Sem hesitação, num movimento decidido e faminto, abocanhei seu falo, sentindo o calor instantâneo e a dureza perfeita preencherem cada canto da minha boca, uma sensação densa e viva contra a língua e os lábios. O sabor era puro, selvagem e completamente viciante. Não era somente a familiaridade da sua pele ou a presença da água que nos envolvia; era uma infusão da sua essência, uma química poderosa e indescritível que parecia existir somente entre nós dois naquele santuário molhado, um segredo partilhado que me embriagava e me puxava para mais fundo.
Enquanto minha boca trabalhava, deslizando e sugando com uma crescente urgência, minha mão esquerda continuou a acariciar seu tanquinho, sentindo a resistência sedosa da pele molhada sobre os músculos definidos sob meus dedos. Os dedos traçavam os contornos familiares, cada linha uma memória tátil gravada na minha mente, mas sob a água corrente e a excitação do momento, pareciam uma nova descoberta, uma redescoberta das suas curvas atléticas mediante um véu líquido que intensificava a sensação.
Deixando-me levar pela intensidade crescente e pela resposta palpável do seu corpo, aumentei o ritmo, minha boca deslizando com mais velocidade, profundidade e ardor ao longo do comprimento vibrante que agora parecia ter vida própria na minha garganta. Simultaneamente, minhas duas mãos agora se juntavam ao movimento principal, trabalhando em perfeita sintonia. Eu podia sentir a ponta inchar ainda mais sob o meu toque combinado, pulsando com uma necessidade crescente que espelhava a minha própria excitação, levando-nos mais perto da borda naquele instante submerso de prazer compartilhado e intenso.
O silêncio denso e carregado que pairava entre nós no espaço exíguo do box foi subitamente quebrado. Podia-se ouvir somente o som abafado da nossa respiração tensa. De repente, a quietude foi partida pela voz de Johnny, uma quebra brusca que me fez estremecer, não de apreensão, mas de uma antecipação ardente. Sua voz emergiu das profundezas de sua garganta, rouca com a urgência do desejo reprimido, carregada de uma crueza que me enlouquecia: “Você é uma delícia, vaca gorda do caralho! É quase uma profissional e já sabe o que fazer com as minhas bolas”. Cada sílaba daquela frase chocante ressoou no pequeno ambiente e, ironicamente, vinda dele, soou em meus ouvidos não como ofensa, mas como a mais crua e potente forma de elogio. Era a rendição dele, a admissão explícita do domínio que eu, naquele exato momento, exercia sobre seu corpo e sua mente. Era a confirmação do meu poder sobre ele.
Sentindo um arrepio de excitação percorrer minha espinha, aceitei o comando implícito, a ordem disfarçada de grosseria, com uma sensação de triunfo. Mergulhei ainda mais fundo, meu corpo se curvando sobre ele no espaço restrito, todo o meu foco se concentrando naquele ponto crucial: seus testículos. A pele morna e tensa sob meus lábios, a sensação suave e vulnerável sob a língua era inebriante. Abocanhei-os com uma avidez controlada, sugando-os e acariciando-os com uma intensidade que buscava extrair cada grama de prazer e tensão, uma intensidade que o fez soltar um ofego rouco, um som de puro deleite e surpresa que ecoou na pequena câmara onde estávamos confinados.
Em resposta à minha investida, ele se moveu, um ajuste instintivo no espaço apertado. Sem palavras, somente com o movimento, virou-se levemente de lado, um gesto que revelou e me ofereceu explicitamente a visão e o acesso à lateral de sua piroca enorme. Obediente, sim, mas impulsionado por meu próprio desejo e pela resposta palpável dele, continuei a estimulação oral. Minha boca se moveu suavemente para a lateral que ele me apresentara. Comecei devagar, a ponta da minha língua traçando o caminho da veia pulsante que saltava sob a pele esticada, um mapa vivo de sua excitação. Cada lambida era deliberada, lenta, explorando a textura, a temperatura, sentindo a vibração sutil sob a minha língua.
Deslizei os lábios naquela extensa lateral com pressões variadas, sentindo a forma sólida e a pulsação constante contra minha língua. Explorei cada milímetro daquela superfície, demorando-me, prolongando intencionalmente cada toque, cada lambida, construindo a tensão entre nós, saboreando o controle que eu mantinha naquele instante crucial, esticando o prazer dele e também o meu próprio.
Sentindo a energia intensa emanando dele, percebendo que a excitação dele estava à flor da pele, uma corrente elétrica invisível vibrando entre nós no vapor quente do chuveiro, comecei a me erguer lentamente da posição em que estava ajoelhado. Os músculos das pernas firmaram-se enquanto a cascata quente de água escorria livremente pelo meu corpo nu, lavando qualquer resquício de hesitação e realçando a sensação da minha própria pele sob o fluxo constante.
Nossos olhares se encontraram no ar úmido e denso. Não era somente um olhar; era um reconhecimento profundo, uma promessa silenciosa, um espelho das nossas necessidades mútuas. A intensidade que vi refletida nos olhos claros dele era o espelho exato da tempestade de desejo que se formava dentro de mim, pura e avassaladora.
Sem uma palavra audível sobre o barulho da água, ele me puxou para perto com uma urgência suave, meu corpo colidindo com o dele sob a névoa quente. Nossas bocas se encontraram em um beijo profundo e molhado, a água se misturando à saliva, criando uma dança salgada e quente na nossa língua, explorando-se com fome e conhecimento mútuo.
Enquanto o beijo se aprofundava e a respiração se tornava mais rápida, senti suas mãos subirem pela minha cintura, deslizando pela minha pele ensopada e deslizando para cima até alcançarem a base dos meus peitos. Seus dedos apertaram suavemente, depois com mais firmeza através da barreira fina da água, sentindo a maciez tentadora e a sensibilidade pulsante sob o toque firme.
Seus lábios abandonaram a doçura dos meus com um arrepio úmido, descendo pelo meu pescoço, deixando um rastro quente antes de encontrarem o caminho certo até os meus mamilos endurecidos pela água e pela antecipação. Cada mamilo foi tomado em sua boca ansiosa, sugado com uma força e um foco que me fizeram arquear as costas instintivamente, uma onda de prazer agudo irradiando do meu tórax e descendo pelo meu ventre. Um gemido rouco e incontrolável tentou romper a barreira dos meus lábios, uma resposta visceral àquela sensação intensa e focada.
Respirei fundo, o ar quente e úmido preenchendo meus pulmões numa tentativa desesperada de conter os sons que ameaçavam romper a barreira do box de vidro e de atravessar as paredes finas, denunciando nossa atividade íntima aos vizinhos. A vergonha da possibilidade de sermos ouvidos misturava-se inebriantemente ao êxtase avassalador que me consumia por dentro naquele instante perfeitamente imperfeito, ali, sob o fluxo constante da água, completamente entregue àquele turbilhão de sensações proibidas e prazerosas.