Marina à frente, seus olhos fixos nos dele, enquanto Cláudia, atrás, se movia com a precisão de quem conhece o poder do toque.
Cláudia inclinou-se, deslizando os lábios pela lateral do pescoço dele, suave, provocante. A textura quente da boca contrastava com o leve arrepio que subia pela espinha de Eduardo. Ela não beijava — apenas deixava a promessa do beijo, a umidade sutil, o calor.
Marina, ainda diante dele, passou as mãos pelos braços dele, subindo devagar até os ombros, os dedos firmes, mas delicados, sentindo cada músculo tenso. Ela se aproximou até seus corpos quase se encostarem.
— Gosto quando um homem tenta se manter no controle... — disse ela, com a voz rouca de intenção. — Mas hoje, você pode se soltar.
Ela pegou a gravata frouxa e a puxou gentilmente para baixo, como se desatasse não só o nó de tecido, mas qualquer resistência que ainda restava nele. Eduardo a deixou fazer, os olhos fixos nos dela, como se houvesse algo hipnótico naquele momento.
Cláudia, atrás dele, passou as mãos por sua cintura, envolvendo-o como se marcasse território, como se dissesse, sem palavras: ele é nosso agora.
O calor entre os três era palpável, um campo magnético que puxava seus corpos cada vez mais para perto. Marina deslizou a gravata do pescoço dele, envolvendo a própria mão com ela.
— Ainda com a cabeça no trabalho, Eduardo? — provocou, aproximando-se tanto que seus lábios finalmente encostaram nos dele. Um beijo leve. Quase um teste. Um convite.
E ele aceitou.
O beijo cresceu aos poucos, primeiro suave, depois mais intenso, enquanto Cláudia pressionava o corpo contra suas costas, as mãos explorando a linha da barriga dele, agora já sem a camisa abotoada. O contraste entre a boca de uma e o toque da outra fazia com que Eduardo perdesse qualquer senso de tempo ou lugar.
A mesa atrás de si parecia distante. O escritório, irrelevante. A única realidade era aquele triângulo de desejo, construído em silêncio, em olhares, e agora, em toques e sussurros que pareciam carregar o mundo.
Marina puxou levemente o lábio inferior dele com os dentes. Cláudia passou a mão pela lateral do seu rosto, virando-o para si, e o beijou também — mais firme, mais decidida, como quem não pede permissão.
— Acho que essa noite ainda tem muita pauta pra discutir — disse ela, com um sorriso malicioso.
Eduardo, enfim, riu — um riso leve, embriagado pelo prazer que crescia a cada segundo.
— Estou ouvindo atentamente — respondeu.
E elas continuaram a apresentar suas ideias… com as mãos, os lábios, e todo o corpo.
Capítulo 04
O clima já não era apenas de tensão; era de rendição. Os três sabiam que não havia mais volta.
Marina se afastou apenas o suficiente para subir na mesa, as pernas cruzadas lentamente, olhando para Eduardo como se o convidasse a provar um segredo. A luz tênue refletia em sua pele, que parecia vibrar sob o tecido leve da blusa entreaberta. Ela não precisava dizer nada — o jeito como o encarava era um comando silencioso, doce e dominante.
Cláudia, por sua vez, agia como se conhecesse cada movimento de Eduardo antes mesmo dele pensar. Já estava de joelhos, desfazendo o cinto com uma calma provocadora, como quem saboreia cada instante antes da explosão. Seus dedos firmes, a boca perigosamente próxima, os olhos fixos nele, fazendo questão de ver cada reação.
— Está pronto pra se entregar de verdade? — murmurou ela, com um sorriso que misturava desafio e desejo.
Eduardo respondeu com um gemido quase inaudível, a voz presa na garganta pela mistura de prazer e antecipação. Marina se inclinou para a frente, puxando-o pela camisa já aberta, fazendo-o ficar entre suas pernas. Suas bocas se encontraram novamente, dessa vez famintas, profundas. Não havia mais sutilidade — havia fome.
Enquanto Marina o beijava com intensidade, as mãos de Cláudia exploravam. Primeiro os quadris, depois subindo pelas costas, as unhas marcando caminhos que ardiam e excitavam ao mesmo tempo. Seu toque agora era mais firme, mais direto. Ela queria que ele sentisse. E ele sentia. Por inteiro.
A mesa de reuniões virou palco. Os papéis voaram, canetas rolaram, nada importava mais. Marina arqueou as costas ao sentir Eduardo deslizar as mãos por suas coxas, empurrando devagar o tecido da saia. O calor da pele contra pele fez os dois suspirarem em sintonia.
Cláudia se ergueu por trás dele, as mãos ao redor do peito dele, segurando firme, mordiscando a nuca, soprando palavras que ele mal conseguia entender, mas que pareciam incendiar cada nervo do seu corpo.
Ali, entre documentos e desejo, cada toque virava ordem, cada sussurro uma promessa. Eles não se apressavam. Queriam sentir tudo. Queriam que aquela noite fosse lembrada pelo sabor, pelo som abafado dos gemidos contidos, pelo cheiro da pele quente, pelo ritmo descompassado das respirações.
E assim, perderam-se um no outro — e nos três. Os corpos entrelaçados, a mesa rangendo levemente sob os movimentos, os limites apagados. Não havia mais Eduardo, Cláudia e Marina. Havia apenas o desejo. O desejo em forma de pele, de suor, de prazer compartilhado.
Capítulo 05
A sala estava envolta em sombras e gemidos abafados, cheirando a pele quente, perfume doce e algo mais cru — a verdade do desejo sem freios. A mesa agora era testemunha muda da luxúria que os três haviam libertado ali. Os corpos estavam suados, respirações entrecortadas, sorrisos soltos entre beijos que ainda queimavam.
Eduardo estava sem ar — não de cansaço, mas de entrega. Sentia-se dominado e ao mesmo tempo no controle, perdido entre a suavidade dos lábios de Marina e o toque firme de Cláudia, como se ambas soubessem exatamente o quanto ele poderia suportar antes de se despedaçar.
Marina desceu da mesa com a leveza de uma gata satisfeita, os olhos brilhando com malícia. Cláudia se aproximou pelo outro lado, e ambas se ajoelharam à frente dele — sincronizadas, sensuais, como uma visão que ele jamais ousaria imaginar antes daquela noite.
— Deixa a gente ver você perder o controle — sussurrou Marina, os dedos deslizando pela pele sensível da cintura dele, já tensa, pulsante.
Cláudia sorriu. — A gente quer sentir tudo. Até o fim.
Eduardo se apoiou na beirada da mesa, os olhos cravados nas duas mulheres à sua frente. O jeito como se olhavam, como se tocavam, como revezavam entre os beijos, entre as carícias, era puro espetáculo. Era beleza em sua forma mais crua, mais viva.
Elas alternavam entre toques e beijos, estimulando, provocando, acelerando seu fim com maestria e prazer próprio. Cada movimento era um convite, cada olhar, um desafio. Eduardo gemeu, a tensão do prazer subindo como uma onda impossível de conter.
E então veio o clímax.
Com um gemido forte e irreprimível, ele se entregou por completo. As mãos nas cabeças delas, os quadris tremendo, a respiração ofegante. Marina e Cláudia receberam tudo, sorrindo entre si, dividindo aquele momento como cúmplices de algo secreto, sujo e belo.
Elas o olharam com olhos satisfeitos, poderosos, ainda ajoelhadas, com a luz baixa refletindo na pele delas, nos lábios molhados, no brilho da vitória silenciosa que carregavam no olhar.
Eduardo caiu sentado na cadeira, ofegante, o corpo exausto, a mente em brasa.
— Isso... — disse ele, ainda sem ar — ...foi mais que criativo.
Marina riu, passando a mão pelo cabelo. Cláudia se levantou e sussurrou ao pé do ouvido dele:
— Segunda-feira... a gente pode continuar da onde parou.
E com isso, as duas saíram da sala, deixando Eduardo nu, entregue… e ansioso pelo próximo expediente.
Capítulo 06
Continuação: “Entre Planilhas e Olhares – Segundo Round”
Eduardo ainda se recuperava na cadeira, o peito subindo e descendo devagar, quando ouviu o som dos saltos novamente ecoando no chão de madeira. Ele abriu os olhos com um misto de surpresa e excitação. Marina e Cláudia não haviam ido embora.
Voltaram como predadoras que haviam apenas marcado o território — e agora vinham para explorar cada centímetro dele.
Cláudia parou na porta, com um sorriso torto, os cabelos levemente bagunçados, a pele ainda corada. — Achou que a gente ia embora agora? — perguntou, fechando a porta com um clique sutil, que soou mais como uma sentença.
Marina, já descalça, caminhava em direção a ele com passos felinos. — Você ainda está quente, Eduardo. — Ela se abaixou até o rosto dele, os olhos fixos nos seus. — A gente quer mais. Não só prazer… a gente quer te ver implorar.
Ele sorriu, exausto e excitado ao mesmo tempo. — Então venham.
E elas vieram.
Cláudia foi a primeira a montar nele, sem hesitar, os quadris encontrando o corpo dele como se fossem feitos para isso. Seus gemidos eram abafados pelo pescoço dele, os movimentos lentos no início, como se estivesse provocando os dois. Marina, atrás, ajoelhou-se sobre a mesa, os seios nus encostando nas costas dele enquanto suas mãos viajavam pelo peito e abdômen, arranhando, apertando, dominando com delicadeza agressiva.
Eduardo era de novo refém — mas agora, não queria escapar.
Cláudia se movimentava com ritmo crescente, os olhos fechados, os lábios entreabertos soltando gemidos que o enlouqueciam. Marina, por trás, mordia o ombro dele, sussurrava coisas que soavam como feitiço e maldição. As duas estavam em sincronia perfeita — como se tivessem ensaiado cada segundo daquele segundo ato.
O prazer crescia, mais rápido agora. Menos contido. Mais primitivo. Os corpos colidiam, os suores se misturavam, e o som da pele contra pele preenchia a sala. A mesa tremia. A cadeira rangia. Mas ninguém se importava.
Marina se inclinou e beijou Cláudia por cima dele, as línguas se encontrando como se também estivessem famintas uma da outra. Eduardo observava aquilo com a mente em combustão, as mãos segurando firme as duas, como se ainda tentasse controlar o que era incontrolável.
— Grita o nosso nome — disse Marina, ofegante, com a boca colada ao ouvido dele.
— Queremos ouvir você perder a razão — completou Cláudia, descendo os quadris com mais força, mais firmeza, até arrancar um gemido profundo de dentro dele.
E ele gritou. Gritou o nome das duas. E gemeu como nunca antes. O clímax foi explosivo, urgente, derramando entre os corpos, entre os suspiros, entre os beijos que selavam a loucura compartilhada.
Dessa vez, todos caíram juntos. Exaustos. Rindo, ainda trêmulos. Marina, deitada no chão de carpete, os seios ofegantes. Cláudia, com a cabeça no colo dele, sorrindo de olhos fechados.
— Agora sim… — disse ela, com a voz baixa, satisfeita — ...apresentação aprovada.
E Eduardo, sem conseguir sequer se mover, apenas murmurou:
— A melhor reunião da minha vida.
Capítulo 07
A sala estava mergulhada num silêncio pesado, o tipo de silêncio que só vem depois de um furacão de prazer. Mas o corpo ainda vibrava. Os sentidos, alertas. O desejo… longe de ter se apagado.
Marina, nua e lânguida no chão, se levantou lentamente, o corpo iluminado por pequenas faixas de luz que passavam pelas persianas. Seus olhos estavam fixos em Eduardo — que mal conseguia manter a cabeça erguida, mas sorria como um homem vencido com honra.
Ela subiu na mesa, os pés descalços sobre a madeira, cada passo um desfile de pura provocação. Seu corpo era uma obra de arte viva: curvas, calor e intenção. Cláudia, ainda deitada ao lado dele, olhava a amiga com uma mistura de admiração e excitação.
— Agora é minha vez de te deixar sem fôlego — disse Marina, já ajoelhada sobre a mesa, os joelhos ao lado do quadril de Eduardo.
Ela se posicionou com lentidão, uma mão no peito dele, a outra em seu abdômen, sentindo o ritmo da respiração que já acelerava outra vez. Seus olhos se encontraram — e não precisavam de mais palavras.
Marina desceu sobre ele com uma lerdeza torturante, como quem saboreia o próprio poder. Quando finalmente o acolheu dentro de si, soltou um gemido abafado, baixo, rasgado, como quem havia esperado exatamente por aquele momento.
— Você ainda é todo nosso, entendeu? — ela sussurrou, os quadris começando a se mover, em ondas quentes e contínuas.
Eduardo gemeu, o corpo já sensível, mas faminto. Ele segurou os quadris dela com força, ajudando-a a mover-se com mais ritmo, mais urgência. Marina cavalgava como uma deusa segura de si, olhos cerrados, cabelos soltos, os seios se movendo no mesmo compasso hipnótico.
Cláudia, ao lado, observava com um sorriso malicioso. Passou os dedos pelas coxas de Marina, depois subiu pela barriga de Eduardo, e finalmente deslizou a língua por seu pescoço.
— Tá quase implorando de novo — provocou, os olhos em chamas.
Marina gemeu mais alto, agora acelerando, os movimentos fazendo a mesa vibrar. Eduardo arfava, as mãos enterradas nas coxas dela, tentando se manter firme, mas era impossível. O calor, o aperto, os gemidos dela… tudo era demais.
— Olha pra mim, Eduardo — ela disse, a voz entrecortada pelo prazer. — Eu quero ver seu rosto quando você gozar de novo.
Ele obedeceu. Olhou nos olhos dela. E perdeu o controle.
O terceiro clímax veio violento, quente, como um trovão. Ele gritou o nome dela, sentindo o corpo inteiro estremecer de novo, enquanto Marina mordia o lábio, estremecendo com ele, até cair sobre o peito dele, exausta, tremendo, saciada.
Por um instante, tudo parou. Apenas respiração, suor e o som distante da cidade lá fora.
Cláudia se deitou ao lado dos dois, rindo, satisfeita.
— Três rodadas... e ainda é sexta-feira.
Eduardo fechou os olhos, sorrindo, completamente vencido.
— Vou ter que pedir home office segunda-feira.
Continuação: “Entre Planilhas e Olhares – Fusão Total”
O corpo de Eduardo mal havia se acalmado quando sentiu os lábios de Cláudia no pescoço dele novamente, suaves no começo, depois mais ousados, como se ela quisesse reacender o que ainda queimava por dentro. Marina estava deitada sobre ele, o peito colado ao dele, ofegante, os olhos fechados… mas com um sorriso que dizia que aquilo ainda não tinha acabado.
Cláudia se ergueu, passou a mão pelas costas de Marina com carinho e desejo, e então as duas se olharam — cúmplices, famintas, sem palavras.
— Agora é a nossa vez — disse Cláudia, com um brilho felino nos olhos, puxando Marina para um beijo profundo, demorado, cheio de calor acumulado.
Eduardo assistia à cena sem conseguir sequer piscar.
As línguas se encontraram, molhadas e ávidas. As mãos percorriam costas, coxas, curvas. Marina gemia contra a boca de Cláudia, entregando-se, sentando-se de lado no colo de Eduardo, enquanto os corpos das duas se encaixavam numa dança quente e desesperada por toque.
Cláudia desceu pela lateral de Marina, beijando seu pescoço, ombro, seios — um a um, sugando devagar, com a língua em círculos, até a amiga arfar alto. Marina puxou seus cabelos com força e beijou sua boca outra vez, desta vez com mais fome, com mais necessidade.
Eduardo, entre elas, passou as mãos pelas cinturas das duas, sentindo os corpos colados aos seus, quentes, molhados, vivos. As duas se revezavam — uma sentava nele, cavalgava com ritmo e domínio, enquanto a outra beijava seu peito, lambia seus mamilos, mordia os lábios dele.
E depois trocavam.
— Assim... juntos — Marina sussurrou, ao deslizar sobre ele mais uma vez, com Cláudia por trás, abraçando-a, as duas se movendo sobre ele em sincronia perfeita. Era como se uma completasse os gestos da outra, como se seus corpos estivessem conectados por dentro e por fora.
As mãos de Cláudia escorregavam entre as pernas de Marina enquanto ela se movia, estimulando-a com maestria. Marina arqueava o corpo, gritando baixo, o rosto colado ao de Eduardo, os olhos ardendo.
— Sente como ela está apertada pra você… — Cláudia sussurrou no ouvido dele, a voz pura tentação.
Eduardo não aguentava mais. O prazer crescia de novo, com a força de algo inevitável. Marina cavalgava mais rápido, incentivada pelas mãos ágeis da amiga, enquanto Cláudia beijava suas costas, mordia seu ombro, gemia com eles.
O som das três vozes misturadas preenchia a sala.
E então veio. Mais uma vez.
Eduardo se derramou dentro de Marina, os corpos colados, tremendo juntos, Cláudia abraçada nos dois, suas mãos deslizando por eles como se quisesse eternizar aquele momento.
Marina gritou de prazer, o corpo tremendo violentamente contra ele. Cláudia sorriu, satisfeita, e beijou o ombro dos dois, ofegante.
Por fim, os três se deixaram cair na mesa — exaustos, unidos, entrelaçados.
O suor secava devagar. A respiração voltava ao normal. Mas ninguém dizia uma palavra. Não precisava. Estava tudo ali — no toque, no olhar, no silêncio pós-tempestade.
Marina foi a primeira a rir.
— E ainda temos o fim de semana inteiro.
Cláudia, com a cabeça no peito de Eduardo, murmurou:
— É… essa equipe aqui funciona muito bem fora do expediente.
Epílogo: O Café da Manhã”
A luz da manhã entrava pelas frestas das persianas, dourada e suave, como se soubesse que precisava ser gentil depois da noite intensa que o escritório testemunhou.
A mesa, antes cenário de prazer selvagem, agora servia café fresco, croissants desfeitos, frutas cortadas em pedaços imperfeitos e risadas entre três corpos ainda nus, cobertos apenas por lençóis improvisados com blazers e blusas abandonadas.
Eduardo estava sentado na poltrona, com a gravata frouxa pendurada no pescoço e um copo de café entre as mãos. Marina, em cima da mesa novamente, agora com uma camisa dele, aberta, deixava as pernas balançarem de leve, enquanto mordia um morango com um sorriso malicioso no canto da boca.
Cláudia, ao lado, usava só sua própria lingerie e uma xícara de café quente nas mãos. Ela olhava para os dois com olhos satisfeitos, ainda com aquele brilho de quem sabe exatamente o que aconteceu… e o que ainda pode acontecer.
— Eu devia me sentir exausto — disse Eduardo, olhando para a xícara — mas, sinceramente… acho que nunca me senti tão vivo.
Marina riu, colocando o morango na boca de Cláudia, que o mordeu pela metade antes de puxá-la num beijo doce e preguiçoso.
— Isso é porque você trabalhou bem em equipe — respondeu Cláudia, lambendo os lábios. — Vamos te colocar no mural de destaques do mês.
Marina levantou a sobrancelha. — Mas só se continuar entregando esse desempenho.
— E batendo metas… — completou Cláudia, provocando, enquanto deslizava um dedo distraído pela coxa dele.
Eduardo soltou uma risada baixa, fechando os olhos por um instante, deixando o cheiro do café, do perfume delas, e o gosto da noite anterior dominarem tudo.
O celular vibrava sobre a mesa. Notificações. O mundo real chamando.
Ninguém atendeu.
— Deixa o mundo lá fora esperar — murmurou Marina, sentando no colo de Eduardo, apoiando o queixo no ombro dele, os braços ao redor do pescoço. — Aqui dentro ainda temos tempo. Café quente. E muita pauta pendente...
Cláudia se aproximou, sentando ao lado deles, deslizando a mão por dentro da camisa que Marina usava.
— E se a gente fizer disso um costume? — ela perguntou, com a voz baixa e a intenção clara.
Eduardo olhou de um para outra, sorriu, e respondeu:
— Acho que acabei de mudar minha definição de segunda-feira perfeita.
E então, o café virou pretexto. Os corpos se encontraram mais uma vez, lentos, sem pressa, como se o tempo tivesse congelado só pra eles. Beijos suaves. Toques renovados. E o som do desejo se misturando ao de colherinhas batendo em xícaras.
A história deles? Estava só começando.