Minha infância foi na década de 90, num bairro da periferia de Porto Alegre. Tive uma infância raiz, como falamos aqui, de manhã tinha escola e a tarde era sempre na rua com todos outros de mais ou menos a mesma idade. O grupo tinha uns 5, 6 amigos mais próximos e outros que se juntavam eventualmente. As brincadeiras eram futebol, esconde esconde, jogo de taco (duas latas de azeite, um arremessava a bola outro tentava taquear o mais longe possível, era jogado em duplas). Éramos muito amigos, conversávamos muito e sempre o assunto era cavaleiros do zodíaco, que na época todo mundo amava.
Como éramos pobres, ninguém tinha vídeo game em casa naquela época, íamos a locadora quando tinha uns trocados. E passamos a estar menos na rua. Nessa época um dos que se juntavam as vezes comprou um vídeo game e começamos a ir na casa dele jogar, em grupos pequenos. Os pais dele tinham mais dinheiro, a casa era mais bonita, maior. E eram dois pátios, dois terrenos. Num a casa e no outro uma casa que estava em construção. O pai dele trabalhava num escritório e a mãe dele era delegada de polícia. Essa era a mulher dos sonhos de todos adolescentes da rua. Loira, gordinha musculosa, muito gostosa, sempre com roupas coladas e andava armada. Todos sonhavam com ela. O filho dela se chamava Dimitri, todos chamavam de Dimmy, acho que uns bem sabiam o nome certo dele. Era um garoto mirrado, magro, mas alto como o pai dele.
Começamos a frequentar a casa dele, jogávamos de tarde, Quando os pais chegavam, um deles, dificilmente estavam juntos, já sabíamos que a diversão estava acabando. Mas nunca ninguém saia antes de nos mandarem embora. E isso gerava boas memórias que lembro até hoje, algumas vezes tia Soraia fazia suco e trazia com bolachas. E não poucas vezes víamos ela com roupas curtas. Uma delícia de mulher.
Quando saiamos de lá mais cedo, ainda jogávamos.
Era natural sermos machistas, e com passar dos anos fomos ficando mais.
Então acho que por isso eu era mais reservado.
Com tempo quando a gente saia da casa começamos a ir para casa em construção no terreno ao lado. ali começamos a ter brincadeiras mais sexuais. Uns se tocavam nos outros e mostravam que estavam de pau duro. Mas toda mantinham a postura de machão e só faziam posições passivas quando perdiam e sem demonstrar gostar. Os que perdiam qualquer jogo, até par ou ímpar, era só motivo pra todos se roçarem. Se encaixar, o pau na bunda mas sempre como se não gostasse.
Eu comecei a gostar de sentir o pau dos outros, mas ninguém percebia, exceto o Marcos.
Sentia o pau dele, ele sabia que eu gostava, quando me encoxava, ia mais forte e eu deixava.
Ele morava com a vó dele, ia embora mais tarde e eu conseguia ficar mais.
Um dia ele tirou o pau pra fora, falou que tava estourando e vi uma gota saindo. Passei a mão e ninguém notou. A gota ficou na minha mão e chupei o dedo.
Achei que ninguém viu, mas o Marcos percebeu e me olhou safado. Fui embora correndo e falar nada.
No dia seguinte todos foram jogar. Eu tava inquieto e fui pra obra. Achei que tava sozinho mas logo o Marcos chegou. Não falei nada. Ele chegou e perguntou se eu queria jogar, aceitei e fomos pro par ou ímpar. Jogamos e ganhei. Sempre quem ganhava fazia o outro ser passivo. Mas dessa vez, quando ganhei pedi pra ele me encaixar. Ele sorriu e fez. Senti o pau duro. Fomos jogar de novo e eu ganhei. Pedi pra ver o pau dele. Ele sem se sentir rogado tirou pra fora. Falei que queria ver o pau dele se estava rolando uma gota. Olhei e não tinha, fiquei triste. Ele começou a punhetar e veio umas gotas e sorri. Passei o dedo e lambi. Ele me disse. Não é assim, ajoelha e abre a boca.
Fiquei com tesão e medo.
Mais medo e fui correndo pra casa.