Mais estranho que o tesão - Parte 2

Da série Sobrenatural
Um conto erótico de Jean
Categoria: Heterossexual
Contém 2255 palavras
Data: 23/05/2025 10:26:55
Última revisão: 23/05/2025 10:31:24

Julia respirou fundo, o conto do cunhado queimando na mente. Não podia acontecer. Não com Carlos. O coração na garganta, já tramando como escapar daquele destino dos infernos.

— Bom dia, Julia — disse Carlos, o chefe-cunhado — Eu vou precisar que hoje você fique até mais tarde.

— Carlos, hoje não vai dar! — disse Julia, pegando suas coisas e correndo, fugindo daquele desfecho.

Ainda no elevador, Julia explorava o site de contos, buscando algum meio de contato com LuaVermelha. Dava pra mandar uma mensagem privada, mas vai saber quando e se ia ler.

Quando alcançou a rua, andou algumas quadras com receio de que alguém no escritório a visse. Sentou numa padaria, fuçando no celular freneticamente. Achou finalmente, num dos contos mais antigos, um blog, bastante desatualizado... mas ali tinha um e-mail: luavermelha@pix.com.br.

"LuaVermelha, eu me chamo Julia, eu existo. O que você escreve nos seus contos acontecem comigo na realidade. Pelo amor... muda o final do conto de hoje, eu imploro!"

Pronto. Agora era esperar.

O telefone tocou. Era Carlos. Ela ignorou. E ignorou as outras cinco vezes que voltou a ligar. Até que recebeu uma mensagem de Carlos.

"Julia, está tudo bem com você? A apresentação para equipe do Rio é hoje às 14h, espero que não tenha esquecido. Todos contamos com você!"

— Ah meu Deus! Isso é hoje! Tinha esquecido.

Julia pensou em alegar doença, se trancar em casa, jogar tudo pro alto. Mas aquela apresentação era realmente importante, inclusive pra ela. Ia ter que voltar pro escritório, quanto mais rápida a apresentação fosse, mais tempo ela teria para sair correndo dali e fugir da "profecia".

Julia entrou no escritório às 13:55, o coração batendo como um tambor. A sala de reuniões já estava cheia, telas de PowerPoint abertas, e Carlos, de gravata vermelha e sorriso de "galã", acenou para ela com uma expressão que fez seu estômago embrulhar.

— Julia, salvou a pátria! — ele anunciou, como se ela tivesse feito um favor pessoal.

Ela ignorou o comentário, conectou o laptop e iniciou a apresentação, a voz tremendo levemente. Enquanto falava sobre gráficos e metas, os olhos de Carlos pareciam perfurá-la, deslizando da tela para seu decote, suas pernas, como se lesse o conto proibido em tempo real.

Julia olhou para Carlos, ele estava particularmente bonito hoje, e ela já tinha lido tantas histórias de cunhada e cunhado e a fantasia sempre lhe pareceu deliciosa, quem sabe... "Não. Não, Julia." Pensou. "É fazer essa apresentação, pular slides assim que possível, 14h30 sair correndo."

Um bambambã, diretor geral de Brasília, também tinha vindo pro ato. Ele pegou o microfone e resolveu fazer um discurso, mostrando o quanto estava emocionado em ver as equipes de lugares diversos se unindo e... Julia pensou "Caralho... ele vai me atrasar."

14h15, 14h30, 15h, 15h15... aquele desgraçado não parava de falar.

Julia não prestava atenção, só olhava a hora avançando e atualizava o e-mail esperando alguma resposta de LuaVermelha... e bingo, novo e-mail. LuaVermelha respondeu. Talvez ali, naquela mensagem, estivesse a chave de todo o mistério, e principalmente um novo destino.

— Ok, muito obrigado por suas palavras, senhor Antônio — disse Carlos tentando — Agora, Julia, vamos para apresentação.

Julia abriu o e-mail, mas não teve tempo de ler. Todos no auditório começaram a aplaudir, e ela foi demandada a iniciar a apresentação. Julia foi até o púlpito com um sorriso amarelo. Precisava ler aquela mensagem. Carlos passou o microfone, havia uma certa eletricidade no ar, ele realmente parecia mais bonito hoje, se arrumou melhor para o evento, algo mais. Julia sabia o que era, na verdade, era o conto. Precisava mesmo saber a resposta de LuaVermelha, se a história não fosse alterada, "aquilo" iria acontecer.

— Boa tarde a todos — Julia começou. — Gente, um minuto.

Ela não podia adiar. Precisava ler aquele e-mail:

"Hahaha... muito engraçado. Eu gosto quando as leitoras se sentem mesmo dentro das minhas histórias. Eu posso escrever um conto personalizado pra você, é só me enviar R$500 por pix.

Beijos,

LuaVermelha"

Um turbilhão de pensamentos passou pela cabeça de Julia: "O que era aquilo? Zombaria? Conspiração? LuaVermelha estaria fazendo aquilo tudo de propósito? Mas por quinhentos reais?" Nada, nada fazia sentido.

A apresentação de uma hora foi feita em 15 minutos. A equipe do Rio achou que Julia era nervosa, talvez despreparada. Carlos e seus colegas sabiam como era ela, achavam que estava doente. Julia queria sair voando dali.

Ao final da apresentação, Julia pegou as coisas e se preparou para ir embora sem olhar pra trás.

— Julia! — gritou Carlos, a obrigando a olhar pra trás.

— O senhor Antônio quer tomar um café conosco.

O escritório parecia puxá-la. Não conseguia sair.

— Tudo bem. Eu posso passar no banheiro antes? — Julia pediu, Carlos assentiu.

Era uma desculpa para responder à mensagem de LuaVermelha:

"Olha, eu não sei como e nem porque você está fazendo isso. Mas preciso que mude a história o quanto antes. Quanto você quer para me encontrar ainda hoje? Espero que estejamos perto. É urgente."

LuaVermelha queria R$5000, que Julia topou pagar na hora. Marcaram num café próximo. Era pra lá que Julia planejava correr.

Ao sair do banheiro, Carlos e Antônio a esperavam, ela seguiu firme em direção à saída.

— Julia! Julia!

Julia... surtou:

— É minha vida! Eu quero ter controle sobre a minha vida! Eu não vou ficar aqui.

Todos olharam pra Julia, em choque.

Julia chegou a chamar o elevador, mas percebeu que o destino poderia pregar uma peça a prendendo no elevador e só a liberando depois do expediente e na hora crucial. Julia desceu os dez andares de escada e rumou firme e decidida para o café. Iria confrontar LuaVermelha.

********************************

Fernanda olhou para Julia chocada com o que estava ouvindo.

— Eu não fazia ideia de nada disso — comentou Fernanda, vulgo LuaVermelha.

Fernanda era jovem, de 23 anos, muito bonita. Loira de olhos verdes. Pensava em putaria o dia inteiro e de lá retirava as ideias pros seus contos. 80% inventados, 20% ela fez, ou conhecidos fizeram. De tudo o que Julia podia esperar era o mais inesperado possível, LuaVermelha era uma garota absolutamente comum, não tinha poderes, não era golpista.

Julia contou sua história, a relação com o cunhado, com sua irmã, como se sentiu com os contos se tornando realidade.

— Como isso está acontecendo? Achei que você era algum tipo de golpista? Ou alguém do futuro? Ou bruxa?

— Eu realmente não faço ideia — disse Fernanda, ainda em choque.

Fernanda não era nada disso. Quando começaram a conversa, ela achou que Julia realmente estava zoando. O pix de R$5000 e o desespero nos olhos a convenceram. Os contos que ela escrevia se tornavam reais na vida de Julia. Ela devolveu o pix, abriu o notebook.

— Vou reescrever tudo, Julia — disse Fernanda. — Confia em mim.

Fernanda abriu o notebook, respirou fundo, pensou no que escreveria. Só que sua mente sacana não conseguia pensar em nada que não fosse uma bela duma putaria. Aquilo tudo era uma história muito surreal e pedia por um bom final. Do meio pro fim do conto, ela foi escrevendo com um sorriso no rosto.

Julia olhava Fernanda trabalhando, dedos frenéticos, mas agora aliviada. Seu destino ia mudar.

— Terminei! — disse Fernanda. — Quer ler?

Julia hesitou.

— Quero sim!

Julia começou a ler... seus olhos se arregalaram, sua boca ficou seca.

— VOCÊ É DOIDA!!! — disse Julia, inconformada.

— Eu sei, está uma delícia, né?

— Eles estão vindo pra cá?!

— Se tudo o que você falou for verdade, sim, está escrito.

— Não é possível! Não vai acontecer! VOCÊ É COMPLETAMENTE MALUCA!

Conto de Fernanda: "SURUBA NO CAFÉ — Conheci uma amiga nova num café perto do trabalho. Por uma incrível coincidência, enquanto conversávamos, a irmã e o cunhado dela entraram pela porta. Eles a reconheceram e vieram conversar conosco..."

Julia largou o notebook, o coração explodindo, a voz rasgando o café

— VOCÊ É DOIDA!!! SÃO MINHA IRMÃ E MEU CUNHADO!!!

Fernanda caiu na gargalhada, os olhos verdes brilhando, as unhas vermelhas apontando o texto.

— Calma, lindinha, lê até o final! Tá uma delícia!

Julia tremia, o conto na tela queimando. A porta do café tilintou, e Julia gelou.

Conto de Fernanda: “O cunhado, um cara de gravata vermelha que se acha galã, e a irmã, uma loira risonha, se sentaram com a gente. Ele perguntou, todo preocupado, se a amiga tava bem, mas seus olhos grudaram nos meus, verdes como esmeraldas. A irmã também, com um sorrisinho safado. O flerte pegou fogo…”

Carlos entrou, tropeçando no tapete, a gravata vermelha frouxa.

— Julia?! — exclamou, confuso, ajeitando a camisa.

Clara vinha atrás, rindo alto, a bolsa quicando no ombro, o cabelo loiro bagunçado como se já tivesse tomado um drink.

— Mana, cê tá aqui?! — disse, abraçando Julia.

Sentaram na mesa, e Carlos, com aquele tom de galã de novela, perguntou:

— Está tudo bem, Julia? Todo mundo no escritório ficou preocupado.

Mas os olhos deslizaram pra Fernanda, fixos nos olhos verdes dela.

— Nossa, que olhos lindos, menina! — Clara também, mordendo o lábio, deu um sorrisinho.

— Vocês também não são de jogar fora — Fernanda piscou, safada.

Julia sentiu o estômago embrulhar. “Isso é o conto!” pensou, o pânico subindo. “Vou ter que transar com eles? Com a Clara? Com o Carlos?!” Quis correr, mas o destino apertava, como no almoxarifado, no supermercado.

Conto de Fernanda: “O clima esquentou, o cunhado roçando minha perna por baixo da mesa, a irmã passando a mão no meu braço. A amiga tava desesperada, achando que ia entrar na putaria com a família, mas eu tinha outro plano. O barista, um moreno forte, tatuado, com cara de quem fode bem, se aproximou, e eu apontei: ‘Esse é pra você, lindinha.’”

Fernanda riu, vendo o pavor de Julia.

— Relaxa, lê o resto! — disse, enquanto Carlos, sem pudor, roçava o joelho na coxa dela sob a mesa.

— Teu cabelo é tão macio! — Clara, rindo, passou os dedos pelo braço de Fernanda.

O flerte pegava fogo, e Julia, suando. Fernanda apontou pro balcão, onde o barista, um moreno alto, músculos marcados na camiseta preta, tatuagens subindo pelo pescoço, limpava uma xícara com um sorriso sacana.

— Olha ele, lindinha — disse Fernanda, mostrando o texto. — Esse é teu final feliz.

Conto de Fernanda: “Enquanto o cunhado e a irmã me puxaram pro canto, com mãos safadas e beijos quentes, o barista levou a amiga pro balcão. Ele a prensou contra a máquina de café, rasgou a saia com fome, e fodeu ela tão gostoso que ela gritou alto o suficiente pra abafar a putaria dos outros três.”

O ar no café tornou-se denso, saturado de espresso, suor e desejo. Carlos e Clara arrastaram Fernanda para um canto, onde uma mesa pequena balançava sob o peso dos corpos. Carlos, a gravata jogada no chão, beijava o pescoço de Fernanda, a mão deslizando por sua cintura, enquanto tentava manter a pose de galã com um murmúrio rouco. Clara, os olhos brilhando de tesão, puxava o cabelo loiro de Fernanda, desabotoando a blusa dela com dedos ágeis, os seios livres sob a luz fraca do café.

— Que delícia você é — sussurrou Clara, a boca colando na de Fernanda, as línguas se enroscando em um beijo faminto.

Copos tombavam, um bule de café derramou, o líquido preto escorrendo pelo chão como tinta. Fernanda gemia alto, as mãos de Carlos explorando sua bunda, enquanto Clara mordia seu ombro, os três embolados, camisas rasgadas, risadas misturadas com suspiros. Cadeiras rangiam e o chão virava um caos de cacos e café.

Julia se entregou ao destino, o barista já estava ao seu lado, o calor do corpo dele a envolvendo. O cheiro de colônia e café a invadiu, e os olhos castanhos, profundos, a prenderam.

— Quer um latte… ou eu? — perguntou, a voz grave.

Julia tremia. O barista a ergueu, as mãos firmes na cintura, e a prensou contra o balcão, a máquina de café quente contra suas costas. A saia subiu, a calcinha rasgada caindo no chão pegajoso. Ele beijou seu pescoço, os dentes roçando, e ela gemeu, as pernas cedendo. O barista abriu a calça, o pau duro roçando sua coxa, e entrou com força, cada estocada um impacto que fazia o balcão tremer. Xícaras tilintavam, o vapor da máquina chiava. Julia agarrou os ombros dele, os músculos tensos sob a camiseta, tatuagens de serpentes dançando sob seus dedos.

— Me fode — sussurrou, rendida, o tesão apagando o pavor.

Ele a virou, de bruços no balcão, a bunda exposta, e meteu mais fundo, o ritmo bruto, os gemidos dela ecoando. Julia gozou com um grito rouco, o corpo convulsionando, o prazer um apagão que dissolvia tudo — Clara, Carlos, o medo. O barista gozou logo depois, o hálito quente em seu ouvido.

No canto, o trio atingia o ápice. Fernanda, sem blusa, cavalgava Carlos, que estava esparramado numa cadeira, o rosto derretendo em êxtase. Clara, de joelhos, lambia o pescoço de Fernanda, as mãos voando entre os corpos.

— Mais, mais! — gemia Clara.

Copos quebravam, o chão era um mar de café. Julia, ofegante, caiu numa cadeira, o barista ajeitando a calça. Clara e Fernanda se beijavam, compartilhando a porra de Carlos, os lábios brilhando sob a luz do café.

********************************

Fernanda terminou a noite na casa de Julia, safada que é, escreveu outras cenas quentes com a amiga recém-conhecida. Agora as histórias de LuaVermelha tinham ainda mais vida. Em algum momento, elas também pensaram em alguma explicação lógica do porquê aquilo acontecia, enquanto não encontravam explicação simplesmente se divertiam com os contos que se auto-realizavam. Mas quem sabe aquele conto ignorado por Julia poderia ter alguma chave? Quem sabe...?

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Foto de perfil de Jean_LucJean_LucContos: 20Seguidores: 7Seguindo: 4Mensagem Escrevo contos eróticos com elementos de magia, fantasia e sedução. Meu foco é criar histórias envolventes, com personagens marcantes, jogos de poder e prazer, e um toque de surrealismo. Se você curte universos sensuais e provocantes, seja bem-vindos.

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