O sábado amanheceu quente. O céu sem nuvens, a brisa leve e o som das folhas balançando compunham o cenário perfeito para o segundo dia daquele fim de semana intenso.
Na área externa da casa, o sol batia forte sobre a piscina azul-clara. Duas espreguiçadeiras estavam ocupadas desde o fim da manhã: Ana, minha esposa, de biquíni vinho cortininha, fio-dental ajustado com perfeição, e Beatriz, num biquíni branco tão fino que molhado se tornaria quase transparente. As duas riam alto, com copos na mão e olhares cúmplices. Os cabelos presos em rabos altos, a pele reluzente de óleo.
Eu estava na churrasqueira com Rafael, conversando fiado enquanto cuidava da carne. Estava em casa, relaxado, mas com o olhar atento — observador, como um bom terapeuta. Nada passava despercebido. E foi justamente isso que me fez notar: Beatriz não estava apenas curtindo o sol. Tinha algo no olhar dela. Uma energia diferente. Uma certa inquietação, um fogo que ela tentava disfarçar, mas que seu corpo entregava.
Ela olhava demais. Principalmente para mim. E mais precisamente: para a minha bermuda. Era como se ela revivesse algo que eu não sabia. Como se alguma imagem estivesse martelando dentro da mente dela.
Ana, por outro lado, estava leve. Ria com gosto, provocava. Sabia do poder que tinha. O biquíni vinho parecia uma moldura para a bunda perfeita, já dourada pelo sol. E quando ela esticava o corpo, deitada de lado, as alças da parte de cima quase cediam.
Voltei meu olhar para Beatriz. Mais uma vez ela estava de olho. E quando percebeu que eu a encarei, desviou o olhar rápido. Mas já era tarde: eu tinha visto. Tinha sentido.
Rafael falava algo sobre futebol, cerveja na mão. Mas eu já estava em outra frequência. Ainda assim, percebi de canto de olho que ele havia parado de falar por um instante, e olhava de relance para a piscina. Ele era esperto. Não dizia nada, mas parecia perceber que algo estava no ar. O jeito como Beatriz mordia o canudo do drink, o modo como Ana me olhava com malícia. Ele absorvia tudo em silêncio.
Em algum momento, entre uma virada de picanha e outra, decidi ir até a piscina. Entrei na água devagar, sentindo o corpo relaxar. A temperatura estava perfeita. Ana estava encostada na borda. Me aproximei por trás, encostei o corpo no dela. Minhas mãos desceram pela cintura, pela barriga, até alcançar a parte de baixo do biquíni.
Ela sorriu e rebolou levemente. Me inclinei até o ouvido dela e sussurrei:
"Tá vendo a Beatriz ali, Ana? Tá uma delícia… quase não consigo esconder o que tô pensando. Você sabe que eu sempre quis comer ela. Mas hoje eu quero foder você aqui mesmo, nessa piscina, sua putinha gostosa. Sente meu pau duro encostando em você? Ela tá olhando. Querendo."
Ela mordeu o lábio e soltou um gemido abafado. Se empinou contra mim com cumplicidade. E pra minha surpresa, virou o rosto em minha direção e disse baixinho:
"Então me fode gostoso, amor… mostra pra ela o que ela tá perdendo."
A frase me arrepiou. Ana estava jogando junto, e isso me deu ainda mais tesão. Minhas mãos voltaram a apertar sua bunda com firmeza. Ela rebolava lentamente, disfarçando os movimentos com pequenos mergulhos.
Foi quando, por instinto, olhei para o outro lado da piscina.
Beatriz estava lá. Sentada no degrau, semi-submersa. Os olhos cravados em nós dois. Ou melhor: em mim. No meu toque. Na minha intenção.
Foi como se o olhar dela me alimentasse.
Continuei provocando Ana com mais intenção. Minhas mãos escorregaram mais, explorando seu corpo debaixo d'água. Ana se virou de frente, segurou minha nuca e me beijou. Profundo. Lento. Provocante. Enquanto isso, uma de suas mãos desceu discretamente entre nós, apertando meu pau por cima da bermuda molhada.
Beatriz arregalou os olhos levemente. Tentou disfarçar mergulhando até os ombros, mas seus olhos não me deixaram. Ela não estava apenas olhando. Estava absorvendo tudo. Vibrando junto. Como se quisesse estar ali no meio.
Do deck, Rafael continuava em silêncio. Sentado, cerveja na mão, olhando para a grelha… mas com o olhar perdido entre a fumaça e os corpos na água.
Ele percebeu.
Não falou nada. Não precisou. Mas a forma como ele apertou a lata de cerveja, como cruzou as pernas, como puxou o celular para disfarçar, dizia tudo.
A tensão ali já não era mais só minha. Era do ambiente.
Beatriz passou a mão no pescoço, depois mergulhou até o colo. Subiu molhada, os mamilos visivelmente eriçados sob o biquíni branco.
Ana olhou para ela e sorriu.
"A água tá boa, né, Bia?"
Beatriz sorriu de volta, engoliu em seco e respondeu:
"Deliciosa… ainda mais com essa vista."
E eu ali, entre as duas, sentia que o jogo tinha virado.
E que Beatriz não queria mais só observar.