O Chefe da minha esposa destruiu minha vida - 7

Um conto erótico de Mais Um Autor
Categoria: Heterossexual
Contém 793 palavras
Data: 16/05/2025 16:20:51

Passei dias remoendo tudo.

A festa de fim de ano foi a gota d’água. Assistir Carla se enroscar com o namorado, vê-la segurar a mão dele e ir para o quarto, e depois… aquilo.

Desde o começo, eu sabia onde estava me metendo. Mas até então, era diferente. Nossa relação existia num mundo paralelo, num universo à parte que só pertencia a nós dois.

Naquela noite, porém, eu fui confrontado com a realidade.

Carla era minha. Mas só quando ela queria. E aquilo estava começando a me destruir.

Me peguei revivendo cada detalhe daquela festa, sentindo a mesma raiva corrosiva que me fez beber além da conta naquela noite.

E o pior de tudo? Eu sabia que ela não estava errada. Ela nunca prometeu nada. Nunca disse que deixaria o namorado. Nunca me iludiu com falsas promessas.

Mas isso não tornava a realidade mais fácil de engolir.

Eu tentava racionalizar. Por que estava tão obcecado? Eu já tinha dormido com Carla diversas vezes. Eu sabia que não era o único na vida dela. Então, por que agora estava me sentindo assim?

Talvez fosse porque, pela primeira vez, eu tivesse que encarar que nunca seria suficiente para ela. E se não era suficiente… então o que eu estava fazendo?

Foi naquele momento, naquela constatação, que tomei minha decisão. Eu precisava acabar com aquilo.

Não podia mais continuar preso num ciclo onde eu era o amante e, ao mesmo tempo, sofria como se fosse o traído. Era idiota demais.

Fiz todo um ritual para preparar a despedida.

Mandei uma mensagem chamando Carla para almoçar. Escolhi um restaurante tranquilo, discreto, nada muito romântico para não dar margem para interpretações erradas. Se íamos terminar, era melhor que fosse um corte limpo.

Ela respondeu rápido: "Claro! Te encontro lá."

Ótimo.

Me olhei no espelho e me sentia indo para uma reunião de negócios. Camisa impecável, relógio alinhado, rosto sério.

Tudo sob controle. Ou era o que eu tentava me convencer.

Quando cheguei ao restaurante, Carla já estava lá. Sentada à mesa, mexendo no celular, usando um vestido vermelho, curto e justo, as pernas cruzadas. Quando me viu, abriu um sorriso largo.

— Nossa, que cara é essa? — disse, inclinando a cabeça, depois que não correspondi com entusiasmo seu abraço.

Sentei-me à frente dela, tentando manter a compostura.

— Nada.

Ela arqueou uma sobrancelha, claramente não comprando minha resposta.

— Parece até que você vai terminar comigo.

Ela riu, como se achasse a ideia ridícula. Mas não era.

Permaneci sério, pegando o cardápio para ganhar tempo. Mas Carla me conhecia bem o suficiente para perceber a mudança no ar.

— Você ainda tá pensando na festa de fim de ano, né?

Fiz que não com a cabeça, mas ela continuou.

— Você ficou com ciúmes, é isso?

Ela estava se divertindo. Claro que estava.

Fechei o cardápio com um suspiro.

— Não se trata de ciúmes, Carla.

— Não? — apoiou o cotovelo na mesa, o queixo na mão, os olhos azuis cheios de malícia. — Então, por que essa cara de quem foi traído?

Revirei os olhos, tentando não cair no jogo dela.

— Você sabe que isso é uma idiotice.

— Claro que sei. Mas não significa que não seja verdade.

Ela tomou um gole da sua água, sem tirar os olhos de mim. E então, com a mesma naturalidade, deslizou a mão por cima da mesa e tocou meu pulso.

Merda.

Meu corpo reagiu no mesmo instante. O calor da pele dela me atravessou, queimando qualquer firmeza que eu achava que tinha.

— Você nunca ficou com ciúmes antes. — sussurrou, correndo o polegar pelo meu braço. — O que mudou?

Tudo. Mas eu não podia dizer isso. Soltei uma risada curta, tentando disfarçar.

— Você gosta de provocar, né?

— Só você, amor.

Instintivamente, sorri ao ouvir aquilo. Palavras difíceis de acreditar. Mas, no fundo, tudo o que eu queria era ser enganado.

Ela riu e deslizou a mão para minha coxa por baixo da mesa. Um toque rápido, sutil, mas suficiente para bagunçar completamente minha cabeça.

Puta que pariu. Como eu ia terminar com essa mulher?

Durante o resto do almoço, Carla seguiu brincando e me provocando. Meu plano de terminar virou um borrão distante. Ela me desarmou sem esforço, e eu odiava o quanto caía no jogo dela.

Quando percebi, já estávamos flertando como sempre.

Quando a conta chegou, quando finalmente era o momento certo para dizer tudo que eu tinha planejado, as palavras que saíram da minha boca foram completamente diferentes do que eu esperava.

— Quer casar comigo?

Silêncio.

Carla piscou algumas vezes, como se tivesse certeza de que tinha ouvido errado.

E então, começou a rir.

<Continua>

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