A noite caiu preguiçosa no sítio, trazendo com ela um vento morno e um silêncio que só era cortado pelo barulho dos grilos. Lá dentro, a sala estava quase escura, iluminada apenas pelo projetor antigo que João e Carlos armaram contra a parede branca. Escolheram um filme qualquer, desses longos e monótonos, só pra justificar o clima.
Eu me joguei numa poltrona do lado esquerdo da sala, com uma manta leve jogada por cima das pernas. No sofá ao lado, João sentou-se na ponta, Monique no meio e Carlos do outro lado. Os três cobertos por um cobertor único que deixava apenas os rostos à mostra. A luz da tela refletia nos olhos deles. O ambiente estava perfeito pro que viria a seguir.
— Acho que vou acabar dormindo — comentei, rindo baixo, já me espreguiçando. — Filme lento, comida no estômago... você sabe como eu sou.
— A gente já conhece teu sono pesado, Bruninho — brincou Carlos. — Se apagar, não te acorda nem sirene de ambulância.
Sorri. Esse era o disfarce. E o convite silencioso.
Fechei os olhos devagar, a cabeça virada na direção da tela. Pela fresta entre os cílios, ainda conseguia ver. Monique mexia discretamente as pernas debaixo do cobertor. Os primos se aproximavam milímetro por milímetro, como predadores no escuro. O silêncio entre eles era quase sensual, carregado de tensão. Eu ouvia apenas a trilha do filme e o som abafado das respirações.
João foi o primeiro a agir. Passou o braço por trás dela, puxando-a sutilmente pra perto. A mão deslizou devagar por seu ombro, depois pelas costas, até pousar na lateral do quadril. Monique não reagiu. Ficou imóvel, como se estivesse apenas acomodada no sofá. Mas quando a mão dele subiu mais, acariciando de leve sob o tecido do vestido, ela mordeu o lábio inferior.
Carlos deslizou a mão por debaixo do cobertor, até encostar na coxa dela. Vi os dedos dele se moverem, explorando devagar. Monique fechou os olhos. Fingindo que ainda via o filme. Fingindo que não fazia ideia de que eu estava ali — ou pior, que eu estava vendo.
Minha respiração ficou pesada. O pau já começava a endurecer por baixo da manta.
João, agora, deixava a mão escorregar pelo colo de Monique, afastando lentamente a alça do vestido. O sutiã apareceu, branco, rendado. Ele abaixou devagar, revelando o seio cheio e pontudo. Carlos inclinou-se e lambeu o mamilo com a língua lenta e quente. Monique segurou a respiração e soltou um gemido quase inaudível.
Era tão silencioso que parecia ritual. A excitação de fazer aquilo na minha frente, comigo supostamente dormindo, dava um gosto ainda mais sujo — e mais delicioso.
Me levantei devagar, fingindo sonolência.
— Vou no banheiro... — murmurei.
— Vai lá... — respondeu João, com naturalidade.
Atravessei o corredor e entrei no lavabo. Tranquei a porta. Mas não fui usar o vaso. Tirei o celular do bolso. Abri o aplicativo das câmeras.
Havia uma bem no canto da sala, quase imperceptível. A imagem era clara o bastante. E o que vi fez meu corpo estremecer.
Carlos já tinha empurrado o vestido de Monique até a cintura. Estava com a cabeça entre as pernas dela, a boca pressionada contra sua calcinha, sugando com intensidade. João a beijava na boca, as mãos em ambos os seios, apertando com força. Monique gemia alto agora, completamente entregue. Não havia mais fingimento. Só prazer.
Ela arqueava o corpo, se contorcia. A calcinha foi puxada e jogada no chão. Carlos a penetrou com os dedos, rápido, enquanto lambia com fome. João se abaixou e começou a chupar seus seios com violência.
O sofá rangia.
— Aaaah... assim... assim... — ela gemia, completamente desinibida.
Vi quando João desabotoou a bermuda e tirou o pau pra fora. Monique o olhou com os olhos brilhando. Envolveu com a boca, chupando como se tivesse sede. Carlos agora a fodia com os dedos e chupava a parte interna da coxa. A sala era um santuário de gemidos abafados e respiração pesada.
Meu pau latejava na mão. Me toquei devagar, vendo tudo pela câmera. A sensação de ver, de saber que aquilo era armado e, ao mesmo tempo, real, me deixava num estado de prazer insano. Monique se contorcia entre os dois, lambuzada, a boca cheia, os seios vermelhos de tanto serem chupados.
Depois, ela se ajoelhou no sofá. Carlos tirou a bermuda e a penetrou por trás. João ficou na frente, com o pau na boca dela de novo. O sofá rangia mais. O ritmo aumentava. Ela gemia alto, sem culpa, sem vergonha.
O rosto dela, suado, os cabelos bagunçados, a boca cheia... era a coisa mais pornográfica e bonita que eu já tinha visto.
Voltei pra sala depois de quase quinze minutos.
Entrei fingindo bocejar. Meus olhos ainda viram o fim da cena: Monique deitada no sofá, completamente pelada, com o corpo brilhoso de suor e fluídos, enquanto João e Carlos arrumavam as bermudas de novo.
— Caramba... — comentei, coçando os olhos. — Tá quente demais aqui.
— Pois é — respondeu João, rindo. — A gente até tirou umas roupas... tava insuportável.
— A Monique tava suando demais — disse Carlos, com cara de pau. — Quase passando mal.
Monique me olhou com aquele olhar de fingida. O vestido enrolado na barriga, os cabelos desgrenhados, o peito ofegante. Sorriu.
— É... calor demais mesmo...
— É o interior, né? — falei, sentando de novo. — Aqui tudo esquenta mais fácil.
E voltei à minha poltrona. O filme ainda rodava na parede, como se nada tivesse acontecido.
Mas eu sabia.
E agora mais do que nunca... eu queria ver até onde ela seria capaz de ir.
CONTINUA...