A água morna da banheira de hidromassagem envolvia os corpos de Olivia e Ricardo, criando ondas suaves que batiam contra as bordas de mármore. A espuma branca cobria parcialmente seus corpos, mas não o suficiente para esconder o que ainda acontecia entre eles.
Olivia estava sentada de costas contra o peito de Ricardo, suas nádegas afundando no colo dele enquanto seus dedos traçavam círculos lentos em seus seios. Ela sentia o membro dele, já duro novamente, pressionando suas costas.
— Você não cansa? — ela perguntou, arqueando o pescoço para trás, seus lábios encontrando os dele em um beijo molhado.
Ricardo riu, suas mãos deslizando para baixo, sob a água, até encontrar o lugar mais quente dela.
— Cansar? — ele murmurou, os dedos encontrando seu clitóris inchado.
— Você é viciante.
Ela gemeu quando ele começou a massageá-la, seus dedos habilidosos explorando cada dobra, cada ponto sensível que já estava dolorido de tanto prazer. A água agitava-se em torno deles, espuma grudando em sua pele, enquanto Olivia se movia contra sua mão, buscando mais.
— Quero você de novo — ela sussurrou, virando-se no colo dele, as pernas abrindo-se ainda mais na água.
Ricardo não precisou ser convidado duas vezes. Com um movimento fluido, ele a levantou ligeiramente, posicionando-se na sua entrada, e então a fez afundar devagar em seu colo, preenchendo-a completamente. Olivia arqueou as costas, seus seios saindo da água, os mamilos endurecidos pelo contraste do ar frio do quarto.
— Assim... — ela suspirou, sentindo cada centímetro dele dentro de si.
Ele começou a mover-se, devagar no início, deixando a água ajudá-los, criando uma fricção diferente, mais suave, mas não menos intensa. Olivia agarrou-se às bordas da banheira, seus quadris encontrando os dele em um ritmo que fazia a água transbordar para o piso.
— Você gosta de ser fodida assim, não é? — Ricardo rosnou em seu ouvido, suas mãos apertando seus quadris com força. — De saber que é casada e ainda assim está aqui, comigo, tomando rola como se não houvesse amanhã.
As palavras eram sujas, proibidas, e fizeram Olivia contrair em torno dele, um gemido escapando de seus lábios. Ela gostava. Gostava da culpa, gostava do prazer, gostava de saber que estava fazendo algo que nunca deveria ter feito.
Ricardo percebeu e sorriu, aumentando o ritmo. A água espirrava, misturando-se aos sons molhados de seus corpos se encontrando. Olivia estava perdendo o controle, seus músculos tremendo, sua respiração ofegante.
— Vem — ele ordenou, uma mão descendo para apertar seu clitóris.
— Goza para mim de novo.
E ela obedeceu. Seu corpo arqueou, um grito abafado saindo de sua garganta enquanto o orgasmo a atingia, violento e incontrolável. Ricardo segurou-a firme, continuando a movimentar-se dentro dela até sentir seu próprio prazer explodir, seus dedos marcando sua pele.
Por um longo momento, ficaram assim, ofegantes, a água esfriando ao redor.
Olivia fechou os olhos, sentindo o peso da realidade voltar.
Ela tinha que ir para casa.
Tinha que encarar Charlie.
Mas primeiro, teria que se olhar no espelho e decidir se aquela mulher — a mulher que acabara de ser comida duas vezes por outro homem — ainda era a mesma que havia saído de casa naquela manhã.
E, mais importante ainda, se ela queria voltar a ser.
Depois, envolta em um roupão de seda branca, Olivia observou Ricardo se vestir com a mesma calma com que entrava em reuniões importantes.
— Isso foi... — ela começou, mas as palavras falharam.
— Incrível? — ele completou, ajustando o relógio Rolex. — Sim, eu sei.
Ela deveria odiá-lo por sua arrogância. Em vez disso, sentiu-se ainda mais excitada, era uma mulher casada que acabou de transar com seu chefe. Ela havia traído Charlie. Não em um motel barato, mas em um palácio de pecados luxuosos.
Seu celular vibrou. Uma mensagem do marido:
"Estou terminando aquele projeto da escola. Volte logo, está frio aqui sem você."
Olivia olhou para a tela, depois para o espelho, onde seu reflexo ainda parecia diferente. Mais velha. Mais vivida. Mais culpada.
Mas então, como se o destino a provocasse, outra notificação apareceu:
"A Executiva Infiel – Capítulo 5: O Preço do Prazer"
Ela clicou antes mesmo de pensar.
"Ela sabia que deveria se arrepender. Mas quando olhou no espelho do motel, tudo o que viu foi uma mulher que finalmente se permitiu sentir tudo de novo..."
Olivia fechou os olhos. O autor não sabia, mas estava escrevendo sua vida.
E, pior ainda... ele estava certo.
Enquanto isso, em casa, Charlie salvou o arquivo e fez o upload do conto no site onde divulgava a história sem saber que cada palavra que escrevia estava se tornando realidade.
E que, muito em breve, seus mundos colidiriam de forma explosiva.
O caminho de volta para a empresa foi silencioso. Olivia ajustava o cinto de segurança na picape de Ricardo com mãos que ainda tremiam levemente, seus dedos relembrando o toque da pele dele. O cheiro do sexo ainda impregnava seus poros, misturado ao aroma do shampoo do motel que tentara em vão lavar sua culpa.
Ricardo dirigia com uma mão no volante, a outra descansando sobre sua coxa como se lhe pertencesse. Seu olhar a avaliou enquanto paravam num semáforo.
"Você tá diferente", comentou, os dedos apertando levemente sua carne. "Mais... relaxada."
Olivia não respondeu. Seu corpo estava de fato relaxado, mas sua mente girava em turbilhão. O vestido preto agora parecia lhe cobrir como uma segunda pele culpada, o tecido esfregando em lugares que ainda latejavam. Ela cruzou as pernas, sentindo o resquício úmido entre elas.
Quando chegaram ao estacionamento da empresa, Ricardo estacionou longe das câmeras de segurança. Seu beijo de despedida foi rouco, possessivo.
"Até amanhã, Olívia", sussurrou contra seus lábios.
Olivia engoliu seco e saiu do carro sem responder. Seu próprio veículo parecia estranho quando entrou - o cheiro familiar do aromatizante de baunilha, a foto dela e Charlie no painel. Ela tirou os saltos altos e jogou no banco de trás antes de ligar o motor.
A estrada para casa nunca parecera tão longa. Cada curva, cada farol, era uma oportunidade para repensar suas escolhas. Seus dedos tamborilavam no volante no mesmo ritmo acelerado de seu coração. O celular vibrou novamente no banco do passageiro:
Charlie: "Quer que eu esquente algum jantar pra você?"
A simplicidade da mensagem a atingiu como um soco. Ela imaginou Charlie em sua cozinha, o professor dedicado, o marido que nunca suspeitaria. Seu estômago embrulhou quando lembrou como Ricardo a chamara de "safada casada" enquanto a possuía contra o espelho do motel.
O GPS marcava 12 minutos até casa. Doze minutos para compor um rosto que não entregasse que:
Seus seios ainda estavam sensíveis das mordidas dele.
Suas coxas ainda tremiam da força com que fora aberta.
Seu anel de casamento pesava como chumbo no dedo.
Olivia ligou o rádio para afogar os pensamentos, mas toda música parecia falar de traição. Quando enfim virou em sua rua, viu a luz da sala acesa através das janelas. Charlie estava acordado. Esperando. Inocente.
Ela desligou o motor e ficou sentada no carro por um longo minuto, observando sua casa como se visse pela primeira vez.
Do lado de dentro do bolso, seu celular vibrou mais uma vez.
Ricardo: "Já tô com saudades do gosto da sua boca. E da sua buceta."
Olivia apagou a mensagem imediatamente, mas não antes que seu corpo traísse seu remorso, um pulso quente percorrendo seu núcleo.
Com um último suspiro, ela abriu a porta do carro. O cheiro do jasmim que Charlie plantara para ela na entrada invadiu suas narinas, tão puro comparado ao aroma de luxúria que ainda a envolvia.
Antes de tocar a maçaneta, Olivia fechou os olhos.
Naquela manhã, ela saíra como a esposa de Charlie.
Agora voltava como a amante de Ricardo.
E o pior de tudo?
Parte dela já ansiava pelo próximo capítulo.
Continua...
Se você apreciou o conto, não deixe de avaliar com sua curtida e comentário e, se desejar, entre em contato para solicitar um conto personalizado, feito especialmente para você.