Animalesco

Um conto erótico de TUGA12345
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 936 palavras
Data: 17/04/2025 13:11:06

A casa estava escura, mas quente. Aquelas paredes esquecidas sabiam guardar segredos, e hoje seriam cúmplices do maior deles. Um colchão grosso, velas espalhadas, o cheiro misturado de cera derretida e sexo no ar. O mundo lá fora tinha deixado de existir.

Ela estava montada em ti. Mãos nos teus ombros, unhas cravadas na pele, o corpo suado a rebolar com fome. Repetia o teu nome como se fosse um feitiço. A tua mão guiava-lhe as ancas com firmeza. Tu estavas por baixo, sim — mas ela só se mexia porque tu deixavas. Estava quente. Estava entregue. Toda tua.

“Estás linda assim, toda fodida por mim”, disseste-lhe com a voz baixa, grave. Ela arfou. Quase se veio só com isso. Tu sentias cada contração a apertar-te por dentro. E então… a porta rangeu. Ela virou o rosto, ainda a cavalgar-te devagar. A figura apareceu na penumbra. Alto. Largo. Nu. Já rijo. Já pronto. Ela ficou imóvel por um instante. Os olhos ficaram grandes. O coração, descontrolado. Sabia que ia acontecer, mas não assim. Não naquele exato momento.

Tu puxaste-lhe os cabelos para trás e disseste-lhe ao ouvido: “Lembras-te do que pediste? De seres fodida por dois ao mesmo tempo? Pois hoje vais ter tudo. E eu vou ver tudo. Porque és minha.”

Ela não respondeu. Mas o corpo não mentia. Estava a escorrer. Estava à beira. O homem ajoelhou-se à frente dela. Tu permanecias dentro dela, firme. “Boca”, disseste, e ela obedeceu. Começou devagar. A boca a abrir, os olhos semicerrados, as mãos tremiam. E tu ali, por baixo, a olhar. A sentir. Ela era uma obra tua. Uma porquinha domada.

A tua mão foi buscar o lubrificante. Já sabias o que vinha. Ele também. Começaste a preparar atrás. Lubrificaste com calma, espalhaste devagar, com firmeza. Ela tremia. A boca cheia, os olhos já húmidos de antecipação e nervos. O outro posicionou-se. E então, o momento. Ele encostou-se. Começou a entrar. Devagar. Ela gemeu. Um som abafado, profundo. O corpo enrijeceu por cima de ti.

“É… é grande demais…”, murmurou, quase num soluço. “Não sei se consigo…” Tu agarraste-lhe a nuca, puxaste-a contra o teu peito. “Consegues. Porque és minha. E pediste isto. E agora vais levar até ao fim.” Ela tentou controlar a respiração. Mas os quadris dela empurraram-se para trás. Instinto puro. Queria. Precisava. Mesmo que doesse. Mesmo que a rasgasse.

Ele entrou mais. Tu sentias o corpo dela a tremer em cima de ti. O calor. O aperto. O delírio. “Aiii… ah foda-se… espera…”, choramingou. “…não pares. Continua…” E ele não parou. Ela estava a ser aberta, usada, fodida como nunca. E tu estavas lá. Dentro dela. A sentir tudo. Cada tremor. Cada gemido. Cada contração de prazer e de medo misturados.

Foi então que algo mudou. Um cheiro leve no ar. Quente. Orgânico. Real. Ela ficou tensa. Travou por um segundo. Tentou desviar o rosto. A vergonha estava toda nos olhos. O corpo dela tinha-se rendido ao ponto de já não conseguir esconder nada. Mas tu sabias. E sussurraste-lhe com voz firme: “Não escondas nada. Nem o que te envergonha. Porque tudo o que o teu corpo fizer… é meu.” Ela gemeu mais alto. Desatou a chorar. E a vir-se.

Com força. Com raiva. Com gratidão. Um orgasmo brutal, a sacudi-la toda, os três envolvidos num inferno de prazer. Ele continuou. Tu também. Até os corpos se desfazerem em suor, gemidos, pele e cansaço.

Ela caiu sobre ti. Mole. Vazia. Rendida. Tu passaste-lhe a mão pelo cabelo. Com calma. “Agora sabes o que és, não sabes?” Ela assentiu, fraca. “Minha.” Tu sorriste. “Sempre.”

O quarto ficou em silêncio. Só se ouvia o respirar lento. Ela ficou ali. No chão. Completamente esgotada. Tu ajoelhaste-te e pegaste nela. Levantaste-a como quem transporta algo frágil, e voltaste a deitá-la no colchão. Ela sussurrou algo que mal entendeste, entre o cansaço e o torpor: “Foi… foi demais…”

Mas então ouviram-se passos. Mais. Lentamente, novas silhuetas entraram. Um… depois outro. MaisHomens. Altos. Nus. Silenciosos. A atmosfera ficou densa. E ela congelou. O olhar dela voou para ti. Tu ficaste imóvel. Só a olhaste. Esperaste. E ela, com os olhos cheios, disse:

“Era isto. Era isto que eu queria. E tive medo de pedir.”

Ela ajoelhou-se devagar. Respirou fundo. E começou a chupá-los. Um a um. De olhos fechados. Com dedicação. Com fome. Engasgou-se. Saliva escorria-lhe pela cara. Mas não parava. Estava viva. Estava tua. Dois à frente. Um atrás. E ela no centro do desejo. Os gemidos tornaram-se animais. O mais grosso ajoelhou-se. Tu disseste apenas: “Troquem.”

Ela arregalou os olhos. “Não… ele é ainda maior… não vai caber… vai rasgar-me…”

Tu não respondeste. Apenas pegaste no lubrificante. Espalhaste-o devagar. Sussurraste-lhe: “Confia. Tu foste feita para isto.” Quando ele entrou… rasgou. E ela soube. Mas não sentiu dor. Só um calor imenso. Um arrepio. Um gemido rasgado que virou riso. Riso louco. Inacreditável. Algo sobrenatural tomou conta dela.

E então ele começou a foder. Forte. Firme. Rápido. O corpo dela começou a convulsionar. A tremer como se estivesse a ser exorcizada pelo prazer. O debaixo pareceu assustado com a intensidade, mas mesmo assim veio-se. O de trás também. E tu, de pé, a olhar, sentiste orgulho.

Ela virou-se para ti, os lábios molhados, o corpo desfeito, e ainda assim sussurrou:

“Bate-me…”

Tu aproximaste-te. “Tens a certeza?”

“Quero sentir tudo. Quero saber que ainda estou aqui.” E quando a tua mão estalou no rosto dela, ela gemeu. E veio-se de novo. E depois olhou-te, corada, olhos húmidos, e desafiou:

“Achas que me quebraste? Só me mostraste do que sou feita. Eu aguento mais. Dá-me mais.”

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