GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ [17] ~Partida Iminente

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Gay
Contém 2929 palavras
Data: 12/04/2025 11:16:25

Estávamos chegando na última semana de provas. Depois de ter finalmente dado um basta no Luke, eu decidi que era hora de seguir em frente, de voltar a girar junto com o mundo. O Luke estava reflexivo, devo dizer, mas eu sinceramente não estava nem aí. Eu estava disposto a conversar com ele como uma pessoa civilizada, caso ele quisesse. Eu havia dito isso ao Yan numa de nossas conversas. O Yan ouvia o meu lado e ouvia o lado do Luke, e ele estava comigo. Isso me dava um certo alívio por eu ter alguém do meu lado que sabia os dois lados da história. Ele sabia que eu estava errado, que eu havia traído, mas também sabia que eu havia tentado consertar as coisas, e que o Luke não estava agindo certo em me usar. Yan falava que a gente precisava conversar e colocar tudo para fora e finalmente se resolver, só que o Luke era cabeça dura. Ele não ia dar o braço a torcer.

Quando terminamos a última prova, finalmente senti o gosto das férias, apesar de achar que ficaria em recuperação em matemática. Mas estávamos todos aliviados. Estávamos na metade do ano, e nos encontrávamos – eu, Luke, Yan, Isaac e outros amigos – na cantina conversando, até que veio a notícia. O Luke fala que vai viajar fazer um intercâmbio novamente:

— Vou sentir falta de vocês, mas estou indo fazer um intercâmbio na Austrália — disse ele num tom casual, como se estivesse comentando sobre o tempo.

— Oi? Como assim? — falou o Isaac surpreso, quase engasgando com seu suco.

— Quando decidiu isso? Que história é essa? — perguntou a Paula, com os olhos arregalados.

— Já tem um tempo que decidi, mas não queria contar. Viajo daqui a três dias e vou fazer uma festinha de despedida lá em casa. Estão todos convidados — ele olhou para mim de relance, um olhar que não consegui decifrar.

— E você vai passar quanto tempo? Só as férias de julho? — perguntou Yan

— Não, tempo indeterminado. Na verdade, nem era pra eu estar estudando aqui. Eu fui para o Canadá há dois anos, deveria ter terminado o ensino médio lá, mas tive alguns problemas e tive que voltar. Então, como não tenho nada que me prenda aqui, pensei em terminar em Sydney.

Aquelas palavras me doíam como agulhas finas penetrando minha pele uma a uma. O Yan percebia isso; vi em seus olhos a preocupação enquanto ele me observava. Um filme se passou pela minha cabeça. Não sabia se era um jogo do Luke, se era verdade ou mentira, mas aquilo mexeu profundamente comigo.

Eu não queria ficar tanto tempo longe, ou pior – será que nunca mais iríamos nos ver? Seria esse o fim definitivo do nosso namoro? Da nossa história? Aqueles pensamentos começaram a corroer minha mente como ácido, dissolvendo a pouca paz que eu havia conquistado nas últimas semanas. Senti um nó se formando na garganta e os olhos começando a arder. Não queria chorar ali, na frente de todos.

Então me retirei do grupo de forma silenciosa, fingindo que precisava ir ao banheiro. Mas o Luke, Yan e Isaac perceberam. Vi pelo canto do olho quando trocaram olhares entre si.

Caminhei rapidamente pelos corredores da escola, procurando um lugar onde pudesse ficar sozinho. Acabei indo para trás do ginásio, um lugar onde poucos alunos passavam. Sentei-me no chão, encostado na parede, e deixei as lágrimas virem. Não eram lágrimas de autopiedade como antes. Era algo diferente... uma mistura de medo, surpresa e talvez até uma pitada de raiva.

Em três dias o Luke poderia ir embora para sempre. Em três dias tudo poderia mudar definitivamente. Mas será que eu estava preparado para isso?

Minutos depois, ouvi passos se aproximando. Era o Yan.

— Sabia que te encontraria aqui — ele disse, sentando-se ao meu lado.

— Você sabia? — perguntei, enxugando rapidamente as lágrimas.

— Sobre a Austrália? Não, ele não me contou nada.

— Você acha que é verdade?

Yan deu de ombros.

— Com o Luke, nunca se sabe.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, apenas ouvindo os sons distantes dos outros alunos comemorando o fim das provas.

— O que você vai fazer? — perguntou Yan finalmente.

— Não sei. O que eu poderia fazer?

— Vocês precisam conversar, Lucas. De verdade. Não dá para ele ir embora assim.

— Ele não quer conversar comigo. Você sabe disso.

— Talvez ele queira agora. Talvez seja por isso que ele fez questão de te olhar quando falou da festa de despedida.

Pensei sobre isso. Seria possível que o Luke estivesse finalmente disposto a ter uma conversa civilizada? Ou era mais um de seus jogos para me magoar?

— Não sei se consigo ir a essa festa — confessei.

— Vai ser na casa dele. Vai ter muita gente. Se você não se sentir confortável, pode ir embora a qualquer momento. Mas acho que você deveria ir. Pelo menos para tentar um fechamento, sabe? Se ele for embora sem vocês conversarem, você vai ficar pensando nisso pelo resto da vida.

Yan tinha razão, como sempre. Ele tinha essa capacidade de ver as coisas com clareza quando eu estava cego pela emoção.

— Vou pensar — respondi, suspirando profundamente.

Voltamos para a cantina, onde os outros ainda estavam. O Luke já tinha ido embora. Passei o resto do dia em piloto automático, com a cabeça longe, pensando em todas as possibilidades.

Quando cheguei em casa, minha mãe percebeu que havia algo errado, mas não insistiu quando disse que estava apenas cansado das provas. Fui para o meu quarto e me joguei na cama, olhando para o teto. Thanos, meu cachorro, subiu na cama e se aconchegou ao meu lado, como se soubesse que eu precisava de conforto.

Peguei meu celular e fiquei olhando para o contato do Luke. Tantas vezes eu havia ligado para ele, mandado mensagens, tentado me explicar. E agora ele simplesmente iria embora, possivelmente para sempre. Uma parte de mim queria ligar, perguntar se era verdade, dizer o quanto isso me machucava. Outra parte, talvez mais sensata, sabia que isso não adiantaria nada. O Luke havia tomado sua decisão.

Lembrei da minha sessão com o Dr. Marcelo no dia seguinte. Pelo menos teria com quem conversar sobre isso, alguém que poderia me ajudar a organizar os pensamentos.

Na manhã seguinte, acordei após uma noite mal dormida. Tinha sonhado com o Luke indo embora, entrando em um avião enquanto eu ficava para trás, incapaz de me mover ou gritar. Foi um alívio quando o despertador tocou.

Na sessão com o Dr. Marcelo, contei sobre o intercâmbio do Luke.

— Como você se sente com essa notícia? — ele perguntou, depois de ouvir meu relato.

— Confuso. Triste. Com medo.

— Medo de quê exatamente?

Pensei por um momento antes de responder.

— Medo de nunca mais vê-lo. Medo de que ele vá embora com raiva de mim. Medo de que nossa história termine assim, sem um final adequado.

— E o que seria um final adequado para você?

— Não sei... talvez uma conversa sincera? Um pedido de desculpas verdadeiro? Ou pelo menos um adeus sem mágoas.

— E você acha que isso é possível?

— Não sei. O Luke é imprevisível.

Dr. Marcelo se ajeitou na cadeira.

— Lucas, independentemente do que o Luke faça ou deixe de fazer, o que você precisa para se sentir em paz com essa situação?

Essa pergunta me pegou de surpresa. O que eu precisava para me sentir em paz? Nunca tinha pensado nisso dessa forma.

— Acho que preciso dizer tudo o que sinto, todas as coisas que ficaram presas dentro de mim. Preciso pedir desculpas de verdade, sem esperar nada em troca. E talvez... talvez eu precise me despedir dele.

— Então é isso que você deve fazer. Não por ele, mas por você mesmo.

Saí da sessão com uma clareza que não sentia há muito tempo. Decidi que iria à festa de despedida do Luke, não para tentar reconquistá-lo ou convencê-lo a ficar, mas para ter a minha chance de dizer o que precisava ser dito. Para me despedir adequadamente, mesmo que doesse.

No dia da festa, me arrumei com cuidado. Não queria parecer que estava tentando impressionar, mas também não queria parecer desleixado. Optei por uma calça jeans simples e uma camiseta azul-marinho que sempre recebia elogios.

Antes de sair, olhei para meu reflexo no espelho. Percebi que, apesar de tudo, eu parecia mais forte do que há algumas semanas. Os olhos ainda carregavam um pouco de tristeza, mas não estavam mais vazios como antes. A terapia estava funcionando, e eu estava lentamente me reconstruindo.

— Vou conseguir — disse para mim mesmo, respirando fundo.

Quando cheguei à casa do Luke, a festa já havia começado. Havia muita gente, alguns rostos conhecidos da escola, outros que eu nunca tinha visto antes. Música alta, pessoas rindo e conversando. O típico ambiente de festa adolescente que normalmente eu adoraria, mas que naquele momento parecia apenas um barulho de fundo para o tumulto dentro da minha cabeça.

Yan e Isaac me encontraram na entrada.

— Você veio! — exclamou Yan, me dando um abraço.

— Pensei que não viria — disse Isaac, parecendo genuinamente surpreso.

— Eu também — respondi com um sorriso fraco. — Cadê o Luke?

— Já, está lá dentro. Acho que na sala — respondeu Yan, apontando para dentro da casa.

Respirei fundo.

— Vou procurá-lo.

— Quer que a gente vá com você? — ofereceu Isaac.

— Não, preciso fazer isso sozinho. Mas obrigado.

Caminhei pela casa lotada, cumprimentando algumas pessoas no caminho. Finalmente o vi, rodeado por um grupo de amigos, rindo de algo que alguém havia dito. Por um momento, hesitei. Ele parecia tão à vontade, tão feliz. Quem era eu para interromper isso?

Mas então ele me viu e nossos olhares se cruzaram. Por um instante, vi algo em seus olhos – surpresa, talvez? – antes que ele voltasse a sua expressão neutra habitual.

Respirei fundo mais uma vez. Era hora de enfrentar o que quer que estivesse por vir.

— Luke, podemos conversar? — Falei de forma leve. Ele me olhou como se estivesse surpreso e não esperando por mim ali. Então ele fechou a cara e disse:

— Podemos ir no deck. — O deck era um local do condomínio dele que dava para o lago, onde sempre conversávamos.

Fomos caminhando em silêncio, aquele silêncio que dizia tudo e nada ao mesmo tempo. Então chegamos, sentamos na beira do deck e eu disse:

— Então você vai embora assim do nada?

— Você quer falar sobre isso?

— Luke... bom, quero tentar entender tudo isso, sei lá. Não quero que você vá embora sem a gente se explicar, sem eu me explicar. Eu não sei, tô confuso com tudo isso. Eu sei que te amo muito, e não sei, Luke, essa é a verdade. Eu não sei por que diabos estou aqui, eu não sei por que eu tô querendo essa conversa. Tudo está muito confuso pra mim.

— Lucas, sabe... você sem dúvidas é a pessoa que eu mais amei. Eu gostei de você desde a primeira vez que te vi, e mesmo você sendo um babaca, e mesmo não pegando no meu pé como o Carlos fazia antes de saber que eu era rico, eu já gostava de você. Eu me apaixonei por você cada dia, e eu não queria admitir isso pra mim. Como eu podia me apaixonar por um babaca? Mas daí você disse que não era um babaca, que ia provar isso, e então eu achava que você tinha provado, que você era uma outra pessoa. E eu me apaixonei mais e mais e me envolvi e me entreguei a você como nunca me entreguei a ninguém. Mas daí você realmente se mostrou um babaca, ficando com o Carlos debaixo do meu nariz, rindo de mim. Me pergunto se o que o Carlos armou no passado era realmente mentira ou verdade diante de tudo isso. Mas sabe, Lucas, você foi a pessoa que eu mais amei, e hoje eu não amo. Pra mim é fácil te esquecer, porque no fundo eu sabia ou já esperava isso...

— Luke... — tentei interrompê-lo, a dor em suas palavras me atravessando como facas.

— Não me interrompe. Eu devo admitir que usei você nas últimas semanas. Eu queria maltratar você e admito isso pra você e pra mim, porque eu não tenho vergonha de ser quem eu sou. Mas então você acordou pra vida, e sinceramente, eu queria fazer você sofrer mais. Então surgiu essa oportunidade do intercâmbio, e acho que é um bom jeito de ferir você. E lá estarei longe de você, longe de te olhar todos os dias, e quem sabe assim posso seguir em frente.

— Você está indo embora pra me magoar? É sério isso, Luke? — perguntei, incrédulo diante de sua confissão.

— Sim! Estou sendo sincero com você. Não tenho pra que mentir, Lucas. Talvez se você tivesse feito isso quando ficou com o Carlos. "Ah, oi meu amor, eu transei com o Carlos, mas eu amo você, tá?" — o Luke falou num tom de deboche. — Teria quebrado meu coração, mas você teria sido sincero, você teria dito a verdade. E talvez eu fosse aceitar, ou pirar, ou então deixar o caminho para o Carlos. Eu não sei, não posso dizer o que eu ia fazer no passado baseado na dor que eu sinto hoje.

— Luke, as pessoas merecem uma segunda chance. Você acha que eu não amo você o suficiente?

— Lucas, não é questão de amar ou de amor. Mas nosso namoro, nosso amor quebrou. Por mais que o cristal quebrado seja colado, as marcas vão ficar, a cicatriz vai existir, e só resta aceitar.

— Você quer ir embora? Quer viver longe de mim para sempre? — me responde isso.

O Luke ficou em silêncio, olhou para o lago. Então uma lágrima caiu dos seus olhos e ele fechou os olhos e desabou no choro. Ele começou a chorar, foi como se toda aquela armadura que ele estava vestindo, todas aquelas palavras duras que ele havia me dito, fosse por água abaixo. Eu puxei ele para um abraço e ele chorava. Ele chorou por bastante tempo até que disse:

— Eu não vou aguentar viver longe de você.

E então ele me puxou para um beijo, um beijo mais inesquecível de toda nossa história, aquele beijo da saudade, com amor, com fogo, com intensidade. Um beijo que dizia tudo e nada ao mesmo tempo. O Luke era o amor da minha vida, e eu era o amor da sua vida, e estava claro. A gente se amava, mas tínhamos essas questões para resolver, e o nosso futuro era algo completamente incerto para mim. Depois do beijo, nos afastamos levemente, mas continuamos próximos, os olhares fixos um no outro. O ar entre nós estava carregado de emoção contida, anos de sentimentos não resolvidos.

— Eu... — comecei, minha voz falhando. Respirei fundo. — Eu me arrependo, Luke. De tudo. Da forma como te tratei, como não soube lidar com meus sentimentos.

Luke não disse nada, apenas continuou me olhando, seus olhos atentos estudando cada expressão no meu rosto.

— Tenho ido à terapia — continuei, meu tom mais firme agora. — Estou tentando entender todos esses sentimentos que sempre reprimi. Entender por que fiz as escolhas que fiz, por que machuquei quem eu mais queria bem.

Passei a mão pelo cabelo, nervoso.

— Eu sei que não mereço uma segunda chance, mas se pudesse voltar atrás...

— Não podemos voltar atrás — interrompeu Luke, sua voz suave mas decidida. — O passado é passado. Mas podemos decidir o que fazer a partir de agora.

Assenti, absorvendo suas palavras.

— Eu também não fui perfeito — admitiu ele, suspirando. — Usei você como válvula de escape para minha própria frustração. Joguei tudo nas suas costas quando você também estava confuso.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, apenas o som das nossas respirações preenchendo o espaço entre nós.

— Acho que precisamos colocar todos os pingos nos is — disse finalmente.

— Concordo. Sem mais segredos ou ressentimentos.

Conversamos por mais de uma hora, sentados lado a lado no banco do parque. Cada mágoa, cada mal-entendido, cada momento de dor foi trazido à tona e examinado com uma honestidade que nenhum de nós havia permitido antes.

— Eu te perdoo — disse Luke finalmente, sua mão encontrando a minha. — Por tudo.

Senti meu peito apertar com emoção.

— E eu perdoo você por ter me usado. Por ter fugido em vez de conversarmos.

Luke abriu um sorriso, o primeiro genuíno desde que nos encontramos.

— Sabe, sobre o intercâmbio... — começou ele, um brilho diferente nos olhos. — Na verdade, são apenas quatro semanas.

— O quê? — arregalei os olhos, surpreso.

— Isso mesmo. Vou, preciso ir, mas são só quatro semanas. Quando eu voltar, podemos conversar melhor, ver como as coisas vão ser.

Franzi o cenho, processando a informação.

— Sempre foram só quatro semanas? Por que você não me disse isso antes?

Luke sorriu, um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

— Sim, sempre foram só quatro semanas. Eu tinha a opção de estender para um ano inteiro, mas... — ele deu de ombros — não ia fazer isso. Amo meus novos amigos, mas também amo... — ele fez uma pausa, me encarando — te amo mesmo assim, seu babaca

.

Não consegui conter a risada que escapou dos meus lábios, uma mistura de alívio e incredulidade.

— Você é impossível, sabia? — disse, balançando a cabeça.

— É por isso que você gosta de mim — respondeu ele, piscando.

O sol começava a se pôr no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa. De alguma forma, parecia apropriado – um capítulo se encerrando e a promessa de um novo amanhecer.

— Quatro semanas — repeti, ainda sorrindo.

— Quatro semanas — confirmou Luke, apertando levemente minha mão.

E assim, com um sorriso compartilhado e a promessa silenciosa de um recomeço, o momento se encerrou, não como um fim, mas como o primeiro passo de uma nova jornada para nós dois.

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Comentários

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Luke é muito criativo e calculista, ele sabe exatamente onde atingir as pessoas. Fico aqui no aguardo das próximas confusões.

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Sim vc captou um traço do Luke pq ele eh extremamente calculista rs

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Sinto desassossego em saber que esse amor, tão lindo, ainda vai ser tão invadido e perturbado pelo mau caráter do Carlos. Enfim... e tudo isso por causa de uma porra antinatural chamada monogamia!

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