A semana que se sucedeu após o boquete no meu meio-irmão, Saulo, foi no mínimo repleta de adrenalina. O cretino parecia um tarado que não conseguia raciocinar com a cabeça de cima, agindo por impulso sem se importar com o ambiente em que estávamos ou se tinha gente por perto. Não podia bobear e Saulo me abraçava por trás. Já tinha perdido as contas de quantas vezes tinha ganhado um tapa na bunda ou uma encoxada “acidental”. Não havia limites para sua safadeza, e eu, bom, fingia não gostar, mas nunca fugindo de nenhuma de suas investidas. Adorando a forma como me cercava como se fosse um felino sondando sua vítima antes de finalizá-la – comê-la, me comer.
— Tenho um presente pra você, maninho. Tá no seu quarto — sussurrou no meu ouvido, na cozinha. Estava terminando de lavar minha xícara dos Simpsons. — Acho melhor você correr antes que sua mãe veja a surpresinha – sorriu.
— Merda! — enxuguei minha mão em um pano de prato e sai desesperado do cômodo. Não podia confiar em um macho agindo apenas pela vontade do seu pau.
Apesar do medo repentino, estava curioso para saber o que era a SURPRESA, que não demorei a encontrar, pois o inteligente deixou em cima da cama, só faltava colocar uma seta com leds para deixar ainda mais destacado.
— Sutil…
Fiquei corado na hora que vi o nome da loja do sex shop na sacola de papel vermelho e dourado. Abrindo-a, me deparei com um plug anal com uma joia pink enfeitando um espaço arredondado no topo e no fundo da embalagem uma cueca jockstrap preta, que consistia em algumas tiras elasticas e uma parte de pano que servia para cobrir a intimidade de quem usasse – euzinho. – Fiquei duro só de me imaginar com aquilo no meu corpinho. Saulo era um fetichista.
— Gostou? — quase morri do coração ao ouvir a voz do demônio, Saulo estava querendo me matar?
— Isso é mesmo necessário, Saulo? — levantei os dois objetos nas mãos.
— Não, mas gosto de novidades, sabe — caminhou até onde estava, piscando e se jogando na minha cama. O safado estava pouco a pouco se apossando de tudo o que eu tinha. — Estava conversando com meu velho e ele disse que está querendo sair amanhã cedo. A casa vai estar livre. Tem algum compromisso? — Me olhou intensamente. Fiquei atônito por alguns segundos, pois a visão daquele macho deitado na minha cama com os braços embaixo da cabeça destacando os músculos e as axilas peludas, era demais. Em outros tempos teria escorraçado ele do meu quarto pela ousadia de se deitar na minha cama, mas não o fiz. Não tinha forças e nem vontade para fazer isso. O que tinha mudado? Saulo era um folgado, mas tinha um jeito tão…. Sexy!
— Não tenho nada em mente. Vai querer transar? — fiz a pergunta mais idiota. O que mais um macho desse iria querer depois de me presentear com uma jockstrap e um plug anal? Brincar é que não iria ser.
— Brincar de pique esconde é que não vai ser — bingo.
— Idiota!
— Se bem que pode ser sim — sorriu ladino —, vou esconder meu pauzão dentro seu cu, só não vai ter a parte de procurar, pois você vai estar sentindo tudo ai dentro.
Bufei, saindo do meu quarto para não correr o risco de enfiar aquele plug anal na garganta de Saulo.
Dona Silvania, vulgo minha mãe, estava na sala com o meu padrasto. Era engraçado pensar que mesmo com dois filhos que brigavam a cada segundo, eles conseguiam ficar tranquilos e serenos curtindo a companhia um do outro. Acho que no fundo sabiam que Saulo apenas gostava de me irritar e, para ser justo, eu gostava de ser provocado. Aquela dinâmica parecia nos aproximar. Saulo era uma pessoa diferente na rua, principalmente quando se juntava com sua gangue de babacas, se tornando consequentemente um também. Ele sabia que não curtia suas amizades, mas como não éramos íntimos, não conversávamos sobre isso. Para falar a verdade, nem em casa, pois as raras trocas de diálogos se resumiam a discussões bobas. Se não fossem esses nossos embates, seríamos dois estranhos dividindo o mesmo teto.
Éramos diferentes em tudo. Saulo amava todo tipo de esporte, assistia futebol com seu pai e também coleciona diversas camisas de time de futebol, ama treinar e tem uma paixão por carros. Por outro lado, como uma antítese sua, odeio tudo relacionado ao mundo esportivo, nem mesmo o vôlei me agrada – esporte que geralmente os gays se dão bem. – A única coisa que gosto de fazer é treinar, focado obviamente nas pernas, pois tinha um certo orgulho do bumbum durinho na bermuda. Acho que os meus namorados também, pois gostavam de apertar meus glúteos.
— Vou sair! — gritei da porta, chamando a atenção dos adultos. Minha mãe me olhou encabulada pelo horário, mas deu de ombros.
— Leva o celular! — disse, voltando sua atenção para a televisão e pro seu homem, que mesmo odiando assistir séries coreanas de romances, ficava ali para agradá-la.
— Tá bom!
— Vai almoçar aqui?
— Vou!
— Se cuida!
Precisava espairecer a mente, Saulo estava me consumindo, teimando em não sair dos meus pensamentos. Sem um destino certo para ir, segui rumo a pracinha que tinha no bairro, alheio ao que acontecia ao meu redor. Viajando no meu próprio mundinho, não percebi uma movimentação atrás de mim. Não precisei adivinhar quem era quando o mesmo abriu a boca para falar:
— Saindo cedo pra andar? — Saulo perguntou, ficando ao meu lado com as mãos nos bolsos da bermuda.
— Não posso?
— Pode.
— Hum.
Fomos caminhando sem rumo, Saulo volta e meia puxava assunto ou tirava onda da minha cara com empurrões leves, mas que devido a sua força era a mesma coisa que ser atingido por um soco.
— Dá pra parar? — Bufei, olhando-o com uma falsa raiva. Não me sentia mais tão acuado ao seu lado.
— Eu vi você rindo — apontou para o meu rosto. — Você é bem ingrato em maninho…
— Sou o mais velho!
— Te dei dois presentes e nem quis testar…. que feio! — me ignorou, esboçando aquele sorriso cretino que fazia minhas pernas virarem gelatina.
— Queria que eu usasse com nossos pais em casa?
— Era só fechar a porta do quarto e eles não iriam saber de nada.
— Eu e você no mesmo ambiente, sozinhos? Pensa Saulo, pensa! — ri só de imaginar a felicidade dos adultos em saber que estávamos nos dando bem. Bem até demais, diga se de passagem.
— Bem lembrado — falou após pensar um pouco melhor. — Ta afim de um sorvete? Tem um bem da hora depois da escola municipal.
— Não tenho dinheiro.
— Eu pago!
— Caridoso, Saulo?
— Normalmente sou bonzinho com quem quero comer — piscou, me olhando com a maior cara de safado.
— Cretino!
— Vamos logo.
Foi a primeira vez que tive um dia tranquilo e sem discussões com meu meio-irmão, nos dando super bem. Descobri que ele tinha um paladar de idoso, pois escolheu apenas sorvete de coco e cobertura de nozes e calda de chocolate. Eu por outro lado parecia uma criança de 8 anos, pois fiz uma mistura incrível de tudo que pude pegar. Saulo disse que iria pagar, então tratei de deixar o meu pote turbinado: uma bola de morango, uma de chocolate, uma de chiclete e a outra de creme. De adicional, peguei: granulado, cobertura de morango, M&Ms e uma calda generosa de chocolate.
— Não sei como não engorda. Tem algum segredo especial? — apontou para o meu pote na mesa. Estávamos sentados um de frente para o outro.
— Não sou um sedentário — abocanhei uma colherada do meu sorvete.
— Eu sei, mas também não liga tanto para sua alimentação.
— Papai é você?
— Kkk depois diz que é o mais velho — revirou o olho, dando uma colherada no sorvete e levando a boca. — O pessoal do fute marcou de jogar bola na sexta feira, quer ir assistir seu irmãozinho jogar? Vai ser legal.
— Não sou muito fã de futebol — torci o nariz só de imaginar o ambiente.
— Qual é? Vamos lá! Preciso de torcida na hora de golear os caras. E depois você pode dar uma mamada na minha pica toda saborosa — provocou.
— Nojento!
— O cheiro dos meus pentelhos e o meu pau suado vão deixar você todo assanhado — continuou.
— Assanhado? Você realmente é o mais velho, faz um tempo que não ouço isso — sorri.
— Hahaha, que engraçado! — chutou minha canela por debaixo da mesa.
— Ai, porra!
— Merecido.
— Babaca.
— Eae, maninho, vai chupar ou não minha pica depois do fute? O cheirão de macho vai tá forte dentro da cueca — puxou o ar, imitando o que dizia. — O odor da pica na potência máxima. Tu vai se empanturrar, Léo.
— Você é bem fetichista, né? — o olhei intensamente, percebendo esse seu lado pervertido, não que já não soubesse, mas era como se só agora tivesse uma noção expandida. — Tipo, primeiro os presentinhos do Sex Shop, agora um boquete depois de uma partida de fute, o que mais você quer fazer? — perguntei, realmente intrigado.
— Quer realmente saber? — manteve o olhar fixo no meu.
— S-sim.
— Uma vez vi um vídeo no X onde um cara urinou dentro do rabo da mulher e também mijava no rosto dela e…
— Você quer fazer isso comigo? — o interrompi.
— Sim. Topa?
— Pode ser.
— Legal.
— Que mais?
Saulo ficou um bom tempo listando todos os seus desejos mais obscuros no sexo. Entre eles:
1 - Gozar e mijar no rosto da pessoa com quem estivesse transando, de preferência nessa ordem.
2 - Gozar dentro da pessoa sem camisinha, pois me disse que sempre fez sexo seguro, pois alem do medo de pegar doenças, o que é louvavel, tinha pavor de ter um filho.
3 - Ter alguém capaz de aguentar sua rola em um sexo intenso sem reclamar. Se queixava que nunca teve uma parceira disposta a recebê-lo em todo o seu esplendor.
4 - Ter domínio total da situação. Gostava da ideia de que teria a pessoa submissa, acorrentada a sua autoridade.
Uma vontade de atender esses seus desejos brotou na minha cabeça, mesmo sabendo do quão complicado deveria ser acomodar tudo aquilo de carne dentro do meu cu. 23 centímetros é quase uma régua.
— Uma mina deixou eu comer ela com força uma vez, mas não aguentou até o final. Ela me disse que estava doendo demais e blá blá blá. Depois disso nunca mais tentei. Não quero ninguém cagando no meu pau ou sei lá o que pode acontecer na hora — completou.
Tive que olhar para os lados para ver se não tinha ninguém ouvindo aquele papo nada normal, pois Saulo conversava como se estivéssemos falando de algo banal.
— Não sei se consigo te receber por inteiro, nunca tive um tão grande dentro de mim — desviei minha atenção para o sorvete pela metade.
— Eu posso te preparar, deixar você bem aberto e molhado. Nas primeiras fodas vou te deixar no controle, se acostumando com meu caralhão, só depois a gente tenta algo mais intenso. Tem um motel, acho que se chama Luxury, atravessando a rodovia, sabe onde é? — neguei com a cabeça. Nunca havia ficado com ninguém em um motel, seria uma experiência totalmente nova. — Pronto! Lá vai ser o túmulo das suas pregas, Léo!
— Como você consegue ser tão idiota? — bufei de raiva.
— Muita prática.
— É, tô vendo.
— Termina esse sorvete logo. Vou pagar enquanto isso — se levantou e foi até o caixa dentro da conveniência. Nunca me imaginei tendo um dia tão calmo com o Saulo ao meu lado.
Após o sorvete, fomos a pé para casa, chegando bem na hora que meu padrasto lavava seu carro. Saulo ficou junto com o pai e eu entrei, estava louco para tomar um copo d’água depois de tanto doce. Tudo estava tão diferente, mas eu estava gostando desse novo Saulo. Tá, eu sei! Ele só queria comer meu cu e estava sendo gentil. Mesmo assim era legal a sua atitude.
O dia passou voando e em nenhum minuto tirei da cabeça o seu convite para assisti-lo jogar bola com os amigos. Concordei quase no fim do dia.
— Quarta à noite, bele? Vou descolar um capacete para você ir comigo de moto — falou animado.
— Tá bom.
— Vou ter seu cuzinho amanhã e um boquetão gostoso na quarta, é pra isso que serve um irmãozinho — o cretino agarrou meu braço e me puxou, girando-me. Senti sua mão pousar no meu abdômen e a outra ir até meu rosto, apertando minhas bochechas com seus dedos impiedosos.
Com a posição, Saulo socou seu pauzão duro no short na minha bunda. A sensação era tão deliciosa que rebolei gostoso no seu mastro, o atrito do tecido era excitante. Seu pau parecia tão majestoso dentro da roupa, que um arrepio percorreu meu corpo só de imaginar tudo aquilo dentro de mim. Será que aguentaria? Saulo queria um cuzinho forte e preparado para ser bem usado, mas não era a pessoa certa para isso. Eu choro quando quebro a unha da mão, imagina ter o meu cuzinho arregaçado sem pena?
E eu queria, desejava ter Saulo por inteiro, conectados de uma maneira carnal e crua.
— Léo, onde você tá filho? — Ouvimos a voz da minha mãe.
— Vou bater uma pensando nessa bundinha linda — o safado falou antes de me soltar e fechar a porta do seu quarto.
— Droga!
Tive que fazer o meu melhor para esconder o pau duro na bermuda e o rosto vermelho.
— Aonde você tava menino? Não me ouviu chamar? — ela perguntou, analisando cada centímetro do meu rosto.
— Estava conversando com o Saulo, mãe. Desculpa não responder.
— Estavam brigando? Quem caçou briga com quem dessa vez? Com certeza foi você, conheço meu filho encrenqueiro — brincou.
— Puxei a senhora, abusada!
— kkkk não tenho como negar. Agora vem, preciso da sua ajuda com o aplicativo do banco, essa merda não entra de jeito nenhum. Você se lembra da minha senha, né?
— Mal lembro nem da minha, dona Silvania — zombei, pegando o celular da sua mão.
— Te coloquei nesse mundo para gravar minhas senhas, garoto! Agora faça seu trabalho e abre essa porra de aplicativo.
— Você queria um secretário e não um filho. Coitadinho de mim! — Coloquei a mão no peito para adicionar um ar dramático.
— Larga de frescura, guri! Amanhã vou sair com o Roberto e essa merda num abre de jeito nenhum.
— Tá bom! Calma.
Com muito custo consegui lembrar da senha que criei para ela e fui para o meu quarto. Saulo se trancou no seu, me mandando apenas uma foto temporária do pauzão apontando para cima que nem uma seta, duro e inchado. Ele iria realmente se aliviar com uma boa punheta e eu não estaria lá para beber sua porra, que merda! Não pude deixar de escrever que queria o seu leite quentinho antes de dormir. Não foram necessários nem dois minutos e um Saulo afobado e com uma barraca enorme entrou no quarto que nem um furacão. Ele estava apenas usando uma samba canção que já estava toda esticada com aquela terceira perna lutando para escapar do tecido.
— Você é louco, Saulo? — Olhei para aquele monumento de homem encostado na porta.
— Achou que iria recusar de te dar leite na boca no lugar de gozar nos meus dedos? Nem pensei muito, maninho.
— Tarado!
— Já abre a boquinha, porra! Tô no limite — ele trancou a porta na chave e veio na minha direção abaixando o samba canção.
O seu cheiro empesteou o quarto com o odor másculo de sua intimidade. A cabeça da pica brilhava com tanto pré-gozo que minava da uretra. Ele realmente estava no seu limite e não demoraria para gozar.
— Isso, chupa a cabeça da pica — segurou minha cabeça de cada lado com as mãos, sentindo meus lábios sugando apenas a glande. Tive que descer a pele para ter o sabor do cogumelo. A explosão de sabor se impregnou na minha língua.
Como se não estivesse sufocado o bastante, o empurrei, tendo uma ideia nova:
— Vai para a ponta da cama — ordenei, me deitando de costas e deixando meu rosto de uma maneira que ele pudesse meter o pau na minha garganta que nem em uma foda. Fiquei de um jeito que podia muito bem se tornar um 69.
— Não me culpa se você vomitar, putinho! Quero ver essa garganta bem aberta — o safado disse, me acertando com duas batidas do seu pau no meu rosto e uma terceira nos meu lábios.
Me desesperei quando Saulo atolou aquela pica imensa na minha garganta, roubando meu ar e o pouco de sanidade que tinha. Sabia que não estava tudo dentro, pois era impossível, mas sentia a pressão daquela estrovenga indo fundo na goela. Saulo iria me matar se continuasse afundando o membro comprido e grosso na minha boca.
— Calma, putinho! Respira — o cretino sorriu ao retirar o pauzão e me dar tempo de recuperar o fôlego.
— Achei que iria morrer — comecei a rir mesmo com o rosto vermelho e grudento de saliva e pré gozo.
— Bota a língua pra fora. Vou gozar batendo uma punheta, não tô afim de te matar sufocado antes de comer seu rabo.
Saulo manipulou sua pica em uma punheta tempestuosa, suspirando e tremendo com o frenesi que seu corpo enfrentava. Podia ver o suor escorrendo na sua pele. A minha posição deixava tudo de cabeça para baixo, mas ainda sim era delicioso assistir aquele macho enorme e forte se contorcendo de tesão. Não demorou e ele gozou no meu rosto. Os jatos viscosos e mornos de sua porra melaram minhas bochechas, cabelo, o olho esquerdo e até mesmo meu pomo de adão. Não preciso dizer que estava uma bagunça depois desse banho de esperma.
— Você fica perfeito com o rostinho cheio de leitinho de macho, Léo! — provocou.
— Acho que vou ficar rouco — comentei, massageando o pescoço, sentindo a garganta inflamada.
— A ideia foi sua, maninho! Sou só um pobre coitado pirocudo.
— Uhum, sei!
— Seu quarto tá fedendo pau e porra kkk acho melhor abrir a janela. Silvania vai achar que estava batendo punheta. — Deu a dica, saindo do quarto, me deixando todo sujo de porra e com uma tenda na bermuda.
Fui dormir com a mente longe. Saulo estava cada dia mais presente na minha vida. Não sei se essa proximidade toda era boa, pois tinha o péssimo ato de me apaixonar facilmente. Meu meio-irmão, que nem isso era, pois não tínhamos o mesmo sangue, era algo que não podia acontecer. A sociedade já apedreja os gays por sermos nós mesmos, imagina nessa situação? Não sei até que ponto meu padrasto pode aceitar. Até mesmo minha mãe, que é bem moderna para sua idade, talvez não fosse aceitar isso muito bem. A minha cabeça estava em um turbilhão, fui abraçado pelo sono já muito tarde.
Fui esmagado na minha própria cama no domingo, um braço moreno e repleto de veias aparentes na pele que mais parecia papel manteiga, agarrou meu torso com firmeza. Algo duro roçava na minha bunda que estava empinada, fora o roçar leve das coxas durinhas nas minhas. Tudo parecia um sonho até deixar de ser um. Aquela voz…. Mesmo em um estado de semi sono pude distinguir de quem era:
— Que porra, Saulo — abri os olhos e vi que tudo não passava de sonho, mas sim realidade. O safado estava por cima de mim, roçando o pauzão duro na minha bunda que parecia ter vida própria e teimava em ir de encontro a sua virilha.
— Bom dia! — o cretino sorriu, não parando de se movimentar no meu traseiro. — Esse seu bafo tá de matar em Léo.
— Vai tomar no cu! Para de ser um tarado ou vou te denunciar para polícia. Não posso nem dormir em paz.
— Só um de nós aqui vai tomar no cu, maninho. E você sabe que não sou eu.
— Por que acha que sou só passivo? — Bufei de raiva, me remexendo para escapar, mas só aumentei sua tara.
— kkk então você dá e come? Não sabia desse seu lado, Léo. O Thiaguinho levou na bunda também?
— Cala boca!
— Só responde…
— Sim, eu comia ele.
— Comia?
— Sim, comia, por que? Quer que eu coma você também, Saulo? — provoquei.
— Sai fora!
— Hétero da Shopee — zombei.
— Nunca disse que sou hétero. Só não dou a bunda, meu negócio é arregaçar um cuzinho até virar uma bocetinha — mordeu meu pescoço.
Um gemido submisso escapou pela minha boca, reforçando o quanto era escravo de suas vontades. O maldito iria acabar comigo.
Depois de me morder, Saulo saiu de cima do meu corpo, o samba canção da noite anterior estava com uma enorme barraca armada. Seu olhar faminto percorria todo o meu corpo.
— Vai escovar essa boca de fossa. Estou quase morrendo com esse bafo — provocou.
— Se isso te deixar longe de mim…
— kkk não vai. Hoje eu quero o buraco de baixo — sorriu. — O único lugar que vai ver meu pau é o seu cuzinho, Léo!
— Filho da puta!
— O mais engraçado é que você nunca nega que vou comer seu cu — massageou o pauzão.
Fiquei constrangido, pois era isso mesmo, eu queria dar para ele, queria muito. Era uma necessidade do meu corpo.
— Vai colocar uma outra roupa, Saulo! Não precisa ficar se exibindo, eu já sei que você é gostoso pra caralho.
— É pra isso que eu treino, maninho! — piscou para mim.
— Convencido.
Passei pelo meu meio-irmão e fui para o banheiro fazer minhas necessidades.
— Só não vou colocar outra roupa, pois agorinha não vamos precisar delas — falou do quarto. — Sua mãe mandou você esquentar o almoço. Eles só voltam a noite.
— Por que você não esquenta? — gritei do banheiro.
— Sou conservador, maninho! A mulher cuida do macho e da casa. E você é minha garota — provocou.
Após terminar de escovar os dentes, saí do banheiro, dando de cara com Saulo de braços cruzados encostado no batente da porta. O pau ainda marcava no tecido, mas flácido.
— Não sou uma mulher e também não sou seu. E quanto ao conservador, que nojo! — Fiz uma careta.
Sorrindo, ele se aproximou, me empurrando contra a parede com força, segurando minha cintura com suas mãos calejadas.
— Achei que você já ia colocar os meus presentinhos, Léo! — me olhou intensamente. — Estou me segurando para não arrombar seu cuzinho agora mesmo.
— Tenho que fazer a…
— Chuca? Eu sei disso, por isso não vou meter meu cacete no seu buraco. Não tô afim de ficar com o pau sujo de bosta.
— Idiota!
Estava prestes a escapar do seu agarre, quando fui pego de surpresa com um beijo violento e molhado. O pervertido do Saulo parecia querer me devorar por inteiro e ele não media esforços para demonstrar a sua dominância. Estava tão entregue a sua lascívia que não fiz nenhuma objeção. A força da sua pegada era tanta, que seus dedos ficaram marcados na minha pele.
Nossas línguas disputavam uma batalha de poder, eu queria mais de Saulo, poderia sair com o rabo ardendo daquela brincadeira, mas não sem roubar toda sua sanidade e deixá-lo com a sensação de que eu era único.
Não havia mentido para Saulo quando disse que era o ativo na maior parte das relações com Thiago, foram raras as vezes que ele quis ser ativo. Nunca reclamei, gostava de sexo, mesmo não tendo a experiência vasta do meu meio-irmão que mesmo mais novo era uma maquina de trepar. Acho que por ser reservado e um pouco tímido, não pude ter tantas experiências sexuais. Nunca me importei com festas, baladas e outros tipos de coisas que aconteciam na faculdade – nem hoje me importo –, sou um universitário comum na área de direito.
— Vai lavar esse cu, Léo! Vou explodir na calça de tanta vontade de comer seu rabo — Saulo falou arfando, se recuperando do beijo. Podia sentir sua respiração pesada.
— Posso cavalgar você? Acho que não tô pronto para dar em outra posição. Seu pau é muito grande.
— Cavalgando, de quatro, papai e mamãe, não importa, Léo. Eu só quero meter o meu cacete no seu buraco!
Um lado animalesco de Saulo parecia querer vir à tona naquele momento, ele realmente estava se esforçando para não me enrabar ali mesmo, sem preparo e delicadeza.
— Vou ficar esperando no meu quarto, ouviu? Tenho camisinha e lubrificante no guarda roupa — falou com a testa apoiada na minha.
— Tá-tá bom!
— Não preciso mandar você usar a jockstrap e o plug anal, né?
— Não.
— Ótimo! Agora vai lá e prepara esse rabo pra levar a maior rola que ele já viu na vida — deu um último selinho nos meus lábios e saiu do quarto apressado.
Por um segundo achei que iria cair no chão sem a força dos seus braços de Thor me mantendo no lugar, pois meu coração estava acelerado, a mente fervilhando e o corpo sedento para ter ainda mais contato.
Continua…