Obsidian: A Primeira Escrava - Parte 24 (Final)

Da série Obsidian
Um conto erótico de Fabio N.M
Categoria: Heterossexual
Contém 5407 palavras
Data: 07/04/2025 09:27:05

Vincent observava a tela do notebook, os olhos percorrendo os traços finos do projeto que começava a tomar forma diante dele. O arquiteto era um nome respeitado no setor, conhecido por projetar edifícios que exalavam luxo e exclusividade, e agora estava diante do maior desafio de sua carreira. O Obsidian não seria apenas uma casa noturna. Não seria apenas um clube. Seria um império da sedução, um santuário para aqueles que compreendiam as regras do verdadeiro jogo.

— Quero algo único. Não uma simples boate ou casa de eventos. Quero um monumento.

O arquiteto, um homem de cabelos grisalhos meticulosamente penteados para trás, assentiu lentamente. Ele usava óculos de armação fina e segurava um tablet, deslizando os dedos pela tela enquanto absorvia as palavras de Vincent.

— Um monumento ao quê, exatamente? — perguntou ele, cruzando as pernas e inclinando-se levemente para frente.

Vincent entrelaçou os dedos sobre a mesa, inclinando-se para frente com um olhar penetrante.

— Ao desejo. Ao mistério. Ao controle — Sua voz era firme, cada palavra carregada de significado — O Obsidian não será um lugar comum. Quero que, ao pisar lá dentro, qualquer pessoa sinta que entrou em um outro mundo. Um mundo onde as regras são outras. Onde tudo é possível, mas nada é banal.

O arquiteto ergueu uma sobrancelha, interessado.

— Exclusividade e privacidade são essenciais, então?

— Essenciais — Vincent assentiu, pegando um copo de uísque sobre a mesa e girando o líquido âmbar antes de levá-lo aos lábios — O local precisa estar afastado dos centros urbanos. Quero que quem chegue até lá sinta que está cruzando um limiar. O Obsidian não pode ser um lugar acessível para qualquer um. A jornada até ele já deve ser parte da experiência.

O arquiteto deslizou os dedos pelo tablet, projetando na tela do notebook um mapa do Vale do Itajaí. Algumas áreas estavam marcadas em destaque.

— Há algumas propriedades que se encaixam nesse perfil. Estão afastadas o suficiente para garantir privacidade, mas não tanto a ponto de tornar a logística inviável. Precisamos de um terreno amplo, cercado por natureza, com espaço para estacionamento discreto e estruturas complementares.

Vincent analisou as áreas marcadas no mapa, os olhos avaliando cada possibilidade com precisão cirúrgica.

— A estrutura precisa transmitir sofisticação. Quero algo que pareça mais uma mansão do que um clube. Salões espaçosos, áreas privativas para os membros mais seletos. Um design que misture elementos clássicos e contemporâneos.

O arquiteto assentiu lentamente, os olhos brilhando com o desafio.

— Algo como uma fusão entre um castelo moderno e um templo ao prazer?

O sorriso de Vincent foi quase imperceptível.

— Exatamente.

Ele se levantou e caminhou até a janela de seu escritório, observando a cidade abaixo. As luzes dos prédios cintilavam como promessas vazias. O Obsidian seria diferente.

— Quero uma entrada que imponha respeito. Nada de letreiros chamativos ou filas na porta. Apenas um portão imponente, discreto, com um design minimalista, mas que transmita poder. Quem passar por ele precisa sentir que está entrando em um mundo à parte.

O arquiteto tomou notas no tablet.

— E o interior? Como imagina?

Vincent virou-se lentamente, os olhos afiados como lâminas.

— Pé-direito alto, lustres elegantes, iluminação estratégica para criar sombras e mistério. Quero que os salões sejam amplos o suficiente para acomodar eventos sofisticados, mas que também existam áreas reservadas para interações mais… íntimas.

O arquiteto sorriu de canto.

— Espaços privativos?

— Exatamente. Quartos discretos, acessíveis apenas para membros de alto nível. Áreas onde casais possam desfrutar sem preocupações. Mas tudo precisa ser feito com elegância. Sem vulgaridade. O Obsidian não será um bordel disfarçado.

O arquiteto inclinou a cabeça, absorvendo cada detalhe.

— E a segurança?

Vincent apoiou-se na mesa, seus dedos deslizando lentamente sobre o vidro.

— Impecável. Quero vigilância discreta, mas eficiente. Câmeras de segurança, pessoal treinado para intervir apenas quando necessário. O Obsidian precisa ser um refúgio para aqueles que entram. Nenhuma informação vaza, nenhuma imagem sai de lá sem autorização. Quero um sistema de credenciamento rigoroso. Eu mesmo farei a triagem daqueles que pretendem fazer parte.

O arquiteto tomou notas rápidas, murmurando para si mesmo enquanto ajustava detalhes no tablet.

— A estrutura precisará de um sistema acústico de alto nível para evitar que qualquer som saia das áreas privativas. A iluminação será controlável, permitindo ajustar a atmosfera conforme o ambiente e o evento da noite.

Vincent assentiu.

— E quero um bar central, algo que seja o coração do Obsidian. O lugar onde tudo começa.

O arquiteto ergueu os olhos.

— Algo como um altar?

Vincent sorriu lentamente.

— Exatamente.

Houve um longo silêncio entre eles. A visão estava tomando forma.

O arquiteto respirou fundo, finalmente recostando-se na cadeira.

— Eu gosto do desafio. Nunca trabalhei em algo assim. Mas posso criar o que tu queres.

Vincent terminou seu uísque e pousou o copo sobre a mesa.

— Então faça. Quero os primeiros esboços dentro de uma semana.

O arquiteto assentiu, fechando o tablet e levantando-se.

— E quanto ao nome? Vai usar mesmo Obsidian?

Vincent encarou o homem, a decisão já tomada antes mesmo de ser questionado.

— Obsidian. Esse será o nome.

Ele estendeu a mão, e o arquiteto a apertou firmemente. O primeiro passo havia sido dado.

O Obsidian estava deixando de ser apenas um conceito.

Agora, ele estava se tornando realidade.

**********

O aroma inebriante de vinho encorpado misturava-se ao perfume amadeirado que impregnava a sala de jantar de Vincent. A luz do teto projetava um brilho suave sobre a mesa, onde três taças estavam dispostas ao lado de um jantar meticulosamente servido. O clima de descontração contrastava com os sentimentos sombrios que dominavam a casa meses antes.

Vincent estava sentado à cabeceira, com Luna à sua direita e Sofia à esquerda. Ele observava as duas com seu olhar calculista, absorvendo cada nuance de suas expressões enquanto falava sobre o avanço do projeto Obsidian.

— O arquiteto apresentou hoje a planta final da mansão — anunciou, girando suavemente a taça entre os dedos — Ele compreendeu exatamente o que quero. Um santuário de desejo e poder, onde apenas os dignos terão acesso.

Luna cruzou as pernas, a seda de seu vestido negro deslizando contra sua pele e o decote profundo revelando a curva provocante de seus seios. Ela sorriu, os lábios tingidos de um vermelho fechado.

— E nós estaremos ao seu lado para garantir que seja perfeito.

Sofia ergueu uma sobrancelha, um meio sorriso brincando em seus lábios enquanto inclinava ligeiramente a cabeça. Seu cabelo dourado caía sobre o ombro exposto pelo vestido bege de alças finas.

— É exatamente o tipo de legado que um homem como você deveria construir.

Vincent permitiu um sorriso discreto, satisfeito com a lealdade silenciosa que vinha delas. Ele sabia que poderia contar com ambas, não como meras seguidoras, mas como extensões da sua vontade. Elas haviam compreendido sua visão. Mais que isso, haviam escolhido fazer parte dela.

Ele repousou a taça sobre a mesa e deslizou a mão até o bolso interno do paletó. De lá, retirou um pequeno estojo de veludo negro. Luna e Sofia acompanharam o movimento com atenção, os olhos capturando cada detalhe, sentindo que algo significativo estava prestes a acontecer.

Vincent abriu o estojo lentamente, revelando uma gargantilha de couro negro com um pingente em forma de coração de obsidiana. O brilho sombrio da pedra refletia tudo à sua volta, como se absorvesse a própria luz e a devolvesse em segredo.

Luna prendeu a respiração. Ela conhecia o significado daquela pedra. Vincent nunca compartilhava nada do passado, mas ela sabia o quanto aquele símbolo era precioso para ele. Seu olhar se encontrou com o dele, e naquele instante, sem que nenhuma palavra fosse dita, ela compreendeu: ele não estava apenas oferecendo um presente. Estava selando seu compromisso.

Vincent levantou-se lentamente, movendo-se até Luna com a precisão de um predador. Ela inclinou o pescoço sutilmente para ele, permitindo que os dedos corressem por sua pele antes de fechar a gargantilha ao redor de sua garganta. O couro macio pressionou contra sua pele quente, o peso da obsidiana repousando exatamente sobre seu esterno.

— Para que nunca esqueça — murmurou Vincent, ajustando a joia com um toque firme — Você pertence a mim… Minha primeira escrava.

O coração de Luna disparou. Não por medo, nem por dúvida, mas pela confirmação do que ela já sabia. Seu lugar era ali, ao lado dele, sustentando sua visão, servindo-o como extensão de sua força.

Sofia observava a cena, e mesmo mantendo a compostura, um lampejo de algo feroz passou por seus olhos. Ela não se ressentia, não exatamente. Mas não gostava de ser esquecida. Vincent, é claro, percebeu.

Ele se virou, a presença imponente dominando o espaço, e ergueu um segundo estojo. O gesto foi calculado, um jogo milimetricamente pensado. Quando abriu o estojo diante de Sofia, lá estava uma segunda gargantilha, idêntica à de Luna.

A tensão sutil que se formara nos ombros de Sofia se desfez. Ela não precisou perguntar. Vincent já sabia o que ela sentia, e a antecipação do gesto só o tornava ainda mais poderoso.

— Achei que tivesse esquecido de mim — ela provocou, a voz baixa, enquanto levantava o queixo para ele.

Vincent sorriu de lado, um brilho perigoso nos olhos enquanto se aproximava e deslizava os dedos pela pele macia de seu pescoço.

— Eu nunca esqueço o que é meu.

Sofia sentiu a eletricidade percorrer sua espinha enquanto o couro frio envolvia sua pele. O peso da obsidiana sobre seu peito parecia pulsar, carregado com algo muito maior do que um simples presente.

As duas mulheres trocaram olhares, conectadas por algo novo, uma marca invisível que as ligava a ele e ao que estavam construindo juntos. Não havia ciúme entre elas, apenas um entendimento silencioso. Elas pertenciam a Vincent, e ele as reivindicava.

Vincent recuou, voltando à sua cadeira. Ele ergueu a taça e as observou, com aquele olhar azul profundo que parecia despir a alma.

— O Obsidian será mais do que um clube. Será nosso reino. Mas os reinos não são construídos sozinhos.

Luna levou a mão até a gargantilha, os dedos percorrendo o couro e o pingente com um toque quase reverente.

— E não há outro lugar onde eu prefira estar.

Sofia girou o vinho em sua taça, um sorriso nos lábios.

— Estamos prontas.

Vincent oscilou o copo suavemente entre os dedos antes de levá-lo aos lábios. O vinho deslizou quente e macio por sua garganta. Ele sabia que essa noite era um marco. As gargantilhas não eram apenas adornos, eram um voto silencioso de lealdade e servidão.

A taça de vinho repousava sobre a mesa, as gotas rubras escorrendo lentamente pelo vidro, refletindo o brilho suave da lareira. O ambiente parecia conter um peso invisível, uma tensão silenciosa que não precisava de palavras para ser compreendida. Vincent observava Luna e Sofia, as duas adornadas com as gargantilhas de couro negro e o coração de obsidiana repousando contra suas peles aquecidas pelo vinho e pela proximidade. Seu olhar deslizando entre as duas mulheres com uma calma calculada. Era uma visão que despertava algo primitivo em seu peito: ambas marcadas por ele, leais a ele, desejando estar exatamente onde estavam.

Luna passou os dedos pelo pingente, quase como se testasse seu peso, seus olhos castanhos intensos se fixando nos dele. Sofia, ao lado, girava lentamente a própria taça entre os dedos, mas Vincent percebeu o jeito como sua respiração se alterou levemente, quase imperceptível, quando ele se inclinou à frente.

— Acredito que seja apropriado um brinde — Sua voz era um arrastado de comando e expectativa, carregada com algo que fazia as palavras tocarem diretamente a pele.

Luna ergueu a taça, e Sofia fez o mesmo logo depois.

— Ao Obsidian — murmurou Luna, sua voz rouca pelo calor da noite.

— Ao império que estamos construindo — completou Sofia, a língua umedecendo os lábios antes de levar o vinho à boca.

Vincent sorriu de lado, aquele sorriso que nunca revelava demais, mas que sugeria tudo. Ele se levantou, caminhando ao redor da mesa lentamente. Sua presença era uma força tangível, e ambas sentiram seu olhar deslizar sobre seus corpos, avaliando-as, reivindicando-as sem necessidade de toque. Mas então, ele tocou.

Parou atrás de Luna primeiro, os dedos roçando de leve sobre sua nuca exposta, exatamente onde o couro da gargantilha se prendia. Seu polegar deslizou pelo fecho, testando-o, antes de descer pela linha da coluna dela. Luna suspirou suavemente, inclinando a cabeça para o lado em um convite mudo.

— Isso fica bem em você — Vincent murmurou, a voz um pouco mais próxima de seu ouvido.

Luna sorriu, virando o rosto apenas o suficiente para capturar seu olhar de soslaio.

— Eu sei.

A resposta satisfez Vincent. Ele se afastou de Luna apenas o suficiente para se mover até Sofia, posicionando-se atrás dela do mesmo jeito. Sofia permaneceu imóvel, mas ele percebeu a forma como seus dedos se apertaram ao redor da taça, como se reprimisse um impulso instintivo. Ele gostava disso nela, o autocontrole, a resistência inicial antes de finalmente ceder.

Seus dedos deslizaram ao longo do couro de sua gargantilha também, a ponta do indicador roçando contra a pele quente de sua clavícula. Sofia exalou devagar, mas não desviou o olhar da taça à sua frente.

— Você não precisa se segurar, Sofia — murmurou Vincent, os lábios pairando próximos à curva de seu pescoço.

Sofia sorriu lentamente.

— Eu nunca me seguro. Nunca com você. Apenas gosto de escolher o momento certo.

Vincent soltou uma risada baixa e cheia de aprovação. Ele se afastou, movendo-se para a frente da mesa novamente, observando as duas. O brilho da obsidiana contra suas peles era um lembrete visual do que ele já sabia, elas pertenciam a ele.

Ele estendeu a mão para sua taça de vinho, mas antes de levá-la aos lábios, Luna se levantou da cadeira, movendo-se em um deslize de tecido preto e pele dourada até ficar diante dele. Seus olhos brilhavam com uma fome calculada.

— Tu nos marcou esta noite — Sua voz era baixa, quase um ronronar.

Vincent ergueu uma sobrancelha, a expressão de desafio e curiosidade.

— Sim.

Luna sorriu, inclinando-se ligeiramente até que o calor de seu corpo fosse perceptível contra ele.

— Então não acha justo que tu nos prove que também pertence a nós?

Sofia se levantou logo depois, movendo-se ao lado de Luna. Seus olhos azuis brilhavam com algo indecifrável, mas completamente envolvente.

— Concordo com Luna. Um homem no controle nunca deveria esquecer que, às vezes, ele também precisa se render.

Vincent as encarou, a luz refletindo nos olhos delas, a tensão entre os três se tornando algo elétrico, inevitável. Ele sorriu, devagar, como um rei prestes a se deleitar com o que já lhe pertence.

— Se é uma prova que querem… então venham buscá-la.

E naquela sala de jantar, sob o calor do fogo e o peso do desejo, Luna e Sofia fizeram exatamente isso.

O tempo parecia se dissolver na penumbra quente da sala de jantar, onde o aroma do vinho misturava-se ao perfume de pele aquecida. Vincent Weiser repousava contra a mesa, observando as duas mulheres que, naquela noite, selavam sua lealdade a ele de uma maneira mais profunda e definitiva.

Luna foi a primeira a se mover, deslizando as mãos sobre a seda de seu próprio vestido, erguendo a barra apenas o suficiente para dar um passo mais próximo. Seus olhos eram pura devoção e provocação, um equilíbrio perfeito que sempre a tornava irresistível.

Sofia, ao seu lado, manteve-se um segundo a mais apenas observando, avaliando o espaço entre eles, entre o desejo e a entrega. Havia algo nela que Vincent adorava, um jogo silencioso, um poder que ela nunca cedia de imediato, apenas quando escolhia fazê-lo.

Vincent sentiu a excitação se expandir lentamente em seu peito, descendo em ondas densas por seu corpo. Ele gostava desse controle, desse domínio, mas também apreciava o instante em que a fronteira se desfazia, quando os corpos falavam em lugar das palavras.

Ele ergueu uma mão e deslizou os dedos ao longo da garganta de Luna, onde a gargantilha repousava. O couro era macio, aquecendo-se contra sua pele, e o pingente de obsidiana oscilou quando ele o tocou.

— Você sabe o que isso significa, não sabe? — murmurou, a voz baixa, carregada de uma possessividade deliberada.

Luna inclinou o rosto contra o toque, fechando os olhos por um instante, saboreando o peso daquela pergunta.

— Sei — Sua resposta foi um sussurro.

Vincent sorriu de lado antes de voltar seu olhar para Sofia. Ela ainda segurava o caule fino da taça entre os dedos, mas sua respiração se alterou sutilmente quando ele estendeu a outra mão, roçando os nós dos dedos pela lateral de seu pescoço, sentindo o leve arrepio em sua pele.

— E você? — perguntou.

Sofia ergueu o olhar, segurando a dele com um brilho de desafio contido. Então, sem uma única palavra, soltou a taça sobre a mesa e aproximou-se, inclinando o rosto o suficiente para que sua respiração quente deslizasse contra o pulso de Vincent, onde suas veias pulsavam com intensidade.

Foi o suficiente.

Com um movimento preciso, Vincent segurou Luna pela cintura, puxando-a para perto, e ao mesmo tempo, seus dedos deslizaram pelos fios dourados de Sofia, trazendo-a para junto dele. Elas não hesitaram. Havia uma aceitação mútua naquele momento, uma dança que já conheciam bem, a atração magnética que os unia.

Luna foi a primeira a reivindicá-lo, os lábios macios encontrando os dele em um beijo carregado de promessas silenciosas. Vincent a segurou firme, saboreando o gosto do vinho ainda em sua boca, enquanto sentia o calor do corpo de Sofia pressionado contra sua lateral. Ela não ficou para trás; sua mão deslizou pela linha da camisa dele, puxando o tecido com um toque provocante antes de deixar um beijo ardente contra a linha forte de sua mandíbula.

Vincent e Luna se despiram lentamente, seus corpos entrelaçados em um abraço voluptuoso. Os lábios dele traçando caminhos ao longo do pescoço de Luna, seus dentes mordiscando suavemente sua pele. Luna soltou um gemido ronronante.

— Ah… Vincent — murmurou — Tu sabe como me deixar molhadinha.

Vincent intensificou, mordendo com mais força, fazendo Luna suspirar de prazer. Seus lábios descendo pela pele bronzeada até os seios, lambendo e mordendo seus mamilos rijos e eriçados, fazendo Luna gritar de êxtase. Enquanto isso, Sofia o despia, explorando seu corpo musculoso. Traçando cada curva como se quisesse gravá-las em sua mente.

Sofia ajoelhou-se ao lado, desafivelando o cinto e puxando a calça até o meio da coxa. Com devoção, pegou o membro duro de Vincent em sua mão e começando uma massagem lenta e deliberada. Vincent gemeu de prazer.

— Sim, assim, mais rápido — Sofia aumentou a velocidade, sentindo a rigidez que seus dedos envolviam.

Vincent se inclinou-se para Sofia e começou a retribuir o favor, suas mãos entrando em seu decote e afagando a maciez de seus seios, explorando o corpo quente enquanto os lábios brindavam-no com sucções famintas e a língua garantiam a agitação da base até a cabeça.

— As duas… se inclinem sobre a mesa — ordenou Vincent.

Sem hesitar, elas obedeceram, sentindo a superfície fria da mesa em contraste com o calor que ardia em seus corpos. Vincent, ajoelhando-se atrás de Sofia, acariciou sua entrada úmida e escorregadia antes de introduzir dois dedos em seu interior. Olhando por cima dos ombros, ela gemeu, sentindo seu corpo sendo tomado pela tensão e a eletricidade que aqueles dedos despertaram. Luna não ficou sem experimentar a mesma sensação. Logo, os dedos de Vincent também estavam abrindo caminho dentro dela. Em movimentos sincronizados, a velocidade das estocadas aumentava.

A sala de jantar era tomada por uma sinfonia de gemidos e suspiros. Cada uma sentia o sangue pulsando, uma harmonia de sensações compartilhadas na troca de olhar entre as duas, como se fossem uma só alma.

Um magnetismo de Vincent agora as energizava, os lábios de Luna e Sofia finalmente unidos em um mesmo desejo, unidas pelas mesmas correntes que as prendiam ao mesmo homem. As línguas de ambas entrelaçadas em um duelo ardente, interrompido pela enrijecimento de seus corpos e a energia que se concentrava em seus quadris prestes a explodir.

Sofia engasgou de prazer. Suas mãos agarraram as bordas da mesa, enquanto suas pernas estremeciam sentindo suas forças se esvaindo. Luna gritou. O suor escorrendo pelo seu rosto aos fios de cabelo que se aderiram à pele.

Sem pausa, Vincent entrou em Luna e seus corpos se fundiram em uma dança violenta. Suas mãos agarrando firme a cintura dela enquanto as estocadas projetavam o corpo dela sobre a mesa em solavancos brutais.

— Isso… mais, mais, me fode mais, alemão.

Vincent aumentou a intensidade de seus movimentos fazendo-a gritar em êxtase. Ele se inclinou, arfando em sua nuca, enquanto uma de suas mãos deslizava para acariciar seus seios, a outra explorando a curva de seu quadril. Ambos chegaram juntos ao clímax, deixando escapar gemidos profundos enquanto seus corpos pulsavam juntos um mesmo ritmo.

Enquanto isso, Sofia se sentou sobre a mesa, afastando as pernas de forma oferecida, encarando Vincent, aguardando a sua vez de ser devorada por ele.

— Me fode também, mestre — sussurrou — Quero sentir você dentro de mim também

Sofia guiando Vincent para dentro dela, abraçou seu pescoço, sentindo as mãos dele apertarem sua bunda enquanto se encaixava entre suas pernas. Vincent enterrou em Sofia com um gemido profundo. A combinação de toques, beijos e movimentos enviou uma onda de calor por todo o corpo de Sofia. Ela percebeu que estava à beira do abismo.

Luna, ainda com o corpo em chamas, deslizou suas mãos sobre o corpo de Sofia, a pele pálida reluzindo, uma mistura de perfume e suor, e uma tensão difícil de nomear. Os três se moviam juntos, seus corpos entrelaçados em uma dança de prazer e desejo.

Sofia atingiu seu limite, sentindo uma onda de prazer surgir em seu dorso, fazendo-a arquear o corpo, tensionando cada nervo. Um gemido alto escapou de sua garganta e os músculos de seu sexo abraçou o membro de Vincent dentro dela com força. O ar fugiu de seus pulmões e uma torrente escorria de sua vagina, mas antes que pudesse respirar, as mãos dele a puxaram para uma conexão ainda mais profunda. Seu útero se aqueceu sentindo os jatos de Vincente inundando seu interior. O corpo dele tremendo enquanto a enchia com seu esperma.

— Ah… Vincent — gritou, seu corpo convulsionando com o orgasmo.

A respiração dos três se misturava, acelerada, entrecortada. O mundo ao redor voltou a existir. O silêncio que se seguiu não era vazio, mas sim repleto de satisfação, de pertencimento.

Sofia repousou a cabeça contra o peito de Vincent, os olhos fechados, o sorriso suave nos lábios. Luna, ao lado, ainda recuperava o fôlego, observando-o com aquele olhar que sempre sugeria que ela já estava antecipando o próximo jogo.

Vincent soltou uma risada baixa, satisfeito, antes de deslizar os dedos pelo cabelo delas, puxando-as suavemente para mais perto.

— Isso — murmurou ele, com um tom de aprovação velada — é exatamente o que significa estar ao meu lado.

E ambas sorriram, porque não havia outro lugar no mundo onde desejassem estar.

******

A noite era silenciosa, cortada apenas pelo som baixo da televisão na sala. O relógio marcava quase nove horas quando Vincent desceu as escadas com passos firmes e compassados, vestindo um terno preto impecável, ajustando os punhos da camisa com movimentos calculados.

Na sala, Wagner estava largado no sofá, de jeans e uma camiseta preta, os olhos fixos na tela onde um filme qualquer passava sem realmente capturar sua atenção. Ao lado dele, Ellen segurava um travesseiro no colo, mas sua atenção estava longe do filme, e ainda mais longe de Wagner.

Ela observava Vincent.

Era um olhar disfarçado, porém intenso. Algo dentro dela pulsava com um desejo que não deveria existir, um fogo lento que queimava cada vez que via a forma como ele se movia, como sua presença dominava o espaço sem esforço. Ele estava diferente. Ele era diferente. Nada nele se assemelhava aos garotos da escola, nem mesmo a Wagner. Vincent era um homem de verdade, e isso mexia com ela de um jeito que não conseguia ignorar.

Ellen tentou desviar o olhar, mordeu o lábio inferior, mas a imagem dele continuava em sua mente. O jeito que o terno caía perfeitamente sobre seu corpo largo, os ombros sólidos, a postura ereta. Ele era a definição de controle, poder e mistério. Um homem que sabia exatamente o que queria e como conseguir.

— Você vai sair? — Wagner perguntou, ainda olhando para a tela, sem notar nada do que acontecia ao seu redor.

Vincent pegou as chaves sobre o aparador e lançou um olhar breve para o filho. Seu tom foi neutro, sem pressa, sem emoção.

— Sim.

Ellen não sabia por que sentia aquele aperto no peito ao ouvi-lo dizer isso. Ele sempre saía. Ele sempre tinha compromissos importantes, reuniões, eventos exclusivos. Ele era um homem que pertencia ao mundo, enquanto Wagner ainda pertencia a essa casa. Mas naquele momento, a ideia de vê-lo sair a incomodou mais do que deveria.

Ela se mexeu no sofá, passando a mão pelos cabelos ruivos e se forçando a voltar a olhar para a tela. Mas sua respiração estava mais rápida.

— A inauguração do Obsidian é hoje? — Wagner insistiu.

Vincent assentiu levemente.

— Sim.

Houve um silêncio. Wagner não perguntou nada mais. Ele sabia que não teria respostas que lhe agradassem.

Vincent estava prestes a sair quando sentiu um olhar preso em suas costas. Um olhar diferente. Ele não precisou se virar para saber de quem era.

Ellen.

Ele parou por um segundo. E sorriu, de canto.

Vincent sabia. Era inevitável. Não importava o quanto tentassem negar, o jogo da atração era cruel e previsível. Wagner ainda era um garoto, um menino tentando entender o próprio lugar no mundo. Ele não possuía a confiança, o domínio, a presença que faziam as mulheres se perderem. Ellen podia até não perceber conscientemente, mas já estava sendo puxada para um abismo do qual não sairia ilesa.

As mulheres sempre escolhem o homem mais forte. O mais seguro. O que impõe respeito sem precisar erguer a voz. E, nesse ambiente, Vincent era um predador.

Ele ajustou levemente o punho da camisa e virou-se para Ellen. Dessa vez, seus olhos encontraram os dela diretamente.

Ela estremeceu.

— Não aprontem enquanto eu estiver fora — foi tudo o que ele disse, sua voz grave, carregada de um magnetismo que ele sabia exatamente como usar.

Vincent saiu sem pressa, deixando para trás uma tensão que não se dissipou.

Ellen sentiu a pele arrepiar. Continuou olhando até a porta se fechar.

**********

A noite pairava sobre a cidade como um manto negro cravejado de estrelas, refletindo nas amplas janelas espelhadas do Obsidian. O clube, agora uma realidade, erguia-se imponente como um santuário de desejos ocultos e promessas. O edifício era um espetáculo por si só, a estrutura minimalista e sofisticada, marcada por linhas elegantes e iluminação estratégica que realçava a exclusividade de seu interior. Nenhuma placa chamativa, nenhum anúncio aberto ao público. Apenas o nome, esculpido em metal negro sobre o portão da entrada imponente.

Vincent chegou, saindo de seu carro com a postura implacável de um homem que sabia que havia vencido. O vento frio da noite soprou levemente seus cabelos levemente grisalhos, mas ele sequer se abalou. Seu olhar azul cortante percorreu o ambiente à sua frente, absorvendo os detalhes, garantindo que cada elemento estava exatamente como deveria estar. Ele não deixava nada ao acaso. Nunca.

A entrada era um espetáculo de sofisticação. O tapete escuro guiava os convidados para o interior da mansão, onde as portas altas se abriram, revelando um universo paralelo de indulgência e mistério. O aroma de couro refinado, madeira de sândalo e um toque sutil de baunilha pairava no ar, misturando-se ao som grave e envolvente da música ambiente.

Vincent deu os primeiros passos para dentro, imediatamente cercado por presenças conhecidas.

— Finalmente, o rei chega ao seu trono — A voz rouca e provocante de Luna cortou o ar enquanto ela se aproximava, um sorriso enigmático brincando em seus lábios pintados de vermelho escuro. Ela vestia um vestido preto justo, de tecido acetinado, que se moldava às suas curvas.

— E eu já estava ficando ansiosa — completou Sofia, surgindo ao lado dele.

Diferente de Luna, Sofia optara por algo mais clássico, mas não menos impactante. Seu vestido de seda dourada brilhava sob a luz ambiente, destacando cada movimento calculado de seu corpo, mas ambas tinham em comum a gargantilha. Um status de submissão voluntária, deixando claro que elas pertenciam exclusivamente a ele.

Vincent não disse nada de imediato. Seu olhar deslizou por ambas, absorvendo a presença delas como quem saboreia um vinho raro. Então, com um movimento lento e deliberado, ele segurou cada uma pela cintura, puxando-as para perto.

— Satisfeitas? — murmurou, sua voz baixa, carregada de algo denso e perigoso.

Luna inclinou-se levemente para ele, seu perfume floral envolvendo-o.

— Está tudo perfeito.

Sofia não disse nada, mas o brilho em seus olhos falavam por si só.

Mas Vincent não estava ali para se perder nelas, não ainda. Ele deslizou as mãos para longe e seguiu em frente, caminhando pelo salão principal enquanto absorvia os detalhes. Cada mínimo aspecto do Obsidian gritava exclusividade.

O teto alto era adornado por uma imensa estrutura de vidro e ferro negro, permitindo que a luz violeta refletisse em ângulos precisos. Poltronas de couro escuro, mesas baixas esculpidas à mão, esculturas abstratas e quadros discretos davam ao ambiente um toque de refinamento moderno. O bar, localizado no centro do salão, era iluminado por uma luz âmbar suave, onde garrafas raras descansavam em prateleiras de vidro.

Vincent observou os convidados. Ricos. Influentes. Curiosos. Homens e mulheres vestidos impecavelmente, explorando o espaço com olhares sedentos por novidade. Ele notou como os olhares se voltavam para ele à medida que avançava, e isso o satisfazia. Era esse o efeito que sempre teve sobre as pessoas.

No entanto, entre tantos rostos excitados e confiantes, um casal destoava.

O homem, de terno impecável, segurava uma taça de champanhe, mas não parecia exatamente confortável. Sua postura estava rígida, e ele parecia atento demais aos arredores, como se buscasse algo para se apegar. Ao lado dele, uma mulher de vestido vinho segurava a taça com os dedos delicados, mas seus olhos estavam vagando… e pousaram em Vincent.

Vincent nunca havia visto aqueles dois antes.

Mas ele sentiu o peso do olhar dela.

Mulheres olhavam para ele de muitas formas. Algumas com admiração. Outras com curiosidade. Outras com desejo evidente. O olhar daquela mulher continha algo diferente, uma hesitação misturada com algo mais profundo. Algo que Vincent conhecia muito bem.

Ele se aproximou do casal, sua presença dominando o espaço sem esforço.

— Primeira experiência de vocês? — perguntou, sua voz baixa e precisa.

O homem virou-se para ele primeiro. Seu aperto de mão foi firme, mas Vincent sentiu a tensão nos dedos dele.

— Sim. Gabriel Correia. Minha esposa, Isabela.

Vincent voltou sua atenção para ela. Isabela ergueu o olhar, tentando parecer composta.

— Vincent Weiser. Bem-vindos.

— É… impressionante — Gabriel disse, lançando outro olhar pelo salão — Nunca estivemos em um lugar assim.

Vincent sorriu de lado.

— É porque não há outro lugar assim.

Gabriel soltou um riso leve e sem jeito, mas Isabela não riu, apenas continuou olhando para Vincent. E ele percebeu.

Ela não estava ali apenas por curiosidade.

Vincent conhecia aquela dinâmica. Casais como aquele vinham ao Obsidian por um motivo: porque algo estava faltando. E quando algo faltava, havia sempre alguém disposto a preencher. Mas Vincent não era precipitado. Ele não jogava a isca antes da hora.

— Aproveitem a noite — Ele ergueu a taça para os dois e seguiu em frente.

Mas sentiu. O olhar dela ainda estava nele.

Ele caminhou até o centro do salão e subiu em um pequeno palco de madeira escura. As luzes ajustaram-se automaticamente para destacá-lo, e as vozes ao redor começaram a diminuir gradualmente. O peso da expectativa preencheu o ar.

Ele ergueu sua taça.

— Senhoras e senhores, — começou, sua voz firme e segura ecoando pelo salão. — Hoje, marcamos o início de algo único. O Obsidian não é apenas um clube. É um refúgio. Um espaço onde não há julgamentos, onde não há medo. Apenas desejo. Apenas liberdade.

Os convidados estavam hipnotizados.

— Esta noite, deixamos o mundo lá fora. Aqui, tudo o que importa… é o que realmente queremos.

Ele pausou, seu olhar deslizando brevemente pela multidão antes de pousar, por um segundo a mais, nos olhos de Isabela.

Ela respirou fundo.

Vincent sorriu.

— Sejam bem-vindos ao Obsidian.

FIM

Autor: Agradeço a todos que chegaram até aqui. A série saiu mais longa do que o planejado, mas acredito que cumpriu seu objetivo de contar a Origem de Vincent e deixando em aberto muitas possibilidades.

No momento, estou trabalhando em Amante Secreto II, que promete muitas novidades rsrsrs

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Foto de perfil de Fabio N.MFabio N.MContos: 139Seguidores: 161Seguindo: 51Mensagem Segredos para uma boa história: 1) Personagens bem construídos com papéis e personalidades bem definidas qualidades e defeitos (ninguém gosta de Mary Sue ou Gary Stu); 2) Conflitos: "A quer B, mas C o impede" sendo aplicado a conflitos internos e externos; 3) Ambientação sensorial, descrevendo onde estão seus personagens, o que estão vendo ou sentindo.

Comentários

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Sabemos que o Vincent não se importa em destruir casamentos mas será que ele se importa em destruir o relacionamento do filho?

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ótimo final! confesso que sentirei falta do vincent mas entendo que é o fim. ótimo conto, ganhou mais um seguidor e estarei esprando os próximos

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Imaginei q teria uma atração da namorada do filho por ele, vai ter algum conto a frente sobre esses personagens?

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Inicialmente teria, mas a série estava ficando muito longa.

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creio que deva ter, acho que tem muita coisa pra explorar. eu super apoio!

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Fabio, o objetivo foi alcançado, entendemos o que motiva Vicente. Contudo, Clara roubou a história, seus dramas ofuscaram a saga de Vicent, a coadjuvante tornou-se mais interessante que o personagem principal.

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A Clara só apareceu na parte 4 e morreu na parte 19. O que vocês gostam é do caos kkkk

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Não deixa de ser verdade mas, pensa comigo, na primeira temporada você construiu um personagem que se desestruturou totalmente a partir de um olhar de Vincent, na segunda o "fodão de Hamburgo" se apaixona e acaba CORNO! Todo alfa tem seu momento beta, ou como dizia meu avô: todo homem é, foi ou será corno...

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