O FEMINICÍDIO

Da série O FEMINICÍDIO
Um conto erótico de Carlos Contista
Categoria: Heterossexual
Contém 2515 palavras
Data: 27/04/2025 23:26:35

O FEMINICÍDIO - Parte 1

Todos os dias passeio com meus cachorros pela rua principal do condomínio; pela manhã, cedo, e no fim da tarde, quase noite. Nessas andanças, algumas coisas chamam a atenção. Num dia, a casa 17 do condomínio passou a ser foco de minha observação. Nunca tinha visto uma mulher naquela casa, apenas um jovem com uma moto velha que ele vivia consertando e, uma vez, três ou quatro moleques que devem ser amigos dele. Mulher, nunca, nem velha nem nova.

Dias atrás à noite, atrasei o passeio com os cachorros e, quando saímos, as luzes da casa 17 já estavam acesas, mostrando seu interior; uma mulher ruiva cozinhava. No dia seguinte, cedo da manhã, passei na frente da casa e, no janelão envidraçado de onde se vê a escada de madeira, aparece a mulher e suas curvas, de baby doll laranja, subindo a escada em direção ao piso superior. Viu-me com os cachorros, seguiu a subida, olhou para trás novamente e novamente me viu, agora parado e olhando para ela. Corpo bonito, com belas curvas acentuadas na traseira. No patamar da escada ela ficou de lado e de frente para mim, subindo o último lance da escada. Eu, parado, aturdido, extasiado com a visão daquela diva meio escabelada, antes das 7 da manhã.

No dia seguinte, procurei subir no mesmo horário para ver se coincidia com sua movimentação dentro de casa e, no percurso de ida, pude vê-la na janela aberta de um quarto com um peignoir de seda rosa - ou quimono japonês curto, não sei ao certo – sem botões, amarrado na cintura e bem decotado, mostrando seu colo de pele clarinha. Me viu, eu a vi, ela viu que eu a vi e sorri; segui meu passeio com os cachorros. Quando passei na volta, o quimono estava aberto e ela se penteava ao lado da janela, frente a um espelho. Seus movimentos com a escova abriam mais o decote da veste que usava e mostravam um lindo par de seios brancos com mamilos saltados. Nesse momento, a Mona Lisa inventou de fazer xixi no gramado da casa dela e pude ficar observado atentamente a ruiva e sorrindo para ela, que retribuiu o sorriso. Tirou o quimono, mostrou-se nua da cintura para cima, sorriu novamente, e cerrou as cortinas do quarto.

Por isso, a casa 17 passou a ser foco de minha observação diária e, em todas as vezes que passava lá, via alguma coisa diferente para chamar minha atenção: ela rebolando na escada de maiô ou pijama, ou de peignoir curto, mostrando a calcinha, trocando de roupas em frente àquela janela aberta, penteando-se com o quimono aberto ou, simplesmente posando na janela e sorrindo para mim. Um dia, pensei, crio coragem e vou falar com ela. Não foi preciso; ela veio falar comigo. Ontem de manhã, na subida com os cães, ao chegar próximo da casa 17, a porta se abriu e saiu por ela a musa das manhãs, radiante, sorridente, vestindo uma bermuda branca de academia, ligada ao corpo, e uma blusinha de seda lilás tom pastel, bem cavada e sem mangas. Pude ver, ao sol, que estava sem sutiã:

- Prazer, sou a Clara.

- Eu sou o Carlos e te vejo seguido naquela janela, respondi. Te acho muito bonita.

- Os cachorros são mansos? Posso chegar? Perguntou a Clara.

- Sim, pode fazer carinho neles que não vão te atacar. Vão lamber, cheirar, pular em ti, talvez sujem tua roupa ...

Apertou minha mão em cumprimento e falou:

- Se sujarem, vou trocar naquele quarto alí, e apontou a janela aberta onde eu a via todas as manhãs.

- Então vou torcer para que eles pulem em ti, te lambam toda e sujem tua roupa, brinquei.

- Deixa vir, adoro lambidas e beijos. Posso levar um desses cães para passear contigo?

- Pode. Leva a Mona Lisa que é mais calma. E fomos caminhando condomínio acima e batendo um papo leve, descontraído, cachorros, filmes, vizinhos, futebol. Ela é gremista e gosta de futebol. Divorciada, era mãe do jovem da moto e, na partilha dos bens, ficou com a casa e a guarda compartilhada do rapaz, apesar do patrimônio do marido ser muito maior. Nos dias seguintes, repetimos os passeios e as conversas foram ficando mais pessoais, interessantes, mais picantes, aqueles papos característicos das segunda, terceiras e últimas intenções, aquelas inconfessáveis no Jornal Nacional. Mais dia menos dia isso ia terminar na cama. Ah, se ia ...

- Por mais que eu tenha torcido para que o Minduim pulasse em ti e sujasse tua roupa, não aconteceu, ele já se acostumou contigo.

- Mas, não preciso sujar a roupa para trocá-la e não precisas ficar aqui embaixo, disfarçando, para me ver trocando; podes ir lá em cima e ver mais de perto.

Tremi com a imagem na minha mente: aquela mulher divorciada, necessitada de carinho, afagos e prazer, toda nua na minha frente, ao meu alcance, e se oferecendo para mim ... vai dar coisinha, vai dar cama, gritos, sussurros e arranhões! Ah, que vai dar coisinha, vai. Mal sabia eu em que encrenca eu ia acabar me metendo e me envolvendo com aquela mulher linda ... e ruiva, exatamente como gosto!

- Então, virei sem os cachorros quando saíres do banho. Que horas vais tomar banho?

- Agora, respondeu ela, sorrindo maliciosamente.

- Vou levar os cachorros e volto para te ver.

- Ver? ... mais um sorriso malicioso ...

Fui para casa e devolvi os cães para o pátio. Tomei uma ducha rápida, apenas para tirar o suor, perfuminho Chanel e subi para a casa 17 de bermudas, T-shirt branca e uma sandália 7 Vidas, aquela da Alpargatas. Bati, bati de novo, mais uma vez, sem resposta. Empurrei a porta e ela abriu.

- Clara, chamei.

- Aqui em cima, sobe, respondeu ela. Estou saindo do banho; fica à vontade aqui no sofá do estar íntimo.

Fechei a porta, com a chave, por segurança, e segui as instruções da dona da casa: subi. Ela estava no chuveiro, ainda, porta do banheiro entreaberta e pude ver seu braço saindo do box e pegando uma toalha branca. Sentei no grande sofá na sala de estar ao lado do seu quarto. Logo saiu do banheiro envolta num roupão branco amarrado na cintura e aquela toalha nos cabelos.

- Me ajuda a secar os cabelos? Sem esperar resposta, tirou a toalha dos cabelos e me entregou um secador e uma escova roliça. Acho que vou ter que fazer uma escova nela.

- Claro, respondi, para uma mulher bonita como tu faço qualquer coisa que esteja ao meu alcance.

- Qualquer coisa?

- Claro, Clara

- Qualquer coisa, mesmo? Até matar?

- Claro, Clara, barata, aranha, morcego, marimbondo, camundongo, mariposa, o bicho que for, é só chamar, respondi, em tom de brincadeira.

- É sério! Matarias por mim, se te pedisse? ... e deixou o roupão escorrer até o chão mostrando uma nudez completa, corpo perfeito com muitas e belas curvas e todas elas nos devidos lugares e de tamanhos certos. Seios de tamanho médio com mamilos rosados chamaram minha atenção, imediatamente. Acho que ela depilou o púbis no banho porque eu não vi pelo algum. Monumental, a Clara. E já, volúvel como sou, me apaixonei.

- Então, vamos secar esse cabelos molhados, disse Clara.

Já sequei cabelos outras vezes mas nunca os de uma mulher perfeita como a Clara, completamente nua, pedindo que eu a comesse e matasse seu ex para ficar com todo o patrimônio (foi o que imaginei, na hora). Só que não: ela queria que eu matasse a Fernanda, porque ela havia roubado seu marido. Ciúmes! Vingança! Motivações recorrentes na sociedade! Agora eu estava começando a entender a tempestade em que estava entrando. Mas, aquele corpo magnífico e aquele olhar safado da ruiva não me deixaram pensar com clareza no futuro: apenas no que iria acontecer ali, naquele momento, aproveitando o clima de excitação de nós dois. Meu pau endureceu junto com a queda da toalha. Ela me fez sentar no braço do sofá, grande, macio e mais alto do que o assento, Instalou o cabo elétrico do secador numa tomada ao lado do sofá e sem cerimônia alguma, abriu as pernas e sentou no meu colo, sentindo a vara dura pulsando na entrada de sua vulva. Enterrou o seio esquerdo, majestoso, na minha boca impedindo-me de protestar. Minha mão direita acariciava a aréola do seio direito e começamos movimentos que nos levariam à foda, à penetração, ao atrito das carnes mais quentes da mulher com o órgão mais “metido” do homem. Chegou a minha hora do strip-tease. Fomos para o tapete.

O início foi lento, tímido, inseguro de minha parte. Aos poucos, fui relaxando e focando no que interessava aos dois: prazer, gozo, orgasmo e mais prazer. A buceta da Clara já estava pingando de desejo e ela gemia como uma gatinha filhote pedindo colo e carinho. Isso acabou com meus bloqueios e, se eu tinha resto de alguma restrição, algum prurido moral ou escrúpulos, nessa hora centralizou tudo no saco e na próstata com os hormônios em fila dupla e mandei ver a parte boa do nosso acordo.

Nossos corpos já rolavam no tapete sedentos de amor e ansiavam para se conhecer melhor. Beijos e lambidas nos mamilos, ombros e orelha da musa fizeram-na gemer baixinho e procurar meu pau com a mão. Girando nossos corpos, a mulher sentou sobre minha cara e executamos um 69 meio desajeitado pelo nervosismo. Clara gritou e teve um estremecimento no corpo: gozou na minha boca me encharcando com seus sucos do orgasmo e mordendo meu pau. Girei o corpo novamente e deitei sobre ela, esfregando a ponta do pau naquela xota encharcada de sucos. Com meu membro ereto apontado para a entrada, puxei a Clara pelos ombros com meus braços estendidos por trás dela e enterrei o bastião da virilidade numa socada só. Uufff, foi o que ela conseguiu emitir, olhando-me com uma expressão de desespero. Os movimento sexuais de entra-e-sai só aumentavam o clima elétrico que se formou.

- Deixa eu montar, disse ela, e foi logo cavalgando o pau duro que a invadia no melhor lugar possível: a gruta do prazer, a caverna da vida – e da morte, nesse caso – a origem dos feitiços femininos sobre os homens (e sobre algumas outras mulheres, também). Beijei seus ombros e sua pele branca fez menção de arrepiar: quando passei a ponta da língua na concha da orelha, a pele arrepiou todinha. Clara deu outro grito, aumentou a velocidade da cavalgada, pegou minha mão esquerda e apontou o dedo indicador para o ponto marrom no meio da bunda, entre as nádegas, o ânus, o cu ... Todo encharcado de sucos e gel, apontei timidamente o dedo indicador para a rodela tão desejada, enfiei meio dedo e fiquei mexendo, entrando e saindo.

- Enterra, enterra tudo que estou gozando, ela gritava, sacudia seu corpo, continua, não para de me foder, enterra todo o dedo e me fode forte.

Pensei: enquanto meu pau aguentar estou dentro dessa miss, queria passar o dia inteiro comendo seus buraquinhos. Quando a Clara começou a remexer os quadris, arranhar minhas costas e falar palavras de baixo calão, entendi que a hora havia chegado. E chegou como uma tempestade de palavrões, pedidos para foder mais e foi quando eu explodi minhas gônadas dentro dela, enchendo sua xana de porra, de gala quente. Reduzi a velocidade e, em instantes, parei dentro dela até que o pau começou a encolher e escorregou por entre os lábios da buceta, acompanhado de um mar de leite quente. Deitamos lado a lado e dormimos o sono dos satisfeitos, dos acabados, da fodida e do fodedor.

Passei o dia na casa 17 e comi a Clara de todas as formas que é possível ter prazer a dois: sexo oral, sexo anal, vaginal e, até, masturbação mútua. Deitei a musa na cama king size e me dediquei a lamber toda sua carne, principalmente aquela que fica escondida, é mais quentinha e úmida. Lambi seus seios macios, lindos mamilos e desci até as coxas, dando atenção especial à junção das pernas, agora totalmente escancaradas para mim. Quando centrei a tenção da língua no clitóris, Clara se remexeu e gemia baixinho me incentivando a continuar. Ao sentir seu estado de excitação, subi com a boca até seus lábios e nossas línguas assumiram um namoro intenso e molhado. Nessa hora, meu pau estava na altura de sua buceta e a cabeça dele brincava de entrar e sair do canal, aumentando a eletricidade da relação. Sem alternativa, cravei o caralho na xota da mulher que ergueu os quadris para aumentar a penetração e soltou um urro abafado daquele prazer que antecipa o orgasmo. Um pouco mais de movimento e ela teve outro orgasmo intenso, gozou me apertando com força com suas coxas entrelaçadas em minhas costas e mordeu meu lábio inferior até sentir o gosto do meu sangue. Virei ela de bruços e ergui um pouco suas ancas: ela vibrou ... ia me dar o cu! E deu. Separou as nádegas e ofereceu o furico cheio de gel:

- Come meu cu!

Não me fiz de rogado e apontei a cabeça no meio da sua bunda e apertei, lentamente, para só causar prazer. Segurava aquelas tetas magníficas e aumentei a pressão sobre o canal reto. Sentindo seu relaxamento, tirei o pênis, enchi-o de gel e enterrei metade do caralho numa socada. Oooohhhh! Só não entrou tudo porque ela é apertadinha – mas, vai! E iniciei o movimento de sobe-e-desce e a cada descida, o pau entrava um pouquinho mais.

- Deixa eu sentar, disse ela.

Ela adora estar no comando. Sentou sobre meu púbis e reiniciou a penetração e eu a siriricava com a mão esquerda. Nossa excitação estava chegando ao limite do ataque cardíaco quando a gostosa Clara separou as nádegas com ambas as mãos e deixou-se cair por inteiro sobre meu caralho e me enterrou completamente, batendo sua nádegas nas minhas coxas, sacudindo-se e gritando, urrando de prazer e recebendo a descarga elétrica do leite quente e grosso que encheu seu cu.

Sua boca, seu cu e sua vagina sentiram o gosto da minha porra que a encheu em jorros carregados de gosma quente, durante todo esse dia. Não sei quem gostou mais! Todos os nossos sentidos se aplicaram nessa empreitada de buscar prazer intenso e gratificante, e não nos frustramos; foi excelente e vamos repetir outras vezes.

Aí vem a parte desgraçada da estória: eu teria que matar a tal Fernanda que roubou o marido da Clara. Como vou fazer isso? Eu, pacífico do jeito que sou?

- Calma que tenho um plano formado. Vou providenciar para que tu te aproximes da Fernanda, vais conquistar sua confiança e, numa oportunidade, darás a ela esse comprimidinho aqui: chama-se “boa noite cinderela”. Quando ela estiver apagando vais colocar o conteúdo desse vidrinho em seu copo e farás ela beber. Pronto! Só isso! Essa era a parte ruim do nosso acordo e eu não estava confortável quanto a isso. Mas, trato é trato e temos que cumprir nossa palavra. Já tinha recebido a paga, e a promessa de pagas complementares me deixaram louco, sem capacidade de raciocinar direito: tinha que cumprir o serviço, mesmo a contragosto.

Comeu? Tem que matar!

Lá fui providenciar o feminicídio ...

(tem continuação ...)

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