O FEMINICÍDIO 3 - O segredo revelado

Da série O FEMINICÍDIO
Um conto erótico de Carlos Contista
Categoria: Heterossexual
Contém 1419 palavras
Data: 28/04/2025 22:24:25

O FEMINICÍDIO 3 – A revelação

(não esqueça de ler a série desde o início - são situações encadeadas)

O segundo dia foi bem diferente. O marido não estava em casa e a Fernanda abriu a porta para mim sorrindo, não era a mesma pessoa do dia anterior. Agradável, atenciosa, ofereceu um Nespresso antes de começar o serviço e foi logo se oferecendo para ajudar. Tomamos o café e pusemos mãos à obra, ou às obras, porque tinha muita coisa para fazer.

Aos poucos, conquistei a confiança da mulher que vi, dias atrás, sofrida e maltratada pelo marido ainda que ela não se dispusesse a falar sobre isso. Mas, trabalhando comigo, puxando parelho no meu ritmo, cansando e suando, foi cedendo e tornando-se mais próxima e disposta a dividir comigo algo que, até então, era seu segredo. Tornamo-nos parceiros nos serviços da obra e ela gostou de produzir soluções para sua própria casa. Encontrou uma motivação extra para consumir seu tempo e sua dor inconfessa, metendo a mão na massa, pregando, pintando e carregando pedra. As conversas durante o trabalho nas obras comuns são, em sua maioria, abobrinhas, moranguinhos ou outros assuntos leves de feira livre; no nosso caso, começamos a desfiar coisas mais pesadas de nossas vidas. No caso da Fernanda Jussara, a coisa pesada era seu marido, Maximiliano, ou Max, simplesmente, o ex da Clara, aquele que a Clara queria de volta. O plano da Clara começava a dar certo!

Max era um próspero negociante de empresas; comprava empresas em dificuldades, por bagatelas, contratava uma consultoria para cortar custos, acelerar produção e agilizar entregas e depois de um tempo, as vendia com bom retorno. Tinha um bom negócio nas mãos e estava tendo bons lucros – excelentes lucros, eu diria. No entanto, sua atividade o colocava em posição vantajosa em relação aos funcionários das empresas, especialmente às funcionárias jovens e bonitas, aquelas que chamam a atenção dos homens por seus atributos físicos: tetas e bundas, principalmente. Pouco lhe importava a cor dos olhos, a sinceridade ou compaixão das garotas, sua inteligência ou cooperação, atitude positiva ou dedicação à caridade; tinha valor a disponibilidade física e a facilidade de acesso ao seu corpo. Com essa facilidade toda, Max se locupletava sexualmente em cada viagem com uma mulher diferente, às vezes com mais de uma em detrimento de seu relacionamento no casamento com a Fernanda Jussara. Isso minava as bases do casal que brigava cada vez mais como se fossem dois gatos lutando para acasalar com uma gata no cio. E Max era violento; comprovei vendo as marcas no corpo da Fernanda quando a vi nua na cama, no primeiro dia de trabalho.

Mas, o importante disso é que estava furando o bloqueio da Fernanda na defesa intransigente de seu segredo conjugal. Aos pouco, foi abrindo as pernas, digo, a boca e o coração para contar o que sofria e contou para mim, logo para mim, a raposa cuidando do galinheiro! Fui contratado pela Clara para conquistar e matar a Fernanda e a vítima se entregava inteira nas minhas mãos, abrindo seus segredos íntimos para mim...Senti-me um calhorda traidor ... Abracei a querida e a deixei desabafar chorando suas mágoas e decepções com o marido. Ela me apertava forte, sentindo-se acarinhada, protegida e seu corpo quente, colado ao meu, emanava uma energia erótica fenomenal. Minha libido foi acordada e alavancada e meu pau cresceu rapidamente aumentando o volume do meu púbis, e ela sentiu a mudança. Não reclamou. Aí vai dar gol! O marido a traia e ela daria o troco na mesma moeda e eu era o cara mais perto disso. Independente da traição, ou de quem seria traída, eu tinha um compromisso com a Fernanda de consertar sua casa e pretendia cumpri-lo. Assim, continuei indo diariamente à casa da futura vítima e trabalhando duro, junto com ela, na criação e implantação das soluções. E continuava aprofundando nossas conversas sobre o relacionamento dela com o marido, principalmente criticando a forma como o marido a tratava e tratara naquele dia em que comecei o serviço.

- Já te disse que não houve nada naquele dia, apenas não me senti bem e desmaiei de cansaço e sono.

- Se não queres falar nesse assunto, respeito e fico quieto. Mas, por favor, não me marque a testa com um carimbo de cego, tonto ou trouxa. Jamais vou falar para alguém o que vi aqui, porque não interessa a ninguém a tua vida privada; mas, vi, e o que vi nunca vou esquecer e não adianta tu me dizer que não houve nada porque sei que houve e foi pesado porque estavas drogada quando eu cheguei. Resta saber se foste drogada por vontade própria ou contra a vontade. Te drogaste por gosto?

- Jamais! Nunca fumei maconha, cheirei cocaína, fumei crack ou tomei anfetaminas ou outras bolinhas narcotizantes; nunca!

- Então teu marido te drogou pesado e, se eu não tivesse chegado e tocado a campainha, sabe-se lá o que teria feito! Ela tremeu ...e suas defesas desabaram!

- Larga essas ferramentas e vamos lá no terraço conversar e vou te contar toda a história. E começou a desfiar o novelo.

- O Max tem muitos clientes velhos, idosos de 70, 80 e até 90 anos, ricaços com quem ele negocia as empresas que compra e valoriza. Uma das formas de agradar esse povo é oferecendo jovens mulheres para eles usarem sem limitações, como bem entender, e eu não gosto dessa atitude, considero repugnante o que ele e os clientes dele fazem com as mulheres, ainda que remuneradas, e bem, pelo Max. Ele faz seu comércio usando os corpos das mulheres como facilitadores do negócio, como suborno. É nojento! Até aí, se eu fechar os olhos, tudo passa rápido, são poucas operações por ano o que significam poucas festas, ou orgias, por ano. As mulheres estão lá pelo dinheiro, é u8ma grana alta, e estão por vontade própria; então problemas delas. Mas, o Max está preparando a venda de uma grande empresa que garantiria sua aposentadoria, se quisesse. O problema é que a negociação emperrou e, por mais que ele tentasse, ela não andava. Aí, ele resolveu levar o comprador para jantar e me levou junto. Me levou para comprar joias, bolsa, sapato e um vestido vermelho lindo, extremamente sexy e revelador. Fomos para o jantar no American Country, um clube fechado e privativo, com reservas muito disputadas e cardápio exigente. Eu não estava entendendo nada, afinal, era a primeira vez que o Max me levava a um jantar desses. Maravilhoso! ... o jantar e a sobremesa... porque, depois ... o comprador se interessou por mim e disse para o Max que me queria por uma semana e, assim, fecharia o negócio!

- Jesus! Exclamei. Teu marido te botando como vagabunda para ganhar dinheiro? Não interessa nem quanto dinheiro é ... pode ser o total que tem no Banco Central, não consigo imaginar uma situação como essa! Que tipo de relação vocês tem?

- Achei que era amor, anos atrás quando ele deixou a Clara e veio me cortejar. Era amoroso, sensível, dedicado e delicado. Parecia, mesmo, apaixonado. E eu caí como uma patinha no charme e lábia dele, nas viagens que ele proporcionava, hotéis de luxo, compras ... Caí como uma inexperiente jovem de 19 anos. No início, foi ótimo. Depois, começou a azedar a relação lentamente, do jeito que a gente não se dá conta que está acontecendo e faz como o sapo jogado na panela de água gelada no fogão aceso: vai ficando! E desabou em choro, soluçando.

Abracei-a ternamente, e ela se aconchegou junto ao meu corpo, de cima a baixo, como se quisesse repetir a sensação de dias atrás quando sentiu meu membro endurecido logo acima do seu púbis. Soluçando, me apertava com força pedindo que não a deixasse sozinha, que a protegesse, que lhe desse carinho... E eu dei tudo o que ela pediu e mais um pouco. Dei-lhe beijos na cabeça, na testa, nos ombros, no nariz e ela ofereceu, enfim, a boca para ser tocada e acarinhada. Beijei-a com ardor e recebi sua língua com um ritual VIP, a dona da festa, a convidada de honra. Nossas mão tocaram os corpos um do outro com sofreguidão e desejo, ansiosos por decretarem e perpetrarem a vingança contra o marido da Fernanda. Encontrei sua vagina já encharcada, mesmo por cima da calcinha e um dedo contornou o elástico e penetrou na cova quente, o buraco da perdição dos machos. Ela pegou meu cacete duro por cima das calças e o alisava, quando ouvimos um carro barulhento estacionando: o Jaguar do Max.

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