Com Carlos Capítulo 1 - A Descoberta

Da série Carlos e Thais
Um conto erótico de Thais
Categoria: Heterossexual
Contém 1003 palavras
Data: 20/04/2025 17:08:55

Eu te observei durante semanas. Cada gesto, cada olhar curioso, cada vez que você se rendia ao meu toque com aquela mistura deliciosa de desejo e incerteza. Sabia que havia uma centelha dentro de você esperando para ser acesa. E na noite em que te convidei para ficar — realmente ficar — era disso que eu falava, mesmo sem dizer com todas as letras.

A luz estava baixa. Apenas as velas no canto do quarto criavam sombras dançantes sobre os lençóis. Minha voz foi firme quando pedi que tirasse a camisa. Você obedeceu, com os olhos presos aos meus. Eu me aproximei devagar, o salto dos meus sapatos ecoando no chão de madeira, enquanto passava meus dedos pelo seu peito até alcançar seu queixo.

"Hoje, você não decide nada. Só sente", sussurrei, deixando um arrepio percorrer sua espinha.

Amarrei seus pulsos com um tecido macio, firme, mas gentil. Você experimentava o desconforto da entrega e, ao mesmo tempo, a liberdade de não precisar controlar nada. Amarrei você à cabeceira da cama, com cuidado, certificando-me de que cada nó estivesse perfeito — confortável o suficiente para durar, apertado o bastante para lembrar que era meu.

Deslizei meus dedos pelos seus braços, pelo peito, até sua cintura. Você se contorcia de leve, tentando acompanhar cada movimento. Mas eu não tinha pressa. A dominação não era sobre pressa. Era sobre o ritmo — meu ritmo.

Coloquei a venda sobre seus olhos. Sem ver, você sentia tudo com mais intensidade: o som dos meus passos, o aroma do couro, o calor do meu corpo se aproximando. Peguei os primeiros brinquedos: uma pluma e um gel com sensação térmica. O contraste era excitante — um toque suave, depois um arrepio gelado... e então, um tapa firme, preciso, que arrancou de você um gemido surpreso.

"Você está indo bem", elogiei. "Mas ainda não começamos de verdade."

Seus lábios estavam entreabertos, a respiração pesada. Eu podia sentir a mistura de rendição e expectativa vibrando no ar — o tipo de energia que me alimenta. A cada toque meu, você se entregava um pouco mais, e isso era lindo de ver.

Deixei a pluma de lado e comecei a explorar seu corpo com um óleo aquecido. Meus dedos deslizavam com firmeza por sua pele, provocando sensações novas, despertando regiões que você nem sabia que eram tão sensíveis. Desci devagar, até o ponto em que seus quadris se contraíram involuntariamente, e então parei. Deixei você na beira, sem pressa de te dar mais. Dominar é também saber quando negar.

Levantei, silenciosa. Você tentou ouvir, adivinhar o que viria, mas o som era mínimo. No closet, peguei meu harness de couro e a peça que escolhi especialmente para aquela noite. Não era sobre agressividade, mas sobre controle. Sobre prazer guiado com firmeza, com intenção. Coloquei tudo com calma, sem pressa — parte do ritual, da transformação.

Quando voltei, você estremeceu ao sentir a ponta fria do silicone roçar sua pele. Passei-a suavemente por sua barriga, pelas coxas, pelo interior dos joelhos. Um aviso silencioso. Uma promessa.

"Está pronto pra ser meu?", perguntei, com a voz baixa, firme.

Você assentiu, mesmo sem palavras. Eu subi na cama, me posicionando atrás de você com domínio calmo. Usei um lubrificante morno e deixei que se acostumasse ao toque — explorando primeiro com os dedos, descobrindo seus limites, ouvindo cada som que você fazia. Era uma dança, e eu liderava com precisão e carinho.

Quando finalmente te penetrei, fiz devagar. Cada movimento era pensado, controlado. Você arqueou o corpo, surpreendido pela intensidade, pelo prazer que vinha misturado com algo mais profundo: a sensação de pertencimento. Eu me movia com ritmo, apertando sua cintura, roçando meus lábios no seu pescoço, dizendo exatamente o que você precisava ouvir — ou talvez, o que nem sabia que queria.

"Você é meu. E eu sei exatamente como usar isso."

A noite seguiu assim — um jogo de entrega e domínio, de prazer e conexão. Quando te soltei, seus olhos me procuraram, não por liberdade, mas por mais. Você entendeu, ali, que havia descoberto algo novo em si mesmo. E eu? Eu sabia que era só o começo.

Você arfava, as cordas ainda marcando seus pulsos com suavidade. Seu corpo inteiro vibrava sob meu controle. Cada gemido seu alimentava o fogo entre minhas pernas, e eu não escondia o quanto me excitava te ver ali, submisso, entregue, implorando com o corpo por mais.

A cada investida do meu quadril contra o seu, eu te puxava pela cintura, guiando seu prazer com a precisão de quem domina e saboreia. O som da pele contra pele ecoava pelo quarto, misturado às minhas palavras baixas no seu ouvido.

“Você sente isso?” — minha voz era rouca, quente. “É o meu poder dentro de você.”

Aumentei o ritmo, sentindo meu próprio corpo pulsar com cada movimento. Me inclinei sobre você, minhas mãos deslizando pelo seu peito suado até encontrar seus mamilos — duros, sensíveis — e os estimulei com os dedos e depois com a boca, mordendo, lambendo, ouvindo seus gemidos crescerem em volume e intensidade.

Peguei o vibrador pequeno que deixei ao lado da cama e o levei até sua virilha, alternando entre o ritmo do strap e as vibrações nos seus pontos mais sensíveis. Seu corpo reagia sem resistência, como se cada terminação nervosa estivesse acesa.

“Você vai gozar pra mim, não vai? Só quando eu mandar. Não antes.”

Você murmurava um sim trêmulo, desesperado por liberação. Mas eu não te dei — ainda não. Te deixei ali, tremendo, no limite, enquanto me sentei sobre o seu rosto, usando sua boca para meu próprio prazer. Você me lambeu com fome, com entrega. Guiada por seus lábios e sua língua obediente, cheguei ao meu clímax montada em você, com gemidos soltos, selvagens, enquanto segurava firme em seus cabelos.

Só depois, quando minhas pernas pararam de tremer, desci e me deitei sobre você, meu peito contra o seu, nossas respirações entrelaçadas.

"Agora sim... você é meu."

E, naquela noite, você soube que nunca mais seria o mesmo.

Quer saber mais Veja no blog toqueescarlate.blogspot.com, até o próximo capítulo.

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