PRECISA-SE MOTORISTA 11 - A vida voltando ao normal

Um conto erótico de Carlos Contista
Categoria: Heterossexual
Contém 863 palavras
Data: 10/05/2025 12:48:59

PRECISA-SE MOTORISTA 11 – A vida voltando ao normal

Lembro: a novela continua, em sequência e cronologia. Os episódios anteriores devem ser lidos pela ordem para criar vinculação com os fatos acontecidos.

Fim do namoro como armênio ...

Mas, nossa rotina de amantes mudou, nunca mais seria a mesma depois da estada do armênio que a Tiba trouxe junto com sua bagagem, na volta da Europa. Nesse exato momento, era igual a zero. Pelo meu lado, pela decepção de ver a amada Tiba com outro, saber que esse outro estava comendo os buraquinhos quentes que, meses atrás, era eu quem comia; pela Tiba, pelo estado de choque que ficou com tudo que aconteceu. Mas, daremos tempo ao tempo para curar dores, lamber feridas e virar a página: tomara que funcione!

O que eu tinha certeza era que a iniciativa, qualquer que fosse, devia ser da Tiba. Eu era o empregado que, durante algum tempo, comia a patroa e perdeu o lugar na cama para o primeiro aventureiro que cruzou no caminho dela. Com a debandada do armênio, o lado direito da cama voltou a ficar vazio e cabia à Tiba escolher quem iria preenchê-lo. A vida corria livre em Xangri-lá, os negócios continuavam em andamento em São Paulo e Florianópolis, mas não tinha nenhuma viagem prá lá, na agenda. Eu já não sabia nem se ainda era seu assistente, já que, quando o Georg estava com a Tiba, ela não me perguntou nada à respeito dos negócios; acho que ele preenchia essa lacuna. Mas, a possibilidade de um novo grande investimento mudou tudo. Tiba foi convidada para o lançamento da pedra fundamental de um espigão de 50 andares em Balneário Camboriú: 90 apartamentos 180° de vista, 2 duplex e 1 triplex 360° e 200 vagas de garagem subsolo. Foram convidados 20 investidores brasileiros, um árabe e um chinês para apresentação do projeto e das condições do investimento: a Tiba foi sozinha, para minha tristeza. Já pensou se ela volta de lá com outro namorado tipo aquele armênio? Só que não! No terceiro dia, Tiba me ligou e pediu que eu voasse para Navegantes que ela mandaria me buscar no aeroporto. Ah! Que delicia de telefonema!

Subi no mesmo dia num vôo Azul das 19 horas; Tiba me aguardava no aeroporto e me convidou para jantar no Lago da Sereia e conversar sobre o empreendimento antes de irmos para o Mercure Camboriu. Estava entusiasmada com o negócio que estava entabulando; relatou os primeiros contatos com os empreendedores e disse que tinha achado interessante a obra, principalmente porque não haveria desembolso financeiro, já que a construtora queria fazer um escambo com uma área da Tiba no interior de Atibaia, próxima da capital de São Paulo, onde queria construir um resort. Avaliaram a área de 15,4 ha em US$10 milhões e ofereciam 5 apartamentos padrão 180º para a troca, entre os andares 18 e 22. Ficamos até 4:00h discutindo a proposta e depois fomos dormir, cada um em um quarto da Suíte de Reis, do Mercure. Acordei cedo e tomei uma ducha para acordar completamente. Ia pedir café na cama para a Tiba quando ela apareceu na sala, ainda de camisola, e me pediu para esperá-la que ia tomar café no restaurante, comigo.

Fomos almoçar com os empreendedores na sede da incorporadora onde eles nos mostraram os planos, a maquete do empreendimento e os valores envolvidos: 155 milhões de dólares, 80 deles já em caixa e cerca de 45% do empreendimento negociado. Era uma obra magnífica, levaria três anos para ficar pronta mas seria cartão postal por estar na área mais elevada da cidade, na ponta norte, subindo em direção à Itajaí. De sua cobertura, quase se enxergava a África (rs., rs., rs...).

Contatei nossos corretores em São Paulo e lhes pedi uma avaliação da área de Atibaia para vermos se o negócio ofertado era bom mesmo. Eles buscaram os especialistas, os corretores da Territorial Paulista, especializada em áreas de lazer e resorts que foram avaliar a área da Tiba, em A-Tiba-ia (não resisti ao trocadilho, ré, ré) e retornaram com uma valor bem maior do que foi ofertado pela incorporadora de Camboriú, já que a região está sendo muito procurada para a construção de resorts de luxo pela condições climáticas e por oferecer paz e sossego próximo à capital paulista: US1,12 milhão/ha, o que daria mais de US$17,2 milhões pelos 15,4 ha. Quando mostrei a avaliação para a Tiba ela viu que estava encaminhando um bom negócio, porque não desembolsaria nenhum centavo, mas não tão bom assim, porque estaria entregando sua terra por um preço abaixo do valor de mercado. Reiniciei minha função de Assistente em grande estilo, rediscutindo com os empreendedores o escambo e incluindo no retorno um dos apartamento duplex da torre, no 47º andar, avaliado em US$5 milhões e a imissão na posse concomitante: chaves dos apartamentos com os respectivos “habite-se” em troca da escritura definitiva da área de Atibaia. Agora sim, um ótimo negócio, disse a Tiba e me deu um beijo na boca de arrepiar, quando voltamos para a suíte no Mercure e me convidou para relaxar na jacuzzi de quatro lugares. Recomeçamos!

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