Era noite de lua nova. O quarto estava diferente — quase sagrado. Tapetes grossos cobriam o chão, velas em tons escuros ardiam em círculo ao redor de um colchão baixo. O som era etéreo, como cânticos longínquos de um templo secreto. No centro, uma pequena mesa de madeira expunha itens cuidadosamente organizados: óleo quente, joias corporais, um anel peniano de metal escuro, uma venda de seda e um bastão de incenso de mirra queimando lentamente.
Você entrou como te ordenei: nu, limpo, com o corpo já preparado. Os olhos abaixados. As mãos coladas ao corpo. A respiração controlada.
Eu te esperava vestida com uma túnica aberta nas laterais, sem nada por baixo, adornada com apenas um colar de couro com pingente prateado — meu símbolo. Aquela noite, você deixaria de ser apenas submisso. Seria iniciado como devoto.
Me aproximei em silêncio. Toquei sua testa com meus dedos e sussurrei:
“Você está entrando no espaço sagrado. Aqui, o corpo é templo. O prazer é fé. A entrega é sagrada. Você aceita ser meu? Inteiro, sem reservas?”
Você respondeu com um "sim" sussurrado, mas firme. Eu sorri, satisfeita.
Coloquei a venda nos seus olhos, apagando o mundo ao seu redor. Ajoelhei você no centro do colchão e comecei a ungir seu corpo com óleo morno — lentamente, como uma liturgia. Cada parte recebia minha atenção: o pescoço, os ombros, o peito, a virilha. Quando passei o óleo por entre suas nádegas e em volta do sexo, senti seu corpo tremer.
“Não é luxúria. É culto.”
Coloquei o anel peniano de metal, preso à base, apertando levemente, tornando cada pulsar mais intenso. Você gemeu baixo. Em seguida, encaixei delicadamente um colar de clipes em seus mamilos — não para punição, mas como marcadores do ritual. E então, cravei uma joia prateada com ventosa no centro da sua barriga. Um símbolo. Meu selo.
Você agora era meu altar.
Subi sobre você, ainda ajoelhada, e encaixei seu rosto entre minhas pernas. Ordenei que me adorasse com a boca. Você fez com devoção: lento, atento, guiado pelo som dos meus gemidos e pelo toque suave dos meus dedos no seu cabelo. Cada vez que você acertava o ritmo, eu sussurrava palavras de louvor. Quando errava, apertava seu colar.
“Você aprende com o toque. Com o som. Com o cheiro. Não há visão aqui — só presença.”
Quando meu clímax chegou, não gritei. Apenas tremi, arfando, contraindo os músculos em volta da sua boca. E então me afastei, tirei sua venda, e te olhei nos olhos.
“Agora, é sua vez de ser levado ao êxtase. Mas só com minha voz. Você não vai me tocar.”
Fui descrevendo em detalhes o que estava fazendo com você: toquei seu sexo com a ponta dos dedos, contornando o anel, fazendo pequenos movimentos circulares. Passei minha língua pela sua nuca, depois lambi lentamente sua coluna até as nádegas. Introduzi um massageador interno com vibração em baixa frequência — e aumentei a potência só quando você implorou, sem palavras, apenas com os olhos.
Seu corpo virou oferenda. Vibrou, estremeceu, implorou. E quando finalmente gozou, o fez com lágrimas nos olhos — não de dor, mas de entrega. De reverência.
De fé.
Quer saber mais Veja no blog toqueescarlate.blogspot.com, até o próximo capítulo.