Mano… eu preciso contar isso. Não dá pra guardar só pra mim. Até porque nem parece que foi real, mas foi. Aconteceu ontem, no fim do meu turno no Bazar, com a Ingrid — minha supervisora.
Pra quem não conhece, a Ingrid é uma mulher que chama atenção sem nem tentar. Baixinha, usa óculos, cabelo alisado com umas mechas castanhas, e anda sempre com roupa justa. A bunda dela é grande de um jeito que parece que nasceu pra calça colada. Sempre foi simpática comigo, às vezes dura quando precisava, mas nunca grossa.
E tipo, já fazia umas semanas que a gente tava num joguinho meio velado. Troca de olhares, piadinha com duplo sentido. Tinha dia que ela mandava mensagem falando que tava suando na academia, e eu só respondia: “imagino a bunda derretendo aí dentro da legging”. Ela ria, falava “você não presta” ou “idiota”, mas nunca cortava.
Uma vez, no almoço, ela falou:
— Cara, juro que tem dia que volto da academia parecendo que saí de um balde de água.
E eu mandei:
— Imagina o cheiro… deve tá viciante.
Ela me deu um tapa e falou rindo:
— Credo, nojento.
Mas o jeito que ela riu… mano. Eu sabia que ela curtia essa provocação. E eu também curtia ver ela toda desconcertada. A tensão só aumentava.
Ontem, fim do expediente, a loja tava mais vazia. A Ingrid tava resolvendo um negócio no depósito do fundo, aquele mais quente e apertado. Aí me chamou:
— Júnior, me dá uma ajudinha aqui rapidinho?
Fui sem pensar. Quando cheguei lá, ela já tava suada, o rosto brilhando, o cabelo meio desmanchado, preso no alto. A blusa branca colada nos peitos médios, e a calça agarrada na bunda suada. E o cheiro… não era perfume. Era suor. Corpo de verdade. Aquilo me deixou com o pau duro na hora.
Ela tava abaixada, organizando umas caixas, e eu não resisti:
— Chefe, cuidado aí que essa visão aí é perigosa.
Ela virou o rosto com aquele sorriso safado de canto:
— Ah pronto, lá vem besteira.
— Cê sabe que sua bunda tem vida própria, né? Tá quase batendo em mim aqui.
Ela riu e levantou, com a mão na cintura. Ficou me olhando por uns segundos.
— Você é muito sem vergonha, Júnior. E pior que eu deixo, né?
— Porque gosta.
Ela desviou o olhar, sorrindo, meio tímida.
— Talvez…
Eu fui chegando perto. Devagar. A energia no ar era outra. Ela encostou na parede, meio sem saber se ia me empurrar ou me puxar. Fiquei a uns centímetros dela e falei baixinho:
— Se você não quiser, eu vou embora agora.
Ela ficou me olhando, respirando fundo. E sussurrou:
— Fecha a porta.
Fechei. Voltei e fiquei cara a cara com ela. A respiração dela tava acelerada. Aproximei e beijei. E ela respondeu na hora. Puxou minha nuca, meteu a língua. O beijo foi quente, molhado, cheio de vontade guardada.
Fui descendo, beijei o pescoço suado, ela tremendo. A mão dela apertava meu ombro forte, como se estivesse tentando manter o controle. Quando cheguei na cintura dela, beijei devagar, senti a pele quente. Ela disse ofegante:
— Júnior… eu tô toda suada, não é legal isso…
— É exatamente isso que eu quero.
Ela mordeu o lábio. Virou de costas. Puxou a calça devagar até o meio da coxa. A calcinha tava colada, marcada entre as bandas da bunda. Dava pra ver o brilho do suor.
— Jura mesmo que vai meter a cara nisso? Tá nojento…
— Cala a boca e deixa comigo.
Me ajoelhei atrás dela e puxei a calcinha devagar. O cheiro subiu. Forte, real. Suor, tesão, corpo. Passei a língua entre as bandas da bunda e ela já gemeu na hora, encostando a testa na parede.
— Ai caralho… que porra é essa…
Continuei lambendo, devagar. Sentia o gosto dela, da pele quente. Rodeava com a língua em volta do cuzinho suado, depois dava uma pressãozinha no centro. Ela se encolhia, gemia baixo.
— Júnior… meu Deus… que coisa absurda…
Mas não se afastava. Pelo contrário, empinava mais. Fui firme. Passei um bom tempo só ali, no cuzinho dela, lambendo, sugando, sentindo a textura, o gosto do suado, o salgado da pele. Ela tremia, rebolava devagar.
— Continua… não para, pelo amor de Deus…
Até que o corpo dela começou a travar. As pernas tremendo, a respiração descompassada.
— Ai… tô vindo… tô vindo, caralho…
Ela gozou ali mesmo. Tremendo. Se apoiou na parede pra não cair. Eu levantei devagar, ainda sentindo o gosto dela na boca. A gente trocou um olhar rápido. Nenhuma palavra. Só aquele olhar cúmplice, de “aconteceu”.
Nos ajeitamos em silêncio e voltamos pra loja como se nada tivesse rolado. Mas à noite, já em casa, ela me mandou mensagem:
Ingrid: “Você é muito sem vergonha mesmo.”
Eu: “Cê que deixou, ué.”
Ingrid: “Não deixei tudo ainda… mas vou dar o troco. No bom sentido.”
Desde então, não consigo pensar em outra coisa. Se esse “troco” dela for do jeito que eu tô imaginando… irmão, eu tô lascado. E feliz.