Nós pensamos que sabemos tudo o que queremos para nós, que conseguimos prever tudo o que vai acontecer conosco, que a verdade está ali, visível, como se fosse um objeto, como se fosse algo que pudéssemos tocar. Mas não é assim que o mundo funciona. O mundo é mais complexo — Os átomos por exemplo, Partículas invisíveis a olho nu, mas que, quando observados por um microscópio, se comportam de maneira diferente do que quando não estão sendo observados.
Eles não são tão diferentes dos seres humanos. Os motivos para nos comportarmos de forma distinta, muitas vezes, estão ligados à timidez, à vergonha, ao conceito de moral, ao que é certo e ao que é errado. É comum julgarmos as pessoas por suas atitudes. Aposto que muitos julgariam Cláudia — uma mulher experiente, temente a Deus — Cláudia não havia resistido às tentações... e ela queria que aquilo acabasse.
Por isso, Cláudia se afastou da minha casa. Muitas vezes eu chegava e todas as senhoras estavam na sala conversando, orando... mas Cláudia não estava lá.
Na igreja, ela parecia me evitar. Aquela senhora, com aquelas saias enormes, com roupas apropriadas para o culto... Me desculpe, Senhor, mas eu não conseguia não olhar para ela. Não conseguia deixar de pensar em seu gosto, em tudo o que tínhamos vivido.
Eu gostava do que nos tornávamos quando ninguém estava olhando. Gostava da maneira como ela me olhava. Gostava de como me tocava. Ela se transformava — parecia outra pessoa. Sua expressão, seu jeito de andar, de falar... Será que eu era o único que conhecia aquela faceta de Cláudia? Quem era Cláudia, afinal?
A verdade é que, mesmo tendo ficado com ela duas vezes, eu não a conhecia. Nosso envolvimento era puramente sexual. Mas algo dentro de mim pedia que eu transformasse aquilo em algo mais. Era mais forte do que eu.
Como eu orava a Deus para que Ele tirasse aquele sentimento do meu coração... Eu não queria aquilo. Eu era jovem, estava treinando na academia, começando a construir autoestima. Não precisava de um caso com uma senhora com o dobro da minha idade. Uma senhora que, no fundo, não tinha nenhum interesse na minha vida.
Eu tentava evitar. Tentava mesmo. Orava, jejuava, pedia forças para não pensar nela. Mas o pecado, quando encontra brecha, não precisa de muito para se infiltrar. E bastava um olhar de Cláudia durante o culto para tudo dentro de mim estremecer. Eu ficava pensando naquele rabão, no seu cheiro, na sola do seu pé vermelha pressionada na cama. Ela tinha me chamado pra sua casa e nós aproveitamos, mas depois daquilo o arrependimento se abatera, pensava que ela não ia querer estar comigo nunca mais. Me enganei!
Ela me olhava como quem sabia exatamente o efeito que causava — e isso era ainda pior. Aquele olhar atravessava o templo, por cima das Bíblias abertas e dos cânticos, direto até mim. Era um olhar que dizia tudo o que os lábios não ousavam pronunciar em voz alta. E eu... eu perdia o foco. A voz do pastor virava ruído, e só existia ela. Aqueles cabelos grisalhos em seu penteado sempre bem ajeitado. Me sentava no banco para disfarçar a minha ereção, tentava desviar o olhar, mas eu sei que ela sabia o quanto eu a queria, parecia que tinha uma força maior que nós atraia, uma força que só nos fazia pensar naquilo.
Cláudia era uma mulher grande, com um corpo cheio, volumoso, o tipo de corpo que exalava sensualidade mesmo quando coberto por roupas longas e modestas. Suas saias rodadas escondiam, mas também revelavam, marcavam os quadris largos, a barriga macia, os seios fartos que pareciam sempre ameaçar escapar da blusa bem abotoada. E quando ela se sentava e cruzava as pernas, o tecido subia só o suficiente para me enlouquecer — um detalhe aqui, outro ali... tudo sugeria, nada mostrava de fato. Mas aquilo era o suficiente para acender em mim uma fome que eu não conseguia controlar.
O culto era o lugar onde deveríamos buscar o Espírito, não os desejos da carne. Mas como eu podia me concentrar com Cláudia a poucos bancos de distância, soltando um suspiro demorado ou passando a mão pelos cabelos enquanto falava em línguas? Às vezes, eu achava que ela fazia de propósito. Que aquele culto era o nosso campo de batalha silencioso — onde ela testava minha resistência e eu fingia que ainda tinha alguma. Eu não tinha, queria falar com ela, mas ela nunca estava sozinha, estava sempre rodeada por amigos.
Não era só luxúria. Era algo mais complicado, mais humano. Porque mesmo com toda a culpa, mesmo com a consciência pesando como uma pedra no peito, eu queria mais. Queria tocá-la de novo, ouvir sua respiração descompassada, sentir o calor do seu corpo pesado contra o meu. Suas nádegas batendo nas minhas bolas.
Cláudia era gostosa de um jeito que feria. De um jeito que me fazia esquecer da minha idade, do que era certo, do que era pecado. E eu sabia que ela também sentia. Sabia, porque às vezes, na hora do louvor, seus olhos se enchiam de lágrimas — e não era só o Espírito que falava ali. Era arrependimento. Era desejo contido. Era fogo e fé em guerra.
E nessa guerra, a carne estava vencendo.
As orações haviam terminado, mas meu coração ainda estava em chamas. Eu a observei recolhendo a Bíblia, ajeitando a saia e conversando com algumas irmãs mais velhas. Esperei o momento certo, como quem se aproxima do altar — com respeito, mas também com desejo.
Ela me viu se aproximar e, por um breve segundo, hesitou. Mas manteve o semblante sereno, fingindo naturalidade.
— Paz do Senhor, Cláudia — falei, com um sorriso discreto.
— Paz, meu irmão — ela respondeu, mantendo a voz firme, mas seus olhos já entregavam tudo o que ela tentava esconder.
— Posso falar com você um instante? — perguntei.
Ela assentiu, um pouco tensa, e nos afastamos alguns passos para um canto discreto do pátio da igreja, perto de um canteiro de flores. O som dos irmãos ainda conversando ao fundo nos dava alguma proteção.
— Eu... eu tô com saudades — confessei, olhando direto nos olhos dela. — Não sei como você tem conseguido fingir que nada aconteceu... porque eu não consigo. Você mexe comigo, Cláudia. Eu fico pegando fogo quando te vejo. Você não sente o mesmo?
Ela suspirou fundo e desviou o olhar, os dedos apertando a borda da Bíblia com força.
— Isso é errado... você sabe — murmurou, mas sua voz tremia.
— Eu sei o que é certo e o que não é, Cláudia. Mas eu também sei o que eu sinto. E não tô falando só de corpo, apesar de... — dei uma breve pausa, o olhar percorrendo seu corpo coberto pela roupa justa, — ...você ser linda do jeito que é. É mais que isso. Eu sinto falta da sua voz. Do jeito que você me olha. Do que a gente era quando estava junto.
Ela ficou em silêncio, mas seus olhos diziam que aquela muralha que ela levantava já estava trincando.
— Me dá uma chance de ficar perto de você... nem que seja com a Palavra — continuei. — Me dá um estudo bíblico. Domingo de manhã, lá em casa. Só você e eu, a Bíblia aberta e Deus como testemunha. Que mal tem?
Ela me olhou por alguns segundos, em silêncio. Por fim, respondeu, com um meio sorriso:
—Você é atrevido...
—Eu sou sincero.
Ela mordeu o lábio inferior, rindo discretamente, e fez que sim com a cabeça.
—Tudo bem. Domingo às dez.
Foi nesse momento que ouvimos passos atrás de nós. A filha de Cláudia apareceu com o celular na mão e um sorriso no rosto.
—Mãe, vamos? Já estão apagando as luzes do templo.
Cláudia rapidamente se recompôs, ajeitou a saia e olhou para mim com a expressão mais neutra possível.
—Claro, filha. Já estou indo.
A garota me cumprimentou com um aceno gentil, sem nem imaginar o que aquela conversa continha por trás. Cláudia deu um último olhar para mim — rápido, carregado — e se virou para ir embora com a filha.
E eu fiquei ali, parado, com o coração acelerado.
Domingo seria o nosso novo começo.
O relógio marcava 10h05 quando Cláudia bateu à porta. Vestia uma saia longa azul-marinho e uma blusa branca de mangas três quartos — recatada, como de costume, mas seus traços femininos pareciam gritar por trás daquela modéstia. O cabelo preso, os brincos discretos e a Bíblia contra o peito completavam aquela imagem de senhora temente a Deus… mas meus olhos, famintos, enxergavam mais do que a aparência.
— Paz, meu irmão — disse com um sorriso contido.
— Paz, Cláudia. Entra, por favor.
Ela entrou devagar, como se pisasse num território que sabia ser perigoso. Seus olhos varreram a sala como se buscassem conforto no ambiente simples, tentando se apegar à espiritualidade da ocasião.
Sentamos um de frente para o outro, a Bíblia aberta entre nós. Comecei lendo um trecho de Romanos, e conversamos sobre tentação, perdão, e como o espírito luta contra a carne. Mas a cada olhar dela, cada ajeitar da blusa, cada vez que passava a língua pelos lábios distraidamente, o foco fugia. E ela também parecia notar — as palavras tropeçavam, os olhares se desviavam, o clima crescia.
— Cláudia... — murmurei, fechando a Bíblia — ...não é só o estudo que eu precisava hoje.
Ela ergueu os olhos devagar, como se já esperasse por aquilo, mas ainda resistisse.
—Eu vim aqui com o coração apertado — disse ela. — Querendo fazer o certo... mas...
—Vem comigo — interrompi, estendendo a mão. — Só pra conversar. Lá no quarto dos fundos. Sem julgamento. Sem pressa. Só a gente.
Ela olhou minha mão por alguns segundos. Seu peito subia e descia mais rápido agora, o medo misturado com uma excitação silenciosa. Cláudia era madura, sabia muito bem o que estava em jogo, mas também sabia o quanto havia guardado dentro de si. E aquilo precisava sair.
Levantou-se devagar. A saia se movia como água, revelando os contornos de suas pernas largas, firmes. Os sapatos baixos batiam suaves contra o chão, e mesmo sem dizer uma palavra, seu corpo inteiro hesitava a cada passo. Era como se ela própria não acreditasse que estava indo — mas ia.
Entrou no quarto comigo e parou no meio do espaço.
Nesse quarto só tinha um violão e uma poltrona um pouco antiga, ela ficou parada no meio do quarto me olhando, então a beijei, sentir os lábios daquela coroa na minha boca novamente foi tão bom, grudei meu corpo no dela e segurei com bastante força em suas nádegas. Estávamos no pecado novamente.
-Você não presta - Ela dizia enquanto correspondia o beijo e ia abrindo o zíper da minha calça, nesse momento minha rola já estava bem melada, quando ela baixou a minha cueca pude notar o melzinho da cabeça da minha rola se espalhando por toda a extensão de minha rola. Ela então pegou meu pau melado com a sua mão e fez questão de espalhar o mel, deslizando seus dedos sobre a cabeça dele.
Galera Cláudia sabia deixar qualquer homem louco. A safada estava ali para fazer exatamente aquilo, quando baixei sua saia nenhuma surpresas, uma calcinha fio dental destacando aquele rabão sensacional, abri as duas bandas daquela bunda, a calcinha chegou a querer entrar dentro da vagina da velha sem vergonha. Passei meu pau na sua barriga durante o beijo e ela gemia baixinho e segurava nele com força.
Cláudia então me empurrou para a poltrona bege que havia no quarto. A mesma se ajoelhou ao chão, ficando entre as minhas pernas, ela me olhava nos olhos enquanto deslizava suas mãos pelas minhas coxas, podia sentir todos os pêlos do meu corpo arrepiados, com a mão esquerda ela começou a punhetar meu pau melado, fazendo ele ficar ainda mais lubrificado, ela o olhava fixamente e parecia o venerar, ela tinha um charme especial na hora do sexo, a experiência dela fazia com que todas as novinhas que eu já havia ficado, ficassem no chinelo. Então ela começou, ela beijou a minha rola carinhosamente enquanto a segurava com os seus 5 dedos, que se entrelaçavam, ela pressionava meu pau e logo soltava, fazendo as minhas veias pulsarem ainda mais forte, ele estava tão duro que apontava para cima em direção a minha barriga, ela o pegava e trazia de volta para a sua boca. A língua dela chupando e lambendo todo o melzinho que já estava espalhado pelo meu cacete.
Quando ela o enfiou de vez na boca ela o fez com perfeição, o boquete estava molhado, podia escutar o barulho de sua baba enxarcando o meu caralho e eu apenas fechava os olhos e tentava pensar em outra coisa, porquê se eu me concentrasse no momento com certeza eu iria ejacular na boca de Cláudia ali mesmo.
A velha safada me chupava melado, a cada momento que ela tirava a boca do meu pau saia mais baba que descia da minha rola até meu púbis que estava aparado, o pau envergado, e ela parecia gostar da baba, ela cuspia na minha rola e espalhava a saliva, e voltava a me punhetar, dessa vez me olhando nos olhos, o esforço para me satisfazer, a malícia no olhar, ali estava ela, a Cláudia que ninguém mais conhecia, A verdadeira Cláudia, A Cláudia que vivia e existia só quando não estava sendo observada.
Ela parou com os movimentos bem devagarinho enquanto foi se levantando, ela me empurrou e apoiou as minhas costas na poltrona, ela se colocou de costas pra mim deixando aquele rabão lindo dela totalmente exposto e a mostra pra mim, afastou um pouco as minhas pernas e com uma de suas mãos posicionou meu pau perfeitamente em sua buceta que estava meladinha, ela realmente gostava de chupar uma rola.
Ela sentou na minha rola de costas pra mim, e eu pude observar suas costas, seus ombros, seus cabelos grisalhos, mais Cláudia tinha uma grande vitalidade para sentar, para fazer pressão contra o meu corpo, ela olhava pra mim e pedia para que eu não demorasse pois alguém podia chegar.
-Não demora menino, tem que ser rapidinho - Ela dizia
Mas eu não estava nem aí se alguém aparecesse, queria desfrutar daquela mulher, a puxei para mim, beijei suas costas, seu pescoço,ela se virou e beijou a minha boca, enquanto a minha rola continuava encaixada na sua buceta. Trocávamos saliva e eu beijava sua boca, seu queixo, pressionava mais minha rola contra a sua vagina
-Goza pra mim, meu menino - ela segurou em meus joelhos e começou a sentar com mais força, os gemidos eram baixos.
Gozei muito naquela coroa sem vergonha, quando ela se levantou pude ver meu sêmen escorrendo pela sua buceta e meu pau estava completamente melado. Ela levantou sua calcinha ajeitou sua saia e voltou para sala. Fui logo atrás dela.
A sala estava em silêncio. Cláudia sentou-se na beira do sofá, com a saia cuidadosamente recolocada sobre os joelhos, os cabelos um pouco soltos do coque, respirando devagar como quem ainda processava tudo.
Eu me aproximei com calma, sentei ao lado dela e toquei sua mão.
—Você está bem? — perguntei, a voz firme, mas suave.
Ela assentiu, sem falar, e depois virou o rosto na minha direção. Seus olhos, antes cheios de dúvida, agora estavam mais claros, como se algo dentro dela tivesse finalmente parado de lutar.
—Você é diferente — murmurou. — Não é só... isso. Tem algo em você que me desconcerta. Você é tão novo... mas fala como homem feito. Olha nos olhos como quem sabe o que quer.
Sorri com leveza.
—Talvez porque eu saiba mesmo. Eu não tô aqui brincando com você, Cláudia. Eu te respeito, e tudo o que aconteceu entre nós... não foi por carência. Foi porque você mexe comigo de um jeito real.
Ela apertou minha mão, com força. E pela primeira vez desde que a conheci, Cláudia não parecia a mulher fria, religiosa e controlada. Parecia alguém que queria ser vista de verdade. Que desejava mais do que só corpo — queria ser querida, compreendida.
—Você me assusta um pouco — confessou. — Me faz lembrar que eu ainda estou viva. Que eu ainda posso sentir... e querer.
—E isso te assusta por quê?
—Porque eu passei anos tentando enterrar essa parte de mim. Me tornando aquilo que esperavam de uma mulher como eu. E agora... você chega com esse olhar firme, com essa voz segura, e me faz querer outra coisa. Algo que nem eu sabia que ainda existia.
Ficamos em silêncio por um momento. Ela encostou a cabeça no meu ombro e eu envolvi seus dedos com os meus.
—Eu não sei onde isso vai dar — ela disse. — Mas sei que não quero me esconder de mim mesma mais.
—Nem eu quero que você esconda. Você é linda - a beijei novamente, o gosto daquela mulher acendia uma chamada em meu corpo, fiquei mais ofegante durante o beijo.
-Vamos voltar para o quarto, vai ser rapidinho eu disse - Levantando e a segurando pelas mãos, ela não hesitou. Voltamos ao quarto.
-Tem que ser rápido mesmo, sua mãe já está para chegar - Ela se posicionou encostada na poltrona, baixou sua saia e colocou sua calcinha de lado, o cheiro de sexo na sua buceta exalava pelo ar, eu amava!
Tirei minha rola para fora e encaixei meu pau desajeitadamente na sua buceta, ela procurou ajeitar seu corpo na poltrona com toda experiência e ele deslizoupor sua vagina com facilidade. Meti com aquela velha crente pela segunda vez naquela manhã de domingo, dessa vez somente uma rapidinha, mas que deu para satisfazer as nossas vontades. Ela segurava na poltrona com força enquanto fodiamos.
Dessa vez tirei meu pau de sua vagina antes de gozar, acabei batendo uma punheta e gozando em suas nádegas, não ia conseguir gozar cedo apenas fodendo com ela, tive que acelerar o processo.
Ainda estávamos sentados no quarto dos fundos, recuperando o fôlego emocional daquilo tudo, quando ouvimos o portão da frente se abrir com o rangido de sempre. Cláudia imediatamente se afastou, alisando a saia com pressa, o coração visivelmente acelerado. Eu me levantei com calma, ajeitando a camisa, e lancei a ela um olhar tranquilo.
—Fica tranquila. É só minha mãe. Ela não vai desconfiar de nada.
—Mas e se ela...?
—Cláudia, confia em mim.
A porta se abriu logo em seguida e a voz animada da minha mãe ecoou pela casa:
—Filho! Estou em casa! Comprei umas verduras na feira, vou preparar o almoço!
Saí do quarto com naturalidade e encontrei minha mãe já colocando as sacolas sobre a mesa da cozinha. Ela me olhou e sorriu largo.
—Ué, você está em casa a essa hora?
—Estudo bíblico, mãe — respondi, sorrindo de volta.
Cláudia apareceu logo atrás, já recomposta, os cabelos presos novamente e a Bíblia em mãos. Minha mãe abriu ainda mais o sorriso ao vê-la.
—Cláudia! Que surpresa boa! — disse, aproximando-se para um abraço. — Que honra ter você aqui estudando a Palavra com meu filho.
—A honra é minha, querida. Ele é muito atento, faz perguntas profundas… um jovem abençoado.
Eu observava as duas, admirando a desenvoltura com que Cláudia assumia o papel da mulher sábia e temente a Deus. Era quase surreal como, mesmo depois do que tínhamos vivido momentos antes, ela parecia dominar tudo — a situação, o tom de voz, o olhar tranquilo. Mas o que ninguém ali podia ver era a centelha que ainda pulsava entre nós, uma tensão invisível, mas viva.
—Fico tão feliz de ver isso, meu filho — disse minha mãe, me olhando com orgulho. — Um rapaz bonito e de fé. Ainda bem que tem gente como a Cláudia que se preocupa com a juventude da igreja.
—Ele tem um bom coração — Cláudia respondeu, olhando para mim com um brilho discreto no olhar. — E quando o coração é bom, Deus pode fazer grandes coisas.
Minha mãe assentiu, satisfeita. Voltou a cuidar das sacolas e começou a falar do almoço, da feira, das irmãs da igreja. Cláudia, sorrindo, sentou-se à mesa como se estivesse em casa.
E eu, calado por um instante, apenas a observei.
Ela estava ali. Sentada na cozinha da minha infância, conversando com minha mãe. Mas entre nós dois, havia um pacto silencioso. Um pacto perigoso, intenso... e talvez, inevitável.