Despedida de solteira - Cap 14

Um conto erótico de Ju
Categoria: Trans
Contém 3751 palavras
Data: 28/05/2025 21:51:11
Assuntos: Trans

A semana no escritório parecia seguir seu curso normal — prazos, reuniões, cafés corridos e telefonemas que nunca paravam —, mas quem nos visse com atenção perceberia que havia algo diferente no ar. Era no detalhe dos sorrisos, no brilho dos olhos, na forma como os bilhetes surgiam sobre minha mesa com letras conhecidas.

"Pra minha noiva mais linda: que o seu dia seja tão maravilhoso quanto o seu sorriso. Com amor, Léo."

E eu, claro, respondia:

"Se você soubesse o que esse bilhetinho me causou… teria escrito no verso da sua camisa. Te amo, doutor gostoso."

Essas trocas discretas, mas intensas, marcavam nossos dias. E no meio de uma tarde mais agitada, ele apareceu com um buquê de lírios brancos — os meus preferidos — e um sorriso tímido nos lábios.

— Vi isso na floricultura e me lembrei do seu cheiro.

— E eu me lembrei do seu gosto — sussurrei de volta, antes de lhe dar um beijo leve na bochecha.

No intervalo do café, ele me puxava pela cintura nos corredores vazios. Nossos beijos eram sempre calculados, rápidos, mas carregados de promessas. Na hora do almoço, almoçávamos juntos, às vezes fora, às vezes só dividindo um lanche na copa do escritório, mas sempre com olhares cúmplices, toques de carinho, e aquela excitação constante entre nós.

Melissa, por outro lado, parecia cada vez mais presente, mais próxima. Nossas conversas eram longas, repletas de sorrisos e olhares demorados. Às vezes, um toque na mão, um ajeitar de cabelo, um elogio que vinha com um rubor disfarçado. A intimidade se construía lentamente, mas já era palpável.

E claro, as meninas do escritório não deixavam nada passar. Mariana, Melissa e Camila se uniram numa espécie de “comissão de provocação oficial”.

— Doutora Ju… já decidiu se vai de rendado ou fio dental na sexta? — soltou Mariana num sussurro maroto, me arrancando uma gargalhada.

— Vocês não valem nada…

— E você vale muito mais depois de duas taças de espumante — respondeu Melissa, com um olhar cúmplice que me fez morder o lábio, entre divertida e intrigada.

Na quinta-feira, Camila deixou um bilhetinho colado no monitor do meu computador:

"Prepare-se. Amanhã vai ser o dia. Roupa sexy, salto alto e um batom pra matar."

Na sexta-feira, o escritório estava mais agitado do que o normal. A movimentação, os cochichos entre as meninas, os risinhos mal contidos…. tudo parecia indicar que algo estava prestes a acontecer.

Quando fui pegar um café na copa, Mariana se aproximou com aquele sorriso malicioso.

— Ju, a gente precisa que você vá arrasando hoje. Roupa bem sexy, tá? De deixar qualquer um babando.

— Gente, vocês não prestam!

— E você vai nos agradecer depois. Confia. Hoje é o dia da surpresa.

Fiquei sem reação por alguns segundos, apenas observando a empolgação delas. Suspirei com um sorriso curioso e um friozinho na barriga. Mal sabia o que estava por vir… mas a sexta-feira prometia.

O relógio já marcava 18h05 quando o expediente finalmente chegou ao fim naquela sexta-feira que parecia não passar. O burburinho no escritório era mais intenso do que o normal — risinhos abafados, olhares trocados entre as meninas, e uma energia no ar que eu não conseguia decifrar completamente… mas já pressentia.

Voltei pra minha sala e tranquei a porta. Era hora de me transformar.

Abri minha bolsa com cuidado, tirei o vestido preto justo que eu tinha separado especialmente para a ocasião. Ele tinha um decote generoso, recortes estratégicos e tecido que abraçava meu corpo com perfeição. Sexy, elegante e poderoso — como eu queria me sentir naquela noite. Coloquei as mesmas botas de salto alto que usei na festa à fantasia, as de couro, que subiam quase até o joelho e que me faziam sentir como uma deusa pronta para dominar qualquer ambiente.

Caprichei na maquiagem. O batom vermelho intenso, marcando minha boca com perfeição. Delineado puxado, cílios bem definidos. O perfume preferido do Léo — o mesmo que ele dizia ser capaz de sentir mesmo quando eu já tinha saído de um lugar — foi o toque final.

Quando saí da sala, todas me olharam e fizeram um coro de assobios e palmas.

— Essa mulher não existe! — disse Camila, com os olhos brilhando.

— Se tiver algum coração intacto hoje, a culpa não será nossa — provocou Mariana.

— Meu Deus, Ju… você tá simplesmente perfeita — murmurou Melissa, com aquele olhar profundo que me fazia estremecer por dentro.

As meninas também estavam deslumbrantes. Cada uma com seu estilo, mas todas produzidas como se fossem para um evento de gala — vestidos colados, saias de couro, brilhos, saltos altos, olhos esfumados e sorrisos cúmplices. Um verdadeiro esquadrão.

Enquanto nos dirigíamos para a saída do prédio, Leonardo me esperava na recepção, já sem gravata, com os botões da camisa entreabertos. Me olhou de cima a baixo com um sorriso que misturava desejo e orgulho.

— Você tá absolutamente… inacreditável — ele sussurrou, me puxando discretamente pela cintura para me dar um beijo lento e carinhoso no canto da boca.

— Vai sentir minha falta hoje? — provoquei.

— Vou pensar em você o tempo todo — respondeu, deslizando a mão pelo meu quadril. — Mas aproveita, tá? Você merece cada segundo.

Sorrimos cúmplices, e ele se afastou com um último olhar de aprovação.

As meninas me guiaram até o carro da Mariana, onde fomos todas juntas, rindo alto como adolescentes indo para a primeira festa. O destino? Uma cobertura linda, decorada com luzes suaves, velas aromáticas, música boa e aquele ar de “essa noite vai ser inesquecível”.

Eu ainda não sabia o que me esperava… mas algo dentro de mim dizia que minha despedida de solteira não seria nada convencional.

Assim que chegamos à cobertura, eu senti meu coração bater mais forte. Do lado de fora, já dava pra ver que era um espaço elegante, moderno, com uma vista de tirar o fôlego. Mas nada, absolutamente nada, me preparou para o que vi quando entramos.

O ambiente estava impecavelmente decorado. Luzes douradas pendiam do teto como pequenas constelações. Velas aromáticas estavam espalhadas por todos os cantos, exalando notas de baunilha, âmbar e um toque de pimenta. Um painel de neon brilhava com letras em rosa intenso:

“Para a Doutora Ju — com amor e fogo”.

Um tapete felpudo branco cobria o chão da área principal, onde vários puffs gigantes, sofás baixos e almofadas em tons de vinho, preto e dourado criavam um clima lounge, sensual e sofisticado.

Garrafas de espumante já abertas, drinks coloridos preparados com capricho. Em um canto, uma mesa de frios, frutas exóticas, trufas e chocolates. E a trilha sonora? Perfeita. Beyoncé, Anitta, Dua Lipa, Rihanna… só mulher poderosa no som.

As meninas estavam soltas. Camila já dançava com uma taça de vinho na mão, Mariana rindo alto, e Melissa… ah, Melissa estava radiante. Com um vestido vermelho justo, batom vinho e o cabelo preso num coque alto, ela parecia saída de um filme. Me olhava com uma mistura de carinho, desejo e orgulho.

— Ju… aproveita. Hoje é só sobre você — ela disse, me entregando um drink cor-de-rosa com glitter comestível e um canudo de coração.

Demos o primeiro brinde. Depois o segundo. Logo estávamos todas dançando, rindo, gritando, com a música preenchendo cada centímetro do nosso corpo. A sensação era de libertação, de prazer, de celebração da minha existência — da mulher que eu me tornei, e da vida que estava prestes a mudar para sempre.

Foi então que as luzes diminuíram um pouco mais. A música ganhou uma batida mais lenta, sensual, e a porta da cobertura se abriu.

Entraram. Um a um.

Homens lindos. Homens deliciosos. Corpos atléticos, cheirosos, bronzeados. Camisas parcialmente abertas, alguns de paletó, outros só de calça e suspensório, sorrisos provocantes, olhares diretos. Todos eles com aquele ar de mistério e desejo. Modelos? Strippers? Anjos caídos diretamente do Olimpo? Não sei. Mas estavam ali. E todos… para mim.

Fiquei completamente paralisada por alguns segundos. Meus olhos piscando, minha boca entreaberta. A surpresa, o impacto, a beleza surreal daquilo tudo.

Melissa, encostada na parede, cruzou os braços, mordeu o lábio inferior e me deu uma piscadela provocante, antes de soprar um beijo no ar, direto pra mim.

— Presentinho especial… de todas nós — ela sussurrou com um sorrisinho malicioso.

Antes que eu pudesse reagir, Mariana apareceu com uma venda preta de cetim.

— Confia na gente, Ju. É só o começo.

— Ai, meu Deus… — falei, entre rindo e tremendo.

— Shhhh… confia — Melissa repetiu, me dando um selinho rápido na bochecha.

Colocaram a venda em mim com cuidado, e me guiaram entre risadas até um grande puff no centro do salão. Sentei, sentindo a textura macia sob minha pele e ouvindo o som abafado dos passos ao meu redor. O perfume dos homens estava por todos os lados. Meu corpo todo arrepiado, minha respiração entrecortada.

— Pronta, noivinha? — ouvi uma voz grave, deliciosamente máscula, bem pertinho do meu ouvido.

E então, tudo começou.

Quando a voz sussurrou ao meu ouvido, um arrepio percorreu minha espinha como um raio elétrico. A venda nos olhos intensificava cada sensação, cada toque, cada som. Era como se meus sentidos estivessem todos despertos, em alerta, absorvendo cada detalhe daquele momento mágico.

Senti mãos deslizando pelo meu rosto, com ternura. Outras, mais ousadas, percorreram meu pescoço, meus ombros, meus braços.

Alguém se ajoelhou aos meus pés e começou a acariciar minhas botas, como se venerasse cada parte de mim. Beijos foram surgindo aqui e ali: um nas coxas, outro na curva da minha cintura, outro no meu ombro... Cada toque me fazia suspirar mais alto.

E então, aquele beijo.

Um beijo quente, profundo, que fez meu coração acelerar. Familiar. Intenso. O tipo de beijo que eu conhecia com o corpo inteiro. E, como se não bastasse, aquele perfume. Meu coração disparou.

Era o Léo.

Aquele aroma inconfundível, o gosto da boca dele, a forma como seus lábios dançavam com os meus. Por um momento, o mundo inteiro parou. A venda impedia que eu o visse, mas tudo me dizia que era ele.

Ou será que minha mente queria tanto que fosse, que transformou outro toque no dele? Me senti animada e assustada ao mesmo tempo.

Fiquei ali, em dúvida, até com certo receio. O beijo terminou, os lábios se afastaram devagar, e logo em seguida senti a ausência. Um vácuo. Aquele alguém havia ido embora. E então outros lábios surgiram. Outros toques. Outras mãos.

E dessa vez, não eram mais suaves. Eram ousadas. Exploradoras.

Beijos quentes desciam pelo meu pescoço, pela minha barriga, minhas coxas. Meus seios recebiam línguas ansiosas. Minhas botas eram novamente acariciadas com desejo, e mãos passeavam pela minha pele com pressa e precisão.

Alguém segurou meu queixo, e outro corpo se aproximou, roçando-se em mim.

Um pau roçou minha boca, e eu abri os lábios, recebendo aquele presente com vontade. Comecei a chupar com tesão, sentindo outro corpo se encostar atrás de mim, beijando meu pescoço, enquanto mãos puxavam com delicadeza meu vestido, expondo mais da minha pele.

Logo meu corpo inteiro estava exposto, coberto de beijos, línguas e carícias. Meu pescoço, meu pau, minha bunda, meu cu — tudo sendo lambido, tocado, venerado como eu merecia. Estava entregue, sendo adorada, desejada, no centro de uma celebração criada para mim. A despedida de solteira que jamais sonhei, mas que se tornava uma das noites mais intensas da minha vida.

Logo um dos homens me penetrou com força enquanto o outro me fazia um oral intenso. Meus gemidos preenchiam o quarto, e eu alternava entre eles, chupando seus paus com vontade, sentindo os corpos me invadindo e me preenchendo. Eu estava no controle e, ao mesmo tempo, completamente entregue.

Gozo escorria pelas minhas coxas. Beijos, mãos, línguas por toda parte. Me fizeram gozar mais de uma vez, e ainda assim eu queria mais. Era minha noite, minha despedida. E eu queria que fosse inesquecível.

Senti mãos me virando com firmeza, me guiando como se soubessem exatamente o que eu desejava sem que eu precisasse dizer. Havia uma mistura deliciosa entre delicadeza e domínio, e eu me deixava levar. Estava entregue, completamente entregue à experiência, ao calor, à ousadia daquela noite feita sob medida para mim.

Senti corpos se aproximaram ao mesmo tempo. Me seguraram com firmeza, com cuidado, mas sem pedir permissão. As mãos me guiavam, uma boca me mordia o pescoço com fome, e eu gemia baixinho, provocada ao limite. Um calor intenso tomava conta de mim, e minha respiração era ofegante.

— Linda… — ouvi uma voz masculina sussurrar ao meu ouvido, quase como uma ordem. — Agora é hora de você sentir tudo.

Dois homens me envolveram com seus corpos. Um deles me deitou sobre o peito dele, sua respiração quente contra minha nuca, enquanto suas mãos fortes me seguravam pela cintura e me alinhavam sobre ele. Quando senti o volume do seu pau roçando meu cu, um arrepio correu minha espinha inteira. Aquele pau entrou em mim de forma brusca e forte ao mesmo tempo, me fazendo gemer. Logo senti outro toque, um segundo corpo se aproximando, outra respiração próxima ao meu rosto. Mãos deslizaram pelas minhas coxas, minha cintura, meu peito. E então fui preenchida duplamente, agora de forma diferente — mais gentil, mais lenta, como se me explorasse com curiosidade e reverência. Mas era somente o ínicio. Eu fui fodida por aqueles dois paus de forma intensa por vários minutos que pareciam horas. O tempo não passava, tamanho era meu tesão e a luxúria. De repente, senti dedos tocarem meu rosto. Senti um terceiro pau roçar meu lábios e já abri a boca para chupá-lo. Três homens ao mesmo. Nem nos meu melhores sonhos e delírios eu poderia imaginar isso. Meu cu sendo aberto, arregaçado na verdade, enquanto eu chupava e gemia.

Eu só conseguia ouvir a respiração daqueles homens, o barulho dos nossos corpos se chocando e os suspiros e gemidos das meninas observando aqueles atos tão deliciosos, intensos e insanos. Ao fim, os três gozaram em mim, no meu peito, na minha cara, no meu cu. Quando tudo terminou, me deixei cair no puff, rindo entre suspiros, exausta e plena. Ouvi palmas, gargalhadas, elogios sussurrados.

Ali, vendada, entre mãos, corpos e beijos, fui conduzida a uma entrega plena. Não havia pudor, não havia controle. Havia só o prazer e a liberdade de viver aquele instante com tudo o que eu era.

Eu ainda me recuperava, o corpo exausto e arrepiado, quando senti um novo aroma preencher o ar ao meu redor. Um perfume doce, envolvente, feminino… conhecido. Aquele tipo de fragrância que parece sussurrar segredos na pele.

Lábios macios tocaram os meus com carinho, com delicadeza. Um beijo leve, respeitoso e profundamente íntimo. Senti dedos suaves roçarem o meu rosto, e em seguida a venda sendo retirada com cuidado. Pisquei algumas vezes até a luz se ajustar aos meus olhos.

E então a vi: Melissa. Com os olhos marejados e um sorriso doce, ela me enchia de beijos no rosto, na testa, nas mãos. Seus lábios voltaram à minha boca, num beijo lento, cheio de afeto e gratidão. Eu a envolvi com os braços, acolhendo aquele gesto tão inesperado quanto profundamente tocante.

Foi quando meus olhos seguiram o movimento à frente, e eu o vi.

Leonardo.

Sentado em uma poltrona de couro preta, perna cruzada, elegantemente relaxado, com um copo de uísque em uma mão e um charuto na outra. Seus olhos estavam em mim, com um brilho de desejo e aprovação. Um sorriso discreto e intenso curvava seus lábios. Ele assentiu com a cabeça de leve, com aquele olhar que dizia tudo sem uma palavra: "Sou teu dono! Você é minha. E eu te amo assim, inteira."

Meus lábios entreabriram, e meu coração disparou. Não havia julgamento. Só orgulho, amor… e um desejo latente de me ver feliz, viva, entregue.

Melissa segurou meu rosto entre as mãos, seus olhos brilhando como se lessem minha alma.

— Ele ama te ver brilhar, Ju… E eu também. Obrigada por existir.

O olhar do Léo sobre nós era magnético. Ele permanecia ali, firme, sentado na poltrona de couro, com as pernas cruzadas, o charuto entre os dedos e os olhos fixos em mim. O sorriso no canto dos lábios era um misto de aprovação, desejo e orgulho. Eu sentia a força do seu olhar queimando na minha pele, como se ele estivesse me tocando com os olhos, como se fosse o dono de cada suspiro que escapava da minha boca. E ele era.

Melissa estava entregue. Depois de me beijar com voracidade, ela encostou a testa na minha, respirando fundo, sorrindo com os olhos fechados.

— Eu devia isso a você, Ju…. Por tudo — ela sussurrou, com uma voz carregada de emoção e desejo.

Ela se ajoelhou, devagar, passando as mãos pelos meus seios até chegar no meu pau e começou a me chupar, de forma deliciosa, intensa e ritmada, me fazendo delirar. Eu só sabia gritar, virando os olhos:

— Puta que pariu! Que boquete da porra! Que boca, Melissa!

Logo, ela virou devagar, se posicionando de quatro sobre o puff, como uma oferenda, como um convite impossível de ignorar. Seu corpo tremia de expectativa, e o meu de excitação. Eu olhei mais uma vez para o Léo — ele fez um gesto sutil com a cabeça, me dando o sinal, aquela confirmação silenciosa de que tudo aquilo era nosso, era permitido, era desejado.

Aproximei-me de Melissa, percorrendo suas costas com as pontas dos dedos, sentindo sua pele arrepiada. A tensão entre nós era quase palpável, um fio invisível de eletricidade que ligava nossos corpos. Posicionei-me atrás dela, encostando meu pau naquele cu, que de certa forma eu ajudei a transformar, com firmeza e desejo. Ela gemeu baixo, jogando a cabeça para trás, me oferecendo ainda mais de si.

Comecei a penetrá-la com afinco. Nossos movimentos foram intensos, ritmados. Cada impulso meu era correspondido por um suspiro, um gemido abafado, um arrepio que tomava conta de nós dois. Melissa se segurava no puff, os olhos fechados, os lábios entreabertos, enquanto eu me deixava levar pelo calor do momento.

A cada estocada, eu sentia a presença do Léo como uma força invisível atrás de mim — como se mesmo sem nos tocar, ele estivesse ali dentro de mim também. Era como se ele comandasse tudo à distância, como um maestro conduzindo a orquestra do nosso prazer.

A Melissa gritava meu nome, me chamava de gostosa, de linda, de tudo que me deixava mais entregue. E eu, completamente conectada àquele momento, sabia: aquela noite era minha. Era nossa. Um presente inesperado, selvagem, libertador.

Quando tudo explodiu dentro de mim num clímax de gemidos, tremores e respirações descompassadas, gozei na boca dela, fazendo ela sentir todo meu gosto. Léo, que só assistia, apagou o charuto com calma, como quem encerra o ato de um espetáculo inesquecível.

Já era quase amanhecer quando a música foi baixando aos poucos, os corpos foram se espalhando pelos sofás, tapetes, almofadas. O ar da cobertura estava carregado de perfume, suor e felicidade. As luzes mais baixas criavam um tom dourado e macio em tudo, como se a noite fosse um sonho prestes a se encerrar.

As meninas estavam extasiadas.

Camila ria alto, jogada em uma espreguiçadeira, com os cabelos bagunçados e um copo de espumante quase vazio na mão.

— Ju… eu nunca mais vou conseguir ir pra uma despedida normal depois dessa! — exclamou Mariana, ainda rindo, ajeitando o vestido que estava meio torto nos ombros.

Melissa se aproximou de mim e me abraçou por trás, apertando meu corpo contra o dela. Senti sua pele quente, seu suspiro satisfeito no meu pescoço, seguido de um gostoso e molhado beijo.

— Isso foi surreal, Ju… você merece tudo. — sussurrou.

Eu me virei pra ela, com um sorriso bobo no rosto e olhos brilhando de emoção.

— Mel… obrigada. Por tudo. Por me mostrar que dá pra viver sem medo, com liberdade, com prazer e com amor.

Ela tocou meu rosto com carinho e assentiu, com aquele olhar cheio de cumplicidade que só quem divide segredos verdadeiros consegue ter.

Ficamos ali mais um tempo, nos abraçando, trocando beijos leves, curtindo o silêncio feliz do fim da festa. Algumas meninas já cochilavam. Outras ainda riam, relembrando momentos da noite, como se quisessem garantir que tudo aquilo realmente aconteceu.

Nisso, Leonardo levantou-se do banco em que estava sentado no bar. Minhas pernas fraquejaram.

Ele caminhou até mim devagar, e mesmo em meio àquela cena caótica de fim de festa, tudo pareceu silenciar. Eu levantei, um pouco insegura, até com certa vergonha e medo, com os olhos cheios de perguntas.

— Léo...? — murmurei, num misto de surpresa e apreensão.

Ele me envolveu pela cintura, colando seu corpo no meu.

— Você tá maravilhosa, Ju... — disse ele, com a voz baixa e quente. E essa foi uma das noites mais lindas da tua vida. Eu sei. Porque a Melissa me contou tudo antes de organizar. Ela me pediu permissão. E eu dei. Porque se tem alguém que merece ser celebrada, com desejo, com entrega, com liberdade... é você, minha mulher.

Meu coração acelerou. Um arrepio correu por toda minha espinha. Eu encostei minha testa na dele, emocionada.

— Eu fiquei com medo de você não entender... de achar demais... — confessei, sussurrando.

Ele sorriu, me fazendo carinho no rosto.

— Ju... eu te conheço. Eu te admiro. E te amo. Nada do que aconteceu muda isso. Pelo contrário. Ver você sendo desejada, adorada, livre... só me faz ter mais certeza de que você é a mulher da minha vida. A minha noiva. A minha doutora.

Nossos lábios se encontraram num beijo profundo, longo, cheio de sentimentos. As meninas nos olharam à distância, suspirando. Melissa, jogada no puff, me mandou um beijo no ar e piscou com malícia. Logo, todas aplaudiam e gritavam meu nome.

— Te devolvo inteira, doutor! — disse Melissa, rindo.

— Melhor do que antes — ele respondeu, mantendo os olhos em mim.

Nos abraçamos, e por um instante, tudo fez sentido. Toda entrega, todo desejo, toda liberdade... estavam envoltos em amor. Amor verdadeiro.

Logo depois, ainda com o sol nascendo, nos despedimos das meninas, cada uma com seu brilho próprio e uma história pra contar. A festa tinha sido muito mais do que uma despedida de solteira. Tinha sido uma afirmação de quem eu era.

No elevador, Léo segurou minha mão com firmeza. E quando saímos no estacionamento, ele abriu a porta do carro pra mim.

— Vamos pra casa, minha mulher? — disse ele, com aquele tom só dele.

— Vamos. — respondi, com um sorriso sereno, descansando a cabeça em seu ombro.

Enquanto o carro percorria as ruas calmas da manhã, uma aura de paz, cumplicidade e desejo preenchia o espaço entre nós. Eu fechei os olhos, exausta, mas plena.

Ali, no banco do carona, com a mão entrelaçada na dele, eu sabia: o melhor ainda estava por vir.

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