Um Carnaval Inesquecível: Como Acabei Pelado em Público no Folião! (Parte 2)

Um conto erótico de Exhib
Categoria: Homossexual
Contém 1635 palavras
Data: 15/04/2025 16:23:46

Eu avançava a passos largos para não perder meus amigos de vista. Afinal, ao contrario deles, não trouxe nenhum item comigo, o que incluiam as chaves que me autorizaram a entrar em nossa casa alugada novamente. Embora tenso em minha marcha, devido ao álcool e maconha, sentia-me cada vez mais leve, me acostumando com a toalha, mero acessório desleixado pendurado na minha cintura. O esfregão rosa, que agora mais parecia um cetro que simbolizava minha desgraça, às vezes batia contra minha perna a cada movimento, sua haste plástica ecoando como um tamborim triste no ritmo dos meus passos cambaleantes. Meus amigos, é claro, já estavam três metros à frente, mergulhados na multidão como peixes no mar, sumindo e reaparecendo entre cabeças e fantasias, sempre com um copo novo na mão e um sorriso no rosto. De certa forma, desconfiava que todos eles estavam bem felizes por ter me colocado naquela situação.

— Não fica pra trás! Henrique gritou em um momento enquanto uma garrafa de vodka meio vazia balançava em sua outra mão. Ele levou a bebida para perto de minha boca, mais uma vez, se certificando de que eu permanecesse bêbado.

Engoli o líquido como se fosse um remédio amargo, o gosto doce-azedo queimando minha garganta, mas já nem importava mais. Minha cabeça girava, o mundo ao meu redor se tornando uma colcha de retalhos colorida de corpos suados, glitter e tecidos brilhantes.

Foi então que comecei a notar os outros "banhistas" como eu. Um homem passou por mim, uma toalha idêntica à minha amarrada na cintura, mas com uma sunga azul-clara nitidamente visível por baixo, as bordas do tecido aparecendo como um lembrete de que ele, ao contrário de mim, tinha juízo. Mais adiante, um trio de mulheres usando toalhas também surgiu, algumas grandes, outras pequenas, mas todas pareciam portar de formas diversamente discreta biquínis de renda ou shorts curtos por baixo, seus corpos protegidos enquanto dançavam sob o sol. Pelo visto, eu era o único completo idiota capaz de vir a um bloco de carnaval usando apenas uma toalha minúscula e sem nada por baixo.

E as pessoas notavam.

— Ousado! Uma mulher com um top de penas e shorts tão curtos que quase não existiam riu alto, apontando para mim enquanto seu amigo tirava uma foto disfarçada. Acelerei o passo sentindo um pouco de vergonha.

Em outro momento, percebi a alguns metros de distância um cara fantasiado de cangaceiro moderno, portando um chapéu de couro e óculos escuros. Ele parou de beber seu drink por um instante e seus olhos escorregaram para baixo como se estivesse avaliando minha "fantasia" com um misto de admiração e espanto. Se eu parasse para olhar ao meu redor, a todo momento da andança, encontrava mais e mais pessoas olhando para mim. Aquela fenda na lateral da minha perna só não chamava mais a atenção que o formato da minha rola marcada no tecido caído diretamente em contato com minhas partes.

— Esse aí veio direto do chuveiro pro bloco! — Um vendedor de caipirinha gritou para mim quando meus amigos compraram mais bebidas com ele. Eu senti meu rosto arder como fogo, mesmo sob a névoa do álcool.

Eu não queria parar de andar. Era desconfortável quando ficava muito tempo em pé no mesmo local e as pessoas tinham tempo para analizar minha fantasia, descobrindo o quão ousada ela era, mas isso não era uma opção para mim. Em certo momento, meus amigos e eu sossegamos um pouco em um canto no meio da rua, ainda repleto de pessoas. Assim como eu, todos pareciam tão loucos de bebida que parecia impossível não dançar euforicamente.

Senti um vento frio me atingir as nádegas e, alguns segundos depois, o toque da toalha novamente em minha bunda. Olhei para os lados, desviando o rosto imediatamente ao ver que algumas pessoas tinham visto aquilo também. Achei que tivesse sido o vento, mas, quando olhei para trás, me deparei com o sorriso sacana de Danilo. Filho da puta! Praguejei. Ele levantou minha toalha. Meu rosto corou imediatamente.

— Para com isso cara! — Gritei, mas fui interrompido por outra súbita rajada de ar em minha bunda exposta. Era Henrique dessa vez. O fuzilei com os olhos.

Eu deveria ter presumido que seria alvejado por aquele tipo de brincadeira se fosse ao bloco vestido assim com eles. Olhei para os lados e vi algumas pessoas apontando e rindo para mim. Que merda!

Bêbados como estavam, meus amigos não paravam de passar as mãos em mim e me provocar de diversas formas diferentes. Felizmente, deixei de ser tão divertido para eles em alguns momentos em que garotas apareciam.

O fim da tarde veio com o pôr do sol e cada um de nós tinha, com sucesso, beijado pelo menos 3 garotas cada. No início, fiquei um pouco tímido por ser nítido, em meio a pegação e após ela, a barraca armada em minha pequena toalha branca, mas, posteriormente, acabei deixando isso para lá. Afinal, mesmo usando sungas apenas, meus amigos não pareciam ligar também em exibir as marcas de suas picas duras em trajes de banho tão reveladores.

Ou já estavamos muito chapados para ligar ou a energia profana do carnaval ja tinha tomado conta de nós totalmente. De certa forma, o que antes parecia atípico e inimaginável para mim, agora, parecia comum e rotineiro. Enquanto andávamos, vi garotas tirando os sutiãs e mostrando os peitos, casais se agarrando fortemente no meio de todos e até fazendo sexo, enquanto, sem sucesso, tentavam esconder o ato.

O céu começava a escurecer, tingido de tons de púrpura e laranja, como se até o universo estivesse alucinado junto conosco. As luzes dos postes e barracas acendiam-se aos poucos, transformando o bloco em um mar de sombras dançantes e reflexos dourados. A música parecia mais alta agora e os tambores ecovam fortemente em meio ao clima de loucura coletiva da multidão. Conhecemos algumas pessoas amigaveis, homens e mulheres dançantes com as quais fizemos amizades que pareciam, no momento, duradouras, mas que, em poucas horas, se esvaziam facilmente quando os estranhos se perdiam de nós na multidão.

— Que porra é essa Danilo? — Ouvi Ric gritar com raiva. Seu celular estava em suas mãos.

Quando olhei o storie do instagram, tomei um susto. Era nossa foto. 4 picas duras de cores e tamanhos diferentes expostas para deus e o mundo verem. Na legenda, lia-se “Carnaval doido com os crias. Aqui ninguém tem vergonha e só quer putaria!”.

— Cara, você postou isso? — Questionei assustado e indignado. Queria aquela foto apagada agora! Danilo sorriu de forma sacana, como sempre.

— Você disse que não ia vazar pra ninguém, cara! — Henrique lembrou também com revolta.

— Porra galera. Era pra ir para os melhores amigos, mas postei pra geral sem querer. — Ele falou, indiferente como nunca conseguiria me imaginar diante de algo assim.

— Apaga isso porra! — Falei tonto, mas ainda cheio de raiva.

— Tem mais de 400 visualizações já. Alguém deve ter salvado, com certeza. Não adianta apagar. — Ele retrucou dando de ombros. — Além disso, não aparece nossos rostos. Não dá pra saber qual pau é de quem. — Ele falou com a mão esquerda em meu ombro. Fiquei completamente atônito por ver que aquilo tranquilizou Henrique e Ricardo tão facilmente.

Em seguida, Ricardo passou a foto para o lado, mostrando o próximo storie. Era eu! Estava de costas, felizmente, o que resguardava minha identidade, mas o registro ali publicado era dos momentos anteriores. Minha toalha estava levantada atrás e minha bunda branca tomava sol no meio de todas aquelas pessoas. Quando abri a boca para reclamar, fui interrompido por, talvez, a mais peculiar figura que vi naquele dia.

Um cara, alto, forte, de pele morena e sorriso alegre se aproximou de nós carregando um enorme barril de cerveja nas costas. O tipo de cena doida que só se vê no carnaval. Ele apareceu, alegre, com suor escorrendo pelo rosto e um sorriso bêbado estampado nos lábios.

— Bora, galera! Hidratação grátis! — Berrou o cara estranho, inclinando o barril para frente enquanto suor escorria de sua testa. Uma horda de pessoas se aglomerou perto dele de imediato, incluindo Danilo, que correu para longe de mim em direção a muvuca. Lá se vai a bronca que ia dar nele. Naquele caos, parecia que não era possível ter uma conversa séria. Vi de longe o momento em que ele enfiou a cabeça debaixo da torneira improvisada naquele tonel de madeira.

Um jato de cerveja quente desceu do barril, direto na boca de meu amigo. Rimos ao ver o líquido transbordar dos lábios dele, bem como atingí-lo em todo o rosto. Ele veio andando em nossa direção, esfregando os olhos com as costas das mãos e engolindo como um desesperado a cerveja que escorria por seu queixo e peito.

— Caralho, nunca tomei uma cerveja tão ruim. — Ele disse tossindo com uma careta quando se pos ao meu lado.

— Só você parece ligar para isso. — Henrique mencionou com divertimento, observando aquelas pessoas se estapeando para tomar a mesma cerveja quente que molhou todo o rosto de nosso amigo. Ri, mas por pouco tempo, isso pois senti um vento frio me atingir em todas as partes de meu corpo.

Henrique e Ricardo sorriam incrédulos. Quando olhei para os lados, vi mais pessoas olhando para mim, algumas chocadas e outras rindo copiosamente. Talvez por estar muito chapado, demorei para registrar a sensação da minha toalha deslizando rapidamente para fora de minha cintura, talvez por coincidência, aquilo ocorreu no exato momento em que Danilo fez um movimento brusco. Ele secava o rosto no trapo que, obviamente, tinha sido roubado de mim. Quando olhei para baixo, finalmente percebi: nada cobria minhas partes. Eu estou pelado!

*****

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Foto de perfil genéricaExhibContos: 21Seguidores: 51Seguindo: 0Mensagem Gosto de escrever histórias longas, bem desenvolvidas e, geralmente, envolvendo extremo embaraço e humilhação; principalmente com personagens que enxergam na nudez um tabu, mas que são, de alguma forma, despidos, envergonhados e ficam indefesos frente à outro(s) vestidos. Meu contato, uma vez que não consigo ver mensagens privadas no site ainda: extremeexhib@gmail.com

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