Aprendendo a Resistir

Um conto erótico de Bella e Victor
Categoria: Heterossexual
Contém 2102 palavras
Data: 09/05/2025 00:20:35

Victor entrou em meu quarto e depositou uma bandeja de café da manhã sobre a minha cama. Antes de sair novamente, ele disse:

— Espero que goste das coisas que eu trouxe. Coma tudo, hoje você vai precisar de toda a energia que puder acumular e vai aprender a resistir. Aprender que eu sou o único dono do seu prazer e que você não deve senti-lo a menos que eu ordene ou autorize.

Um misto de expectativa e medo brilhou nos olhos de Isabella. Sabia que tinha quebrado uma importante regra implícita e agora, nada lhe restava a não ser arcar com as consequências.

Com os olhos ainda pesados de sono e o coração acelerado, observei a porta se fechar atrás dele. O cheiro do café recém-passado, das frutas frescas e do pão aquecido se espalhava pelo quarto, contrastando com o frio que percorria meu corpo. O que ele queria dizer com “aprender a resistir”? Eu sabia que havia ultrapassado um limite, mesmo que sutil, e que Victor não deixava nada passar.

Comi em silêncio, sentindo o estômago apertado mais pela ansiedade do que pela fome. A cada garfada, tentava me preparar mentalmente, mas sabia que não existia preparo possível para o que Victor planejava. Quando terminei, coloquei a bandeja de lado, ajeitei o lençol sobre o colo e fiquei esperando.

Ele voltou minutos depois, agora de camisa preta super justa e calça escura também preta e justa, ambas delineando com perfeição aquele corpo magnífico e me deixando cheia de água na boca, e tornando ainda mais difícil resistir.

— Levante-se. Tire tudo. Hoje, seu corpo será apenas meu cenário. E quero ele limpo e entregue, mas inabalável.

Obedeci em silêncio. Despi-me lentamente sob o olhar dele. Não havia pressa em seus olhos, apenas controle absoluto. Quando fiquei completamente nua, ele me conduziu até o centro do quarto, onde havia preparado o ambiente com precisão milimétrica: o chão forrado com um tapete macio, almofadas, uma cadeira de encosto reto, e uma mesa com objetos que só aumentavam a tensão em meu ventre.

Ele me guiou de volta a cama, deitada de barriga para cima e amarrou meus pulsos suavemente à cabeceira.

Em seguida, ajoelhou-se diante de mim.

— Hoje, você vai sentir tudo. Tudo o que o corpo deseja, mas a mente terá que recusar. O prazer será o seu inimigo. E o autocontrole, sua salvação.

Victor começou com um toque leve, quase como uma carícia de vento. Seus dedos desenhavam caminhos lentos pelas minhas coxas, contornando cada centímetro sem jamais alcançar o centro pulsante entre elas. Minha respiração começou a falhar no primeiro minuto. Era como se meu corpo implorasse, e ele risse da súplica silenciosa.

— Você vai me dar orgulho, Isabella? Vai resistir por mim? — sussurrou em meu ouvido, enquanto sua língua quente traçava a linha do meu pescoço até a clavícula.

— Sim, senhor — respondi, com a voz trêmula.

— Não minta. Só diga sim se for verdade. Sua vontade de se entregar é visível em cada arrepio.

Ele intensificou os estímulos. Beijos lentos que se tornavam mordidas suaves. Toques em lugares inesperados, como atrás dos joelhos, na curva da cintura, entre os dedos dos pés. Meu corpo inteiro tremia, mas minha mente tentava segurar as rédeas.

E então ele me olhou fundo, aquele olhar que transpassa a carne.

— Se você se entregar antes da minha ordem, começamos do zero. E será muito mais difícil.

O tempo perdeu sentido. Horas de provocações, de sensações acumuladas, de limites testados. Ele me usava como uma extensão da própria vontade — e ainda assim, não me tomava. Cada vez que eu arqueava o corpo em direção a ele, ou deixava escapar um gemido mais alto, ele recuava. Como punição e como lição.

Minha mente virou um campo de batalha. O corpo clamava por alívio. O peito arfava, os seios estavam sensíveis, o centro latejava com dor e desejo. Mas eu me recusava a ceder.

Quando ele finalmente se afastou, depois do que pareciam horas, olhou-me com satisfação cruel.

— Muito bem. Está no caminho certo. Mas ainda falta muito para você merecer meu toque onde mais deseja.

E antes de sair do quarto, lançou um último olhar:

— Até mais tarde. A lição ainda não terminou.

As horas seguintes se arrastaram como séculos. O silêncio e a solidão no quarto parecia zombar de mim, preenchidos apenas pelo som da minha respiração irregular e do coração batendo alto demais. Meus pulsos ainda estavam presos à cama, agora um pouco marcados pelas tiras. Eu estava exausta e em chamas. Ainda assim, esperava. Porque sabia: a qualquer instante, ele voltaria e, para o meu prazer e desespero, tudo recomeçaria

E ele voltou.

Abriu a porta com calma, como se nada estivesse fora do comum. Trazia consigo uma pequena tigela de gelo, uma pena preta e uma venda de cetim. Meus olhos, dilatados, o seguiram em cada movimento. Meu corpo, embora fatigado, implorava silenciosamente por mais — e por menos. Menos dessa tortura deliciosa da espera e mais, muito mais prazer.

— Hora de testar outras formas de provocar seus limites — ele disse, com a voz baixa, arrastada, como uma promessa velada.

Colocou a venda sobre meus olhos, mergulhando-me numa escuridão que amplificava cada sensação. Então veio a pena, deslizando pelas minhas coxas, pela curva dos seios, pela barriga que se contraía a cada toque. Eu contorcia os dedos dos pés tentando manter o foco, respirando fundo, tentando encontrar um lugar de equilíbrio dentro de mim.

Mas ele era implacável.

O gelo veio em seguida. Primeiro, na nuca. Depois, nos mamilos já enrijecidos, que quase me fizeram gritar de dor e prazer ao contato. Por fim, ele o passou suavemente entre minhas coxas, parando a milímetros do meu ponto mais sensível — e nunca tocando ali. Eu me arqueei instintivamente, e ele riu.

— Você está à beira do colapso, não está? Tão linda na sua luta silenciosa.

E então, o inesperado: ele retirou a venda, desamarrou meus pulsos e me fez levantar.

— A partir de agora, você vai se mover. Mas com uma condição: não vai implorar. Nem uma vez. Não importa o que eu faça, o quanto a provoque, você manterá o controle. Se uma súplica escapar dos seus lábios, começamos tudo de novo e você será severamente punida. Entendido?

— Sim, senhor — sussurrei, quase sem conseguir falar por causa da garganta seca.

Victor me conduziu até a parede, onde havia um gancho alto. Colocou uma pulseira larga em cada pulso e os prendeu acima da minha cabeça. Eu estava exposta. Vulnerável. Mas sentia algo maior: uma confiança absurda de que ele me moldaria com cada gesto.

Ele ficou atrás de mim, tão perto que seu calor me envolvia. Suas mãos voltaram a explorar meu corpo detalhadamente, agora mais lentas, mais íntimas, mais calculadas. Seus dedos deslizavam por entre minhas pernas, apenas o suficiente para me fazer querer gritar. Mas eu me contive. Mordi o lábio até sentir o gosto do sangue. Um gemido escapou da garganta, mas contido, sem súplica, sem clamor.

Ele então usou a respiração como arma. Soprava em lugares específicos — a curva das costas, o interior das coxas, a base do pescoço — deixando minha pele arrepiada, todos os meus sentidos em curto-circuito.

— Você está tremendo — ele murmurou, roçando os lábios no meu ombro. — Mas ainda está firme. Você consegue ser muito mais resistente do que eu imaginava e isso me agrada profundamente.

cada toque negado, cada aproximação sem consumação, Victor me levava a um novo estágio de rendição consciente. Eu já não era apenas uma mulher resistindo ao prazer. Eu era um corpo sendo educado, domado, afinado para responder apenas à sua vontade.

E então, no fim da tarde, com a luz dourada do sol atravessando a janela, ele me soltou.

— Descanse agora. Ainda não acabou mas você e eu precisamos de um descanso.

Devo ter franzido o cenho com o seu comentário e ele percebeu, por que explicou:

— Hoje, o prazer será negado até o último segundo. Mas, quando eu permitir, você saberá que cada instante de resistência terá valido a pena. E, acredite, isso é difícil para mim também, mas é necessário.

Me deitou novamente sobre a cama, dessa vez com mais cuidado, cobriu-me com um lençol leve e beijou minha testa.

— Você está se tornando exatamente o que eu imaginei.

Me encolhi sob o tecido, dolorida, latejando em cada extremidade, sem alívio... mas com um orgulho silencioso crescendo dentro de mim.

A noite caiu devagar, como um véu de silêncio pesado. O quarto estava escuro, iluminado apenas pela luz suave de duas velas em cantos opostos. Eu ainda estava deitada, o corpo exausto, mas alerta. O lençol era uma prisão leve demais para conter o que pulsava dentro de mim. Havia dor. Tesão. Um vazio físico e uma plenitude emocional que se misturavam como mar e areia.

Quando Victor entrou novamente, seus passos foram quase inaudíveis. Mas eu o senti antes de ouvi-lo. A atmosfera se alterou. O ar ficou mais denso, carregado de expectativa e tensão.

Ele parou ao lado da cama. Vestia apenas calça. O peito nu revelava músculos marcados e a tatuagem em seu ombro esquerdo parecia mais viva à luz das velas.

Seus olhos me atravessaram, não com fúria ou desejo simples — mas com uma posse absoluta. Ele não perguntou se eu estava pronta. Ele sabia. Eu havia sido treinada o dia inteiro para esse momento.

— Levante-se, Isabella — ordenou, com a voz mais baixa e firme do que nunca.

Minha resposta foi imediata. Sentei-me devagar, os músculos doíam, mas o corpo respondia. Fui até ele sem uma palavra. Ele me guiou até o centro do quarto, onde agora havia um colchão macio estendido no chão, coberto por lençóis escuros.

— Hoje, você aprendeu a resistir. Agora, vai aprender a ser recompensada. Mas só se continuar me obedecendo até o fim.

Victor me posicionou de joelhos, os olhos fixos nos meus. Acariciou meu rosto com um gesto quase terno — contraste gritante com o olhar dominador.

— Você não vai me pedir nada. Não vai implorar. Vai apenas sentir o que eu decidir dar. E confiar.

Inclinei a cabeça em sinal de aceitação.

O toque veio quente, firme, cheio de intenção. Ele explorava meu corpo como quem lê um livro já conhecido, mas que ainda surpreende a cada página. Suas mãos foram direto aos pontos que estavam em carne viva de tanta abstinência: meus seios, os mamilos duros e doloridos. Ele os envolveu com a boca, mordendo, sugando, arrancando de mim gemidos abafados. Ainda assim, eu mantinha o controle.

Então veio a provocação final: seus dedos deslizaram entre minhas pernas e, desta vez, tocaram onde mais doía. Primeiro com delicadeza, apenas um roçar que me fez ofegar. Depois, com ritmo. Com domínio. Com crueldade doce. Ele me levou ao limite com uma precisão que me fez tremer dos joelhos até o pescoço.

Mas, no instante em que meu corpo começou a entregar sinais de que explodiria, ele parou.

— Ainda não — murmurou, os lábios encostando nos meus. — Você vai suportar mais.

Eu gemi, e ele tapou minha boca com a mão.

— Shhh… sinta sem pedir. Receba sem implorar.

Ele me deitou de bruços, prendeu meus punhos novamente com fitas de cetim, e posicionou meu corpo para ele. Eu estava aberta. Vulnerável. E, ainda assim, forte.

Victor se posicionou atrás de mim, e por longos minutos me penetrou com os dedos, depois com a língua, brincando com meu autocontrole. Ele alternava entre ritmo e pausa, entre o gozo prometido e o negado. Minha mente entrou em transe. Já não sabia quanto tempo havia se passado. Eu chorava sem saber se era de prazer contido ou de emoção acumulada.

E então, finalmente, ele se inclinou sobre mim, sussurrando:

— Agora, sim. Agora você pode.

Naquele instante, ele penetrou meu corpo de forma lenta, profunda, como se me marcasse por dentro. Meu corpo arqueou, e um grito escapou da minha garganta, o primeiro do dia, rasgado, orgástico, inteiro. Um orgasmo arrebatador tomou conta de mim, vindo de todos os cantos que ele havia despertado, estimulado, preparado.

Victor não parou. Continuou me tomando, ritmado, firme, até que meu corpo explodisse mais uma vez — e depois outra. Eu já não era eu. Era só pele, suor, choro, alívio.

Quando terminou, ele me soltou, deitou ao meu lado e me envolveu em seus braços.

— Você me deu muito orgulho, Isabella. Hoje, você foi perfeita, tenho certeza de que aprendeu a lição.

Me aninhei contra seu peito, ainda ofegante, com o coração batendo em gratidão e pertencimento.

Naquela noite, mais do que prazer, recebi a dádiva da aprovação do meu Senhor. E descobri que a verdadeira entrega começa quando a alma resiste até o limite — e depois escolhe ceder.

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