O relógio já passava da meia-noite quando entrei no ônibus rumo ao interior. Estava exausto, de corpo e de cabeça, querendo apenas me afundar no banco e deixar a estrada me embalar até o destino. Escolhi um lugar no fundo, mais tranquilo, onde o silêncio era maior e as luzes menos intensas.
Depois de alguns minutos, o ônibus fez uma parada numa cidadezinha no meio do nada. Subiu um homem de aparência marcante — devia ter seus sessenta e poucos anos, barba grisalha, olhos intensos, e um cheiro de colônia antiga que bateu em mim assim que ele passou. Tinha um ar de quem já viveu muita coisa… e curtia viver um pouco mais.
Ele veio direto pro banco ao meu lado.
— Noite longa, hein? — disse, enquanto se acomodava com uma calma provocante.
— Pois é… — respondi, tentando não parecer afetado pela presença dele, mesmo sentindo meu corpo reagir de um jeito que não acontecia há muito tempo.
Começamos a conversar. Ele se apresentou como Raul, caminhoneiro aposentado, cheio de histórias, muitas delas carregadas de segundas intenções. Eu escutava tudo, absorvendo cada palavra, cada risada grave, cada olhar que durava um pouco mais do que o necessário.
Com o passar das horas e o ônibus mergulhado no escuro, os passageiros dormindo, percebi que a mão dele repousava cada vez mais próxima da minha perna. E eu… deixava. Sentia meu coração acelerar toda vez que os dedos dele tocavam, mesmo que de leve, a minha coxa.
— Tá com calor aí, garoto? — ele sussurrou, com um meio sorriso que me arrepiou inteiro.
— Um pouco… — respondi, a voz saindo mais baixa do que eu esperava, o desejo transbordando.
Raul então deu um leve ajuste na posição, como quem não quer nada, mas abriu o zíper da calça. Quando vi o que ele tirou pra fora, meu corpo inteiro vibrou. Era grosso, rígido, com veias salientes e um cheiro forte, másculo. Aquilo me hipnotizou.
Sem dizer uma palavra, me inclinei. O som do motor disfarçava qualquer suspiro, qualquer gemido abafado. Abri os lábios e envolvi com a boca aquele pau duro, quente, pulsando desejo. Senti a mão dele segurando com firmeza minha nuca, guiando o ritmo, sussurrando palavrões enquanto eu mamei aquele velho safado no fundo do ônibus, como se o mundo lá fora tivesse deixado de existir.
Minha língua passeava pela cabeça inchada do pau dele, saboreando cada gota do líquido quente que começava a escorrer. Raul soltou um gemido rouco, baixo, mas cheio de tesão. A mão dele apertava minha nuca com firmeza, me fazendo ir mais fundo, forçando a garganta.
— Isso, garoto… chupa direitinho esse pau velho — ele sussurrou, os olhos fechados, a respiração pesada.
Eu obedeci sem pensar. Engoli ele até a base, sentindo aquele cheiro de homem maduro, suado, vivido. O ônibus balançava na estrada, mas eu nem sentia mais — só existia o calor daquilo tudo. A sensação da pele dele dura contra a minha língua, o peso daquela rola na minha boca, e o jeito como ele me olhava, como se soubesse que eu sempre quis aquilo, mesmo sem nunca ter dito.
Ele começou a bombar devagar, fodendo minha boca com cadência, como se tivesse todo o tempo do mundo. Meus olhos lacrimejavam, mas eu não parava. Sentia cada veia pulsando, cada gemido dele me deixando mais duro dentro da minha calça apertada.
— Quer que eu goze na tua boca, moleque? Hein? Quer o leite do velho?
Eu não respondi. Só olhei pra cima e afundei de novo, mais fundo, mais fundo... até que senti o corpo dele enrijecer. Ele segurou minha cabeça com força, e então veio. Uma descarga quente, intensa, preenchendo minha garganta. Gozei ali mesmo, dentro da cueca, sem encostar em mim.
Fiquei ali alguns segundos, saboreando tudo, até limpá-lo com a língua. Ele me encarou, com aquele sorriso safado, e disse:
— Viagem longa mesmo... ainda temos chão, garoto.
Voltei pro banco, o gosto dele ainda na boca, e um sorriso idiota no rosto. Era só o começo da viagem.
O ônibus seguia pela estrada deserta, a maioria dos passageiros afundados no sono. Mas eu… eu estava aceso. Ardendo. Ainda com o gosto do gozo dele na minha boca e o pau latejando dentro da cueca encharcada. Mas Raul não parecia satisfeito.
Ele se ajeitou no banco, puxou meu rosto com firmeza e cochichou no meu ouvido:
— Abre essa calça, quero ver o que você tem aí. Quero ver o que te deixou gozando feito putinha só mamando meu pau.
Meu coração disparou. Olhei em volta. Um casal dormia algumas fileiras à frente, e um senhor roncava do outro lado do corredor. Tudo quieto. Tudo perigoso. E aquilo só deixava mais excitante.
Abri o zíper com a mão trêmula. Meu pau saltou duro, brilhando do meu próprio gozo. Raul passou os dedos grossos por ele, espalhando a meleca com gosto, como se estivesse marcando território.
— Olha só isso… duro, babado, igualzinho a um novinho safado que não sabe brincar.
Antes que eu pudesse responder, ele se abaixou. A barba áspera arranhando minha virilha, a boca quente envolvendo minha glande. Chupei o ar com força. Mordi o punho pra não gemer alto. O velho mamava com vontade, com prática, como se soubesse exatamente onde tocar, quando apertar, como usar a língua pra me deixar fora de mim.
Eu segurava na lateral do banco, tentando não me contorcer, o corpo tremendo de prazer.
— Raul… — sussurrei, tentando avisar que ia gozar de novo.
Mas ele não parou. Engoliu tudo com a boca funda, os olhos cravados nos meus. E eu explodi. Uma descarga violenta, tremendo inteiro, o risco de ser visto me deixando ainda mais selvagem. Gozei na boca dele como se estivesse em transe.
Ele se levantou, limpando a boca com o dorso da mão.
— Agora dorme, que quando o ônibus parar pra comer, eu te levo pro banheiro. E aí, moleque… vai ser de quatro.
Meu corpo arrepiou inteiro. Sabia que aquela viagem ainda tinha muitas paradas — e muitas transas arriscadas — pela frente.
O ônibus parou numa daquelas lanchonetes de estrada, já quase amanhecendo. A maioria dos passageiros desceu meio sonolenta, indo direto pro café ou pro banheiro. Raul e eu saímos por último, trocando olhares silenciosos. Meu corpo ainda vibrava da loucura da noite, mas ele parecia ainda mais faminto.
— Me encontra no banheiro dos fundos. Entra depois de mim. — ele disse, seco, antes de desaparecer entre os outros viajantes.
Esperei alguns minutos. O coração batendo forte. A calça já começava a ficar justa de novo só com a expectativa. Quando achei seguro, fui atrás. O banheiro era pequeno, velho, com azulejos rachados e um cheiro forte de sabão barato misturado a mijo. Tinha três cabines, uma delas com a porta encostada.
Entrei.
Raul já estava lá, de pé, a calça abaixada até o meio das coxas. O pau dele já estava duro de novo, grosso, latejando, apontando pra mim como uma promessa.
— Tranca a porta e vira. — ele ordenou, com aquela voz grave que me desmontava.
Obedeci sem pensar. Tranquei, virei de costas, e abaixei minha calça. O ar frio do banheiro bateu na minha pele exposta, me arrepiando. Em segundos, senti ele cuspindo na mão, espalhando pela minha entrada.
— Tá molhado ainda do que gozou no ônibus, hein? — ele rosnou, encostando a cabeça da rola ali, brincando, pressionando devagar.
Eu arqueei o corpo, gemendo baixo, e segurei na parede da cabine pra me firmar. Quando ele finalmente me penetrou, soltei o ar com força. Era grosso, quente, e entrava com força, me preenchendo inteiro, sem dó.
— Isso, moleque… sente essa rola de caminhoneiro. É isso que tu quer, né? Ser comido igual homem no meio da estrada.
Ele começou a bombar com força. Cada estocada fazia barulho, o som abafado de pele contra pele ecoando nas paredes frias. A tensão era absurda. A qualquer momento alguém podia bater na porta, ou ouvir os gemidos, os estalos, o som das nossas respirações pesadas.
Mas Raul não parava. Me segurava pelos quadris, fodendo com força, gemendo baixo no meu ouvido.
— Abre mais… isso, assim… porra, que bunda gostosa. Vai tomar leitão de novo, hein?
Eu só conseguia gemer, a testa encostada na parede, a rola dura balançando a cada investida. E então ele acelerou, socando fundo, até parar de repente com um gemido rouco. Senti o jato quente explodindo dentro de mim, o pau dele latejando enquanto ele go…sava com força, segurando meu corpo contra o dele.
Ficamos ali por uns segundos, em silêncio, só com a respiração pesada preenchendo o espaço.
Depois, ele saiu devagar de dentro de mim, ainda duro. Pegou papel, limpou a própria rola e me ajudou a me ajeitar, com um tapa firme na minha bunda.
— Foi só a segunda parada. Até o final dessa viagem, tu vai sair andando torto.
E saiu da cabine primeiro, como se nada tivesse acontecido.
Saí do banheiro alguns minutos depois, tentando andar normalmente. Meu corpo ainda sentia cada estocada, o rastro quente dele ainda dentro de mim. O coração batia acelerado, não só pelo prazer, mas pelo risco. Qualquer um podia ter ouvido. Qualquer um podia ter batido na porta. E isso… só fazia tudo parecer ainda mais real.
Lá fora, o ar estava fresco, o céu começando a clarear. Vi Raul do outro lado da lanchonete, parado perto da máquina de café. Ele me olhou, sério, depois piscou discretamente e virou de costas, como se nada tivesse acontecido.
Sentei numa mesa e fiquei quieto, observando ele de longe. Era estranho… não tinha carinho, não tinha conversa. Só um desejo bruto, selvagem, que nos puxava como ímã. E eu sabia, com cada parte do meu corpo, que ainda não tinha acabado.
Voltamos pro ônibus em silêncio. Raul sentou de novo ao meu lado, mas ficamos quietos por um tempo. O cheiro dele, o calor que emanava, tudo ainda me deixava aceso.
Depois de alguns minutos, ele se inclinou pro meu ouvido.
— Gostou, né? Te deixei molinho. Mas vou te contar… ainda tem mais.
— Mais? — perguntei, sem disfarçar o sorriso.
— Ainda vamos passar por outra parada. E se não tiver banheiro… a gente se vira ali mesmo, no fundo desse ônibus. Debaixo do cobertor, quietinhos. Me bateu uma vontade de te ver de joelhos de novo, mas agora olhando nos meus olhos enquanto mama.
Minha pele arrepiou inteira. Engoli em seco.
Ele deu um leve aperto na minha coxa por baixo da manta e se recostou, como se tivesse falado do clima.
Eu encostei também. O pau já começava a endurecer de novo. Sabia que essa viagem ainda ia me marcar por muito, muito tempo.
O sol já batia pelas janelas quando o ônibus retomou a estrada. Os passageiros estavam acordando aos poucos, alguns conversando baixo, outros ouvindo música nos fones. Ninguém prestava atenção em mim e Raul, lá no fundo, sob uma manta fina que ele puxou discretamente pra cima das nossas pernas.
Eu fingia estar dormindo, cabeça encostada na janela, mas sentia a mão dele se mover lenta, possessiva, sobre minha coxa. Deslizou até encontrar meu pau, que já estava semi-duro, pulsando com a expectativa. Ele o apertou de leve e soltou uma risadinha baixa.
— Tá sempre pronto, né? — sussurrou perto do meu ouvido, a voz rouca me arrepiando.
Sem responder, levantei discretamente a manta, me ajeitei de lado, e olhei nos olhos dele. A cara de safado, o sorriso de canto, a barba por fazer — tudo nele me deixava faminto. Com um movimento rápido, puxei o zíper da calça dele e liberei aquele pau grosso de novo, ainda com o cheiro e o gosto da última foda grudados na memória.
Me abaixei.
Ali mesmo, no fundo do ônibus, com pessoas acordadas a poucos metros de nós, enfiei ele inteiro na boca, sentindo o peso, a textura, o gosto forte. Raul mordeu o lábio, tentando não gemer. Jogou o casaco por cima de mim e fingiu que estava cochilando, enquanto eu mamava ele fundo, com vontade.
A adrenalina era insana. A qualquer momento alguém podia se virar, notar os movimentos sob o pano, ouvir algum som. E isso só me fazia chupar com mais fome. Eu queria deixar ele louco. Queria ser lembrado.
Ele passou a mão pelos meus cabelos, guiando o ritmo, empurrando com mais força. A cabeça da rola batia na minha garganta, fazendo meus olhos lacrimejarem. Mas eu não parava. Estava entregue.
— Caralho… — ele rosnou baixinho. — Vai me fazer gozar aqui mesmo, sua boca é do inferno…
E então ele travou o corpo. A mão dele apertou minha nuca com força, e senti a rola pulsar. Gozo quente invadiu minha garganta, em jatos grossos, intensos. Engoli tudo sem pensar, sem deixar escapar nada. Ele ficou imóvel por alguns segundos, respirando fundo, tentando disfarçar o orgasmo violento.
Voltei pro banco, com o coração disparado e a boca ainda quente. Ninguém tinha notado. Ou, se alguém notou, fingiu que não viu.
Raul olhou pra mim com aquele olhar sujo e satisfeito, e murmurou:
— Quando esse ônibus parar de novo… é tua vez de ser comido no escuro, deitado no banco. E se alguém ouvir, azar. Eu quero ver se tu geme baixinho mesmo comendo rola fundo.
Sorri de canto, o pau duro latejando sob a calça. Ainda tinha chão até o destino.
E eu já não queria que a viagem acabasse.
Algumas horas depois, o ônibus parou novamente. Era um posto decadente, desses que mal têm luz funcionando direito. Os passageiros desceram pra esticar as pernas, usar o banheiro, fumar. Raul se levantou, olhou pra mim com aquele olhar cheio de intenção e falou baixo, quase sem mover os lábios:
— Terceira parada. Agora você vai ser meu.
Segui ele com o corpo inteiro em alerta. O banheiro dessa vez era pior que o anterior: estreito, escuro, com a luz piscando e uma única cabine no fundo. Mas era o lugar perfeito pra algo sujo.
Raul entrou primeiro. Esperei uns segundos e entrei em seguida. Assim que tranquei a porta, ele me prensou contra a parede com força.
— Já chega com essa cara de safado. Virando de costas antes mesmo de eu mandar. — Ele rosnou, colando o corpo no meu, o pau já duro, latejando por baixo da calça.
— Tô aqui pra isso — sussurrei, olhando por cima do ombro, provocando.
Ele abaixou minha calça com violência, me deixando de bunda pro ar. Cuspindo na palma da mão, passou o líquido quente na entrada já viciada do meu cu, sem pressa, só o suficiente pra poder meter. E quando meteu… foi fundo. De uma vez só.
— Porra! — eu gemi, mordendo o braço pra abafar o som.
— Shhh… alguém pode ouvir. Ou não. Vai ver querem ouvir. — Ele começou a bombar forte, me segurando pela cintura, os quadris dele batendo nos meus com estalos molhados.
A cabine balançava, os azulejos frios contra meu peito contrastavam com o calor da rola dele enterrada em mim. Raul gemia baixo, rosnava palavrões, falando no meu ouvido:
— Olha como esse cu engole meu pau… parece que nasceu pra isso… — e metia mais fundo, mais rápido, como se quisesse me quebrar por dentro.
A porta do banheiro abriu. Alguém entrou. A tensão explodiu.
Ficamos imóveis. Raul ainda enterrado em mim, respirando pesado contra minha nuca. O cara do lado mijava no urinol, tossiu, ficou um tempo… e saiu.
No segundo em que a porta bateu, Raul voltou a me foder com ainda mais força, como se o risco tivesse alimentado o desejo. Eu já não conseguia mais conter os gemidos, abafando com o punho na boca, o corpo tremendo.
— Vai gozar, putinho? — ele sussurrou, com a mão apertando meu pau duro. — Goza pra mim… goza levando pau… agora.
Eu explodi. Gozei com força, jorrando contra a parede suja, os joelhos quase cedendo. E ele veio logo depois, socando até o fim, gemendo rouco e derramando tudo lá dentro, me enchendo de porra quente mais uma vez.
Ficamos ali, ofegantes, suados, um silêncio sujo entre nós.
Ele me virou de frente, me encarou com aquele sorriso de canto.
— A viagem ainda não acabou, moleque. E quando acabar… quero saber se tu vai ter coragem de me procurar de novo.
A última parada foi rápida. Ninguém falou muito, todo mundo cansado, alguns já dormindo de novo. Eu estava encostado na janela, com o corpo moído, ainda sentindo o gozo quente escorrendo devagar dentro de mim, como lembrança viva de tudo o que rolou.
Raul estava ao meu lado, calado. Mas havia um silêncio diferente agora. Não era mais só tesão bruto — era tensão. Era aquela pergunta muda: "E agora?"
O ônibus chegou ao destino final pouco antes do fim da tarde. Quando encostou na rodoviária, os passageiros começaram a se levantar, pegar bagagens, se despedir. Eu ainda estava sentado, olhando pra frente, a mente girando com tudo o que tinha acontecido.
Raul se levantou devagar, pegou a mochila dele do bagageiro e me olhou por cima do ombro.
— Vai sair andando? Ou vai ficar me olhando feito quem quer mais?
Me levantei. Encarei ele, os olhos tentando decifrar se aquilo era um convite ou um adeus.
— E agora, Raul? — perguntei. — Isso fica na estrada, ou…?
Ele deu um passo pra perto. Estava tão perto que dava pra sentir o cheiro dele de novo — suor, sexo e estrada. A mão dele pousou firme na minha nuca, e ele falou baixo:
— Isso fica onde você quiser deixar. Mas se quiser mais… sabe onde me encontrar.
Ele tirou um papel do bolso e enfiou discretamente no bolso da minha jaqueta. Depois se virou e saiu andando, como se fosse só mais um cara indo embora.
Eu fiquei ali parado por alguns segundos, coração batendo forte. Abri o papel. Era um número de celular. Só isso. Nenhum nome, nenhuma promessa.
Mas eu sabia.
Na próxima viagem…
Na próxima madrugada…
Na próxima vontade de me perder de novo naquela selvageria quente…
Eu ia discar.
E Raul ia atender.