Finalmente estávamos arrumando as nossas coisas para os nossos dois dias longe do caos da cidade de Salvador e também da rotina que estávamos levando.
— Como eu vou arrumar minha mochila se não sei o que faremos? — perguntou Júlia, se jogando em cima de algumas roupas na cama.
— Huuuuum, deixa que eu arrumo — falei, e dei um beijinho na minha gatinha curiosa.
— Amor, eu arrumo quase todas as suas malas porque você não sabe arrumar direito, aí agora você quer arrumar a minha? — ela me questionou, rindo.
— Não vamos precisar de muito, pretendo te deixar sem roupa pelo maior tempo possível — brinquei.
— Amooooor! — Juh exclamou, me balançando pela camisa. — Me diz, por favor!!!! — implorou.
Me aproximei da boca dela e tomei seus lábios em um beijo intenso, segurando com propriedade em seu pescoço e fazendo a mulherzinha quase desfalecer debaixo de mim. Involuntariamente, alguns gemidos começaram a surgir, e resolvi tomar a difícil decisão de nos conter, ou acabaríamos nos atrasando.
— Não... — respondi de forma provocativa, enchendo aquele sedutor pescoço de beijinhos, enquanto ela tentava escapar de mim, sem sucesso.
— Vai tomar banho e confia em mim. Vou arrumar tudo direitinho — falei, colando nossas testas e roubando um selinho.
Percebi que dava tudo que precisaríamos na minha mochila, então resolvi zoar com a situação. Coloquei apenas duas lingeries nas coisas dela e todo o restante comigo.
Me juntei ao banho dela e saímos juntas para nos despedirmos das crianças, que iam ficar com D. Sônia, podendo ir para as casas dos tios também, onde com certeza passariam a maior parte do tempo.
— Por que a gente não pode ir? — perguntou Kaká.
— Porque tem um aviso gigante no Instagram deles dizendo que é proibido criança — falei, rindo.
Juh me olhou assustada.
— Que lugar proíbe criança? — perguntou Mih, inconformada.
— O lugar que vamos — respondi.
— Mas por que não pode? O que vocês vão fazer?? — Mih continuou, mas questionando Júlia.
— Eu não sei também. Lore quer fazer surpresa — ela se justificou.
— Mãe? — Kaique tentou.
— Eu vou dar muitos beijos de casamento na mamãe, é isso — falei, os abraçando, e os dois riram muito.
Depois desse interrogatório, nos despedimos amorosamente e deixei as recomendações com D. Sônia, com nossos números anotados, apesar de ela já ter nossos contatos.
No carro, Juh pegou a mochila dela e constatou algo.
— Amor... Isso aqui está extremamente leve... — e me olhou, desconfiada.
— Tem tudo que você vai precisar, gatinha — falei, apertando o queixo dela.
Imediatamente, ela abriu.
— Ai, amor, não acredito que você fez isso — ela disse, se jogando no banco. — Eu vou ficar dois dias inteiros sem roupa, esse é o seu plano? — me perguntou, chateada.
— Pra que roupa? Cê fica uma delicinha sem — falei, rindo.
Juh ficou pensativa.
— Amor, onde você tá me levando? Não pode criança, vou ficar sem roupa... Eu estou com medo! — a gatinha exclamou.
— Mulher, relaxa! Eu já te coloquei em perigo alguma vez? — disse-lhe, e ela aquietou por um instante.
Seguimos viagem. O céu estava extremamente nublado e, cada vez mais que nos aproximávamos do nosso destino, parecia mais carregado.
— Enfim, chegamos! — disse, ao estacionar em frente ao local, quase invisível, pois é coberto por uma grande árvore.
Descemos e Juh olhava ao redor, me abraçou bem forte, mantendo a cabeça sobre o meu peito.
— Desculpa se fui chata — falou-me, bem baixinho.
— Não foi, só tá curiosa. E digamos que eu instigo porque acho bem engraçadinho... — falei, fazendo carinho em seu cabelo.
Demos as mãos e fomos direto em um supermercado que tem em frente. Compramos coisas práticas e seguimos para a recepção, onde nos identificamos e nos instruíram até onde íamos ficar.
Todas as fotos que vi no Instagram e nas avaliações eram em dia de sol, mas confesso que preferi daquele jeito. Deu um aconchego maior. Era como uma daquelas que a gente vê em filme e pensa: "Nunca vou achar um lugar assim de verdade". Mas ali estava ela: uma cabana triangular, feita todinha de madeira, com um telhado inclinado que parecia abraçar as laterais. A varanda era simples, com um deck brilhando de tão envernizado pela água. Uma mesinha redonda ficava do lado da porta de vidro, que tinha pequenos quadradinhos de madeira como moldura. À esquerda do deck, uma jacuzzi privativa já cheia, com a água quentinha soltando vapor em meio ao ar frio daquela manhã. E logo ao lado, um puff gigante sob um sombreiro, que provavelmente seria muito mais útil para nós em um dia ensolarado.
— Meu Deus, que lugar lindo!!!! — exclamou minha gatinha, extasiada.
Logo em frente havia uma cabana menor e, ao fundo, podíamos ver um bangalô, porém não estavam ocupados, o que foi bem positivo, na minha opinião.
— Olha, no Insta era bem legal, porém pessoalmente é muito mais belo... Amei também! — falei, e atravessamos as cortinas brancas.
É uma hospedagem completa, com todos os utensílios necessários. Assim que entramos, nos deparamos com uma sala com um sofá e uma escada que dá acesso ao quarto, mas seguimos para deixar as compras na cozinha e passamos o olho no banheiro. A organização, o jeito rústico e o tamanho da cabana me encantam muito. Tudo colabora para que aquele lugar seja mágico.
— Olha o que eu trouxe! — disse, sacando um inseticida da mochila.
— Pra não entrar bichinhos!!! — Juh exclamou, visivelmente feliz. — Você pensou em tudo... — disse ao me agarrar.
— E a senhorita ainda ousou questionar meus dons em arrumar uma mochila — brinquei, e ela sorriu com aquela meiguice que eu adoro.
Taquei inseticida em tudo, liguei o ar-condicionado e fechei a cabana. Fomos tomar um cafezinho e entramos no carro novamente, para ir até a praia enquanto o odor ali dentro estava forte.
~ Nem precisava de carro, era tudo muito perto... Mas nós ainda não sabíamos 😁
Não tinha um pé de pessoa naquela imensa faixa de areia, e talvez seja por isso que eu sinta que aquele lugar é nosso. A solidão da paisagem fazia tudo parecer mais íntimo, como se o silêncio entre uma onda e outra fosse cúmplice da nossa presença. Éramos só nós duas ali, como se mais ninguém jamais tivesse pisado naquele chão.
Deitei encostando a cabeça em uma pedra e, quando pensei em chamar Júlia para que se juntasse a mim, ela já se preparava para se aconchegar sobre o meu peito, como se lesse os meus pensamentos.
Ela se ajeitou com delicadeza, apoiando uma das pernas por cima da minha e escondendo o rosto na curva do meu pescoço, soltando um suspiro profundo. Eu a entendia perfeitamente. Era como se enfim tivesse chegado o nosso momento.
— Huuum... Isso aqui é tudo o que eu precisava — ela sussurrou, com uma voz fofa.
Afaguei devagar seus cabelos, fazendo movimentos circulares com a ponta dos dedos em seu couro cabeludo, e senti seu corpo derreter ainda mais sobre o meu. Passamos longos minutos assim, em silêncio, ouvindo apenas o som forte das ondas.
Minhas mãos deslizaram pelas costas dela em um carinho lento, enquanto seus dedos passeavam pelo meu rosto. Às vezes, ela levantava o rosto e me dava beijinhos: no queixo, na mandíbula, na bochecha... até chegar à minha boca, onde nossos lábios se encontravam. Era um beijo sem pressa e bem tranquilo, carregado de carinho.
Meu celular começou a vibrar, era uma ligação. Juh lamentou, levantando o corpo, e me passou o aparelho. Sem pensar duas vezes, o deixei de lado e passei a mão por trás de suas costas, nos jogando contra o chão e ficando por cima dela.
Aquele dia frio começou a ficar quente para nós. Eu sentia o meu corpo inteiro eletrizado, e as ondas de choque se concentravam no meu ventre e só se intensificavam de acordo com os nossos movimentos.
Sinceramente, eu sentia vontade de devorá-la e não conseguia esconder o meu desejo em tê-la para mim, apertando todo o seu corpo, puxando-a para mais perto, enquanto nossas línguas ditavam o ritmo daquela dança.
— Vamos logo ou eu não me responsabilizo pelos próximos minutos — sussurrei no ouvido da gatinha.
— Vamos... — ela respondeu com um sorriso, antes de tomar novamente a minha boca para ela.
Começamos a sentir alguns pingos d'água na pele e percebemos que era mesmo melhor levantar. Uma tempestade parecia se aproximar também no céu — e não somente entre as minhas pernas.
— Deixa eu correr e você tenta me passar, tá? — ela propôs, e eu confirmei.
Ela avançou e, em pouco tempo, a alcancei, segurando-a pela mão e fazendo-a me acompanhar na mesma velocidade, de um jeito desengonçado.
— Vamos fazer um combinado? — perguntei, segurando-a pela cintura, contra o carro.
— Qual? — Júlia questionou, com um sorriso.
— Nada de celular, a não ser que seja a vibração longa, porque aí nós sabemos que vem de casa... — propus.
— Fechado! — e selou o acordo com um beijinho.
Fomos direto para o banho, mas não demoramos muito por lá já que só tínhamos a intenção de tirar a areia. Ali mesmo naquele pequeno banheiro a pegação começou e eu nem sei dizer como chegamos na cama, quando me dei conta, eu já estava intercalando as sugadas naquele belo par de seios.
Juh, observando a movimentação meu quadril, ajeitou a sua coxa entre as minhas pernas e o nosso contato, me fez estremecer e soltar um gemido que saiu do fundo da minha alma.
A gatinha puxou meu rosto para um beijo e eu comecei a estimular seu clitóris, quase como em um carinho. Nossos gemidos abafados pelos nossos lábios fazia tudo ficar mais intenso, nossos beijos eram interrompidos pelos meus suspiros, que passaram a ser recorrentes, acelerei meus movimentos, deslizando com força até sentir um grande formigamento no corpo. Júlia agarrou meu corpo com firmeza e eu gozei loucamente, segurando em sua nuca para beija-la novamente. Comecei a inserir meu dedo em sua pepeca em uma boa velocidade que só foi progredindo conforme o tempo passava.
— Você é perfeita... — Ela sussurrou com os olhos fechados e jogando a cabeça para o lado.
Me encaixei em seu pescoço e sussurrei: — E você é uma delícia...
Levei meu dedo até minha boca e procurei a sua para um selinho, a provocando com o olhar.
— Não para, por favor... — Suplicou, me puxando para ela.
— Você é quem manda, amor! — Exclamei.
Voltei a penetra-la com mais intensidade e em dado momento, cravei meus dedos onde achava que devia, chamando para mim o que eu sabia que viria, um abundante orgasmo. Júlia ainda tremia em minhas mãos, mas eu não estava disposta a parar por ali, desci fazendo caminho com a língua até a sua pepeca toda meladinha e me deliciei com seus fluídos e depois de um tempo comecei a chupá-la, com sutileza. Seu gemido manhoso me deixava em chamas e era a minha fonte de energia para prosseguir, eu intercalava sugando-a e enfiando a minha língua até onde eu conseguia.
Vê-la derretendo aos meus toques me dá mais prazer do que qualquer outra coisa no mundo, suas expressões e seus ruídos me fazem queimar de tesão e nós duas gozamos quase que juntas, ela chegou lá primeiro e enquanto eu ainda sentia sua pulsação na ponta da minha língua explodi pela segunda vez, largando o meu corpo sem força alguma para me ajeitar.
Após algum tempo, senti Juh me puxar para cima e a ajudei, levantando para abraça-la, nós trocamos alguns beijinhos carregados de carinho e com o olhar extasiado. Ela se ajeitou com a perna em cima de mim, descansando o rosto sobre meu peito, enquanto eu afagava seus cabelos.
O barulho da chuva começava a cair do lado de fora, grossa e constante, tamborilando forte sobre o telhado de madeira.
— Nesse clima eu ficaria nesse looping o dia inteiro... Sexo, carinho, sexo, carinho... — comentei, num sussurro.
Ela sorriu, fechando os olhos e me abraçando.
— Se eu soubesse que seria assim tão perfeito, teria te deixado em paz desde o início, sem tanta curiosidade — disse-me, rindo baixinho e me fazendo rir também.
— E teria perdido a graça da minha provocação favorita — brinquei, passando a mão pelas costas dela.
Ficamos ali, em silêncio, apenas sentindo uma à outra. E naquele instante, no meio do frio da chuva e do nosso calor corporal, adormecemos. Acordamos com o ronco de um trovão lá para as dezesseis horas mais ou menos, Juh se assustou e se agarrou em mim.
— Tá com medinho? — Brinquei, segurando seu rosto com uma das mãos e beijando sua bochecha.
— Assustei — Ela me respondeu, se espreguiçando.
Caía uma tempestade intensa, e pela janela triangular, que tomava quase toda a parede frontal, a vista era de uma vegetação densa, com árvores altas e cheias. As folhas tinham um verde vibrante e balançavam com força a cada rajada de vento. A chuva caía pesada, com gotas grossas que batiam no vidro e escorriam depressa, formando riscos rápidos. O som era alto, ecoava por todo o quarto e, por mais controverso que pareça, me trazia uma paz inexplicável.
Olhei para a gatinha e ela me observava.
— Ih, brisei? — Perguntei, rindo.
— Você é tão linda, amor... — Juh respondeu e me dando um bom beijo.
Estávamos embaixo de um grosso edredom e ela foi se movendo para cima de mim, sem cessar os movimentos da língua na minha boca. Eu nem tive muito tempo para pensar no que aconteceria, Júlia foi sumindo do meu campo de visão a medida que se direcionava para entre minhas pernas.
Ao sentir o toque de sua língua, cravei minhas mãos no lençol da cama, como se aquilo fosse me ajudar a resistir, a ter mais força... Essa muié me deixa louca!
Juh me chupou de forma magistral, ela deslizava para dentro de mim e meu corpo estremecia, minha respiração se tornava cada vez mais ofegante, eu via meu peito subir e descer numa velocidade anormal e meus suspiros se tornaram cada vez mais descontrolados.
Ela me castigava lentamente enquanto meu corpo suplicava por mais, meu quadril de forma instintiva ia ao seu encontro e meus gemidos se tornaram incontroláveis quando seus dedos começaram a me foder em ritmo oposto ao da sua língua. Cheguei ao me ápice mais uma vez, desaguei na boca da minha amada, ficando completamente exausta e inerte na cama.
Com um sorriso sapeca, ela apareceu para me dar um beijo.
— Agora eu vou tomar um banho — ela disse, convencida.
Eu não consegui respondê-la, nem se eu tentasse poderia. Quis protestar e pedir que Júlia permanecesse ali comigo, porém não tive como, eu precisava me recuperar.
Fechei os olhos por um momento e apaguei por alguns minutos. Levantei um pouco tonta e sorri enquanto me direcionava ao banheiro, me recordando dos momentos vividos naquele pequeno quarto. Enquanto descia a escada, já tinha visão da minha gatinha dentro de um roupão na cozinha, escutando a playlist modinha dela. Juh virou sorridente ao ouvir meus passos.
— Estou fazendo uma comidinha pra gente — ela me informou.
— Acabou de me devorar e ainda tem fome? — Brinquei, e em meio a sorrisos, trocamos alguns selinhos.
Nem sou fã de água quente, contudo estava bem frio e eu optei por não mexer na temperatura — e foi bem relaxante. Saí renovada, abraçando minha muiezinha por trás e beijando seu pescoço.
— Precisa de ajuda? — Questionei.
— Não, já está quase pronto — Juh me respondeu.
— Trouxe um vinho, vou abrir pra gente — falei e dei um beijinho em sua bochecha.
— Amor... Não bebe... — ela pediu, com voz manhosa.
— Um pouquinho assim, mô... — disse-lhe, sinalizando com o indicador e o polegar.
— Tá... — ela concordou, revirando os olhos, e eu comemorei.
Coloquei na mesinha e, quando ia abrir, me distraí olhando a playlist. Tinha algumas músicas do cantor Baco e eu pulei para que elas começassem a tocar.
Júlia se aproximou com o abridor e, enquanto tirava a rolha, a garrafa foi ao chão, espalhando vidro e seu conteúdo por toda a salinha.
— Se machucou??? — Perguntei, puxando-a para perto.
— Desculpa... — ela pediu, enfiando o rosto em mim.
— Acontece, tá tudo bem... — falei, sorrindo com a preocupação boba dela enquanto a acariciava.
— Eu vou... Vou limpar isso... — a gatinha disse, com um tom de voz trêmulo, tentando ir até a cozinha, mas não deixei.
— Vem aqui... — falei, sentando na cadeira e colocando-a no meu colo.
~ Eu sabia exatamente o que ela estava sentindo. Infelizmente, um pequeno fato acabou mexendo em cicatrizes profundas... 😐
— Não fica assim, não é um problema... Não precisa ficar com medo de uma reação extrapolada ou ficar com vergonha... Essas coisas acontecem, e eu já falei que está tudo bem. Consegue acreditar em mim? — perguntei, acariciando seus cachinhos.
Ela não respondeu de imediato. Continuou quietinha, com o rosto escondido no meu pescoço, respirando fundo, como se estivesse tentando manter o controle. Eu sentia que seu corpo ainda estava um pouco tenso.
— Ei... — sussurrei, afastando o rostinho dela só o suficiente para que me olhasse — Você não precisa consertar nada agora. Só fica aqui comigo. A gente limpa isso juntas depois, mas agora só me abraça — pedi.
Júlia assentiu devagar, os olhos marejados. Dei um beijo suave em sua testa e a envolvi com os braços com mais firmeza, como se pudesse proteger aquele coração machucado do mundo inteiro.
— Eu te amo, Lore! — ela disse depois de um tempo.
— E eu também te amo, Juh! — exclamei, me aproximando de seus lábios para um beijo.
— Não vou deixar essa garrafa acabar com a nossa noite — disse a gatinha, decidida.
— Ela nunca teria esse poder — falei e a abracei.
Nós fomos com cuidado até a cozinha, na intenção de achar algo para limpar a sala, mas se iniciou uma música chamada Te Amo Disgraça, que está longe de ser uma das minhas preferidas, porém ela começa dizendo assim: "Bebendo vinho, quebrando as taças", e eu comecei a rir.
— Baco, minha muié quebra logo é a garrafa — brinquei, e ela riu.
E a música continua: "Fudendo por toda casa".
— Olha, eu acho que temos que continuar seguindo a música — Falei, surpreendendo a gatinha ao carrega-la.
— Meu Deus, o que você vai fazer? — Juh questionou, enquanto eu a colocava em cima da pequena bancada.
— Você vai descobrir agora... — Falei, soltando o nó do roupão, revelando sua nudez.
Abocanhei seus peitos, intercalando mamadas e direcionei meu dedo para sua boca.
— Chupa gostosinho porque eu vou usa-los para te comer — Disse-lhe, com um sorriso malicioso.
— Ah, amor... — Ela gemeu, antes de tomá-los de forma sensual.
Iniciei o oral admirando as feições de prazer que se formavam em seu rosto e delicadamente a penetrei fazendo com que gemidos baixinhos saíssem de sua boca. Fui gradativamente aumentando a intensidade e não demorou muito para sentir meus dedos sendo pressionados. Dei uma última pressionada no seu clitóris e levantei para beija-la. Juh arqueou a sua perna e eu fui com tudo, ela gemia dentro da minha boca enquanto deixava seu melzinho escorrer entre meus dedos.
Fiquei um bom tempo recostada ao corpo dela, sentindo sua respiração quente e seu coração acelerado. Dei inúmeros beijinhos em seu pescoço, sentindo o cheirinho gostoso da minha gatinha.
— Depois a gente limpa a bagunça, bora comer — falei, a agarrando pela cintura. E, quando a coloquei no chão, recebi um beijinho.
Ela sentou no meu colo e nós almoçamos/jantamos. Conversamos bastante e nos divertimos lembrando do nosso dia incrível. Tudo bem que a gente tinha transado bastante, porém estávamos realmente felizes por estarmos juntas. O tempo estava sendo tão escasso e maldoso com nós duas, que estar ali coladinha com minha mulher foi comemorado como uma grande conquista.
Juntamos os cacos de vidro e começamos a caçar algo para nos auxiliar. Dentro da cabana, não encontramos e não queríamos incomodar. Aproveitei que a chuva deu uma cessada e resolvi andar pelos arredores à procura de um quartinho de limpeza.
— Não é errado fazer isso? — Júlia perguntou, quando entrei em um lugarzinho apertado.
— Talvez seja — respondi, rindo e acendendo a lanterna do celular.
Lá encontrei tudo que precisávamos e demos um jeito no vinho derramado.
A jacuzzi estava fervilhando e continuava bem frio, principalmente do lado de fora. Tirei toda a minha roupa e entrei, convidando minha gatinha com o dedo. Júlia desamarrou o roupão e se juntou a mim.
Ficamos abraçadas, trocando carinho muitos beijos. Ela estava com aquele olhar doce para mim... Um daqueles que eu fico bobinha.
— Adoro esse olhar angelical que você fica depois de fazer misérias comigo — falei, sem pensar muito, e ela riu.
— Sou apaixonada por você, amor — ela disse, passando a mão no meu rosto.
— Eu não formulei muito bem a frase, mas eu realmente amo esse seu olhar de neném... De meu neném... — falei, encostando nossas testas.
— Só seu — Juh falou, antes de me dar um selinho.
Começou a chover novamente e nós corremos para dentro, tremendo, dessa vez de frio. Nos agasalhamos e fomos para o quarto que ainda cheirava a nós. A cama, completamente bagunçada, nos fez rir. Era o retrato da nossa entrega.
Demos um jeito rápido e, ao som de uma nova tempestade, dormimos na nossa posição de sempre. Bem agarradinhas!