Eventos beneficentes na igreja eram uma constante em nossa comunidade, e eu sempre me sentia compelido a oferecer minha ajuda à minha mãe e suas amigas, buscando aliviar qualquer sobrecarga que pudessem sentir. A irmã Cláudia era uma figura frequente nesse círculo de colaboradoras. Desde aquele nosso encontro fortuito e carregado de tensão na casa de praia, percebi que seus olhos frequentemente se fixavam em mim, embora suas ações nunca revelassem explicitamente um interesse. Era um olhar que eu sentia, mas que permanecia indecifrável.
A cena de chegar em casa e encontrar Cláudia e suas amigas reunidas na sala de estar ou compartilhando um café na cozinha era um acontecimento corriqueiro. Nesses momentos, invariavelmente, meus olhos eram atraídos por Cláudia. Havia algo inegavelmente atraente naquela mulher madura: a forma como seus vestidos longos delineavam suas curvas com uma certa ousadia discreta, e os sapatos modestos, tão característicos de sua devoção religiosa, paradoxalmente acentuavam sua feminilidade. Em minha mente, ela era uma "velha gostosa", uma combinação intrigante de recato e sensualidade.
Sempre fui um rapaz de compleição mais franzina, o que, em certa medida, afetava minha autoconfiança. Decidi, então, que ingressar na academia seria um passo importante para fortalecer meu físico e, consequentemente, impulsionar minha autoestima. E os resultados não tardaram a aparecer. Com o passar do tempo e o ganho de massa muscular, comecei a me sentir mais à vontade em meu próprio corpo. Passei a circular pela casa com mais frequência sem camisa, vestindo apenas um shorts. Confesso que havia uma ponta de exibicionismo nessa mudança de comportamento: eu queria, de alguma forma, me mostrar para aquelas mulheres mais experientes, talvez até despertar algum tipo de reação nas senhoras evangélicas que frequentavam nossa casa. Algumas vezes, as mais ousadas não se continham e deixavam escapar comentários que, para mim, eram como pequenos troféus:
— Seu filho cresceu mesmo, Sônia — comentavam as amigas, lançando olhares discretos em minha direção. Minha mãe, com um sorriso orgulhoso nos lábios, mal podia imaginar a teia de segredos que se formava sob o seu teto. Ela não fazia ideia dos meus pensamentos fixos em Cláudia, sua amiga predileta, aquela que, em momentos roubados, entregava-se a mim em encontros furtivos, longe dos olhares curiosos.
Casada e mãe de filhos já crescidos, Cláudia dedicava sua vida à igreja e ao convívio com as amigas da paróquia. Seu marido, um homem já na aposentadoria, encontrava seu passatempo nas mesas de dominó dos bares da vizinhança, alheio ao que acontecia em seu próprio lar. Por vezes, Cláudia era encarregada de buscá-lo, e os amigos dele não deixavam de notar a esposa — uma mulher que, apesar da idade, ainda ostentava um corpo de formas generosas, com os longos cabelos castanhos sempre presos em um coque elegante. Para muitos, era a personificação da mulher piedosa, uma verdadeira beata. No entanto, seus seios fartos, que insistiam em marcar presença sob os vestidos, e suas nádegas volumosas inevitavelmente atraíam os olhares mais lascivos e os pensamentos mais ousados daqueles homens.
Na igreja, Cláudia era a personificação da compostura. Nunca a vi em conversas íntimas ou brincadeiras com outros homens. Mantinha uma aura de seriedade e recato diante de todos, a imagem da esposa e mãe exemplar. Mas bastava a porta se fechar e nos encontrarmos a sós para que essa máscara caísse por terra. Em meus braços, Cláudia se transformava em outra mulher: a verdadeira Cláudia, uma mulher ardente e apaixonada, que deixava de lado os dogmas e as convenções para finalmente dar vazão aos seus desejos mais profundos. Nesses momentos secretos, ela me revelava uma faceta de sua personalidade que jamais seria imaginada pelos frequentadores da igreja ou por seu próprio marido.
— Menino... você é uma tentação constante na minha vida — sussurrou ela, a voz carregada de um misto de repreensão e anseio, ao me ver cruzar sozinho a cozinha de casa. A camisa havia ficado no quarto, deixando meus músculos, fruto dos treinos na academia, totalmente à mostra sob a luz da tarde. Cláudia estava encostada na pia de mármore, a concentração voltada para os pequenos salgados que preparava meticulosamente para o culto de domingo.
As bijuterias douradas que adornavam seu corpo, contrastando com o sobrepeso natural da idade, brilhavam sutilmente sob a luz artificial. Seus cabelos, sempre impecavelmente arrumados em um coque baixo, emolduravam um rosto que, apesar das marcas do tempo, mantinha um charme inegável, uma aura sedutora que me enfeitiçava. Mas era sua boca, com os lábios carnudos e levemente úmidos, que exercia sobre mim um poder hipnótico. Cada vez que meus olhos se encontravam com os dela, um desejo avassalador de possuí-la, de tê-la exclusivamente para mim, incendiava minha alma.
A fina malha do vestido longo não conseguia disfarçar o relevo dos bicos de seus seios, que se projetavam discretamente, acendendo ainda mais minha imaginação. No suave decote em "V", era possível vislumbrar a pele macia de seu colo, onde um delicado pingente de estrela repousava, um símbolo de sua fé que, ironicamente, parecia intensificar meu pecado. O calor abafado que emanava do fogão fazia pequenas gotas de suor brilharem em sua testa e escorrerem sutilmente pelo seu pescoço, um brilho úmido que percorria meu olhar e acendia ainda mais a chama da minha excitação. Naquele instante, movido por um impulso quase animalesco, aproximei-me de Cláudia com a cautela e a intensidade de um felino faminto que se esgueira sorrateiramente em direção à sua presa.
— Cada vez que meus olhos encontram os seus, uma onda de lembranças daquela noite na praia me invade, e a vontade de reviver cada instante, cada toque proibido, se torna quase insuportável — sussurrei em seu ouvido, a voz rouca e carregada de desejo, enquanto roçava meu corpo no dela, permitindo que ela sentisse inequivocamente a intensidade do meu estado de excitação. Um gemido baixo e involuntário escapou de seus lábios, um som que ecoou em meus ouvidos como uma promessa secreta, antes que ela, com um misto de pudor e autocontrole, se afastasse delicadamente.
— Em breve... — murmurou, a voz um fio de ar hesitante, antes de se desvencilhar do meu corpo e seguir em direção à porta da cozinha. Mas não sem antes lançar-me um último olhar por cima do ombro, um olhar carregado de promessas implícitas, e balançar levemente aquele quadril curvilíneo que tanto me enlouquecia, um movimento sutil que acendeu ainda mais o fogo da minha excitação, deixando-me em um estado de quase agonia.
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O salão da igreja fervilhava com a energia vibrante de um típico evento beneficente. As mesas, cobertas por toalhas coloridas e estampadas, curvavam-se sob o peso de uma variedade tentadora de quitutes caseiros: bolos fofos, tortas salgadas, empadinhas delicadas e docinhos açucarados. O aroma reconfortante do café fresco pairava no ar, misturando-se ao suave perfume dos bolos de canela e das flores que adornavam o ambiente. O burburinho constante das vozes abafadas das senhoras da igreja preenchia o salão, enquanto trocavam receitas secretas, compartilhavam novidades da semana e entoavam discretos louvores em meio às conversas. Eu me movia entre as mesas, ajudando a ajustar os arranjos florais e a garantir que tudo estivesse impecável para os convidados, mas meus olhos, como imãs irresistivelmente atraídos, não conseguiam se desviar da tarefa de procurá-la na multidão, ansiando por um breve contato visual, um sorriso furtivo que alimentasse a chama secreta que compartilhávamos.
E então, como se meus pensamentos a tivessem invocado, Cláudia fez sua entrada no salão.
Ela vestia um vestido de tecido leve e fluido, estampado com flores vibrantes que pareciam ganhar vida em seu corpo. O corte justo da peça abraçava cada curva voluptuosa, delineando sua silhueta com uma precisão que faria qualquer alfaiate se orgulhar. O decote, embora discreto para os padrões da igreja, insinuava mais do que revelava, sendo o suficiente para incendiar minha imaginação e despertar fantasias proibidas. Seus cabelos estavam presos em um coque displicente, com alguns fios rebeldes escapando e emoldurando seu rosto maduro com um toque de sensualidade natural. Nos lábios, um batom em um tom profundo de vinho parecia clamar por um beijo, uma promessa de sabores intensos e proibidos. Naquele momento, aos meus olhos, Cláudia irradiava uma beleza avassaladora, uma verdadeira tentação em forma de mulher. Eu sentia um desejo quase físico de provar cada centímetro de sua pele novamente, de reviver as sensações inesquecíveis de nossos encontros secretos. Minha mente estava completamente dominada pela imagem daquela mulher linda e experiente, e nada mais parecia ter importância.
Nossos olhares se encontraram em meio ao burburinho do salão, e um sorriso enigmático curvou seus lábios. Era um sorriso carregado de segundas intenções, um misto de cinismo e provocação, que denunciava o conhecimento mútuo de nossos segredos e desejos. Ela sabia exatamente o efeito que causava em mim.
Com uma desenvoltura calculada, ela começou a caminhar em minha direção, seus passos lentos e sinuosos, como os de uma felina se aproximando de sua presa. Ao se aproximar, fingiu um semblante de leve dificuldade ao segurar uma bandeja repleta de salgados apetitosos, como se precisasse de ajuda para aliviar o peso.
— Consegue me ajudar com isso, querido? — perguntou com uma voz suave e insinuante, depositando a mão delicadamente sobre meu antebraço. O contato de seus dedos pareceu irradiar uma corrente elétrica que percorreu meu corpo inteiro, despertando sensações há muito adormecidas. O perfume inebriante que exalava de sua pele, uma mistura sutil de flores e um toque adocicado, invadiu minhas narinas, turvando meus sentidos e me deixando em um estado de quase êxtase. Sem hesitar, como um autômato enfeitiçado, a segui imediatamente, ansioso por cada segundo de sua proximidade.
Assim que minhas mãos firmaram a bandeja, ela se aproximou ainda mais, invadindo meu espaço pessoal de uma forma quase imperceptível para os outros, mas profundamente excitante para mim. Senti a maciez de seus seios roçarem de leve contra meu peito enquanto ela, com uma atuação convincente, fingia ajustar a posição da travessa, buscando um ponto de equilíbrio que já existia.
— Você fica cada dia mais atraente, meu caro — sussurrou em meu ouvido, a voz um sopro quente que me arrepiou a espinha, enquanto um sorriso malicioso brincava em seus lábios pintados de vinho. — Deve estar treinando direitinho... Os resultados são... bem visíveis.
Lutei para manter uma fachada de normalidade, para não deixar transparecer o turbilhão de emoções que me assolava. No entanto, meu corpo já começava a trair meus esforços, reagindo incontrolavelmente à sua proximidade e às suas palavras carregadas de segundas intenções. Um calor intenso se espalhou pelo meu corpo, uma combustão interna que nada tinha a ver com a temperatura ambiente do salão. Era o fogo do desejo, alimentado pela presença magnética de Cláudia e pela lembrança vívida de nossos encontros secretos. O gosto da sua buceta permanecia vivo na minha memória.
Ela se afastou de mim com uma lentidão calculada, como se cada centímetro de afastamento fosse um tormento para ambos, deixando no ar uma névoa de seu perfume doce e envolvente, uma assinatura olfativa que me perseguiria pelo resto da noite. E, como uma felina que brinca com sua presa, Cláudia manteve o jogo de sedução durante todo o evento beneficente. Ela circulava pelo salão da igreja com uma desenvoltura elegante, conversando animadamente com os outros membros da congregação, trocando sorrisos e palavras gentis, mas seus olhos invariavelmente voltavam para mim, lançando olhares furtivos e carregados de promessas silenciosas. Era como se ela estivesse constantemente se exibindo, consciente do efeito que sua presença tinha sobre mim.
Ela se curvava com uma lentidão proposital para apanhar objetos caídos no chão, oferecendo-me vislumbres tentadores de suas curvas acentuadas pelo vestido justo. Seus olhares se demoravam em mim por frações de segundo que pareciam eternidades, carregados de uma intensidade que me incendiava por dentro. Ao provar um dos doces da mesa, sua língua hesitava por um instante sobre os lábios, um gesto involuntário que, aos meus olhos, se transformava em uma provocação irresistível. Em alguns momentos fortuitos, nossos dedos se roçavam ao alcançarmos os mesmos objetos nas mesas, um contato breve e casual para os outros, mas para mim, uma descarga elétrica que me deixava trêmulo. Cada um de seus gestos era um convite silencioso, uma mensagem codificada que apenas nós dois entendíamos.
Em certo momento da tarde, surgiu a necessidade de guardar algumas caixas de doações no depósito dos fundos da igreja. Ela se ofereceu para ajudar, e caminhou à minha frente pelo corredor estreito. A visão de sua cintura sinuosa balançando dentro do vestido apertado, a cada passo que dava, quase me fez perder completamente o controle. Era uma dança silenciosa de suas curvas, um balé provocador que acendia ainda mais o fogo que ardia em minhas veias.
Ao entrarmos no depósito, uma onda de ar abafado e carregado de poeira nos envolveu. O espaço era exíguo, mal iluminado por uma única lâmpada fraca pendurada no teto, criando sombras misteriosas que dançavam nas paredes repletas de objetos esquecidos. A proximidade forçada naquele ambiente confinado intensificou ainda mais a tensão entre nós.
Como se estivesse ensaiando cada movimento, ela se virou para mim, apoiando as costas na parede fria e empoeirada. Seus olhos fixaram-se nos meus com uma intensidade magnética, enquanto seus dentes aprisionavam o lábio inferior em uma mordida lasciva, um gesto que incendiava ainda mais o desejo que lutava para conter. Havia uma expectativa em seu olhar, como se ela estivesse me testando, aguardando minha reação àquele jogo perigoso.
— Se continuar me olhando com essa voracidade, meu caro, vai acabar me devorando aqui mesmo, no meio dessas caixas empoeiradas de doação... — provocou, a voz baixa e rouca, carregada de um desejo e de uma ironia deliciosa que me atiçava ainda mais. O som de sua voz no espaço confinado, como um segredo sussurrado na escuridão.
Instintivamente, dei um passo em sua direção, sentindo meu coração martelar furiosamente contra as costelas, o sangue pulsando nas têmporas e todos os meus sentidos à flor da pele. A necessidade de tocá-la, de senti-la em meus braços, tornou-se quase insuportável. Eu queria agarrá-la ali mesmo, sem me importar com o local ou com as possíveis consequências, mas antes que eu pudesse alcançá-la, ela ergueu um dedo delicado e o pousou suavemente sobre meus lábios, silenciando meu avanço e acalmando, ao mesmo tempo, minha impaciência.
— Não aqui... ainda não — murmurou, seus olhos faiscando com uma promessa secreta. — Mas você vai me ter de novo. Em breve. Prepare-se para a espera, meu menino. — Com uma calma surpreendente, como se nada de extraordinário tivesse acabado de acontecer, ela se desvencilhou da parede e saiu do depósito, deixando para trás o rastro inebriante do seu perfume e a promessa tácita de um reencontro que eu mal podia esperar, uma expectativa que me consumia por dentro.
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Nos dias que se seguiram ao evento beneficente, um silêncio inquietante pairou sobre a ausência de Cláudia. Ela não deu as caras nos cultos dominicais, onde sua presença era quase uma instituição, nem nos encontros fervorosos do círculo de oração, dos quais raramente se ausentava. Minha mãe, alheia à verdadeira razão de seu desaparecimento, comentou com uma expressão preocupada que Cláudia estava dedicada aos cuidados de um parente enfermo, cuja saúde havia se deteriorado repentinamente, e que talvez só pudéssemos revê-la no final da semana.
Mas, em meu íntimo, a verdade ressoava com uma certeza perturbadora. Eu sabia, com uma convicção visceral, que aquele sumiço repentino não era obra do acaso. Era uma estratégia calculada, um jogo perverso que ela havia iniciado com maestria.
Ela queria me enlouquecer com a saudade e a antecipação.
E, maldita seja, ela estava conseguindo.
A semana se arrastou em uma agonia lenta e torturante. A inquietação se tornou minha sombra constante. A energia para os treinos na academia se esvaiu, substituída por uma letargia opressora. A comida perdia o sabor, tornando-se apenas uma obrigação mecânica. O sono se tornava um refúgio inatingível, povoado por imagens fragmentadas de Cláudia que me despertavam em um banho de suor frio. Cada lembrança da sua presença me atingia com a intensidade cortante de uma punhalada de desejo: o aroma inebriante do seu perfume pairando no ar como uma promessa não cumprida, o breve toque acidental de seus dedos na cozinha que acendera uma faísca perigosa, a visão do vestido florido colado ao seu corpo, delineando suas curvas proibidas, e, acima de tudo, aquele sussurro carregado de intenção no depósito escuro, uma sentença de desejo que ecoava incessantemente em meus ouvidos.
Na sexta-feira à noite, quando a esperança de vê-la naquela semana já começava a se esvair, como a água que escorre pelos dedos, meu celular vibrou com a notificação de uma mensagem de um número desconhecido. A curiosidade misturada à ansiedade me impulsionou a abrir a mensagem:
“Apareça amanhã, depois do almoço. O pescador vai se aventurar em alto mar. Estarei assando um bolo delicioso. E você sabe muito bem o que acontece quando me encontro sozinha naquele santuário culinário…”
O endereço anexado à mensagem era inconfundivelmente o da casa dela. Nossos encontros furtivos sempre haviam se limitado aos arredores da igreja ou à segurança da minha casa. Invadir o território dela era um passo perigoso, carregado de riscos inimagináveis, mas a clareza do convite, a promessa implícita em suas palavras, tornava a oferta absolutamente irrecusável.
No sábado, a impaciência me consumia desde o raiar do sol. Vesti uma camiseta de algodão leve, uma bermuda despojada e chinelos, tentando disfarçar a excitação que fervilhava em meu interior com uma falsa casualidade. Cada passo em direção à sua casa parecia ecoar o ritmo acelerado do meu coração, que palpitava descompassadamente em minha garganta. Ao erguer a mão para bater na porta, senti um tremor percorrer meu corpo.
A porta se abriu, revelando Cláudia radiante, com um sorriso indecente que iluminava seu rosto e prometia transgressões deliciosas.
Ela vestia um vestido de alças finas, de um tecido suave que escorria por suas curvas como um sussurro. A ausência de sutiã era uma declaração ousada, seus seios fartos e firmes balançavam livremente sob o tecido leve a cada movimento, uma dança sutil que prendia meu olhar hipnotizado. Estava descalça, os pés delicados em contraste com a sensualidade do restante do corpo, e seus longos cabelos castanhos estavam soltos, caindo em ondas suaves pelos ombros e emoldurando seu rosto com uma aura de abandono e desejo.
— Pensei que a saudade não fosse te trazer até aqui — disse ela, com um sorriso travesso nos lábios, antes de morder lascivamente um morango vermelho e suculento. Seus dedos, agora manchados pelo vermelho da fruta, foram levados à boca em um movimento lento e deliberado, cada lambida um convite silencioso e provocador. Vê-la ali, descalça sobre o piso frio, com aquela aura de sensualidade despreocupada, fez meu corpo reagir instantaneamente, despertando uma ereção impaciente sob a bermuda.
Entrei na casa, sentindo o peso do silêncio quebrado apenas pela melodia suave e familiar de uma música gospel que emanava da sala de estar, um véu sonoro de recato que parecia destinado a desmoronar a qualquer instante.
Na cozinha, o aroma doce e reconfortante do bolo de chocolate recém-feito se misturava de forma inebriante com o perfume característico de Cláudia, aquela fragrância que agora me assombrava em meus sonhos mais vívidos, uma tortura deliciosa que me mantinha em um estado constante de anseio.
— Quer provar um pouquinho da massa? — perguntou ela, a voz carregada de uma malícia divertida, mergulhando o dedo indicador na tigela de chocolate cremoso e estendendo-o em minha direção como uma oferenda tentadora.
Em vez de pegar seu dedo com a minha mão, como se fosse um gesto casual, inclinei-me e o capturei diretamente com meus lábios. Chupiei o chocolate lentamente, saboreando a doçura amarga enquanto meus olhos permaneciam fixos nos dela, buscando e encontrando a mesma intensidade de desejo que ardia em meu interior.
Um tremor percorreu o corpo de Cláudia, visível na leve contração de seus ombros e no rápido pulsar da veia em seu pescoço.
— Menino... — sussurrou ela, a voz embargada por uma emoção intensa, mas as palavras seguintes ficaram presas em sua garganta, silenciadas pela eletricidade palpável que dançava entre nós.
Impulsionado por um desejo avassalador, encurtei a distância entre nós. Envolvi sua cintura com minhas mãos, sentindo a textura sedosa e quente de sua pele sob o tecido fino do vestido. Ela abandonou a tigela na pia com um pequeno baque, virou-se completamente para mim e me abraçou pela nuca, seus dedos se enroscando em meus cabelos enquanto puxava meu rosto de encontro ao seu, em um gesto possessivo e urgente.
— Todas as janelas estão trancadas, meu amor. As cortinas, bem fechadas. Estamos completamente sós, entregues um ao outro neste nosso santuário secreto — murmurou ela contra meus lábios, a voz rouca e carregada de uma excitação palpável. — Agora, me prove que cada segundo daquela torturante espera valeu a pena... me mostre que você não passou essa semana se consumindo em vão...
As palavras se dissiparam no ar, substituídas pela linguagem universal do desejo.
A cozinha, antes um espaço de aromas doces e tarefas domésticas, metamorfoseou-se em um campo de batalha onde a tensão acumulada da semana se descarregava em ondas de paixão avassaladora. Nossos beijos eram famintos, urgentes, como se nossos lábios tivessem uma sede insaciável um do outro. Nossas mãos exploravam avidamente cada curva, cada contorno, como se quisessem redesenhar a geografia de nossos corpos, redescobrindo cada centímetro de pele como se fosse a primeira vez. O calor que emanava de nossos corpos entrelaçados se misturava com o calor suave do forno, mas nada parecia mais incandescente, mais capaz de incendiar os sentidos, do que a pele macia e quente de Cláudia sob o toque ávido de minhas mãos.
O vestido caiu pelos ombros como se tivesse vida própria.
Seus seios pesados caídos, os peguei com as minhas mãos e passei a lambe-los, ela gemia baixinho e pedia para chupa-los. Eu mamava com entusiasmo e meu tesão só aumentava os apertando com cada vez mais força.
Ela me sentou no sofá e subiu por cima do meu colo como uma adolescente, aquela velha queria aproveitar cada momento, começando a nos beijar e podia sentir seus seios roçando no meu peito e suas nádegas raspando no meu pau por cima da calça, a cada segundo ela rebolava mais e mais em cima do meu colo enquanto eu apertava suas nádegas com força, sua língua espalhando todo o seu sabor pela minha boca.
Deslizava as mãos pelas suas costas nuas e sentia suas unhas na parte de trás do meu pescoço.
-Quero você inteira só pra mim, Cláudia, seja minha vadia- eu disse enquanto a beijava
-Eu sou sua puta, só sua - Ela disse enquanto saia de cima do meu colo e se posicionava no sofá de quatro, por baixo de seu vestido não havia nada, apenas um convite ao prazer então eu me deletei.
Cláudia segurava para não gritar e a cada estocada ela olhava para trás fixando seus olhos nos meus, eu segurava na sua cintura enquanto a olhava de volta e depois direcionava meu olhar para os nossos sexos unidos, o tesão estava nas alturas e eu estava prestes a gozar.
Olhei para baixo e então cuspi em meu membro para lubrificar, os gemidos aumentaram a velocidade da ação também. Irmã Cláudia então implorou.
-Joga leite em mim, joga
Eu obedeci seu pedido, espalhei sêmen por todo corpo de Cláudia e a mesma ficou ali jogada no sofá onde se sentava com seu marido e filhos nas noites em família. A mesma se despediu de mim com um pouco de arrependimento no olhar, mas na semana seguinte ela me procurou novamente.