Sem ser feminista, tenho que protestar. A sociedade julga as pessoas com pesos e medidas diferentes. No hospital onde trabalho, tem um médico admirado por ser pegador, o comedor. Já uma enfermeira que saiu com alguns, tem fama de fácil, rotulada pejorativamente de biscate, vadia etc.
Assim, para manter aparência, evito sair com colegas. Vários dão em cima de mim, levando toco. Mesmo querendo ceder, rechaço qualquer aproximação. Alguns charmosos até me agradam e com certeza resultaria em bons momentos na cama.
Falaram até que eu seria lésbica. E daí? Em compensação, tenho uma vida paralela intensa. Sou amante do meu padrasto e tive muitas aventuras com homens longe do meu circulo de conhecidos. Uma anônima que quando quer, dá e dá tudo. Nenhum dos que experimentaram reclamou.
Há pouco, novos médicos residentes foram contratados. Isso causa agito nas enfermeiras, todas interessadas num possível futuro marido. Elas dão em cima sem cerimônia. Eu de minha parte, fico fora, se bem que sou quem mais chama atenção.
Quem acompanha meus contos sabe porque. Muitos deixaram e-mail nos comentários e viram fotos minhas. Castanha clara, 1,70m, ar de ninfeta apesar dos 27 anos, rosto delicado, tendo na bunda proeminente o ponto forte. Modéstia a parte, sempre sou elogiada como atraente.
Entre os novatos, um deles, o doutor Matheus foi alvo maior das meninas. Alto, bonito, másculo, corpo de atleta e simpático. As pacientes também sentiam atração por ele. Uma aliança na mão direita sinalizava que era noivo e já tinha dona. Nem isso impediu que fosse paquerado.
Outros residentes brincavam, naquela de jogar verde para ver se colhe um maduro. Elogios beirando o tênue limiar entre agrados e cantadas. A experiência me ensinou tirar de letra fugindo dessas situações. O que aumentava minha fama de inacessível e parada dura.
O único que mantinha distância era Matheus. Sempre educado, respeitoso e visivelmente desinteressado. Até que coincidiu de estarmos num plantão noturno. Nossa primeira conversa:
- Você é a Cibele, né?
- Sim, a própria. Pelo jeito já falaram de mim, né doutor?
Meio constrangido assentiu:
- É, falaram. Não precisa me chamar de doutor. Apenas de Matheus, tá?
- Tudo bem, Matheus. E o que falaram de mim? Fiquei curiosa.
- Nada, só besteira.
- Que besteira?
- Bem, os caras se interessaram por você. Mas, as meninas falaram pra tirar o cavalo da chuva que contigo não ia dar em nada.
- Ah, sei. E isso é ruim?
- Claro que não! Eu também, fico na minha porque sou comprometido. Você tem alguém?
- Não, solteirinha da silva. Tenho minhas aventuras, mas, longe daqui.
Depois desse papo, nasceu uma boa amizade. Sempre que estávamos sós, a gente conversava trocando confidências. Nossas conversas cada vez mais íntimas. Até aí, nada demais.
Estávamos em outro plantão. Noite calma, poucos pacientes na minha ala. Apenas rondas para ministrar medicamentos em horários determinados. Tão tranquilo que o outro enfermeiro foi tirar uma soneca. Vendo que eu estava sozinha, Matheus veio até o recinto dos enfermeiros.
Papo vai, papo vem e sem que a gente percebesse, a flecha do cupido nos acertou. Ambos tomados pelo clima de atração um pelo outro. Algo que acontece de forma inconsciente, seja nos olhares, gestos ou entonação de voz.
Ao termino do trabalho, na saída, corri para pegar o elevador cuja porta estava fechando. Alguém segurou e ao entrar, vi que era Matheus. Agradeci a gentileza. Já no térreo ele perguntou se eu queria uma carona. Aceitei. No caminho comentamos sobre os pacientes daquela noite. Chegando na frente do meu prédio, ao nos despedirmos, o que seria beijo no rosto acabou virando encontro de lábios. Putz, nos beijamos pra valer!
Acho que no fundo, ambos queríamos aquilo. Ao cairmos em si, nos desvencilhamos de imediato com ele falando:
- Desculpe, desculpe!
- Tudo bem, tá? Tchau!
Desci do carro perturbada. O que me assustou não foi o beijo e sim, o fato que gostei! Ele é um colega de trabalho e noivo. Fiquei o dia inteiro com o beijo na cabeça. Dizendo que não podia e por outro, arrumando desculpas de que toda regra tem exceção.
No trabalho, ficou um clima esquisito. Ele não se aproximava e nem tampouco eu. Só falávamos o estritamente necessário. Até que uma hora, ele disse:
- A gente precisa conversar.
Depois do expediente, paramos num parque. Dentro do carro, sem mais nem menos ele me beijou e coisa saiu fora de controle. Foi mão naquilo, aquilo na mão. Tirei seu pau pra fora e acariciei. Era de tamanho normal, duro e firme. Caí de boca e ao lamber a cabeça, ela suspirou forte.
Preocupado, ele disse que era melhor irmos para um lugar mais discreto. Fui chupando até chegarmos num motel, não parando nem quando ele se acertava com o atendente pela janelinha.
Entramos no quarto nos despindo um ao outro. Ele colocou a camisinha e sem outras preliminares, veio me penetrar. Como eu estava excitada, a xaninha úmida, facilitou tudo. Matheus começou a meter e até aí, estava gostoso. Eu rebolando, recebendo suas socadas.
Parecíamos dois animais se acasalando. O entra e sai da vara dura causava sensações fodásticas! Quando eu estava chegando no nível máximo de tesão, ele enfiou a pica até o fundo e parou. Ficou estático grudado em mim, o falo ejaculando dentro das minhas carnes íntimas. Até que amoleceu o corpo por completo, soltando todo peso.
Saiu de mim e foi se lavar. Fiquei esperando a continuação, minha buceta vazia ansiando nova ocupação. Queria mais, ainda não estava satisfeita. Para minha decepção, seu fogo tinha apagado. Ele começou vestir suas roupas. Frustrada, fiz o mesmo. Na volta um silêncio. Me deixou na frente do meu prédio. Desci do carro, disse apenas ¨-Tchau¨ (até nunca mais, pensei).
Não entendi seu comportamento. O que aconteceu? Seria talvez sentimento de culpa em relação à noiva? Seria inexperiência como amante? Fui apenas mais uma que ele comeu, gozou e ponto final? Adoraria a opinião de quem pode ter uma possível explicação. Especialmente dos homens.
Meo! Só sei que foi talvez a pior transa da minha vida.