Um Revelação Sombria

Da série Putinho Vermelho
Um conto erótico de Tiago Campos
Categoria: Homossexual
Contém 1270 palavras
Data: 27/05/2025 19:06:01
Assuntos: Homossexual, Gay, Fantasia

Ele terminou de lavar a xícara, recolocou-a no escorredor e se virou, pegando um pano de prato limpo pendurado ao lado para secar as mãos grandes e fortes. Foi naquele momento, enquanto o homem limpava a umidade da pele, que ele percebeu que eu o encarava fixamente, imóvel na cadeira, minha mente provavelmente pintando quadros impróprios para a ocasião, incendiada pelo meu próprio corpo. “Por que você está me olhando assim, Chapeuzinho?”, o oficial perguntou, a voz baixa e controlada, mas com um leve tom de estranhamento que surgiu em seus olhos azuis penetrantes, sem parecer ameaçador… ainda. Havia somente uma ponta de curiosidade e talvez uma confusão sutil.

Impulsionado pela audácia repentina e pelo calor febril que me consumia, sem pensar, levantei-me da minha cadeira com um movimento abrupto. Dei alguns passos hesitantes, depois mais firmes, na direção dele, reduzindo a distância entre nós até que pudesse sentir o leve calor emanando do seu corpo. A voz que saiu da minha boca era baixa, rouca pela emoção e pelo desejo, quase um sussurro confessional destinado a evitar que minha avó, no banheiro do corredor, pudesse ouvir.

“O senhor é gostoso para caralho, xerife!”, a confissão escapou dos meus lábios antes mesmo que meu cérebro processasse a audácia ou as possíveis consequências. A frase pairou entre nós, carregada com o peso do meu desejo cru. Impulsionado por aquele mesmo calor febril e uma valentia que me deixava tonto, em um movimento rápido e imprudente ditado puramente pelo instinto, tentei estender a mão e tocar no peitoral dele, sentindo a vaga esperança de sentir a firmeza dos seus músculos sob o tecido grosso do uniforme.

Charles reagiu instantaneamente, com a rapidez de quem está sempre alerta, afastando-se ligeiramente e me empurrando de leve com uma das mãos, não com violência, mas com uma firmeza decisiva que me fez cambalear um passo para trás. A surpresa e a irritação piscaram rapidamente em seus olhos azuis, substituindo o estranhamento inicial. “Que merda é essa?”, ele sibilou, a voz também baixa, um contraste gritante com seu tom anterior, mas percebi de imediato que ele também havia calculado o volume para que vovó não escutasse nada. Havia uma urgência e uma raiva contida em seu murmúrio.

A adrenalina que percorreu minhas veias me deixou ainda mais ousado, e o medo inicial deu lugar a uma determinação inesperada e perigosa. “Estou com muito tesão”, confessei, sem rodeios, sentindo o sangue pulsar nas têmporas. “Quero ver o tamanho do seu pau, Charles.” O sorriso, ou qualquer vestígio de expressão relaxada, desapareceu completamente do rosto dele, substituído por uma fúria contida e gelada que fez minha pele arrepiar apesar do calor interno.

Em um movimento rápido, como um reflexo treinado, suas mãos se fecharam em torno do meu pescoço. Não era um aperto para sufocar, mas uma imobilização firme e decisiva que cortou qualquer movimento meu. Seus dedos pressionaram minha pele, a aspereza de suas palmas contrastando com a maciez do meu pescoço, e seus olhos azuis, antes somente estranhados, fixaram-se nos meus com uma intensidade perigosa, um aviso mudo que gelou uma parte de mim, mesmo que o resto estivesse em chamas. “Cala a boca, Tiago! Agora!”, ele ordenou, a voz ainda um sussurro perigoso, mas carregado com a força de um trovão reprimido.

Eu já estava completamente fora de controle, a ousadia cega e impulsiva me dominando. Então, com a mão direita, alcancei seu uniforme, meus dedos tateando o tecido grosso antes de se fecharem em torno do volume perceptível entre suas pernas, apertando com força, desafiando-o e entregando-me ao meu próprio desejo.

Logo após a minha mão descer, seus lábios se curvaram lentamente em um sorriso assustador. Não era um sorriso de prazer, mas uma fenda fina que expunha dentes apertados, e os olhos azuis, antes somente frios, agora brilhavam com uma malícia gelada e cortante, uma crueldade que só agora, sob o peso do seu olhar, eu reconhecia plenamente como parte intrínseca dele. Um som escapou de sua garganta, uma risada baixa, rouca e perturbadora, parecendo lixar o ar ao redor, e eu senti a vibração áspera contra minha própria traqueia no aperto que ele mantinha. Ele se inclinou, o hálito quente no meu ouvido e sussurrou diretamente nele, as palavras caindo como gotas de veneno, picando e queimando: “Você é uma putinha, Tiago, como exatamente a sua avó.”

O choque me atingiu como um golpe físico, paralisando cada músculo do meu corpo, uma onda fria e nauseante substituindo instantaneamente o calor da ousadia impensada de momentos atrás. Minha vozinha? Aquela mulher gentil, que eu idolatrava, a imagem de decência e força na minha vida? A acusação absurda e cruel sobre ela, proferida naquele contexto, era uma profanação. Antes que eu pudesse sequer respirar, muito menos processar a informação ultrajante e a dor que ela causava, Charles relaxou ligeiramente o corpo, afastando-se o suficiente para que eu pudesse ver seu rosto novamente, mas mantendo o aperto firme no meu pescoço, um lembrete constante de quem estava no controle.

Observei-o umedecer os lábios inferiores lentamente com a ponta da língua, um gesto pequeno, mas carregado de prenúncio. “Agora”, ele continuou, a voz voltando de um sussurro para um tom baixo, predatório e tingido de expectativa cruel, “vamos ver se você sabe chupar pau tão bem quanto ela.”

A autoridade soltou o aperto no meu pescoço, mas a ameaça explícita e a implícita, a mancha lançada sobre a memória de vovó, me mantiveram imóvel, preso no lugar pela pura força do medo. Com um movimento inesperadamente casual para a magnitude do ato, ele desceu o zíper da calça de uniforme, o som metálico ecoando no silêncio tenso da cozinha. Meus olhos foram involuntariamente atraídos para baixo enquanto ele puxava para fora sua piroca.

Contemplei, em uma mistura nauseante de fascínio horrorizado e repulsa abjeta, enquanto ele a extraía completamente; era grossa, com veias saltadas visíveis sob a pele tensionada, uma penugem considerável e escura em volta da base. Aquele membro era visivelmente alguns centímetros menor em comprimento e talvez um pouco menos espesso que o do Johnny, uma comparação que surgiu de forma automática e desconfortável na minha mente, mas ainda assim parecia imponente ali, duro e pulsante.

Em seguida, o xerife começou a bater punheta com uma mão esquerda, o movimento rítmico e audível, enquanto a direita gesticulava impacientemente na minha direção com um leve aceno dos dedos, um convite silencioso, uma ordem muda para que eu me aproximasse e fizesse o boquete que ele esperava. Senti meu rosto se contorcer, uma máscara de safadeza forçada cobrindo a expressão de pânico, ou talvez fosse somente o desespero mais puro e dilacerante que se manifestava.

Sem outra escolha, senti meus joelhos dobrarem no chão da cozinha, a superfície gelada queimando através do tecido das minhas calças. Hesitante, com a mão direita tremendo levemente, estendi-a na direção dele, meus dedos envolvendo a haste quente e pulsante que ele oferecia. Com um único movimento, vencendo a resistência interna, o trouxe aos meus lábios. Mergulhei na tarefa que me foi imposta, não com qualquer desejo, mas com a velocidade e a urgência desesperada que o medo incontrolável e a necessidade imediata impunham, temendo a cada segundo que o constante barulho do registro do chuveiro no andar de cima cessasse e vovó aparecesse

Charles riu novamente, desta vez um som de pura satisfação cruel e triunfo. Com um aperto firme no meu cabelo, ele começou a guiar meus movimentos para cima e para baixo, forçando ângulos e profundidades, transformando o ato em uma foda violenta e completamente controlada na minha boca, da qual eu havia perdido toda e qualquer autonomia.

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Vovó? E agora, não entendi nada, será que teremos um contexto mais excitante?

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