Onde o sol se esconde - Capítulo 17

Um conto erótico de Teo e samuel
Categoria: Gay
Contém 510 palavras
Data: 14/05/2025 21:01:24

Onde o Sol se Esconde (Capítulo 17)

O tempo passou.

Como quem não quer nada, os anos foram carregando as dores, as cicatrizes — e trazendo, no lugar, novas sementes: de esperança, de amor, de futuro.

**

Teo e Samuel cresceram juntos.

Estudaram, trabalharam nas hortas, ajudaram na biblioteca da casa.

Faziam tudo de mãos dadas com o amanhã.

E quando completaram 18 anos, sabiam que era hora de dar um passo que sonhavam havia muito tempo.

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Antônio Bastos, o milionário que havia mudado a vida deles, os presenteou com algo especial:

uma pequena casa, na cidade vizinha — de tijolos brancos, jardim simples, e janelas que recebiam o sol da manhã.

**

Dona Clarice chorou quando os ajudou a arrumar as malas.

Cada peça de roupa dobrada era uma memória.

Cada livro, uma lembrança viva do quanto eles tinham vencido.

Ela abraçou Samuel primeiro, depois Teo, com a força de quem sabia que, mesmo longe, o amor os manteria unidos.

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Guto ficou.

Ele ainda era um menino.

E mais do que isso:

Dona Clarice decidiu adotá-lo oficialmente.

Foi um processo demorado — papéis, visitas de assistentes sociais — mas no final, Guto pôde assinar seu novo nome:

Guto Clarice Alves.

O sorriso dele, ao receber a certidão, foi como um sol inteiro explodindo no refeitório.

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No dia da mudança, Guto chorou escondido atrás de uma árvore.

Teo o encontrou e ajoelhou-se na frente dele.

— Vamos estar sempre aqui, Guto. Sempre. Você pode vir quando quiser. Você é nosso irmão.

Samuel bagunçou os cabelos dele.

— Só toma cuidado, viu? Você vai crescer e vai ser mais forte que nós dois juntos.

Guto riu entre lágrimas.

E os três se abraçaram tão apertado que doía — mas doía de felicidade.

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A casa nova de Teo e Samuel era pequena, mas para eles, era um castelo.

Na primeira noite, sentaram-se no chão da sala vazia, comendo pão com leite em caixinhas.

Riam de tudo.

Do eco dos passos.

Das goteiras que precisavam arrumar.

Do armário que já rangia.

Era a casa deles.

O lar deles.

**

Montaram um quarto juntos — simples, com a cama de casal encostada na janela.

As paredes ganharam fotografias:

- dos dias felizes na casa de Antônio,

- da formatura do ensino médio,

- de Guto sorrindo com o diploma na mão.

Cada foto era uma vitória contra o passado.

**

Samuel encontrou trabalho como assistente numa oficina mecânica.

Teo, com seu jeito calmo e atento, conseguiu uma vaga como bibliotecário numa escola.

À noite, dividiam sonhos e planos: talvez cursar a faculdade algum dia, talvez viajar para ver o mar que nunca tinham conhecido.

Tudo parecia possível agora.

Tudo parecia permitido.

**

**

E todas as noites, Teo e Samuel se deitavam juntos, entrelaçados no silêncio quente da casa.

Falavam sobre o dia.

Falavam sobre o futuro.

E, às vezes, sem precisar dizer nada, apenas se olhavam.

Se amavam.

Se pertenciam.

**

Eles não eram mais órfãos.

Não eram mais vítimas.

Eram sobreviventes.

Construtores da própria história.

E no fundo dos seus corações, sabiam:

Onde o sol se escondia, era também onde ele renascia.

Onde o medo os tentou destruir, o amor

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