Era uma segunda-feira quente em Manaus, daquelas que o ar parece engasgar no próprio calor, e até os ventiladores pedem trégua. A gente não saiu de casa pra foder. Era só curiosidade. Uma dessas vontades velhas que a gente vai guardando nos cantos do casamento, como calcinha usada no fundo da gaveta. Tínhamos um perfil no Sexlog fazia tempo, trocando ideia com uns casais, vendo fotos, vídeos, brincando de se exibir sem sair da rotina. Andreia sempre foi minha parceira nisso — desde o namoro. A gente imaginava situações, outros corpos, outros cheiros. Mas sempre ali, na segurança da cama, com a porta trancada e os filhos na casa da sogra.
Esse casal apareceu no site como quem acende um cigarro em posto de gasolina. Donos de casa de swing, empresários, experientes. Primeiro vieram as mensagens, depois o WhatsApp, e quando percebi, já tinha foto da buceta da minha mulher rolando no grupo. Ela mandava rindo, mas eu via o brilho nos olhos. E sentia o meu pau crescer. O cara era tranquilo, mais velho, falava com segurança. Um dia ele soltou: “Segunda não tem festa, só tô eu aqui. Passa lá pra gente conversar.” Sem pressão. Sem promessa. Eu olhei pra Andreia. Ela deu aquele sorriso torto, de quem quer e tem medo. Topamos.
Chegamos com o cu trancado de nervoso. Mas o lugar era bonito, limpo, e ele nos recebeu como quem oferece sombra num dia de calor. Tava com uma loira junto, que não quis participar — disse que só queria ver. E ali eu percebi: aquilo não era putaria de site. Era outro código. Outra vibração. O cara não avançava, não forçava. Só falava com a calma de quem já viu de tudo. “Vamos pra piscina?”, ele disse. Andreia topou antes de mim.
Tiramos a roupa e entramos na água. Me senti nu de verdade. Minha mulher, morena, cacheada, 1,60m de bunda larga e seios macios, brilhava sob o reflexo da água. Eu com meus 1,70m, moreno de cabelo cacheado, pau de 19cm que já me deu orgulho e medo, ali meio sem saber onde pôr os olhos. Ele ficou perto. E disse como quem dirige uma cena de teatro: “Abrace ela. Beija. Fiquem à vontade. Quando tiverem relaxados, me chamem.”
Nos beijamos. Ela se virou de costas pra mim, encostou a bunda molhada no meu pau, e virou o rosto pro cara. Chamou com os olhos. Ele entrou. Começaram a se beijar. Eu ainda atrás, roçando a pica entre as coxas dela, sentindo a carne viva. A pele dela ardia, parecia febre. Quando vi, eu tava metendo. Devagar. No ouvido dela, o cara dizia: “Vai com calma. Se sentir que vai gozar, para.” E ela gemia. Gemia como putinha boa. Como fêmea pronta.
A água balançava no ritmo do quadril dela. O calor do dia parecia ter se acumulado dentro da buceta dela. E eu, por mais que metesse, sabia: o que esquentava ali não era só a foda. Era o risco. A novidade. O que vinha depois.
Fomos pro quarto. A loira seguiu com a gente, mas só assistia. Andreia se ajoelhou entre nós. Olhava pra mim, depois pra ele. Começou a chupar. Uma, depois o outro. E teve um momento em que as duas picas ficaram juntas, roçando na boca dela. Quase encostando. Senti a cabeça da pica dele encostar na minha. Um choque. Um arrepio. Um tesão desgraçado. Não era só a cena. Era o que ela tava fazendo com a cena. O jeito que ela segurava as duas com uma fome que eu nunca tinha visto nela. Como se tivesse nascido pra isso.
A gente tirou uma foto. As duas cabeças brilhando de saliva. Uma colada na outra.
Eu nunca tinha imaginado gostar daquilo. Mas gostei. Muito. Depois ela me disse que pirou. Que foi uma das coisas que mais excitou ela. Ver as duas rolas se tocando. Ver a minha cara. Ver eu sendo tocado por outro homem. Porque sim: em algum momento, ele começou a me punhetar. E eu punhetei ele também. Sem vergonha. Sem medo. Era quente. Era novo. Era sujo do jeito certo. Ela assistia com os olhos vidrados. Depois me contou que quase gozou só de ver aquilo.
Não rolou ciúme. Nenhum. Rolou nervoso, ansiedade, claro. Mas o cara era firme. Seguro. Sabia o que fazia. Nos deixou à vontade. Não empurrou nada. Só abriu espaço. E nesse espaço a gente se descobriu de novo. Foi uma foda sem roteiro. Sem moral. Sem culpa. Só carne, suor e tesão sujo.
Se não fosse por ele, talvez nunca mais a gente tivesse tentado de novo. A segunda vez, com outra pessoa, foi uma merda. Mas aquela noite não. Aquela foi a noite em que minha mulher mamou duas picas, roçou uma na outra, me viu punhetar outro homem, e depois de tudo ainda me beijou com gosto de porra na boca. E ali, naquela segunda-feira qualquer de Manaus, no calor da cidade que nunca perdoa, eu soube: o nosso desejo não tem volta.
E nem precisa.