Transição - Capítulo 11 - Não era amor, talvez tesão e obrigação.
Transição, Transex, Crossdresser, Aventuras e Bissexualidade
(Esta série é uma continuação de Aventura na Universidade e Sendo Livre, muitos fatos aqui relatados tem relação com elas, recomendo ler, mas pode ser lida separadamente.)
Em casa fomos pro banho, depois na sala terminei de contar tudo para ela, principalmente dos meninos crossdresser do curso e o que era da minha turma.
Mary iria ajeitar um encontro de nós três, para me apresentar ele e seu peguete do curso, junto com o peguete dela e mais um amigo, eu senti isso com cara de um encontro, ou uma suruba, não liguei, acho que seria a forma mais tranquila de nos apresentarmos.
Segunda já cedo no café da manhã já passei algumas coisas para médica, fui pro curso com Vanessa e lá tomamos nossos rumos.
Marcos veio conversar comigo, como colega, fomos para Biblioteca e lá conversamos mais algumas coisas do curso, realmente ele sabia diferenciar o MARCOS, MARY, VALENTINE E VICENTE, o que eu achei fantástico, ele também me disse que os outros eram assim, por isso eu nunca percebi nada diferente, era a forma de não sofrerem perseguição, pois ainda era uma maioria homofóbica, preconceituosa no curso.
À noite, cheguei, fui pro banho, sai, vesti uma calcinha, sutiã, fiz o exame de apertar e tinha parado um pouco a dor, coloquei uma minissaia, uma camisetinha solta curta até logo abaixo dos seios e um chinelo, não fiz maquiagem, apenas deixei o cabelo molhado solto, sentei no sofá e por vídeo chamada fui conversei com Robson, contei para ele que havia conhecido outros meninos que tinham os mesmos anseios, desejos e ele foi me perguntando, ele não sabia como perguntar então eu disse.
– Pra ficar fácil, no curso tem Crossdresser, tem transexuais, mas eu apenas conheço um, por uma questão de sigilo e segurança, irei conhecer outros, creio que isso vai ser natural, me identifiquei muito com Mary, a cross.
Ele então não falou mais nada, ele ainda tinha um bloqueio em falar isso, mas engraçado que não tinha bloqueio em transar comigo ou me fazer engolir sua porra, bom isso eu também tinha que entender em mim, afinal eu gostava de me sentir assim uma menina boqueteira, não nego, tinha essa carência em relacionar-me, afinal em 1 noite eu já acabei transando com uma menina que recém havia conhecido, ok, fiz isso com todos os outros, mas eu tinha que me cuidar mais.
A Vanessa ouviu eu conversando com Robson, pois estava no sofá da sala e ela chegou, foi pro quarto, depois preparou algo pra comer, sentou-se ao meu lado enquanto lanchava e apenas ouvia, não olhava para mim, mexia no celular, mas eu entendi que ela apenas ouvia para depois conversar comigo.
Assim que desliguei, ela pediu para esperar.
– Valentine, desculpe ficar aqui ouvindo, mas conversando no particular com Isabele, creio que não iremos mais para a festa de batizado, eles estão até pensando em fazer algo secreto, eles e os padrinhos, sem envolver sogra primos etc, ela não me disse quem seriam os padrinhos, apenas que ficaram muito magoados com a sogra e isso quase prejudicou o casamento deles, além de ter gerado uma confusão na empresa, pois a sogra tentou impor algumas coisas numa tentativa de manipular e demonstrar força, por sorte o pai do Álvaro percebeu.
Então o pai dele, chamou o filho, e entendendo o pano de fundo de tudo, fez uma reunião às pressas com Álvaro, Robson, esposa e ele pôs um fim em toda essa confusão, deixou bem claro quem administra a empresa, quem é que administra a casa e que a vida de Álvaro era com a esposa e o neném, e que na empresa Álvaro era seu braço direito e não iria mais admitir que questões pessoais interviessem nas profissionais.
Vanessa ainda contou o que Isabelle falou, que depois que seu sogro foi visitar eles, levou a esposa e esta foi obrigada a pedir desculpas pelas interferências. Claro que ela odiou, e dali em diante segundo a sogra, eles tinham morrido para ela, tamanha foi a vergonha e humilhação que ela fez o marido fazer ela passar, isso foi falado direto pro Álvaro, na despedida, pois ela pediu perdão, pegou as coisas e quis ir embora.
– Nossa Vanessa, tadinha da Isa, puxa, e que a barra agora hein, ninguém quer pessoas mandando nas nossas vidas, mas por que está me contando isso e o que tem isso a ver com o Robson.
– Valentine, nos conhecemos, você tem uma tendência a se envolver com todos que lhe dão atenção e carinho, veja o Robson, foi resultado de um erro lá trás, uma tentativa de enganar, de ludibriar, de todos, de mim, de você do Robson e a prima dele, para mim você está junto com ele por uma obrigação, não é amor, olha lá se for tesão, desculpe, acho mais carência do que qualquer outra coisa.
– Ai Vanessa, tá você está em parte certa, sim, mas eu acabei gostando dele.
– Valentine, você começou a gostar do que ele lhe proporcionava, ser Valentine, do sexo, do carinho, não é um amor ou algo que você precise manter, o vinculo acabou, e você mesmo antes disso já teve outras recaídas comigo, com Luh, com Pedro, Mary, Motoboy, veja é essa relação que você quer cultivar com o Robson, cheia de traições por tesão?
Nossa, ela falando assim eu realmente me senti mal, afinal era isso mesmo, eu estava apenas vendo tudo pelo meu prazer, pela minha necessidade de carinho, de alguém gostando de mim, me possuindo, realmente eu não era nada honesto(a) com ele, meio que com cara quase de choro falei.
– Nossa eu sou uma puta mesmo, biscate, boqueteira, mas eu amo esse meu jeito, mas devo realmente falar a verdade com Robson, não enganar ele, não é amor, nem paixão é só tesão e o compromisso com Isa pelo casamento.
– Então, faz assim, pense hoje, e até sexta você abre o jogo com ele, fica uns 2 dias sem falar, pensando mais em você, no que irá acontecer e por favor, faça o mesmo com Mary, tenta se cuidar mais, não inicie tudo isso com uma fama de puta, eu sei o que to falando, eu já estive nessa posição, tenho esse lugar de fala e sei o quanto isso me prejudicou.
Realmente, ela mais uma vez estava certa, agradeci, fui pro quarto, me tranquei e chorei por tudo que tinha feito sem pensar, um tempo depois fui pro computador, comecei a redigir uma mensagem que iria ler para Robson, expondo tudo o que senti e estava vivendo.
Na mesma quarta à noite tive uma conversa franca e aberta novamente com Vanessa, lhe expus o que iria falar com o Robson, faria isso já no dia seguinte, eu já havia me decidido, iria desmanchar o namoro com Ele, falei para ela da vinda dos meus amigos(as) aqui na sexta, ela achou ótimo e combinou comigo que iria posar de sexta pra domingo na Luh, assim eu teria a noite livre para conhecer os meninos e a versão menina de cada um, pediu apenas para pensar sobre o que falou de não acelerar as coisas de sexo e carência.
Em minha agenda já estava certo, na quinta, Marcos iria me apresentar quem era a outra cross, a da minha turma, mas não quis adiantar nada combinamos de sair para um barzinho logo depois da última aula, algo bem rápido, ele iria nos buscar na sala e assim só então eu saberia quem de fato era esta crossdresser.
Mas ainda na quarta tinha algo importante pra resolver. Cheguei quarta da aula, fui pro banho, me vesti a mais linda possível, a mais sensual e feminina e liguei via vídeo com o Robson, ele atendeu, já tinha mandado mensagem no dia anterior que o assunto seria sério, então ele não quis brincar muito, me elogiou, eu agradeci e fomos pra conversa séria.
Fiquei mais de uma hora conversando com ele, ele tentava me persuadir a continuar namorando e eu lhe explicava os motivos e tal, em certo momento não vendo solução.
– Robson, não é o motivo principal, entenda, eu não irei mentir mais para sua família, então para evitar você sentir-se mal, vamos encerrar, eu vou fazer a transição e lá na frente como mulher eu volto a conversar com você se assim ambos acharmos possível. Outra coisa importante, até mais que tudo, infelizmente eu não quero sua mãe se intrometendo em minha vida, ditando o que devo ou não fazer, o que usar, como ir e vir, quando etc. A sua mãe não é uma pessoa saudável, ela é mandona, é tóxica, desculpe, mas o que ela fez com a família do Álvaro eu não quero para minha vida se um dia voltarmos a ficar juntos.
Bom eu tive que expor mais duramente, ele se chateou, na verdade me xingou de mimada, etc, afinal ofendi sua mãezinha querida mas ele sabia que não estava errado, se despediu logo em seguida, mandando eu entregar para Álvaro a aliança que um dia ele pegaria lá, já que eu deixei claro que não veria mais ele. Me senti mal, fiquei chorando parte da noite, Vanessa apareceu, me viu, eu expliquei e ela falou que foi melhor assim.
Dormi triste, mas lá no fundo mais aliviada. No dia seguinte minha mente estava focada em quem seria a cross da minha turma, já iniciei o dia provocando Marcos mas ele era irredutível em que eu aguardasse o fim do dia, logo eu saberia.
Terminou a aula, eu estava com alguns colegas ainda na sala, mas eu estava arrumando minhas coisas quando vi Marcos na porta da sala, ele veio, cumprimentou alguns colegas da turma, umas meninas e daí veio de encontro a mim.
– Vamos?
– Mas cadê, não iria me apresentar hoje?
– Não seja afoito, aqui não é um local legal, mas ele já está ali fora, já pegou tudo?
Fiz um gesto que sim, ele deu tchau para todos e meio que todos saíram da sala ao mesmo tempo, então ele parou em frente a um colega e falou.
– Vamos lá no barzinho Miguel.
Eu me surpreendi ao saber que seria ele, jamais teria imaginado, fomos falando coisas de Agronomia, apenas quando chegamos no barzinho que Marcos mudou o rumo do assunto.
Foi realmente diferente ter conhecido este outro lado do Miguel, já nos dávamos bem, era um dos meus parceiros de trabalho na faculdade, bem inteligente, vinha do interior de SP, lá trocamos experiências, contei parte da minha vida, ele contou a dele e Marcos também. Depois Marcos pedindo licença entrou no assunto da festa na república das meninas, contou que ficamos e Miguel acho legal, disse que adoraria ter visto, pois a fama minha corria em vários grupos, como Marcos fez um gesto eu ria dizendo que ele já tinha me visto mijando no WC, que nem era tudo isso e ele disse que disfarçou para não dar bandeira, mas o pouco que viu lhe tirou algumas noites de sono.
Rimos e logo em seguida Marcos falou.
– Bons meus amigos, agora vamos aos fatos, Vicente e Valentine eu já conheço, quando iremos apresentar Valentine e ela irá conhecer Michely, pois Mary vocês já conhecem?
– Não entendi, quem é Michely? … desculpe, que burro eu, bom podemos marcar um dia lá em casa, eu aviso a Vanessa e nos montamos la para nos conhecer, tem 2 quartos, caso se sintam com vergonha sei lá.
Eles ficaram um pouco indecisos mas eu já emendei.
– Bom, já perdi muito tempo me escondendo, que tal, Sexta, pode ser Sexta agora lá em casa? Assim já nos conhecemos melhor e depois falamos sobre os meninos, as outras CD’s quero que todos conheçam Valentine, já é um início e isto permitirá que depois eu possa ser apresentada para as outras meninas.
Ficou então combinado. Eu quase não dormi, mentalizei exatamente o que deveria fazer para não cometer nenhuma gafe e prejudicar Miguel, afinal seria meu primeiro contato com crossdresser dentro do curso, e de minha turma, era muito raro para mim até então, não poderia jamais perder esta oportunidade ou prejudicar os colegas.
Logo pela manhã, Vanessa toda sorridente e saltitante já arrumou sua mochila pra posar na Luh, elas realmente estavam se gostando, pelo menos transparência isto e eu estava feliz que ela me compreendia, ao mesmo tempo, que ficava grato por não nos distanciarmos agora que eu estava tomando um novo rumo em minha vida.
Interessante que Miguel veio conversar mais comigo, lógico que apenas assuntos de Agronomia, algumas coisas de games e futebol, saímos para almoçar juntos, acabei encontrando Vanessa e Luh e ambas foram muito simpáticas e carinhosas com Miguel, achei muito fofo delas mas depois acabei entendendo, assim que foram embora Miguel falou.
– Legal sua prima namorar a Luh, eu namorei Luh por 3 meses, na verdade, você sabe quem né, ela sempre falava da Vanessa, pense uma menina que é querida e tem inúmeros fãs, BEM sua prima, deve ser de família, pois te acho um cara bem legal.
Eu aceitei o elogio, agradeci, terminamos o lanche e fomos para a aula, era prática de laboratório e nestes casos sempre temos duplas, muitas das vezes fiz com Miguel, mas hoje foi diferente, assim que entramos na sala ele me chamou para ficar junto dele e assim passamos as duas aulas juntos fazendo os experimentos, ele era muito ágil e inteligente então me dei muito bem, pois fizemos todos os procedimentos com cautela mas corretos, o que seria muito bom pra prova que viria dali 15 dias e já combinamos de sermos parceiros na prova, corria o risco de ser por sorteio, mas já estávamos garantindo nossa dupla.
Terminamos tudo eram 15hs eu iria para casa, marcamos de nos encontrar lá em casa às 20hs, pois assim cada um teria tempo de se preparar pro encontro, se preparar resumia em se depilar, escolher roupas, ajustar make, unhas etc. Ficou combinado que todos se montariam lá em casa, eu tinha plena certeza que não teria Sexo, Marcos inclusive deixou claro que pretendia ser uma noite para conversar, beber algo e nada mais.
Eu como era anfitrião tinha ainda que ajeitar algumas coisinhas na casa, passar no mercado para comprar alguma bebida, uns salgadinhos, algo pra lanche e quem sabe algo para o café da manhã, pois havia cogitado a todos que poderiam posar lá em casa, coisa que não ficou garantido, mas era melhor prevenir.
Às 18hs eu já estava em casa, tinha ajeitado tudo, passado um aspirador de pó, passado um pano, trocado o jogo de cama e a manta do sofá e organizado a cozinha, só então fui pro quarto, mas passei antes no quarto de Vanessa e emprestei 3 coisas dela, seu tubo de KY, o consolo e o tripé da máquina. Ajeitei os dois primeiros na gaveta junto com camisinhas e o dildo, pois não sei o que iria acontecer e fiz uns testes com a câmera para o melhor lugar para filmar as meninas, queria ter uma lembrança deste primeiro encontro crossdresser meu.
Desci e tive uma conversa com o Porteiro, avisei que meus amigos chegariam e que poderiam subir, apenas me avisasse da chegada, não precisava barrar ou aguardar eu descer, pois eu sabia que estaria de Valentine e não seria ainda o momento de falar isto para o porteiro, já havíamos falado com a síndica, mas pedimos ainda certo segredo.
Às 19hs sai do banho, me depilei, fiz uma lavagem íntima, algo em mim queria um encontro sexual, mas na dúvida, não seria eu a ter a cucetinha suja né, então garanti zero de pelos, zero de incômodos, ajustei o dildo, lubrifiquei e enfiei no cuzinho com ele ligado enquanto me vestia, depois iria tirar.
Às 19h45 Miguel me enviou um recado que estava passando já na casa de Marcos e viriam direto pra cá, mas iriam demorar um pouco devido ao trânsito.
Eram 20hs, retirei o dildo, limpei fui no WC e vi que meu cuzinho estava mais largadinho e piscando, deu uma sensação de vazio, mas logo se tudo desse certo teria alguém ali para me satisfazer. Eu estava em conflito queria a amizade das meninas mas queria também me sentir penetrada, desejada, eu gostava de ser passiva, aprendi a gostar de transar sendo assim com Vanessa..
As 20h22 o interfone tocou, o porteiro me dizendo que um casal estava pedindo para subir, eu perguntei o nome e o porteiro falou que Michelle e Marcos estavam na aguardando, falei para liberar e avisar o andar e apto. O nome do Marcos eu havia avisado ao porteiro, deve ter sido por isso que ele me ligou, mas tudo bem.
Nossa a doida da Michelle já veio montada, bom isso iria facilitar as coisas, então fiquei no sofá aguardando, um último olhar e estava tudo ok.
A campainha tocou e eu abri, o casal de mãos dadas, entraram, Marcos me apresentou sua amiga Michele, que deu três beijinhos, elogiei e pedi para entrarem.
Nossa Michelle estava com um vestido preto com bordados de orquídeas em alguns pontos, muito lindo e sensual, não usava sutiã o que mostrava um volume que deduzi ser silicone, uma minúscula calcinha quando deu um giro e empinou sua bunda, e um salto 15 ponta agulha espetacular.
Olhei para Marcos e perguntei se ele iria se trocar, ele falou que sim, mostrei o quarto ele pediu licença e foi.
