A Santinha — O Chamado da Carne

Um conto erótico de Raven
Categoria: Heterossexual
Contém 1713 palavras
Data: 13/05/2025 20:24:33

“O coração é enganoso acima de todas as coisas e desesperadamente corrupto.” — Jeremias 17:9

O som da oração da mãe ecoava pela casa enquanto Ritinha, trancada no quarto, fingia estudar. A Bíblia aberta sobre a mesa, cadernos espalhados, marca-texto em punho. Mas a mente dela estava em outro lugar. O texto do profeta Jeremias parecia gritar da página: “enganoso... desesperadamente corrupto”. Ela passou os dedos pelos versículos sublinhados, mas era como se o Espírito Santo tivesse se calado — ou pior, assistisse em silêncio.

Desde pequena, aprendera a temer o próprio corpo. Seu pai, pastor Jorge, não cansava de dizer que a carne era inimiga da alma. “Tudo que é do mundo vem pra destruir o que é de Deus”, ele dizia do púlpito, com a voz firme e olhar flamejante. Ritinha acreditava. Mas o corpo dela não.

Aos 18 anos, já não era mais uma menina. Tinha curvas que nem a saia rodada conseguia esconder. A cintura fina, o quadril firme, os seios que teimavam em crescer mesmo quando ela os escondia com sutiãs reforçados.

Cabelos castanho-escuros longos, quase sempre presos em coque, mas macios quando soltos. A boca carnuda, os olhos castanhos e a pele clara. Os rapazes da igreja a elogiavam com elogios sempre “cristãos”: “abençoada”, “formosa”, “tem um brilho de Deus”.

Mas Deus não a visitava quando ela se deitava à noite e, com culpa fervente, deixava o dedo escorregar pelas coxas. Ouvia os próprios suspiros abafados no travesseiro e, depois, chorava baixinho. Era errado. Era pecado. Mas era... incontrolável, gostoso, irresistível.

Naquela tarde de sexta-feira, entre um suspiro e outro, ela tomou uma decisão radical. Estava no intervalo da faculdade, sentada num banco afastado do campus, enquanto fingia revisar slides. O celular vibrava com mensagens do grupo da igreja, mas ela ignorou. Em vez disso, entrou na loja de aplicativos e digitou “relacionamento”.

Hesitou. Tocou a tela. Instalou.

Instalar. Aceitar. Concordar. Criar perfil.

Nome? Um apelido qualquer. Santinha69. Foto? Um clique lateral do corpo com um vestido que já havia ficado pequeno nela, mostrando só o contorno dos seios, o cabelo escondendo o rosto. Descrição? Ela pensou um pouco.

“Discreta. Apenas hoje. Sem rosto. Sem conversa fiada. Nada de compromisso.”

Coração na garganta. Em menos de vinte minutos, já tinha recebido sete mensagens. Em 2 horas, quando voltou a ter coragem de abrir o aplicativo, acumulava mais de trinta. Algumas nojentas. Outras melosas. Mas uma chamou atenção.

“Carlos. 38 anos. Casado. Discreto. Encontros em carro. Nada de vínculos.”

Ela leu e releu o perfil. A foto era de um braço musculoso no volante. Nada explícito, mas... firme. Mandou um “oi”.

Ele respondeu em segundos.

Carlos: Nova no aplicativo?

Rita: Sim.

Carlos: Quer conversar antes ou marcar direto?

Rita: Marcar.

Carlos: Hoje?

Rita: Sim. 19h. Terminal São Judas. Camisa verde. Não pergunte meu nome.

Carlos: Estarei lá. Camisa preta. Carro preto. Placa LRA3X19. Sem perguntas também.

Ela apagou a conversa, limpou o histórico, fechou o app. O peito arfava. O suor escorria na nuca. Mas pela primeira vez em meses... ela sentia que tinha controle.

O relógio marcava 18h10 quando ela se despediu dos pais.

— Vou pra casa da Lorena, pai. A gente combinou de fazer o trabalho de Antropologia hoje.

Pastor Jorge franziu a testa.

— Sexta-feira é dia de ensaio do grupo de louvor.

— Eu sei... mas é trabalho da faculdade. Se eu perder, posso reprovar.

— Faculdade é cheia de ideias que não vêm de Deus, menina. Fica atenta.

— Sim, senhor — ela respondeu, dando um beijo no rosto dele e saindo com o coração apertado.

No ônibus, arrumou discretamente o batom. Era um nude discreto, quase sem cor, mas que fazia diferença. Usava calça jeans folgada, uma blusa larga por cima — mas por baixo, escondida, uma lingerie nova, vermelha, comprada pela internet semanas antes e escondida num fundo falso do guarda-roupa.

Chegou no terminal às 18h56. Estava quase escuro. Ficou em pé, perto de um poste, tentando controlar a respiração. O celular vibrava — Lorena mandando áudio, a mãe mandando emoji de oração.

Ela ignorou.

Às 19h01, um carro preto encostou devagar. O vidro do carona desceu.

Carlos.

Moreno claro, cabelo raspado dos lados, barba bem-feita, uns olhos escuros e secos, como quem já viu muita coisa. Usava uma camiseta justa que deixava os braços evidentes. Olhou pra ela com naturalidade.

— Entra.

Ela respirou fundo e entrou. As mãos suavam.

Ele a encarou por um segundo.

— Você nunca fez isso antes, não é?

— E você é sempre direto assim? — ela respondeu, tentando parecer firme.

Carlos deu um sorriso leve, quase condescendente.

— Você está tremendo igual uma vara verde. Eu não mordo, relaxa. Entra aí. Estou doidinho para te conhecer melhor.

Ela virou o rosto, tentando disfarçar o rubor.

— A gente combinou. Rápido. Discreto. — relembrou, entrando no lado do passageiro.

— E vai ser — ele respondeu, ligando o carro. — Confia.

Dirigiram sem dizer muito. A cidade parecia passar em câmera lenta do lado de fora. Cada esquina, cada farol, era um passo a mais para fora da Rita conhecida — e um mergulho na mulher que ela ainda não sabia que era.

Carlos parou numa rua escura, sem movimento. Estacionou debaixo de uma árvore grande, que cobria o carro com sombra densa.

— Vem cá, garota. — ele segurou o pulso dela com suavidade, colocando a mão dela sobre o volume em sua calça.

Ritinha estava num misto de ansiedade e tesão. Ela apertou o volume e se jogou nos braços do homem, beijando-o furiosamente, da forma que havia praticado de frente ao espelho. Sente a língua dele invadindo a sua boca enquanto ele a despi entre os amassos.

Carlos finalmente abriu o botão de sua calça e Ritinha pode sentir o calor do seu membro, masturbando-o devagar enquanto ele chupa seus seios com força, arrancando gemidos manhosos dela.

— Você é muito gostosa, garota — disse ele, abaixando rapidamente o banco.

— Vem pro banco de trás.

Carlos aproveita a movimentação para retirar o restante das roupas de Rita, deliciando-se ao constatar o quanto ela estava molhada. Ele a penetra com dois dedos, usando o polegar para acariciar seu clitóris, num movimento que leva Ritinha à loucura:

— Buceta apertadinha… não vai me dizer que você… — Ele começa a dizer, até que sente o hímen da garota.

— Sou… me come, por favor… me come — ela pede, cravando a unha no antebraço dele.

Um sorriso se forma nos lábios de Carlos, ele não podia acreditar na sorte que estava tendo. Tinha até suspeitado de Ritinha, viera até ela desconfiado, achando que poderia ser algum tipo de golpe. Mas uma virgem? Era melhor do que ele podia esperar.

— Quer perder o cabaço, sua putinha? — ele pergunta, tirando os dedos de dentro dela e deslizando-os por seus lábios, até que ela obedientemente chupa, sentindo o próprio gosto, fazendo um aceno positivo com a cabeça:

— Quero. Nesse pauzão. Só vai devagar, por favor…

Carlos não aguentava mais. Ele senta no banco de trás e encapa seu pau com uma camisinha, chamando-a:

— Senta aqui no meu colo.

Ritinha foi para cima dele, beijando-o novamente, até sentir-se pronta. Estava com um pouco de medo, um medo facilmente sobrepujado pela sua curiosidade e luxúria. Ela sente ele encaixar a cabeça do pau na entrada dela e vai sentando devagar, com cuidado.

— Ai. Dói… — ela reclama, fazendo uma careta de dor, mas não recua. Carlos sentia cada centímetro do pau dele entrando nela, dado o quanto ela era apertada, mesmo estando bem lubrificada. Ele a ajuda, puxando sua cintura para baixo, colocando apenas um pouco mais de peso.

— Aaaarh. Aiii. Entrou… entrou…

Carlos acerta um tapa forte na bunda empinada da menina, encarando os olhos marejados dela:

— Agora vai começar a ficar gostoso.

Ritinha sentia um misto de dor e prazer quando ele começa a se movimentar de baixo para cima, e volta a beijá-lo para suprimir seus gritinhos e gemidos. Não tarda para ela começar a mover o quadril também, instintivamente.

— Isso, garota… Senta no meu pau assim, bem gostoso.

E ela sentava com destreza, apesar de nunca ter treinado aquilo. Seu corpo parecia se mover sozinho, buscando o próprio prazer. Ritinha quica no pau de Carlos, gemendo cada vez mais alto, sentindo ele voltar a chupar seus seios.

— Meu Deus… que… Que gostoso…

Rita jogava a cabeça para trás, seus movimentos faziam o carro balançar levemente. Ela sentia o orgasmo chegando e acelerava ainda mais os seus movimentos, gritando:

— NÃO PARA, NÃO PARA. AAARH

Sentir a bucetinha de Rita apertando seu pau com as contrações foi demais para Carlos, que gozou num urro, logo em seguida, enterrando o pau até o talo.

Permaneceram um em cima do outro por mais alguns minutos, o pau de Carlos murchando ainda dentro dela.

Depois, ainda ofegante, ela se ajeitou, catando as roupas com movimentos apressados. Carlos passou um lenço de papel para ela.

— Você foi bem — ele disse, sem ironia.

— Isso não vai se repetir.

— É o que todas dizem.

Ela o olhou, irritada, mas não respondeu. Ele a deixou no mesmo ponto.

— Se cuida, garota.

— Você também — ela respondeu, firme, e bateu a porta.

Naquela noite, Ritinha entrou em casa com os olhos baixos. O pai assistia a um culto na TV, a mãe cortava fatias de bolo para o sábado.

— Como foi o trabalho com a Lorena? — a mãe perguntou.

— Foi... esclarecedor — ela respondeu, lavando as mãos geladas na pia.

Subiu, entrou no quarto, trancou a porta. Trocou de roupa. Colocou a lingerie num saco de lixo dentro da bolsa, para se livrar dela assim que pudesse. Se olhou no espelho. Não se reconhecia, sabia que algo tinha mudado dentro dela.

Sorriu de canto.

Se ajoelhou ao lado da cama.

Fechou os olhos.

Mas não orou.

Ali, num momento de reflexão, passou a pensar em quão idiota foi tudo aquilo. Havia se entregado para um completo desconhecido.

Tinha muita sorte de ainda estar viva, de não ter acontecido nenhum contratempo com ela.

Será que seus pais desconfiariam de alguma coisa? O que ela devia fazer agora? Pedir perdão a Deus? Sabia o que deveria fazer, o problema era que não queria. No fundo, não havia se arrependido de nada, mas jurou assim mesmo que nunca mais faria algo tão imprudente. Desinstalou o aplicativo antes de deitar-se e demorou para pegar no sono, apesar do corpo ester cansado. Tinha coisas demais para pensar naquela noite.

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Comentários

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A dúvida dura até a próxima transa. Depois da terceira, nada mais é importante. jkassio99@gmail.com

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