Onde o sol se esconde - Capítulo 16

Um conto erótico de Teo e samuel
Categoria: Gay
Contém 445 palavras
Data: 14/05/2025 20:55:34

Onde o Sol se Esconde (Capítulo 16)

A nova casa parecia outro mundo.

Os dias começaram a se organizar em uma rotina tranquila:

aulas pela manhã, oficinas de música e arte à tarde, rodas de conversa com psicólogos, brincadeiras no jardim.

E, pouco a pouco, os sorrisos foram voltando aos rostos dos meninos.

**

Teo e Samuel estudavam juntos, sentados lado a lado nas mesas da pequena escola montada dentro da propriedade.

Dividiam cadernos, cochichavam durante as aulas, e às vezes se olhavam com um carinho tão grande que mal conseguiam se concentrar.

Era como se todo o sofrimento tivesse feito o amor deles ainda mais forte.

Mais bonito.

Indestrutível.

**

Guto também melhorava, dia após dia.

Ainda tinha pesadelos de vez em quando, mas Samuel sempre ia até ele, segurava sua mão até o medo passar.

Às vezes, Teo também deitava ao lado dele, como dois irmãos protegendo o caçula.

Guto começou a sorrir mais.

E uma tarde, jogando bola com os outros meninos, ele caiu na grama e riu tão alto que Samuel e Teo se olharam emocionados.

Era um pequeno milagre.

**

Dona Clarice e Irmã Helena cuidavam de tudo com o carinho de verdadeiras mães.

Nada era imposto com gritos.

Ninguém era castigado com violência.

Agora, quem errava, aprendia com paciência.

E quem sofria, era acolhido com amor.

**

À noite, no quarto, Samuel e Teo faziam pequenas descobertas.

Pequenos momentos só deles.

Samuel lia livros em voz alta para Teo adormecer.

Teo escrevia poemas simples para Samuel e deixava embaixo do travesseiro.

Beijavam-se suavemente antes de dormir, como se confirmassem a cada noite:

"Você é real. Você está aqui. Você é meu."

**

Teo ainda tinha medo do futuro.

Medo de que aquilo tudo fosse um sonho frágil, que pudesse desmoronar a qualquer momento.

Mas Samuel sempre o segurava.

Sempre o lembrava:

— Nosso lugar é onde estivermos juntos, Teo.

— E ninguém vai nos separar.

**

**

Lá longe, no mundo que continuava girando, o escândalo do orfanato ainda rendia manchetes.

Padre Buzzi e Maurício aguardavam julgamento em prisões diferentes, isolados por segurança.

A igreja, pressionada, prometia reformas — mas ninguém ali acreditava muito.

O que importava, de verdade, é que agora os sobreviventes tinham voz.

Tinham vida.

Tinham futuro.

**

Num fim de tarde dourado, sentados na varanda da casa principal, Teo e Samuel assistiam o sol se pôr, com Guto dormindo encolhido entre eles.

Teo encostou a cabeça no ombro de Samuel e sussurrou:

— A gente conseguiu, né?

Samuel sorriu, olhando o horizonte avermelhado.

— Estamos conseguindo. Um dia de cada vez.

Teo sorriu de volta.

E naquele momento, enquanto o vento morno balançava os cabelos dos dois, eles souberam:

Era só o começo.

**

E era o começo deles.

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