Calor, Piscina e Fingimento
O sol de sábado estava forte, quase cruel. A brisa morna se arrastava pelos campos em volta do sítio, e a piscina no centro do quintal parecia um oásis. Eu tinha acordado cedo, como sempre, e passei a manhã toda mexendo na bomba d’água, varrendo folhas, trocando cloro — fingindo ocupar a mente. João e Carlos ficaram deitados nas espreguiçadeiras, tomando cerveja gelada. Monique apareceu pouco depois do almoço.
E quando apareceu... parecia saber exatamente o efeito que causava.
Ela usava um biquíni minúsculo, daqueles com amarração lateral, que mais deixava à mostra do que cobria. A parte de cima mal segurava os seios fartos, que balançavam com cada passo. Os cabelos soltos, os óculos escuros de armação branca, a boca levemente entreaberta. A encenação de menina do campo agora beirava o pornô.
Ela passou por mim devagar, com um sorriso manso nos lábios.
— Quer que eu te ajude com a piscina, amor? — perguntou, com aquela voz doce e quase debochada.
— Pode ficar tranquila... só terminar aqui — respondi, fingindo olhar pro cloro, mas com os olhos grudados nas curvas dela.
Ela mergulhou com leveza, o corpo escorrendo pela água. Depois, emergiu como se estivesse numa propaganda, jogando os cabelos pra trás, os seios pulando com o movimento. Quando voltou pra borda, subiu devagar, com a bunda empinada. João não tirava os olhos. Carlos, muito menos.
— Tava com saudade dessa piscininha aqui — ela disse, sentando na beira. As pernas abertas, sem nenhuma pressa.
Ela se deitou no colchonete e começou a se bronzear. Os dedos deslizando pela barriga, ajeitando o biquíni que sempre ameaçava escapar. Quando levantou pra pegar uma cerveja, passou a mão na coxa de João, como se fosse por acidente.
— Vai lá pegar o gelo com a gente, Monique? — ele perguntou, quase rindo.
— Claro... tô com calor — respondeu, se esticando com um bocejo falso. — Um gelinho vai cair bem...
Os dois foram até a área da churrasqueira coberta, nos fundos. Eu fingi que continuava mexendo na bomba, mas fui pela lateral da casa, passando por entre as árvores. Me aproximei com cuidado, sem fazer barulho.
Foi aí que vi.
João já estava de pé atrás dela, a bermuda nos tornozelos. Monique estava inclinada sobre uma das cadeiras de madeira, a bunda toda exposta, o biquíni jogado no chão. Os seios soltos, os mamilos duros, o corpo curvado numa posição perfeita. Ele segurava seus quadris com força, metendo com vontade, com força, com raiva.
— Isso... assim mesmo... mete tudo... — ela gemia, entre dentes.
A madeira rangia com os movimentos. A pele batia contra pele, o som seco e indecente. João alternava entre socar fundo e puxar os cabelos dela. Monique olhava pra frente, com os olhos semicerrados, o corpo completamente entregue.
Eu estava ali, escondido atrás da pilha de lenha, com o coração disparado e o pau quase rasgando o tecido do meu shorts.
Foi então que Carlos apareceu.
Ele se aproximou devagar, mas não se chocou. Apenas ficou olhando, com um sorriso lento se formando no rosto.
— Que cena, hein? — murmurou.
Monique olhou pra trás, surpresa, mas sem vergonha. Pelo contrário — arreganhou ainda mais as pernas.
— Quer também? — ela provocou, mordendo os lábios.
Carlos não respondeu. Começou a bater uma ali mesmo, observando João estocar fundo. Logo não aguentou. Se aproximou, e os dois começaram a revezar. Monique se ajoelhou no chão e começou a chupar Carlos com vontade, enquanto João continuava com força por trás. Alternavam posições, bocas, mãos, sem qualquer pudor.
Ela gozou ali mesmo, com os dois enfiando sem parar. Eles também gozaram, um no rosto dela, o outro na barriga. Monique se lambuzou toda, rindo, ofegante, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Fiquei ali mais alguns minutos, completamente excitado, me tocando em silêncio. Depois, voltei devagar pra casa, entrei no banheiro, lavei o rosto, e fingi que não sabia de nada.
Mais tarde, quando eles voltaram com a bandeja de gelo, agiram como se tivessem apenas conversado. Monique passou por mim com o rosto corado, os cabelos bagunçados e os seios ainda meio marcados pelo sol.
— Demoraram, hein? — comentei, de leve.
— A gente se enrolou tentando achar a forma de gelo... sabe como é — João respondeu, com aquele ar debochado.
Durante o jantar, Monique agia como uma mocinha comportada. Servia os pratos, ria das piadas, passava a mão no meu ombro com carinho. Mas, de vez em quando, me lançava olhares curtos, intensos. Olhares de quem sabia que eu tinha visto. De quem sabia que eu sabia... e que estava adorando me provocar.