A madrugada em Nova Iguaçu tinha um cheiro de asfalto quente e desejo represado. Eu não conseguia dormir—o tesão latejava nas minhas veias, insuportável. Sem pensar muito, vesti um casaco e saí, sem rumo, só com meu corpo e a identidade no bolso.
A Via Light corta o centro da cidade como um rio negro, cercada por pracinhas escuras, campos de futebol vazios e uma ciclovia que desaparece na frente do Extra. Andei sem esperar nada, até que a escuridão de uma das praças me chamou. Havia homens ali, silhuetas paradas, respiração contida. Quase virei de volta, com medo de um assalto, mas então vi.
Dois corpos entrelaçados num banco. Um de joelhos, o outro arqueado para trás, a mão enterrada nos cabelos do primeiro. Meu pau pulsou na calça.
Um homem negro, encostado num poste, me viu. Sorriu, a mão massageando o volume na cueca. Aproximei-me devagar, sentei num banco próximo. Ele veio, sentou ao meu lado, o zíper já aberto.
—Tá afim de sacanagem?
—Tá.
A pica dele escorregou pra fora—negra, grossa, uns vinte centímetros de verga dura. Agarrei com força, sentindo o pulso quente contra minha palma.
—Então gosta, é?
—Gosto.
Ele levantou, puxando-me pelo braço. Andamos até um canto escondido por muretas de pedra, bancos baixos onde a luz não chegava. Sentou na quina, eu do lado, ainda punhetando ele.
—Chupa, viado.
Sorri. Adoro ser chamado de viado.
Ele agarrou minha nuca, puxou minha boca pra rola. Lambi a cabeça, engoli o máximo que coube. Chupei com vontade, babando, engasgando, batendo aquela trolha no meu rosto. Ele ria, chamando-me de *viadinho safado*.
Um farol de carro iluminou a cena por um segundo. Nos levantamos, fingindo normalidade. Ele, mais ousado, encostou a pica na minha bunda por cima da calça. Abri o zíper, empinei.
—Já tomou no cu?
—Já.
—Então aguenta o vergalhão do negão.
Dois dedos cuspidos entraram em mim, arderam, depois virou só tesão. Ele me virou, empurrou meu tronco contra o muro, um joelho no banco.
—Pedê.
—Me come, me arromba, destrói minhas pregas.
A cabeçona entrou a força. Gemi alto, rebolando, sentindo cada centímetro rasgando meu cu. Ele metia fundo, falando no meu ouvido:
—Seu cu é uma delícia, viadinho.
Um carro passou, alguém gritou: *"COMO O CU DESSE VIADO!"* Ri, empinei mais. Adoro ser exibido.
Foi quando vi—tinha mais gente. Homens na sombra, punhetando, olhando. Um magro de óculos, pau grande na mão, hesitando.
—Chama ele—meu negão ordenou, metendo forte.
—Vem foder minha boca!—gritei.
O magro pulou o muro, sentou na minha frente, a rola veiuda escorrendo pré-gozo. Abocanhei, engasgando, enquanto o negão arrombava meu cu. Gemíamos os três, até que um loirinho franzino chegou, punhetando um pau pequeno.
Gozei sem tocar no meu pau. O loirinho ajoelhou, lambeu toda minha porra. O negão gozou no meu cu, o magro na minha boca.
O magro—que depois viraria meu namorado—pediu meu número. Fiquei ali, cu ardendo, quando um veio barrigudo apareceu:
—Muito gulosa, hein, menina?
O velho tinha o ar de quem já conhecia a Via Light há décadas. A barriga saliente, a careca suada, os olhos pequenos e espertos. Mas o que me prendeu foi a calça aberta, a mão trabalhando uma rola grossa e curta, já escorrendo lubrificante de tanto punhetar.
—Sou puta mesmo—respondi, ainda ofegante, com as pernas tremendo.
Ele riu, um som rouco de cigarro e cachaça.
—Vi tudo. Dois machos te comendo e ainda quer mais? Isso é vício, menina.
—Vício bom—sorri, sentindo o cu latejar, lembrando das picas que tinham acabado de me usar.
O velho se aproximou, a mão suada pegando meu queixo.
—Tá com cara de quem precisa de um coroa pra botar ordem nessa putaria.
—E o senhor tá com cara de quem gosta de puta fresca de leite—revidei, passando a língua nos lábios.
Ele gemeu baixo, puxou-me pelo cinto.
—Senta aqui, viadinho. Vou te ensinar como puta velha se comporta.
Me puxou pro colo, a barriga quente contra minhas costas. A pica dele, mais dura do que eu esperava, esfregou na minha entrada já relaxada.
—Tá aberto, né? Já tão acostumado...
—Tá. Mas vai ter que trabalhar pra entrar—provokei, rebolando devagar.
Ele cuspiu na mão, lubrificou a cabecinha rosa e me penetrou com um gemido rouco. Era diferente dos outros—mais devagar, mais calculado, como quem sabe exatamente onde dói e onde dá prazer.
—Isso... assim mesmo, sua puta—murmurou, as mãos gordas apertando meus quadris.
Cavalguei nele com força, sentindo o atrito áspero da calça jeans do velho contra minhas nádegas. Ele me puxou pelo cabelo, obrigando-me a arquear as costas.
—Gosta de coroa, não é, menina? Gosta de sentir o pau velho arrombando seu cu novinho...
—Adoro—gemei, sentindo ele inchando dentro de mim.
O cheiro dele era forte—suor, tabaco, um resto de álcool. De repente, mordeu meu ombro, fundo, enquanto as estocadas ficavam mais irregulares.
—Vou te encher, puta... vai levar leite de velho...
Quando gozou, foi com um tremor que parecia vir dos pés. Ficamos parados por um tempo, ele ofegante, eu sentindo o cu pingando porra morna.
O velho me deu um tapa na bunda quando me levantei.
—Volta outra noite, viadinho. Te ensino mais umas coisas.
Saí da Via Light com o cu cheio, a boca amarga, e um sorriso de puta satisfeita.
Adoro tomar no cu.