Desejos Proibidos - Capítulo 23 - Luz no Escuro (Final)

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Heterossexual
Contém 1691 palavras
Data: 07/05/2025 17:07:54
Última revisão: 07/05/2025 18:22:18

A névoa cobria a cidade naquela manhã, anunciando que mais frio ainda estaria chegando, um cobertor úmido que apagava os contornos da cidade. Acordei com o peso de um bilhete amassado no bolso da calça —“Vocês não escapam”— e uma sensação ruim que não largava.

Grazi dormia ao meu lado, o cabelo cacheado espalhado no travesseiro, o corpo quente contra o meu. Mari resmungava algo no sono, o braço jogado sobre minha cintura.

Levantei devagar, o chão gelado mordendo os pés, e fui pra cozinha, onde Larissa já mexia no café, o cheiro forte enchendo o apê.

— Lari, olha isso — falei, mostrando o papel, a letra torta de Ricardo me encarando.

Ela parou, a colher na mão, os olhos loiros duros, mas com uma força que eu conhecia bem.

— É ele, né? — disse, a voz firme. — Mas não vou deixar ele me segurar, Gabe. Tô indo pra Florença, livre dele.

Grazi apareceu na porta, esfregando os olhos, a camiseta larga caindo no ombro. Mari veio atrás, roubando uma xícara de café da bancada.

— Que merda é essa? — perguntou Grazi, pegando o bilhete. — Ele ainda acha que manda?

— Vamos falar com a Dra. Fernanda — disse Larissa, servindo mais café. — A Polícia Federal está atrás dele, pra ele deixar essas coisas por aqui significa que ele não está muito longe. Eles vão pegá-lo.

— Ele não encosta em você, Lari — falei, puxando ela pra um abraço rápido. — A gente não vai deixar.

Ela sorriu, um brilho quente nos olhos, e apertou minha mão.

— Eu sei, Gabe. Vocês são minha família.

Tomamos café em silêncio, o vapor subindo das xícaras, a névoa lá fora engolindo os prédios. O celular tocou, Fernanda na linha, a voz calma mas firme.

— Gabriel, a PF tá fechando o cerco — disse ela. — Márcio, um professor que foi preso fez delação premiada. Entregou Ricardo como o cabeça da corrupção em diversas universidades, ele era um dos recrutadores para novos membros para o esquema. O notebook de Ricardo confirmou tudo: mensagens, transferências, contatos. Eles estavam atualmente há pelo menos 5 anos. Conseguiram um número que ele está usando e rastrearam o celular dele. A prisão dele deve acontecer a qualquer momento.

Ficamos o dia inteiro em casa olhando mensagens, notícias na internet e plantões jornalísticos. Nada de novo acontecia, até que no fim da tarde recebemos uma mensagem da Dra. Fernanda e Sônia quase ao mesmo tempo.

— Ele foi preso. — disse ela. — Conseguiram localizar ele no estacionamento de supermercado na cidade vizinha. Ele deve ser encaminhado para a delegacia da Policia Federal ainda hoje. Eu vou entrar com os agravantes das ameaças e todo o resto.

Larissa soltou o ar, lágrimas escorrendo, mas o rosto firme como pedra.

— Ele perdeu — sussurrou, apertando minha mão tão forte que doeu.

Horas depois, Fernanda voltou com o relatório.

Na sala de interrogatório, Ricardo confessou as ameaças contra Larissa, não soube explicar o esquema de tráfico de Léo, disse que no dia que ele fugiu com o Léo, ambos brigaram e ele havia ido embora para a casa de um amigo. Ele tentou barganhar uma pena menor com uma delação premiada. Entregou dois contatos menores em Brasília, mas negou crimes mais pesados, como lavagem de dinheiro e a pornografia infantil. A PF acabou aceitando uma parte da confissão, mas a pornografia pesou bastante para o lado dele e ela confirmaram: ele e Léo iam ficar presos por um bom tempo. Léo por não colaborar e ele pela quantidade de crimes envolvidos.

— Ele tá fora da nossa vida — disse Larissa, o sorriso voltando devagar. — Agora é Florença, e depois vocês.

De volta ao apê, a noite caiu, e a gente precisava comemorar. Acendi umas velas, o cheiro de incenso de lavanda tomando a sala. Grazi abriu um vinho tinto, as taças tilintando, e Mari colocou diversas músicas animadas no som. Larissa tava leve, os olhos brilhando com uma mistura de alívio e desejo.

— Quero vocês — disse ela, a voz baixa, puxando Grazi pra um beijo lento. — Mas quero que me mandem. Me prendam, me façam sentir.

Mari sorriu, aquele sorriso perigoso que eu adorava, e pegou um lenço de seda da gaveta.

— Então deita, namoradinha — disse, amarrando os pulsos da Larissa acima da cabeça, o nó firme mas cuidadoso.

Larissa gemeu, o corpo se arqueando no sofá, os olhos pedindo mais. Mari deu um tapa leve na bunda dela, o som ecoando na sala, e Larissa riu, mordendo o lábio.

— Mais forte, Mari — pediu, a voz rouca de tesão.

Mari virou ela de lado e todos atacamos de uma vez, eu fui para sua buceta, Mari atacou seu cuzinho e Grazi atacava seus peitos.

Eu batia em sua bunda, a mão deixando uma marca vermelha na pele branca, e Larissa gemeu alto, o rosto vermelho, os olhos brilhando.

Grazi pegou o strap-on preto da caixa, vestindo com um riso safado.

— Abre as pernas, Lari — mandou, e Larissa obedeceu rápido, a buceta já brilhando de tão molhada.

Grazi fodeu ela devagar, o strap-on entrando fundo, os gemidos da Larissa enchendo o apê. Eu tava duro pra caralho, assistindo, e Mari me puxou pra perto.

— Chupa ele, Lari — ordenou Mari, guiando a cabeça da Larissa pro meu pau.

Ela virou o rosto, a boca quente me engolindo, chupando com vontade, os olhos fixos nos meus enquanto gemia com os movimentos da Grazi. Eu lembrava dela me chupando no sítio, definitivamente ela fazia um dos melhores boquetes que eu já recebi na minha vida.

— Boa menina, namoradinha — falei, a voz saindo rouca, segurando o cabelo dela enquanto ela lambia, o calor me levando ao limite.

Mari foi até o quarto e voltou com mais uma novidade, não sei como ela arranjava tempo para isso e conseguia esconder essas coisas da gente, mas voltou com uma coleira preta com letras douradas escrita “PUTINHA”.

Ela colocou no pescoço de Lari que gemia enquanto Grazi ainda fodia sua bucetinha gentilmente com o strap-on.

Mari tirou a roupa, montando na Larissa, esfregando a buceta dela com força nos lábios de Mari, os gemidos das duas se misturando com a música.

Eu não podia perder a chance de participar daquela brincadeira e fui logo atrás de Grazi, enfiando meu pau bem fundo na buceta de minha irmãzinha.

Grazi não aguentou e gozou primeiro, tremendo com o strap-on ainda dentro da Larissa, e passou ele pra Mari, que fodeu a Lari de quatro, o som dos corpos batendo alto no ar.

Me posicionei em frente a Mari, ela chupava meu pau se engasgando com os movimentos feitos por Mari. E eu batia em seu rosto, ela estava destruída com o rosto cheio de saliva e marcas da minha mão, mas continuava gemendo dizendo que era nossa putinha.

Larissa, ainda amarrada, se contorcia.

— Caralho, vocês são tudo pra mim — gemeu ela, gozando de novo, o corpo tremendo enquanto Mari a comia e esfregava o clítoris dela.

Eu e Mari não gozamos, mas não sentimos necessidade, parece que havíamos combinado que aquela noite deveria der de Larissa.

Desamarrei ela, e caímos no tapete, rindo, suados, o vinho derramado na mesa. Larissa se aninhou entre nós, o rosto vermelho, o cabelo loiro bagunçado.

— Você sempre que quiser vai ser nossa namoradinha, Lari — disse Grazi, beijando a testa dela. — Volta pra gente, tá?

— Prometo — disse Larissa, rindo. — Aonde vocês forem morar, estarei com vocês. Com minha família.

— Fechado — falei, o coração cheio. — Você é nossa, onde quer que esteja.

***

Anos depois, a vida mudou de cidade. O trisal — eu, Grazi e Mari — se mudou pra São Paulo, um apê na Santa Cecília com varanda e uma vista que valia o frio do inverno paulista.

Aqui, ninguém sabia que eu e Grazi éramos irmãos, e a gente vivia discreto, sem postar muito nas redes sociais.

Em público, alternávamos quem era a “namorada” oficial: às vezes eu saía com Grazi de mãos dadas, às vezes com Mari, e ninguém perguntava nada. Era nossa liberdade, nosso segredo.

As famílias também tinham se mudado. Sônia, Nádia e Jorge foram pra Campinas, a uma hora de distância, consolidando o relacionamento deles, mas de forma mais discreta do que a nossa.

Mantínhamos contato, trocando mensagens e visitas rápidas, a família mais unida do que nunca, mesmo com as sombras do passado. Ricardo continuava preso, a delação premiada garantindo alguns anos a menos de prisão, pelo menos por enquanto. Léo também, enfiado numa cela, os dois fora da nossa vida de vez.

Larissa tava finalizando o intercâmbio na Itália, na Florence Academy of Fine Arts. Mandava fotos e quadros incríveis pelo WhatsApp — pinturas coloridas, ruas de Florença, autorretratos que capturavam o jeito dela.

Ela voltaria em breve, e a gente já planejava recebê-la direito.

Uma mensagem dela chegou numa noite fria, enquanto eu olhava um dos quadros que ela tinha enviado, pendurado na parede do apê.

“Chego amanhã, saudades de vocês. Me esperem, hein?”

Mari leu em voz alta, rindo, aninhada no sofá com um cobertor.

— Vamos zoar muito com ela — disse, os olhos brilhando. — Nossa namoradinha merece.

— Que tal um final de semana em Campos do Jordão? — sugeriu Grazi, deitando a cabeça no meu peito. — Curtir o frio, um vinho, nós quatro juntos.

— Perfeito — falei, imaginando a cena. — Ela chega, a gente pega a estrada, e deixa o resto rolar.

— Já vou aproveitar e comprar uns brinquedinhos novos — disse Mari, os olhos brilhando.

Naquela noite, deitados na cama, a luz da lua entrava pela varanda, iluminando o quadro da Larissa na parede—nós três abraçados, pintados com cores vivas. O apê tava silencioso, só o som da respiração da Grazi e da Mari, o calor delas contra mim. Pensei no que a gente tinha construído: um amor que ninguém entendia, mas que era nosso. Ricardo e Léo eram passado, sombras que a luz tinha apagado. Larissa tava voltando, e o futuro era um monte de planos soltos—um final de semana em Campos, uma vida em São Paulo, quem sabe mais.

— Ela chega amanhã — murmurei, mais pra mim mesmo.

— E a gente vai estar aqui — disse Grazi, a voz sonolenta.

— Sempre — completou Mari, apertando minha mão.

Fechei os olhos, o coração quente. A vida nos surpreendia, mas a gente seguia junto. E isso era o bastante.

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Comentários

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parabens adorei o conto nota 1o,espero ancioso poe outras historias.

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Que estória maravilhosa, amei todos os personagens, que delícia em todos os sentidos. Muito obrigado por essa saga linda.

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