Era cedo demais pra um sábado, mas o céu já estava limpo, azulando as sombras sobre o concreto do estádio. Eu não sabia exatamente o que me levou ali - talvez a promessa de mudar de vida, talvez a insistência da Camila, a personal amiga de um amigo, que vivia dizendo que meu sedentarismo ia me matar.
O evento era gratuito, com direito a circuito funcional, alongamento coletivo, corrida leve e uma competição amistosa no final. Música alta, cones coloridos, tapetes de borracha sobre o asfalto e uma fila de gente bonita se espreguiçando com gosto. A vibe era contagiante. Eu estava deslocado - camiseta preta colando no corpo, tênis velho demais pra corrida e um suor precoce só de estar ali parado.
Camila me deu um tchau apressado do alto do palco improvisado, já cercada de alunos antigos e novos curiosos como eu. Era carismática, dava ordens com um sorriso e fazia as pessoas se mexerem sem perceber.
Foi quando eu vi ela.
Milena.
Não sabia o nome ainda, mas foi automático. Meus olhos prenderam. Ela se alongava de costas pra mim, uma das pernas apoiada numa grade, o corpo inclinado. O short de academia justo demais pra ignorar. Nada exagerado - tudo no lugar certo. A bunda grande, redonda, com aquele desenho que a gente sente mesmo de longe. Coxas torneadas, cintura marcada, e uma blusa que grudava nos seios de um jeito... convidativo. Eles não eram enormes, mas lindos. O tipo que parecia ter sido feito na medida certa pra encher a mão sem exagero.
Precisei me aproximar, como um marinheiro atraído pelo canto de uma sereia. Fiquei perto mas não em cima dela, não queria parecer um pervertido e deixa-la desconfortável por causa dos meus olhares curiosos. Seria uma falta de educação não manter a discrição, apesar de que minha vontade era de olhar fixamente.
Seu cabelo castanho amendoado estava preso num rabo alto. Ela se virou e eu vi o resto - a boca bem feita, os olhos castanhos vivos, atentos. Tinha algo de orgulhosa na postura. Bonita de um jeito firme. A amiga ao lado falou alguma coisa e ela riu - um riso rápido, que se apagou assim que o olhar dela congelou, mirando alguém mais adiante.
Segui o olhar sem pensar.
Um cara de barba bem feita, camisa branca justa, rindo alto com uma loira colada nele que mexia no cabelo e se empinava como se precisasse provar algo. Milena desviou o olhar, mas tarde demais. Eu vi. O jeito como os lábios dela se fecharam, como a respiração ficou curta por um segundo. A amiga disse "é óbvio que ele não teria vergonha de desfilar com a perua que te traiu", num tom meio indignado. Milena respondeu com um "deixa pra lá, quero focar apenas no presente" num tom quase mudo.
Foi ali que eu soube. Não fazia ideia de quem ela era, mas naquele momento, eu queria ser o "presente" dela. Nem que fosse por trinta minutos.
A música aumentou um pouco, misturando pop com funk leve. Camila pegou o microfone e começou os primeiros comandos da aula. Gritos animados, alongamentos sincronizados, palmas, gritos de "bora!" vindo de todos os lados.
Tentei acompanhar, mas meus olhos voltavam sempre pro mesmo lugar.
Milena se movia com facilidade. Tudo que ela fazia era mais bonito do que deveria ser. Os agachamentos dela eram uma lição de anatomia, e não apenas pela bunda - era o equilíbrio, o foco, a leveza. A amiga ao lado já dava sinais de cansaço. Milena nem parecia suar.
Eu estava tentando manter o fôlego e a dignidade quando Camila anunciou a parte da corrida no circuito: três voltas em ritmo leve ao redor do campo.
E foi aí que tudo aconteceu.
Milena disparou como quem precisava correr de si mesma. A amiga ficou pra trás rapidinho. Eu hesitei por dois segundos - e fui atrás. Não porque eu achasse que podia alcançá-la, mas porque queria mais tempo pra vê-la.
Na segunda volta, ela já estava bem à frente, e eu, lutando contra a falta de preparo, tropecei num cone mal posicionado.
Foi o destino.
Tropecei, quase caí de cara no chão, mas consegui me equilibrar com um pulo desajeitado e uma expressão de susto que, por milagre, a fez rir. Eu a ouvi rir. Ela estava olhando pra trás, e eu era o motivo.
Me aproximei com o resto da coragem que ainda não tinha evaporado.
- Eu quase virei estatística agora, né? - soltei, ainda ofegante. - "Homem morre tentando impressionar mulher durante corrida leve".
Ela deu um sorriso de lado. Aqueles olhos castanhos finalmente em mim.
- A culpa não é minha se você não tá em forma.
- Se for pra cair por você, eu caio de novo - falei, sem pensar.
Ela riu. Mais largo dessa vez.
- Você tem cara de quem fala isso pra todo mundo.
- Juro que é a primeira vez. Meu arsenal de cantadas não incluía a quase queda seguida de flerte autodepreciativo.
- Pelo menos é honesto.
Corremos lado a lado por um trecho. O som do nosso tênis no chão, da respiração acelerada, da música ao longe, e o barulho do mundo atrás de nós. Um microcosmo só nosso.
- Brenno. - estendi a mão, correndo mesmo assim.
- Milena.
- Nome bonito. Combina com... você.
- Essa é uma que estava no arsenal?
- Sim. Se eu descobrisse que seu nome é Gertrudes, ainda assim ia achar que combina com você. Porque, sinceramente, tudo em você parece dar certo.
Ela não disse nada, mas olhou de lado e sorriu. O tipo de olhar que demora meio segundo a mais que o normal. Aquele que não te diz sim nem não, mas diz: "segue tentando, tô te ouvindo."
E então, o ex apareceu de novo. Parado perto da arquibancada, rindo alto com a loira no colo, quase como se tivesse certeza de que Milena ia olhar.
Ela olhou.
E eu vi a mudança. Não raiva, nem ciúmes - uma raiva mais fria, tipo desdém.
Milena virou de novo pra mim, o rosto mais sério agora.
- Vem comigo - disse, sem dar tempo de resposta.
Ela entrou num corredor lateral do estádio, daqueles que levam a depósitos ou vestiários desativados. Eu hesitei por meio passo, e depois fui. Não porque achasse que algo ia acontecer - mas porque eu queria estar perto dela. A curiosidade, o impulso, a conexão... alguma coisa me puxava.
O som da atividade lá fora foi se abafando, engolido pelas paredes de concreto cinza. Paramos atrás de um pilar largo, onde ninguém nos via. O lugar tinha cheiro de cimento úmido, calor abafado, e uma tensão quase elétrica no ar.
Ela encostou na parede, braços cruzados, cabeça encostada no concreto. Respirava fundo. Evitava meu olhar.
- Ele sempre faz isso - disse, quase como se falasse com ela mesma. - Me olha como se ainda me tivesse, mas finge que não me vê. Traz qualquer mulher, mas me vigia. Ele quer me ver reagir.
Eu fiquei quieto. Não sabia o que dizer. Só a escutava.
- E hoje eu não ia reagir - ela continuou, olhando pro chão. - Mas aí você apareceu com esse jeito meio perdido, tropeçando nos cones, tentando me acompanhar... - ela sorriu, e era um sorriso sincero agora. - Foi a primeira vez que alguém me fez rir hoje.
- Não foi planejado - eu disse, com um meio sorriso.
Ela levantou os olhos pra mim. O olhar estava diferente. Ainda indecisa, mas... mais aberto. Quente.
- Não sei por que eu te chamei aqui - confessou. - Talvez porque eu queria sumir por cinco minutos. Talvez porque você parece... seguro. Não do tipo que quer impressionar. Só... você mesmo.
Dei um passo mais perto. Devagar. Ela não recuou.
- Eu não vim te impressionar - falei. - Mas você me impressionou.
Ela mordeu o lábio. Os olhos estavam em mim. Não havia mais pressa. Só um silêncio que nos puxava. Um calor entre nós.
- Isso aqui não é o tipo de coisa que eu costumo fazer. - Ela disse, como se ainda procurasse uma desculpa.
- Eu sei. - Minha voz saiu baixa. - Mas eu tô aqui. Se você quiser.
Ela me olhou. Um segundoE então, aconteceu. Não um impulso, mas uma entrega. Ela se aproximou com um passo só, as mãos no meu peito. Encostou a testa na minha. A respiração dela era quente, ofegante. O suor escorria pelo pescoço, pelo peito que subia e descia sob a blusa apertada.
- Quero que ele se foda. - ela disse. - E que você me foda.
E me beijou.
O beijo de Milena me pegou de surpresa - um misto de raiva, desejo e descontrole. A língua dela invadiu minha boca com sede. Ela segurou minha nuca com uma das mãos, puxando meus cabelos curtos com força. Sua outra mão foi descendo pela lateral do meu corpo, parando na barra do meu shorts.
- Encosta aí. - A voz dela veio baixa, rouca, carregada de intenção.
Senti as costas tocarem o concreto gelado, um arrepio subiu direto pela espinha. Milena me empurrou sem delicadeza, determinada, com aquela fome nos olhos que já me fazia endurecer antes mesmo de qualquer toque.
Abaixou-se devagar, ainda ofegante da corrida. O rosto dela suado, os cabelos colados no rosto, os olhos fixos nos meus. Quando puxou meu short, meu pau já estava duro, pulsando. O calor do corpo dela parecia atrair o meu, como se tudo ali fosse feito de tensão.
Ela não me engoliu de cara. Primeiro olhou, analisou. Pegou com as duas mãos, passou os dedos pelas veias, sentindo o suor escorrer junto.
- Até o cheiro me deixa excitada... - ela sussurrou, como se falasse sozinha, e eu senti meu abdômen contrair.
Milena começou com a língua. Um traço lento, da base até a cabeça, só pra provocar. Depois contornou a glande, lambendo como quem saboreia algo raro. O sal da pele, o leve amargor do pré-gozo - ela parecia querer tudo.
- Gosto de homem suado, sabia? - falou, sem parar de me encarar, com a língua ainda brincando no topo.
Quando finalmente me colocou na boca, foi só a ponta. Ela sugou devagar, só a glande, enquanto me olhava de baixo, com aquele sorriso torto de quem sabia exatamente o que estava fazendo comigo. A sensação era torturante - quente, molhado, firme. A sucção ritmada, quase como se testasse quanto tempo eu aguentaria.
A cada vez que tirava a boca, ela deixava minha cabeça brilhar com saliva, pingando. Depois voltava, lambia, beijava a base, enchia o pau de beijos lentos, como se adorasse cada parte.
- Você tá tremendo... - disse, passando a unha pela minha coxa. - Vai gozar sem eu nem ter começado?
Me perdi ali. A boca dela finalmente começou a me engolir de verdade, mas ainda mantinha o ritmo lento, doloroso de tão gostoso. Cada entrada era mais funda, cada saída, mais molhada.
Eu gemia, arfava, segurava os ombros dela, como se aquilo fosse real demais pra suportar sem me apoiar. Milena era crua, sem frescura, e ao mesmo tempo uma deusa no controle.
- Quero sentir seu gosto inteiro... - ela murmurou, antes de me engolir mais uma vez.
Milena me engolia mais fundo agora, mas ainda não entregava tudo. A boca dela era quente, acolhedora, e o contraste com o ar frio do lado de fora deixava minha pele em alerta.
A cada estocada com a boca, ela me olhava. O prazer vinha em ondas, e justo quando eu sentia que ia perder o controle, ela parava. Tirava meu pau da boca lentamente, deixava um fio de saliva escorrer da ponta até o canto dos lábios.
- Ainda não. - sussurrou, com aquele tom que misturava ordem e carinho.
Segurou a base do meu pau com firmeza e começou a passar a língua devagar pela glande, contornando com cuidado, como se esculpisse. Era torturante.
- Você tá muito perto, né? - Ela sorriu, passando a unha leve pela parte interna da minha coxa, provocando ainda mais arrepios. - Mas eu quero que você implore.
Eu tentei falar, mas tudo o que consegui foi gemer. O suor escorria pelas minhas têmporas, pelas costas, e eu já sentia o coração bater na garganta.
Milena passou a língua pela lateral do meu pau até chegar à base, beijando ali com carinho exagerado. Depois foi mais abaixo, entre as bolas, lambendo, sugando, explorando.
- O gosto aqui é ainda mais forte... - murmurou, e eu quase caí de joelhos.
Ela se demorou ali, com a língua quente e molhada, me fazendo contorcer.
Quando voltou pra glande, passou a língua devagar, olhando pra mim de novo.
- Você vai me pedir pra gozar, não vai? Vai implorar, de tanto que tá precisando...
Eu nunca tinha sentido nada assim. Não era só o prazer físico - era a entrega, o controle que ela tinha, a forma como usava o corpo como arma, como arte.
- Milena, por favor... - escapou, num gemido baixo e rouco.
Ela sorriu como se tivesse vencido alguma batalha. Mas mesmo assim não me deu o que eu queria. Deixou meu pau latejando, exposto, melado, e subiu, se aproximando do meu rosto. O cheiro dela, o gosto da boca, o olhar... tudo era estímulo.
- Ainda não, Brenno... - disse perto da minha boca, com um sorrisinho sacana. - Eu gosto de te torturar.
Ela ficou ali, pertinho, com os olhos fixos nos meus, os lábios quase encostando nos meus, mas sem beijar.
- Sabe o que mais eu gosto? - sussurrou, roçando o nariz no meu. - De ver um homem que se acha forte ficar todo mole por causa da minha boca.
Me empurrou de leve e desceu de novo, devagar, sem pressa. As mãos firmes nas minhas coxas, os olhos ainda colados nos meus. Quando chegou lá embaixo, segurou meu pau com uma das mãos e começou a dar leves lambidas, como se estivesse saboreando uma sobremesa.
- Ainda tá suando... - comentou com um sorriso, passando a língua pela base e depois sugando uma das bolas com uma lentidão que me fez gemer alto. - Gosto disso.
Subiu outra vez a língua por todo o comprimento, até a ponta. Deixou a glande repousar entre os lábios, mas sem engolir, só esfregando devagar, sentindo, explorando.
Eu tremia. Literalmente. Cada toque dela era milimetrado. Quando finalmente abocanhou de novo, não foi fundo. Ficou só na ponta, com a língua circulando devagar, como quem sabe exatamente o que está fazendo e quer fazer durar.
E fazia durar.
Ela tirou de novo, dessa vez passando o polegar pela minha cabeça melada de pré-gozo. Levou o dedo à boca e chupou, como se experimentasse algo novo.
- Já tá desse jeito... - falou entre risos curtos, com aquela voz rouca de mulher que sabe o poder que tem.
E voltou.
Agora mais firme, mais segura. Engolia e deixava escorregar, firme na base, olhando pra mim como quem lê meus pensamentos.
Eu queria avisar que ia gozar, mas ela já sabia. Parou um segundo antes.
- Quase, né? - riu, mordendo o lábio. - Mas eu ainda não deixei.
Se afastou, ficou de pé de novo. Me encarou, passando a mão entre as próprias coxas suadas, encharcadas.
- Vai ter que aguentar mais um pouco... quero que você me coma com vontade.
E naquele momento, eu não sabia o que doía mais: o tesão ou a espera.
Milena levantou e me beijou e o gosto de nós dois misturados estava em sua boca. O beijo veio mais lento dessa vez, e ela se virou de costas, abaixou o shorts junto da calcinha fio dental, e encostou as palmas das mãos na parede de concreto. Suas coxas grossas e bronzeadas eram apetitosas. A bunda, redonda e firme, parecia feita sob medida. Estava empinada e me chamando.
Me ajoelhei atrás dela, segurando seus quadris com ambas as mãos.
- Agora é minha vez. - murmurei.
Ela arqueou levemente as costas, empinando mais. Minhas mãos deslizaram por suas coxas até aquela buceta maravilhosa, onde o calor era quase insuportável. Ela já estava molhada, escorrendo. Inclinei o rosto e passei a língua devagar, explorando toda sua vulva, sentindo o sabor salgado e doce, a textura lisa, o movimento do corpo dela se entregando.
Milena gemia baixo, com a testa apoiada na parede, os olhos fechados. Mas eu queria mais.
Separei suas nádegas com firmeza, abrindo espaço com a língua já faminta. O cheiro me invadiu de imediato, denso, quente, carregado de suor fresco e esforço. Não era perfume nem assepsia - era corpo cru, porra, era cheiro de fêmea viva, suada de corrida, o gosto salgado ainda escorrendo das costas até o cu. Lambi devagar no começo, saboreando o sabor salgado e azedo que grudava na pele, entre o buraco e o suco escorrido mais abaixo. Era sujo. Era perfeito. Ela arqueou na hora, gemendo alto, empinando pra mim como se pedisse mais, como se aquele beijo no cu fosse tudo que precisava. E eu fui fundo, com fome, com vontade, revezando entre círculos lentos com a ponta da língua e lambidas amplas, desesperadas, como se fosse lamber a alma dela por ali. O sabor era forte, viciante - suor, tesão e um restinho da corrida que ela tinha feito minutos antes. Sentia o cu dela se contraindo em resposta, os gemidos ficando mais graves, a respiração descompassada. O corpo todo tremia, como se cada lambida fosse um choque. E eu só queria mais - mais gosto, mais cheiro, mais dela me sujando a boca com o cansaço e o desejo que escorriam ali.
Quando senti o cu dela se contraindo sob minha língua, deslizei a mão até ali com cuidado - não por delicadeza, mas por vontade de saborear a reação. Molhei o dedo com a própria saliva que escorria da minha boca, já misturada com o gosto dela, e fui entrando devagar, pressionando contra aquela abertura quente e pulsante. O corpo dela reagiu como se tivesse levado um choque. Ela engasgou num gemido, arqueando ainda mais.
O calor lá dentro era diferente - mais úmido, mais apertado, como se o dedo fosse uma invasão proibida, mas desejada. A carne se moldava em volta de mim, quente, ansiosa, recebendo cada centímetro com um tremor sutil que subia pelas coxas dela até os ombros. Eu não parei de lamber. A língua desenhava círculos ao redor do meu próprio dedo, num ritmo que fazia ela se contorcer, gemer sem filtro.
Sentia o suor escorrer da base da coluna dela até minhas mãos, o cheiro ficando ainda mais intenso, mais cru. Era como lamber desejo bruto. O cu dela pulsava no meu dedo, apertando, soltando, como se já gozasse só com aquilo. Eu estava encharcado de suor, saliva, e um gosto que era só dela - um gosto de mulher suada, quente, viva.
Com o dedo lá dentro e a língua circulando por fora, eu sentia como se estivesse conectado a ela por inteiro. Como se o cu dela fosse o ponto onde tudo se concentrava: o esforço, o prazer, o cansaço, o orgulho de ter se mostrado forte correndo, e agora completamente entregue ali, com o cu escancarado e o corpo pedindo mais.
- Brenno... - sussurrou, entre o desespero e o tesão.
Me levantei ofegante, com o corpo inteiro latejando de desejo. A respiração pesada fazia meu peito subir e descer rápido, o suor escorrendo pelas minhas costas. Meu pau parecia querer rasgar a pele de tão duro, pulsando com uma urgência insana.
Com uma mão, segurei a cintura dela com força, sentindo sua pele quente, úmida, vibrando. A outra mão vasculhou meu bolso com pressa até encontrar a carteira. Quase tremendo, abri e puxei uma camisinha meio amassada que estava guardada há meses ali.
Ela me olhava por cima do ombro, o rosto levemente virado, sorriso de canto, olhos brilhando. Aquela expressão de mulher no controle, com tesão e confiança, me deixou ainda mais louco.
Rasguei o pacote com os dentes e cuspi o plástico de lado, sem pensar. Segurei a base do meu pau e desenrolei a camisinha devagar, sentindo a borracha apertar, fria contra a minha pele quente. A cada deslizar do látex, meu corpo tremia um pouco mais.
Me aproximei, guiando a ponta com a mão até encostar na entrada dela. O calor ali era absurdo. Escorregadio, molhado, latejando.
Milena estremeceu quando me sentiu tocar, um arrepio visível passou pela coluna dela. Os músculos das costas ficaram tensos, as pernas ligeiramente abertas, o quadril projetado pra trás.
Empurrei devagar.
A cabeça do meu pau abriu caminho, vencendo a resistência quente e molhada da sua carne. Ela soltou um gemido rouco, contido, mas carregado de tesão. Eu gemi também, baixo, com os dentes cerrados. Era como ser engolido por um calor vivo, que apertava e envolvia cada centímetro.
Fui entrando devagar, milímetro por milímetro. Cada avanço era acompanhado de um som molhado e obsceno, o barulho do meu pau escorregando pra dentro dela. Aquele som de carne encontrando carne. O cheiro de sexo e suor já dominava tudo - denso, animalesco, cravado no ar quente e abafado daquele canto escondido.
Quando finalmente entrei inteiro, até a base, parei por um segundo. Sentia o interior dela se ajustando, pulsando em volta de mim, sugando. O corpo dela tremia. A pele da bunda brilhava de suor, e minhas mãos escorregavam levemente enquanto a seguravam.
Comecei a me mover.
Lento no início, só pra sentir. Puxava quase tudo e afundava de novo, ouvindo o som do impacto, os estalos molhados, os gemidos que ela não conseguia mais esconder. O corpo dela rebolava de leve, se entregando ao ritmo.
Agarrei sua bunda com mais força, sentindo a textura da pele, algumas pequenas imperfeições, marcas de sol, poros abertos de calor. Passei a mão pelas costas dela, deslizando até o cabelo preso num coque bagunçado. Puxei de leve os fios, e ela jogou o pescoço pra trás, arfando.
- Tá gostando? - sussurrei rouco, quase sem fôlego.
Ela respondeu com um gemido mais alto, os quadris empinando pra mim, como se dissesse "mais".
Minhas estocadas ficaram mais pesadas, mais profundas. O corpo dela recebia tudo, os joelhos quase tremendo, os braços apoiados na parede como quem se segurava pra não desabar.
Com uma das mãos, desci até o vão entre as nádegas. Escorreguei o dedo suado até o ânus e comecei a massagear devagar. Estava quente, úmido do que restava do beijo anterior. Pressionei de leve, e ela gemeu mais alto, a respiração engasgando.
Enfiei um dedo com cuidado.
Ela soltou um grito abafado, misto de surpresa e prazer, e jogou o quadril contra mim. Aquilo me levou perto do limite. Continuei metendo, o dedo no cu dela acompanhando o ritmo, fazendo a pressão dela me apertar mais ainda. O encaixe era perfeito, suado, imoral. O cheiro era puro sexo, suor e pele quente. Eu sentia o gosto dela ainda na boca, o sal, o cheiro forte grudado em mim.
O som da pele batendo contra pele preenchia tudo. Estalos, gemidos, arfadas desesperadas. Eu perdi o controle. Estava tremendo.
Senti meu orgasmo subir com força, os músculos das minhas coxas travando, o corpo inteiro puxando pra dentro. Gemi rouco, grunhido de garganta. Tirei meu pau com urgência, arranquei a camisinha a tempo e gozei forte nas costas dela.
Primeiro jato quente explodiu entre as omoplatas, escorrendo devagar e sujando seu top branco. Outro acertou o meio das costas. Mais um na bunda, no sulco entre as nádegas, misturando com suor, saliva e o cheiro de tudo que a gente tinha feito. Me apoiei nela com a mão, arfando, tremendo, suado.
Milena não disse nada por alguns segundos. Só ficou ali, com as mãos na parede, respirando fundo, a pele marcada, os fios colados no pescoço, o corpo inteiro tentando se recuperar.
Ela ainda estava encostada na parede, respirando fundo, o corpo tremendo sutilmente. Minhas pernas pareciam de borracha, mas meus olhos estavam cravados nela. No jeito como os ombros subiam e desciam com cada arfar. No suor que escorria em trilhas quentes pelas costas marcadas. E no brilho da pele onde meu gozo começava a escorrer.
Um dos jatos tinha atingido o top branco que ela usava, bem ali nas costas, perto da alça. A mancha era visível, úmida, irregular - um traço sujo que manchava o branco puro do tecido. Ele colava na pele suada, revelando ainda mais o contorno das costas dela. Era sexy sem esforço, como se o pós-sexo a deixasse ainda mais bonita.
Outros filetes de gozo desciam devagar pela curva da bunda. Escorriam pelas nádegas arredondadas, firmes, mas com uma leve flacidez natural que as fazia balançar sutilmente com qualquer movimento. Uma beleza crua, sem pose. De mulher real, ativa, inteira. Era o tipo de corpo que não pedia aprovação - ele dominava o olhar, obrigava respeito.
As pernas dela tremiam levemente, a parte interna das coxas marcada por gotas de suor e um leve brilho da umidade do sexo. A pele ali era mais sensível, mais avermelhada. Havia pequenas marcas - talvez de treino, talvez de uma vida vivida sem filtro. Um leve machucado no joelho. Algumas estrias discretas abaixo do quadril, quase invisíveis sob a luz difusa daquele canto escondido. Mas, porra... tudo nela era perfeito exatamente por ser assim.
Seu cabelo, meio solto, grudava nas costas, colado pelo calor. Ela virou um pouco o rosto pra mim, ainda ofegante, os lábios entreabertos, os olhos semicerrados. Um brilho ali dizia que ela sabia. Sabia o que estava fazendo comigo. Sabia o que tinha acabado de fazer.
Eu queria lamber o suor dela. Limpar minha porra com a língua. Beijar cada pedaço perfeitamente imperfeito, como se aquilo fosse sagrado.
Mas não me mexi.
Só fiquei ali, em silêncio, observando o corpo mais bonito e real que já tinha fodido.
O silêncio entre nós só era quebrado pelos sons abafados da atividade física a poucos metros dali - risadas, música, comandos abafados ao microfone. Mas naquele canto escondido, tudo parecia suspenso no tempo.
Milena se afastou devagar da parede, como se sentisse o corpo ainda preso a ela. Virou-se para mim, e o olhar que me lançou era outro. Não havia mais luxúria, nem raiva, nem aquela urgência feroz de instantes atrás. Só um vazio inquieto - como se ela estivesse voltando pra si depois de ter se permitido sair por alguns minutos.
Passou as mãos nos cabelos desgrenhados, tentando amarrá-los direito, sem sucesso. Respirava fundo, o peito subindo e descendo rápido sob o top branco manchado por um dos jatos que escaparam de mim. Ela olhou pra si mesma, depois me lançou um olhar breve, quase triste.
- Eu não devia... - murmurou, puxando o short de volta pelas pernas trêmulas. A voz saiu baixa, quase falhando. - Isso foi loucura.
Dei um passo à frente, hesitante.
- Ei... - tentei tocar seu braço, mas ela recuou. Não com raiva. Com aquele instinto de quem precisa se proteger. - Eu não tô arrependido.
Ela soltou um riso curto, sem humor, mais um reflexo nervoso do que qualquer outra coisa.
- Claro que não tá. - disse, os olhos abaixando por um segundo. Depois, ergueu o rosto outra vez. - Eu também não sei se tô. Mas... eu preciso ir.
Se agachou, pegou a garrafinha largada no canto. O suor ainda escorria pelas suas costas. Levou a mão pra limpar a pele, ali onde minha porra ainda brilhava - mas só espalhou o líquido quente, pegajoso. Limpou de novo, agora com a barra do top. A mancha alastrou. Não dava pra esconder.
Ela olhou pra si mesma, encarando a própria barriga, a coxa, o top branco agora manchado de forma quase indecente. Respirou fundo. Por um instante, parecia cogitar insistir, limpar mais... esconder. Mas então soltou o ar num suspiro cansado, deu de ombros, e murmurou quase pra si mesma:
- Ah, foda-se.
Ajeitou a alça do top de novo com um gesto automático, como quem se veste depois de um banho - mas ali havia suor, gozo e a pressa de se recompor. O olhar dela tinha mudado de novo. Havia uma raiva contida, não dele, nem de mim, talvez de si mesma... talvez da situação.
- Milena... posso... posso te ver de novo?
Ela parou. Por um segundo, parecia prestes a responder de forma mais doce. Mas apenas sorriu de lado, com os lábios fechados, e disse:
- Acho que não. Foi só um momento.
E saiu. Sem olhar pra trás.
Fiquei ali, com o corpo ainda latejando, o cheiro dela grudado na minha pele. O gosto ainda na boca. O som abafado do sexo ainda ecoando nos meus ouvidos. A parede onde ela se apoiou ainda estava quente. A brisa que entrou de lado trouxe de volta os sons do evento, os risos, o agito... o mundo.
Mas dentro de mim, algo não voltava ao normal. Como se um pedaço dela tivesse ficado preso em mim. Ou, talvez, fosse o contrário.
Porque mesmo depois de vê-la desaparecer no meio da multidão, entre o som da música e os corpos se movendo, a única coisa que eu enxergava era aquele top branco manchado.