A manhã estava fria, a luz cinzenta entrando pela janela embaçada do quarto. Acordei com o peso quente dos corpos ao meu redor: Grazi aninhada no meu peito, o cabelo cacheado bagunçado, Mari com o braço jogado sobre minha cintura, a respiração suave, Larissa encolhida contra Grazi, os cabelos loiros espalhados no travesseiro.
Os cobertores tavam uma bagunça, o cheiro de enxofre da água e sexo ainda pairando, misturado com o calor dos nossos corpos.
Meu coração estava cheio, uma mistura de paz e medo. Ambos dividiam igualmente meu coração e pensamentos.
A noite passada tinha sido perfeita, Larissa se abrindo, a gente se amando, mas aquele celular piscando na mesinha me puxava pra realidade.
Olhei pro aparelho, a tela mostrando três chamadas perdidas, número desconhecido. Meu estômago revirou, como se uma faca fria tivesse me cutucado. Quis levantar, mas Grazi se mexeu, murmurando algo, e Larissa abriu os olhos, um sorriso tímido.
— Bom dia — sussurrou, a voz rouca, os olhos brilhando.
— Bom dia, Lari — respondi, sorrindo. — Dormiu bem?
— Melhor que nunca — disse, rindo baixo, esticando os braços, uma camiseta minha que ela vestiu subindo e mostrando a barriga.
Mari acordou, espreguiçando, e deu um tapa leve na bunda da Grazi, que resmungou.
— Levanta, preguiçosa — disse Mari, rindo. — Tô com fome, e aposto que não é só de pão de queijo.
Grazi abriu os olhos, fingindo raiva, e jogou um travesseiro na Mari.
— Sua safada, deixa eu dormir — reclamou, mas já ria, puxando Larissa pra um abraço. — Lari, eu que estava usando essa camiseta, hein?
— É que a do Gabriel é mais confortável pra dormir. — retrucou Larissa, mordendo o lábio, o rosto vermelho.
Rimos, o clima leve, e nos levantamos, pegando roupas espalhadas. Larissa ficou com a camiseta, larga, caindo até as coxas, e Mari zoou, dizendo que ela tava virando “parte do time”.
Fomos pro banheiro, escovando os dentes entre risadas e empurrões, como se o mundo lá fora não existisse, Larissa foi para o seu quarto fazer o mesmo. Mas o celular na mesinha não saía da minha cabeça.
No restaurante do hotel, o cheiro de café e pão de queijo quente enchia o ar. Sônia, Nádia e Jorge tavam numa mesa, nos chamando com sorrisos.
Sônia abraçou Larissa, um olhar carinhoso que parecia dizer “tô orgulhosa”. Sentamos, a mesa cheia de pratos: frutas, pães, suco de laranja. A conversa começou leve, sobre a viagem, o frio que apertava, os planos pra volta a realidade.
— Quero começar aquele curso de arte — disse Larissa, cortando um pão. — Tipo, pintura, sabe? Sempre rabisquei, mas agora quero levar a sério.
— Você vai arrasar, Lari — disse Nádia, apertando a mão dela. — Sempre soube que você tinha esse fogo.
— É, nossa menina tá brilhando — completou Sônia, com um sorriso que escondia algo.
O celular vibrou no bolso, mesma porra de número. Levantei, pedindo licença, e fui para o corredor, o chão de mármore gelado, o eco dos meus passos me dando arrepios. Atendi na última chamada.
— Alô? — falei, a voz tremendo.
— Gabriel, é a Dra. Fernanda — disse a voz firme. — Desculpe ligar tantas vezes. Esse é meu número particular. Léo foi detido ontem, porte de drogas, grande quantidade, uns 2 quilos de maconha. Está na delegacia. Ricardo não está com ele, está foragido ainda, e acreditamos que ele sabe onde vocês estão. Precisamos de Sônia e Larissa na delegacia, urgente.
Meu mundo parou. Léo preso por drogas? Ricardo solto, será que ele estava atrás da gente? Senti o sangue gelar, as mãos suando no celular.
— Foragido? Como assim? — perguntei, quase gritando.
— Ele não apareceu para depor, Gabriel. Achamos que está atrás da Sônia e da Larissa, talvez de vocês. Tomem cuidado. Me encontre na 7ª DP o quanto antes.
Desliguei, o coração batendo tão forte que doía. Pensei no notebook, nas coisas que vi no sítio. Tinha que ter algo pra ferrar o Ricardo. Voltei pra mesa, o rosto sério, e todos pararam, me olhando.
— O que foi, Biel? — perguntou Grazi, a mão na minha.
Respirei fundo, sentando.
— Era a advogada — comecei, a voz firme, mas o peito apertado. — Léo está preso, porte de drogas, rodou com uns 2kg de maconha. Ricardo está foragido, e ela acha que ele está atrás da gente, Lari. Quer a gente na delegacia, hoje.
Larissa ficou quieta, os olhos brilhando com lágrimas. Mari abraçou ela, puxando-a pro colo.
— Ele não vai te tocar, Lari — disse Mari, a voz dura. — Não enquanto a gente estiver aqui.
— Por que ele não desiste? — murmurou Larissa, enxugando o rosto. — Mas eu vou. Não vou deixar ninguém me quebrar de novo.
— Vamos juntos, Lari — disse Grazi, segurando a mão dela. — Todos nós.
Sônia assentiu, os olhos marejados.
— Tô com vocês — disse, a voz firme. — Vou falar com o Léo na delegacia.
— Então é isso — falei, tentando soar calmo. — Vamos arrumar as coisas e partir pra capital, agora.
No carro, a estrada tava molhada, o céu cinza pesando. Eu dirigia, Grazi no banco da frente, Mari e Larissa atrás, as mãos entrelaçadas. Sônia, Nádia e Jorge estavam em outro carro. O rádio tocava uma programação de MPB em tom baixo, mas o silêncio era pesado. Ninguém conversava. Larissa quebrou o gelo.
— Eu confio em vocês — disse, a voz tremendo, mas firme. — Quero enfrentar isso, o Ricardo, o Léo, tudo.
— Você é foda, Lari — disse Mari, beijando a bochecha dela. — Mais forte que ele.
Conversamos sobre o futuro. O trisal ia continuar no apê, mesmo com as provas da faculdade acabando. Larissa disse que ia visitar, talvez ficar mais, mas queria seu espaço pro curso.
— Vocês são minha casa — disse Larissa, rindo entre lágrimas. — Talvez eu apareça de vez em quando.
— Sempre que quiser, Lari — falei, olhando pelo retrovisor, o coração quente.
Na delegacia, a luz fria das lâmpadas fluorescentes irritava os olhos. O cheiro de café velho e papel velho enchia o ar. Dra. Fernanda nos recebeu, uma mulher de uns 40 anos, óculos de armação preta, cabelo preso. Sentamos numa sala apertada, Larissa e eu na frente, Grazi e Mari ao lado. Logos nossos pais chegaram também.
— Léo está detido, ele está sendo indiciado por tráfico de drogas, com base no artigo 33 da Lei— disse Fernanda, olhando para minha tia e folheando os papéis. — Fiança é possível no caso de ser réu primário, mas ele não está colaborando, o delegado não quer dar esse direito e também não recomendo agora.
— Provavelmente alguém armou para ele. Ele está agressivo, não está colaborando com nenhuma pergunta dos policiais. Ele insiste que é para consumo próprio. Ricardo também é um problema, Léo também não quis colaborar sobre o paradeiro do pai quando o policial questionou. Ele comentou sobre o pai ainda estar pela cidade, mas não temos certeza de nada. — ela continuou.
— Estamos aguardando o advogado público, o delegado me chamou pois é um conhecido meu e sabe que estou lidando com o seu caso — ela disse séria, em direção a minha tia. — Não temos muito o que fazer aqui.
Larissa apertou minha mão, tremendo.
— O notebook — falei, baixo. — Tem coisas lá, doutora. Pode ajudar?
— A polícia federal já está com ele. — disse ela, anotando. — Por enquanto aqui, isso não vai ajudar em nada. Larissa, é melhor você ir para casa.
Sônia pediu para falar com Léo, e a advogada levou ela pra outra sala. Saímos, em direção ao carro. Larissa encostou a cabeça no ombro da Mari, respirando fundo.
***
Na sala de interrogatório, a luz fria jogava sombras no rosto de Sônia. Ela estava sentada numa cadeira dura, olhando pra Léo, algemado, os olhos vermelhos, o cabelo desgrenhado. O cheiro de suor e café velho enchia o ar. Dra. Fernanda tava ao lado, o caderno aberto.
— Sua vadia — cuspiu Léo, a voz cheia de raiva. — Você destruiu tudo. A Larissa, nossa família. Agora ela está com aqueles pervertidos, e você deixa?
Sônia respirou fundo, as mãos apertando a bolsa, mas a voz saiu calma.
— Você nunca mereceu a Larissa, Léo — disse, os olhos marejados, mas firmes. — Ela está feliz, livre. Você está preso porque escolheu isso, não eu.
— Puta, você é uma puta! — gritou Léo, batendo na mesa, as algemas tilintando. — Eu vou sair, e aí você vai ver.
Fernanda levantou a mão, firme.
— Chega, Léo. Fale assim de novo, e sua situação piora. Sônia, quer continuar?
Sônia assentiu, enxugando uma lágrima.
— Por que você machucou ela? — perguntou, a voz tremendo. — Os vídeos, as ameaças? O que você queria?
Léo riu, um som seco, vazio.
— Ela era minha. Eu só queria ela de volta. Mas você e aquela sua irmãzinha… vocês ferraram tudo.
Sônia fechou os olhos, lembrando Larissa criança, correndo no quintal. Agora, tão machucada por ele.
— A fiança, Sônia — disse Fernanda, baixo. — Não recomendo pagar. Ele tá agressivo, não falou nada útil sobre as drogas, a separação ou o Ricardo. Melhor esperar.
Sônia concordou, levantando.
— Cuida da Larissa, Fernanda — disse, a voz firme. — Não quero ele perto dela.
Saiu, o peso do confronto nos ombros, mas a decisão clara: proteger Larissa.
***
No apê, a noite tava quente, apesar do frio lá fora. Chegamos exaustos, jogando as bolsas no sofá. Acendi umas velas, o cheiro de incenso de lavanda tomando a sala. Grazi pegou uma cerveja para cada.
Ficamos na sala conversando, o peso da delegacia ainda nos ombros, mas com uma força nova, como se a gente tivesse decidido que ninguém ia nos derrubar. O inverno de 2026 jogava uma luz fria pelas janelas, mas o calor do nosso canto tornava tudo mais leve.
Larissa jogou a bolsa no sofá, girando no meio da sala, a camiseta dela caindo larga nos ombros.
— Caralho, como eu amo esse lugar — disse, rindo, os olhos brilhando.
Grazi abriu a geladeira, pegando mais uma cerveja pra cada um, enquanto Mari já mexia no celular, procurando uma playlist.
Sônia tinha ligado no caminho, contando da conversa com Léo, sem repetir os insultos pesados, mas dizendo que ele tava agressivo, preso por enquanto, e que a fiança não era uma boa ideia. Larissa ouviu, enxugou uma lágrima, mas levantou o queixo.
— Tô cansada de ter medo — disse, a voz firme. — Vamos enfrentar o Ricardo, Léo, quem for preciso..
— Você é foda, Lari — falei, puxando ela pra um abraço. — Juntos, sempre.
Mari levantou a cerveja, brindando.
— Por nós, porra — disse, rindo, e a gente riu junto, o som enchendo o apê.
Foi quando Grazi olhou pro celular, franzindo a testa.
— Puta merda, é início de semestre. Tô com aula de cálculo hoje — disse, mas já rindo. — Quem tá a fim de ir?
— Foda-se a facul — disse Mari, jogando um travesseiro nela. — Tô exausta, e a gente merece um dia nosso. O que cês acham?
Larissa sorriu, um brilho safado nos olhos.
— Eu topo. Vamos ficar aqui, curtir, esquecer essa merda toda por um dia.
— Fechado — falei, o coração leve. — Dia de folga, mental health day, caralho.
Jogamos o colchão do quarto para a sala, dobramos alguns cobertores, dormi no chão em cima de alguns cobertores, Mari e Grazi no colchão e Lari no sofá.
A manhã virou uma bagunça gostosa. Coloquei um café pra passar, o cheiro tomando a cozinha.
Grazi e Larissa decidiram fazer um macarrão com alho e azeite, enchendo o apê com um aroma que dava fome.
Mari, só atrapalhava, roubando pedaços de pão e zoando a Larissa por cortar o alho “torto”.
— Cê é uma artista, Lari, mas na cozinha é um desastre — disse Mari, rindo, e Larissa jogou um pano de prato nela.
— Cala a boca, eu sou uma gênia — retrucou Larissa, rindo, o cabelo loiro caindo no rosto.
Sentamos no sofá, pratos de macarrão fumegante, e decidimos jogar uno. Mari, roubava escondendo cartas embaixo da bunda, até Larissa perceber e pular em cima dela, rindo.
— Sua trapaceira! — gritou Larissa, tentando pegar as cartas, enquanto Mari se contorcia, rindo até faltar ar.
— Eu sou a rainha do uno, aceita! — disse Mari, jogando uma carta +4 na mesa, e a gente caiu na gargalhada.
Depois, nos jogamos no sofá com cobertores, assistindo Amélie na TV. Larissa ficou hipnotizada pelas cores do filme, falando sobre como queria pintar algo tão vivo assim.
— Tipo, capturar isso, sabe? — disse, apontando pra tela. — Vocês três, juntos, seriam um quadro perfeito.
— Então desenha a gente, Lari — disse Grazi, aninhando a cabeça no ombro dela.
Larissa pegou um caderno e começou a rabiscar, o lápis dançando no papel. Ficamos quietos, só o som do lápis e a trilha do filme. Quando ela terminou, mostrou: nós quatro, de mãos dadas, com traços simples mas cheios de calor. Meu coração apertou.
— Caralho, Lari, isso tá incrível — falei, passando o braço por ela.
— É vocês — disse, tímida, mas sorrindo. — Minha família.
O dia passou assim, entre risadas, toques, e uma paz que a gente não tinha há dias.
A noite chegou, e o clima mudou. Acendi velas, o cheiro de incenso de lavanda tomando a sala. Grazi abriu um vinho tinto, servindo taças, e Mari colocou uma playlist de low-fi enchendo o apê com um ritmo lento, sensual. Nos sentamos no sofá, as pernas entrelaçadas, o vinho descendo quente.
Larissa se levantou, um brilho safado nos olhos.
— Quero fazer uma coisa pra vocês — disse, mexendo no celular pra aumentar o som.
Ela começou a dançar, os quadris balançando, a camiseta subindo devagar. Tirou a camiseta, jogando no sofá, ficando de sutiã e calcinha. Girava, provocava, os olhos fixos na gente, o cabelo loiro caindo nos ombros. Passou as mãos nos seios, descendo até as coxas, se abaixando devagar, a bunda empinada. Então, subiu no colo da Mari, rebolando, as mãos dela na cintura, um lap dance que fez Mari gemer baixo.
— Caralho, Lari, você tá matando a gente! — disse Grazi, batendo palmas, os olhos brilhando.
Larissa riu, tirando o sutiã, os seios livres, os mamilos duros. Dançou mais, girando, mas parou, sentando no sofá.
— Tô menstruada, não tô confortável pra ir além — disse, mordendo o lábio. — Mas quero ver vocês. Posso?
— Claro, amor — disse Mari, com um sorriso safado. — Mas já que você vai só assistir, tenho uma surpresa.
Mari correu pro quarto, voltando só de calcinha, um strap-on preto brilhando na cintura. Grazi arregalou os olhos, rindo.
— Sua louca, onde cê arrumou isso? — perguntou, já tirando a roupa.
— Comprei na Amazon, guardei pro momento certo — disse Mari, puxando Grazi pra um beijo, as línguas dançando.
Mari sem preliminares já deitou Grazi no sofá, o strap-on deslizando na buceta dela que já estava escorrendo, lento, missionário. Grazi gemia alto, as unhas nas costas da Mari, pedindo mais.
— Mete mais fundo, Mari — gemeu Grazi, os olhos fechados, o cabelo cacheado espalhado.
Mari acelerou, metendo com força, os seios balançando. Mudou de posição, colocando Grazi de quatro, o strap-on entrando fundo, o som dos corpos ecoando. Grazi gritava, o corpo tremendo.
— Fode sua mulher, Mari — gemia, as mãos cravando no encosto do sofá.
Mari puxou Grazi pra cima, fazendo ela montar o strap-on, os quadris dançando, os gemidos misturando com a bossa nova. Grazi gozou, o corpo tremendo, gritando o nome da Mari.
Enquanto eu mexia no pau por cima da calça ainda, Larissa que já havia removido seu sutiã se masturbava por cima da calcinha preta.
Eu tava duro pra caralho, fui tirando minha calça e cueca tudo junto, fiquei pelado no sofá me masturbando assistindo aquela cena incrível, o tesão me cegando, me aproximei, e Mari olhou pra mim, rindo.
— Vem, Gabe, fode minha buceta enquanto eu fodo ela — disse, deitando Grazi de novo, ainda com o strap-on dentro.
Entrei na Mari por trás, a buceta quente e molhada me engolindo, o ritmo sincronizado com o strap-on na Grazi. Toda vez que eu bombava na Mari, ela ia mais fundo na Grazi.
Mari gemia alto, presa entre nós dois, os olhos fechados de prazer. Larissa tava no sofá, os olhos fixos, a mão na calcinha, se tocando devagar, gemendo baixo.
— Caralho, vocês são lindos — sussurrou Larissa, o rosto vermelho, mordendo o lábio.
Grazi gozou de novo, o corpo convulsionando. Eu gozei dentro da Mari, o prazer me apagando, e ela gozou logo depois, rindo, caindo no sofá. Larissa gemeu, gozando na calcinha, os olhos brilhando.
— Minha vez — disse Grazi, pegando o strap-on da Mari. — Mari, de quatro.
Grazi vestiu o strap-on, lubrificou bem, e olhou pra Mari, que subiu em cima de Grazi iniciando uma cavalgada deliciosa, enquanto Grazi também chupava seu peitos.
— Quero os dois — disse Mari, a voz rouca. — Amor, vem com ela.
Fui lambendo o cu de Mari enquanto ela cavalgava, logo comecei a enfiar 1 dedo, ela logo pediu mais um. Entrava fácil, parecia que fazíamos anal todos os dias devido ao prazer que ela estava sentindo.
Lubrifiquei meu pau com mais saliva, posicionando na entrada do cu da Mari, enquanto Grazi entrava com o strap-on, devagar. Mari gemia alto, o corpo tremendo, pedindo mais.
— Me fodam inteira, seus safados — gritou, as mãos cravando no tapete.
Não era uma posição confortável, era nossa primeira vez fazendo isso, mas conseguimos sincronizar o ritmo, eu e Grazi metendo juntos, o cu da Mari apertado, quente. Sentia o strap-on roçando minhas bolas, o calor dela me envolvendo. Mari gemia, o rosto afundado nos ombros de Grazi, os seios balançando. Larissa tava hipnotizada, ela havia arrancado a calcinha, sem se importar se estava mestruada ou não, começou a gemer alto, os olhos fixos na gente.
— Isso, Mari, você é nossa putinha. É nossa vida, nossa namorada, mas é uma deliciosa de uma cachorra safada. — disse Grazi, uma mão na bunda dela, metendo fundo.
Mari gozou, o corpo convulsionando, um grito que ecoou no apê. Eu gozei logo depois, enchendo o cu dela, o prazer me apagando. Grazi riu, tirando o strap-on, e caiu sobre Mari, beijando a boca dela.
— Vocês me matam — disse Mari, rindo, ofegante, o cabelo grudado na testa.
Larissa se aproximou, deitando com a gente.
— Foi perfeito — disse, a voz suave. — Mesmo só olhando, me senti com vocês.
— Se a gente não levar uma multa hoje, não levamos mais. — eu disse, a voz suave, rindo com o clima leve.
A gente se abraçou, os corpos suados, o cheiro de sexo e incenso tomando o apê. As velas piscavam, a música ainda tocando baixo. Ficamos ali, rindo, nos tocando, o calor dos nossos corpos contra o frio da noite.
Mais tarde, já quase de madrugada, tava todo mundo deitado, os cobertores nos cobrindo, a luz suave iluminando o quarto. Pensei no dia, no jeito que a gente se uniu, na coragem da Larissa, no amor que nos segurava. Ela murmurou, quase dormindo:
— Vamos vencer juntos. Juntos.
— Juntos, Lari — falei, beijando a testa dela. — Vocês são tudo pra mim.
Grazi e Mari murmuraram, concordando, e nos aninhamos, o calor dos corpos nos protegendo. Mas aí, o interfone tocou, um som cortante na madrugada. Levantei, o coração disparado, e atendi – pensei que era um aviso sobre o barulho.
— Seu Gabriel, é o Seu Zé — disse o porteiro, a voz nervosa. — Um cara deixou um bilhete pra você. Não disse o nome.
Meu sangue gelou. Desci, o corredor frio, os degraus ecoando. Seu Zé me entregou um papel amassado. Abri, as mãos tremendo: “Vocês não escapam.” Sem assinatura, mas eu sabia.
— Como ele era, Seu Zé? — perguntei, a voz baixa.
— Magro, barba malfeita, uns 40 anos. Parecia… perigoso — disse, hesitando.
Voltei pro apê, escondendo o bilhete no bolso, o coração disparado. A descrição era genérica, mas eu sabia que Ricardo estava por aqui na cidade, talvez na porra da nossa porta.
Não contei pras meninas, não agora, inventei uma desculpa de que ele havia se enganado em relação ao apartamento.
Mas o medo tava lá, uma sombra que não ia embora.