Safira, essa é a segunda vez que você me decepciona profundamente — disse Helena, a voz afiada, carregada de emoção crua. — A primeira foi quando seu pai me bateu, e você, ainda como Ícaro, ficou lá embaixo, sem fazer nada para me defender, enquanto Cauã sozinho enfrentou seu pai e me defendia dele. E agora isso… você deixa sua namorada transar com seu irmão bem na sua cara, na minha frente, e fica aí, só olhando?
Safira, ainda ajoelhada ao lado de Cauã, ergueu o rosto, os olhos brilhando com lágrimas, o corpo tenso. O biquíni rosa estava desalinhado, e ela ajustou a alça com dedos trêmulos, como se buscasse se recompor. A culpa a esmagava, mas havia uma urgência em se explicar, uma dor que precisava ser dita. O silêncio de Helena pesava como uma tempestade. Safira, com lágrimas escorrendo, baixou a cabeça, e minha mente voltou àquela noite anos atrás. Ricardo, bêbado, gritando com Helena na sala. O tapa ecoou, e eu, sem pensar, avancei, empurrando-o contra a parede, minha voz tremendo de raiva enquanto ele recuava. Safira, ainda Ícaro, estava na escada, os olhos arregalados, paralisado, sem dizer uma palavra. Helena, com a mão no rosto, me abraçou depois, mas nunca olhou para Safira.
De volta ao deque, Safira ergueu o rosto, a voz tremendo, carregada de uma emoção crua que parecia rasgar seu peito. — Mãe, me perdoa… por tudo, por favor. Aquela noite com o papai, quando ele te bateu, eu era Ícaro, estava preso em mim mesma, com tanto medo, e me odeio por não ter subido, por não ter te defendido enquanto Cauã enfrentava ele sozinho, te protegendo com tudo que tinha. Eu vejo aquele momento toda noite, mãe, e dói. — As lágrimas caíam livres, a voz falhando, mas ela continuou, os olhos implorando. — E agora, isso… Me perdi, nós nos perdemos, mas não foi pra te machucar. Eu sei que você e Cauã estão juntos, que vocês têm algo que é só de vocês. Não tô brava com você… acho que você tá com ciúme, e eu entendo, porque eu sinto ele também. Depois que o papai saiu, eu vi vocês, mãe, dormindo no mesmo quarto, os olhares, a forma como você toca ele, como ele te segura, e eu sempre deixada de lado. É tão claro, e eu quero ele como você quer. Me perdoa, mãe, mas vamos falar de verdade, eu te imploro.
O ar no deque ficou denso, o som das ondas ao fundo amplificando o peso de cada palavra. Júlia, ainda no meu colo, mexeu-se lentamente, ajustando o biquíni, os olhos baixos, deixando o momento para Safira e Helena. Eu, com o coração disparado, sentia a gravidade do confronto, mas permaneci calado, sabendo que qualquer intervenção minha poderia piorar tudo. Helena, os olhos arregalados, parecia travada numa batalha interna. A raiva inicial dava lugar a uma confusão profunda, como se as palavras de Safira tivessem rasgado uma cortina, expondo uma verdade que ela não estava pronta para enfrentar. Ela deu um passo à frente, os lábios entreabertos, mas o silêncio a envolveu, deixando apenas o peso de suas emoções cruas pairando no ar.
O ar no deque estava muito denso, o som das ondas ao fundo amplificando o peso das palavras de Safira. Helena, os olhos arregalados, parecia travada numa batalha interna, a raiva inicial cedendo a uma confusão profunda. Safira, com lágrimas escorrendo, implorava por uma conversa honesta, enquanto Júlia, ainda no meu colo, ajustava o biquíni em silêncio. Eu, com o coração disparado, permaneci calado, sentindo a gravidade do momento.
Nesse instante, a campainha tocou, cortando a tensão como uma faca. Helena piscou, como se despertasse, e eu me levantei, ajeitando a sunga rapidamente. — Vou ver quem é — murmurei, minha voz rouca, o corpo ainda carregado de adrenalina. Atravessei a sala, abri a porta e dei de cara com o caseiro, Seu João, e sua esposa, Dona Clara, ambos com sorrisos gentis, carregando baldes e produtos de limpeza. — Bom dia, seu Cauã! Viemos limpar a piscina e faxinar a casa, como combinado com a dona Helena — disse João, alheio à tempestade que deixei no deque.
Assenti, forçando um sorriso. — Claro, entrem. — Voltei ao deque, onde Helena, Safira e Júlia já haviam se recomposto, sentadas nas espreguiçadeiras, os rostos tensos. Ninguém disse uma palavra. Peguei uma cerveja pra mim e pra cada uma dela da bandeja esquecida e me sentei, o sol queimando minha pele enquanto tentávamos fingir normalidade. O som dos baldes e vassouras ecoava ao fundo, misturado ao barulho da mangueira que João usava na piscina. Helena olhava o mar, os lábios apertados. Safira enxugava o rosto, os olhos baixos. Júlia cruzava os braços, inquieta.
Ficamos assim, os quatro tomando sol em silêncio, cada um perdido em pensamentos, enquanto o caseiro e sua esposa trabalhavam. A casa brilhava, a piscina reluzia, mas a tensão entre nós permanecia, um nó que ninguém ousava desfazer até que João e Clara terminaram o serviço, se despediram com um aceno e partiram, deixando-nos novamente sozinhos com o peso do que havia sido dito e do que ainda precisava ser enfrentado.
Tentando quebrar o gelo, levantei-me e disse: — Vou fazer um churrasco. Quem quer mais bebida? — Minha voz soou mais firme do que eu sentia. Helena olhou para mim, hesitante, mas pegou uma cerveja gelada da bandeja que ofereci. Safira e Júlia aceitaram também, cada uma pegando uma lata com um murmúrio de agradecimento. Fui para a churrasqueira, acendendo o carvão, o cheiro de fumaça começando a encher o ar enquanto cortava carnes e preparava espetos. De canto de olho, notei as três de volta às espreguiçadeiras, bebendo suas cervejas sob o sol, os rostos sérios, sem trocar uma única palavra. O silêncio era ensurdecedor, quebrado apenas pelo crepitar do fogo.
Quando as latas esvaziaram, voltei com mais bebidas, servindo cada uma delas. Helena pegou a cerveja sem me olhar, os dedos apertando a lata. Safira murmurou um “obrigada” baixo, os olhos ainda vermelhos. Júlia aceitou com um aceno, o olhar distante. Voltei ao churrasco, virando os espetos, adicionando batatas assadas e uma salada fresca que encontrei na geladeira. O aroma da carne grelhada misturava-se ao sal do mar, mas a tensão não diminuía.
Quando o churrasco ficou pronto, arrumei tudo na mesa do deque — espetos de carne, linguiça, batatas, salada e pão de alho. — Está na mesa, venham comer — chamei, tentando soar casual. Elas se levantaram lentamente, como se carregassem o peso do confronto, e sentaram-se ao redor da mesa. Servi mais cervejas, enchendo os copos com cuidado, o som do líquido borbulhando preenchendo o silêncio. Peguei um pedaço de carne, sentei-me e, após um momento, respirei fundo, sabendo que alguém precisava falar.
— Mãe, me desculpa — comecei, a voz firme, mas carregada de emoção, olhando diretamente para Helena. Eu não queria te magoar, juro. — Fiz uma pausa, olhando para Safira e Júlia, que ergueram os olhos, atentas.
Helena segurou o copo com força, os olhos encontrando os meus pela primeira vez desde o confronto.
Por um instante, pareceu que ela não responderia, mas então ergueu o rosto, os olhos brilhando com uma mistura de raiva e vulnerabilidade.
Você acha que é tão simples assim? Um pedido de desculpas e está tudo resolvido? Eu vi você com Júlia, com Safira ali do lado… Ela parou, respirando fundo, como se as palavras doesse. — Safira, você me machucou hoje, assim como me machucou naquela noite com seu pai.
Safira engoliu em seco, as lágrimas voltando aos olhos. Ela ajustou a alça do biquíni rosa, as mãos trêmulas, o rosto marcado pela culpa. Quando falou, a voz era baixa, quase um sussurro, carregada de dor.
Safira: Mãe, eu… eu sei que te decepcionei. Aquela noite, quando o papai te bateu, eu era Ícaro, estava perdido, com medo, e me odeio por ter ficado na escada, paralisado, enquanto Cauã te defendia. — As lágrimas escorriam, e ela enxugou o rosto com força. — Eu vejo aquele momento toda noite, mãe, e dói tanto. Hoje… o que aconteceu no deque, não foi pra te ferir. Foi o calor do momento, nós três nos perdemos. Eu quero Cauã, mãe, assim como Júlia, assim como… você.
Helena piscou, o rosto endurecendo por um segundo, mas a menção ao seu próprio desejo por mim pareceu desarmá-la. Ela olhou para mim, depois para Safira, a confusão evidente.
Helena: Como você ousa, Safira? — disse, mas a voz falhou, menos raivosa, mais incerta. — Você tá me jogando na cara que eu… que eu sinto algo por Cauã? Você acha que isso justifica o que fizeram?
Júlia, que até então permanecia em silêncio, mexendo na salada com o garfo, finalmente levantou a cabeça. Seus olhos, ainda carregados da intensidade do deque, encontraram os de Helena, e ela falou, a voz firme, mas cuidadosa.
Júlia: Helena, ninguém tá jogando nada na sua cara. Eu fui parte disso, e também peço desculpas se te magoei. Mas Safira tá certa. O que aconteceu lá fora não foi só tesão, foi algo mais. Eu quero Cauã, e Safira também. E… — Ela hesitou, mordendo o lábio, antes de continuar. — A gente vê como você olha pra ele, como vocês se tocam. Não é segredo, não pra nós.
Helena corou, a mão apertando o copo com mais força, o olhar caindo para a mesa. Eu senti o peso das palavras de Júlia, sabendo que ela estava certa. Desde que Ricardo saiu, Helena e eu dividíamos o quarto, os toques, os olhares, os momentos que ninguém mencionava e Safira e Júlia tinham percebido. Engoli em seco, sentindo que precisava falar.
Cauã: Mãe, ninguém tá te julgando. Eu… eu sinto você, sinto o que temos. — Minha voz saiu baixa, mas firme, os olhos fixos nos dela. — Mas também senti algo com Safira e Júlia hoje. Não foi planejado, mas foi real. Safira não tava tentando te machucar, nem Júlia. Foi algo que aconteceu, e agora… agora precisamos decidir o que somos, todos nós.
Safira, ainda com lágrimas nos olhos, estendeu a mão, hesitante, na direção de Helena, mas parou no meio do caminho, como se temesse ser rejeitada. Quando falou, a voz estava carregada de emoção, quase suplicante.
Safira: Mãe, por favor, me perdoa. Eu vi vocês, mãe, depois que o papai saiu, dormindo juntos, os olhares, a forma como você toca ele e eu sendo excluída. Eu não tô brava, só quero fazer parte disso, quero que a gente seja honesto. Não suporto te perder.
Helena deixou o copo na mesa, as mãos tremendo. Por um momento, pareceu que ela explodiria, mas então seus ombros caíram, e ela cobriu o rosto com as mãos, um suspiro longo escapando. Quando ergueu o olhar, havia lágrimas nos olhos, mas também algo novo — uma aceitação hesitante.
Então Helena admitiu. Safira eu sinto ele. Sinto Cauã de uma forma que não deveria, e talvez… talvez eu esteja com ciúme, sim. Não de você, mas de perder o que temos.
Eu alcancei a mão de Helena, apertando-a suavemente, sentindo o calor da pele dela contra a minha. — Mãe, você não vai perder nada. Eu te amo, amo quem você é pra mim. Mas também amo Safira, e Júlia… ela faz parte disso agora. Podemos ser mais, se você quiser.
Júlia assentiu, os olhos suavizando. — Helena, eu não quero te machucar. Quero Safira, quero Cauã, e… acho que te quero também, de um jeito que tá ficando claro. — Ela sorriu, tímida, a primeira leveza no ar.
Safira, ainda emocionada, finalmente tocou a mão de Helena, os dedos trêmulos. — Mãe, vamos ser uma família, de verdade. Sem segredos, sem culpa. Eu te amo, e quero que você seja feliz com a gente.
Helena olhou para a mão de Safira, depois para mim, e por fim para Júlia. O silêncio voltou, mas era diferente agora — menos opressivo, mais reflexivo. Ela respirou fundo, a voz rouca, mas firme.
Helena: Eu… eu não sei como fazer isso. Mas talvez vocês estejam certos. Talvez a gente precise ser honesto, todos nós. — Ela apertou minha mão, os olhos encontrando os meus. — Mas precisamos ir devagar. Não quero mais surpresas como hoje.
Eu assenti, sentindo um alívio cauteloso. — Devagar, mãe. Vamos fazer isso juntos.
Devagar — murmurou, quase para si mesma. — Não sei como, mas… quero tentar. Por nós.
O ar mudou, o peso se dissipando como a brisa do mar. Safira enxugou as lágrimas, um sorriso tímido surgindo. — Por nós — repetiu, a voz cheia de esperança.
Júlia levantou-se, pegando mais cervejas. — Então, mais uma rodada? — perguntou, a voz leve, servindo os copos. Todos rimos, o som aliviando a tensão. Sob as estrelas, movemo-nos para o deque, as velas tremulando. Helena sentou-se ao meu lado, a coxa roçando a minha, a mão descansando no meu ombro.
O ar mudou, a tensão se transformando em algo elétrico.
Naquele instante, virei-me para Helena, o desejo que sempre senti por ela queimando como fogo. — Mãe, eu te amo — sussurrei, a voz rouca, e antes que ela respondesse, inclinei-me e a beijei. Meus lábios encontraram os dela, macios, quentes, com gosto de cerveja e sal. O beijo começou suave, quase hesitante, mas se prolongou, ficando intenso, voraz. Minha língua invadiu a boca dela, e ela gemeu baixo, as mãos agarrando minha nuca, as unhas cravando minha pele. A luxúria explodiu, uma fúria contida que não podia mais ser negada.
Helena correspondeu com igual ferocidade, o corpo se arqueando contra o meu, os seios pressionando meu peito, os mamilos endurecidos roçando minha pele através do biquíni. Eu a puxei para meu colo, as mãos descendo pelas costas dela, apertando a bunda firme, sentindo o calor sob o tecido fino. — Cauã… — ela gemeu contra minha boca, a voz trêmula de tesão, mas carregada de uma raiva residual, como se cada toque fosse uma revanche pelo ciúme que sentiu no deque. Eu não parei, o desejo me consumindo, a fúria do confronto — a traição percebida, a intensidade do momento — alimentando cada movimento.
Safira e Júlia assistiam, os olhos arregalados, a respiração acelerada. Safira, com seu biquíni rosa fio-dental marcando suas curvas suaves, mordeu o lábio, as mãos apertando as coxas, o desejo estampado no rosto enquanto via sua mãe se entregar. Júlia, com seu biquíni azul asa-delta ligeiramente desalinhado, deixou a mão deslizar para o próprio sexo, roçando por cima do tecido, os gemidos baixos escapando enquanto seus olhos devoravam a cena. Elas estavam excitadas, o tesão evidente, mas permaneceram onde estavam, como se soubessem que aquele momento era de Helena e meu.
Arranquei o sutiã do biquíni de Helena, os laços cedendo com um puxão, expondo os seios fartos, os mamilos endurecidos implorando por toque. Minha boca desceu, chupando um deles com força, a língua circulando, enquanto minha mão apertava o outro, arrancando um grito dela. — Porra, Cauã, me fode — ela grunhiu, a voz crua, a fúria misturada ao desejo enquanto puxava meu cabelo, guiando-me. Eu a levantei, deitando-a na mesa do deque, os pratos tilintando ao serem empurrados para o lado. Minha sunga já estava no chão, meu pau duro pulsando, e ela abriu as pernas, puxando a calcinha do biquíni para o lado, a buceta molhada brilhando à luz das velas.
— Você é minha — rosnei, a luxúria me cegando, e a penetrei com uma estocada profunda, sentindo-a apertar ao meu redor, quente, escorregadia, perfeita. Helena gritou, as unhas cravando meus ombros, o corpo arqueando enquanto eu a fodia com força, cada movimento carregado de tesão e raiva. — Isso é o que você queria, né? — perguntei, a voz rouca, os quadris batendo contra os dela, o som molhado ecoando no deque. Ela gemeu, os olhos semicerrados, a entrega total. — Sim, Cauã, me fode, me faz sua — respondeu, a voz entrecortada, as coxas tremendo.
Safira gemeu baixo, as mãos agora sob o biquíni, tocando-se enquanto assistia, os olhos fixos em mim, o desejo por mim tão claro quanto o de Helena. Júlia, ao lado, se masturbava abertamente, o biquíni puxado para o lado, os dedos movendo-se rápido, os gemidos se misturando aos de Helena. — Caralho, Cauã… — sussurrou Júlia, a voz trêmula, o corpo arqueando enquanto se aproximava do clímax, excitada pela visão de nossa entrega.
Eu acelerei, a fúria me consumindo, o tesão uma força primal. Minhas mãos agarraram os quadris de Helena, puxando-a contra mim, cada estocada mais profunda, mais desesperada. O suor escorria pelos nossos corpos, a mesa rangendo sob nosso peso. — Você é tudo, mãe — grunhi, sentindo o prazer se acumular, o calor da buceta dela me levando ao limite. Helena gozou primeiro, o corpo convulsionando, um grito rasgando o ar enquanto ela apertava meu pau, o orgasmo a fazendo tremer, as unhas marcando minha pele. — Cauã, porra, goza em mim — implorou, e eu não resisti. Gozei com um rugido, o prazer explodindo, enchendo-a, meu corpo tremendo enquanto me entregava, a luxúria e a fúria se dissolvendo em êxtase.
Ofegante, caí sobre ela, nossos corpos suados colados, a respiração entrecortada. Helena me abraçou, os lábios roçando minha orelha, um sussurro: — Eu te amo… mas isso não pode acontecer assim de novo.