Uma vizinha diferente

Da série Vizinhança
Um conto erótico de DaMatta
Categoria: Trans
Contém 1579 palavras
Data: 05/05/2025 22:23:43

Me chamo Eduardo e os fatos que vou relatar aconteceram a 3 anos. Eu tinha me separado a poucos meses e ao contrário do que pensei que aconteceria estava mais caseiro e quase nunca saia. Ficava em casa e me masturbava muito, mas sem ir a festas nem para aplicativos tinha paciência.

Moro num prédio pequeno. E o meu vizinho se mudou, o apartamento ficou vago e por isso ficava a vontade as vezes com a porta aberta. Inclusive nas madrugadas de cerveja, leituras de conto e vendo vídeos pornos, sempre com o fone de ouvido pra não incomodar ninguém.

Um dia deixei a porta aberta para ventilar e ali pelas dez da noite fui tomar banho. Sai do banho e passei meu creme de corpo na sala, não resisti a cremosidade e comecei a enfiar um dedinho no cuzinho. Estava na sala. Distraído e gemendo baixinho tomei um susto quando a luz do corredor acendeu, quando olhei de relance vi uma mulher alta e magra me espiando, foi uma questão de relance mas vi que ela também se assustou. Sem falar nada ela abriu a porta do vizinho que tinha se mudado e entrou sem falar nada.

Me enrolei na toalha e fechei rápido a porta.

Não sabia que tinha gente no apartamento da frente. Fiquei espiando no olho mágico mas ela não abriu mais. Refeito do susto me vesti com uma bermuda azul que tenho curtinha que uso pra dormir e uma camiseta branca coladinha e super confortável. Abri o whatsapp e fui no grupo do condomínio. Tinha uma conversa que nem tinha percebido porque sempre deixo no silencioso. Nela uma pessoa se apresentava como nova moradora do 504 e outras pessoas davam as boas vindas, isso três dias atrás. Ela se chama Natália. Olhei no whats dela e não aparecia a foto. Resolvi adicionar o contato e a foto apareceu. Era uma mulher branca, cabelo preto e olhos castanhos, foto de perfil muito bonita. Estranhei que apareceu a foto, significava que tinha me adicionado.

Fiquei em dúvida se escrevia algo, vi que estava online. Não queria piorar as coisas. Mas pensei, do jeito que tá não vai piorar, vou pelo menos me desculpar. Já era perto de 23h.

Escrevi.

> Eduardo escreveu : Boa noite, gostaria de me desculpar por esquecer a porta aberta. Não sabia que tinha alguém novo morando, achei teu contato no grupo do condomínio e resolvi escrever. Mil perdões e boas vindas ao prédio.

Na hora já ficou azul e soube que ela leu.

< Natália escreveu: Boa noite Eduardo, tudo bem, não se preocupe, eu que me desculpo por ficar espiando uns minutos escondidinha, eu não resisti a curiosidade.

Então ela tinha visto mais que um relance. Fiquei com vergonha mas tesão ao mesmo tempo.

> Eduardo escreveu: Meu Deus que vergonha, nem sei o que dizer. Mas imagina se quem vê é teu marido, ia ter ainda mais problemas.

< Natália escreveu: Kkkkkk, isso é impossível, sou solteira, moro sozinha. Eu que devia ter me apresentado para ti, acho importante vizinhos se conhecerem, sempre podemos precisar de uma ajuda ou oferecer algo. Vamos fazer do jeito certo e começar do começo nos apresentando, deixa pra lá esse primeiro episódio, topa? Se apresenta para mim, me conta o que faz além de sucesso... Kkkkkkkk

> Eduardo escreveu: Ufa, então não tô correndo risco com marido ciumento Hahahahaha. Moro a três anos aqui no prédio, me separei a 3 meses. Trabalho num escritório de contabilidade, por isso passo os dias fora. Não sou muito de sair, por isso que hoje, sexta resolvi ficar em casa, relaxar e tomar uma cervejinha. Amanhã estou de folga. Então enchi a geladeira de gelada. E você, me conte de você.

< Natália escreveu: Kkkkk Não se preocupa com marido ciumento, não tenho e não quero por um bom tempo, quero aproveitar a solteirice. Sinto muito por ter terminado um relacionamento recentemente, teu namorado perdeu um cara bem bonitão, azar o dele né. Eu trabalho com TI, faço praticamente só home office e tenho horários flexíveis. No momento presto serviço pra uma empresa alemã, mas sou empregada da filial de Londres. Então quando precisar estou aqui em casa para ajudar. Lendo tu falar de cerveja até me animei te abri uma, tenho duas long necks e como é sexta, merecemos né. Eu tenho 31 anos e tô solteira a 4 anos, então já sei bem como é isso. A pior fase é os primeiros meses, depois melhora e é só alegria. Kkkkkkkk

Ao ler gelei. Estava flertando e nem pensei no que ela viu. Ela me enxergou dedando o brioco ferozmente, por isso pensa que sou gay. Achei que ela tava interessada, mas pelo jeito quer um amigo gay. Que merda. Resolvi logo esclarecer, embora soubesse que depois do que ela viu nem ia acreditar muito...

> Eduardo escreveu: Eu sou hétero, meu relacionamento anterior foi com mulher, nunca tive relacionamento com homem. Entendo que pensou isso pelo que viu, mas é que o ânus é uma zona erógena, mas não sou gay, era só pra sentir a sensação diferente. Tu entendeu errado, eu gosto de mulher.

< Natália escreveu: Não me importo com tua orientação sexual, acho lindo homens que tem a cabeça aberta e aceitam buscar o que dá mais prazer. Eu mais que qualquer pessoa entendo isso. Fiz minha transição a muitos anos, mas lembro que também ficava confuso quanto a minha orientação no início.

> Eduardo escreveu: Como assim transição? Você também tem sentimentos pelo mesmo sexo?

> Eduardo escreveu: Não que eu tenha preconceito, só dúvidas entende?

< Natália escreveu: Eu nasci homem, e tive namoradas na adolescência, só no final da faculdade que passei a me vestir e fazer cirurgias estéticas de silicone e para deixar meu corpo e rosto femininos, como me sinto feliz. Eu não falo disso com ninguém, mas percebi de cara que tens sensibilidade para entender. Por isso pode ficar tranquilo, eu entendo você e não me interessa nada disso, o que importa é o que a pessoa é e você parece ser muito gente boa.

> Eduardo escreveu: Nossa, não sabia disso, não tem como dizer nada vendo tua foto de perfil, tu é uma mulher linda na foto.

< Natália escreveu: Na foto e na vida, sou mulher em todas circunstâncias. Mesmo não tendo operado e tendo uma coisa a mais. Aliás, algo que nunca vou operar porque faz parte de mim. Uma parte importante e que amo como todo resto de mim. Uma parte grande até... Kkkkkkkk

> Eduardo escreveu: Me desculpe falar algo ofensivo, não foi minha intenção, fiquei em choque. Mas para mim o importante é a pessoa ser boa, e também tô gostando de te conhecer.

< Natália escreveu: Não é ofensivo, entendo, te achei muito querida.

> Eduardo escreveu: Querido. Nunca ninguém me chamou no feminino.

< Natália escreveu: Claro, eu mais que ninguém sei que errarem nosso gênero pode ser ofensivo. Falei com carinho, mas vou te chamar como preferir. Mas se quiser posso chamar assim e será nosso segredinho.

> Eduardo escreveu: Nunca pensei nisso, mas confesso que senti carinho e me senti bem em ser chamado no feminino. Gosto de segredinhos. Se tu me prometer não contar pra ninguém nem me chama e assim na frente de ninguém, eu deixo tu me chamar no feminino.

< Natália escreveu: Que querida, claro que prometo, é nosso segredinho, seremos amigas e confiança é fundamental. Tu é uma fofa. Prometo de dedinho que não conto pra ninguém gatinha. Kkkkkk

> Eduardo escreveu: Então eu deixo hehehehe. Mas me conta, como uma mulher bonita como você tá solteira? Tá faltando homem no mercado mesmo?

< Natália escreveu: Então Dudinha, homem tem um monte, muitos querendo me comer e muitos querendo me dar. Saio com os dois, mas aprendi com o tempo a separar sexo de relacionamento. Pessoas legais e queridas como você são raras. Relacionamentos logo viram cobrança e fica chato. Então prefiro ter um caso aqui e ali, mas sem relacionamento.

> Eduardo escreveu: Então tu é bi? Achei que com toda essa lindeza fosse só passiva.

< Natália escreveu: Sou totalmente biflex, até com mulher eu gosto de sair. Se eu fosse passiva tinha me operado e tirado esse grande apêndice que tenho.

> Eduardo escreveu: Fiquei surpresa. Mas que bom que tu não se limita e busca ser feliz, acho que isso é o mais importante.

< Natália escreveu: Isso, com o tempo tu vai entender. Mas temos um problema. Acabou minha cerveja. Como tá a tua geladeira aí? Podemos dividir e continuar nos conhecendo?

> Eduardo escreveu: Aqui tenho muita cerveja, claro que podemos dividir. Estou adorando a conversa, mais que imaginei que poderia ser possível.

< Natália escreveu: Então tenho uma proposta, para ti escolher. Posso ir para ai, ou tu vem para cá e te mostro minhas roupas e deixo tu experimentar umas que não quero mais, o que prefere?

Percebi que esse era um momento importante. Uma decisão que poderia ter relação com a continuação da nossa relação. Li e pensei uns minutos antes de responder.

> Eduardo escreveu: Tenho uma proposta, levo umas cervejas e deixamos as portas abertas. Assim podemos transitar e ficar juntos, topa?

<Natália respondeu imediatamente: Concordo, mais que perfeito amor, te esperando Dudinha.

Respirei fundo e fui no banheiro, lavei o pau, ajeitei o cabelo e fui na geladeira. Peguei 6 longs. Quando abri a porta, o apartamento dela já estava aberto.

<Continua>

Pessoal, a história não tem continuação ainda, vai depender do que acharam. Comentem e deixem estrelas se quiserem continuação. Aceito sugestões inbox ou no e-mail.

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